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Palavras-chave: Educação Social. Patronato. Educação de Jovens e Adultos.

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Academic year: 2021

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PROGRAMA PATRONATO PENITENCIÁRIO DE PONTA GROSSA: EM DEFESA DA EDUCAÇÃO SOCIAL

Neidyérika Lemes Alves1

Isadora de Barros Silva2

Marli de F. Rodrigues3

Milena Pacheco4

Resumo: Neste trabalho apresentaremos uma síntese das ações realizadas pelo

Programa Patronato Penitenciário de Ponta Grossa em uma perspectiva da Educação Social. Tal Programa, desenvolvido pela Universidade Estadual de Ponta Grossa e parceiros possui uma natureza extensionista e presta atendimento jurídico, pedagógico, psicológico e social aos indivíduos egressos do sistema penitenciário e aos beneficiários que cometeram crimes de menor potencial ofensivo. Tais indivíduos são encaminhados ao Programa para realizar o cumprimento de suas penas por meio de medidas alternativas. Com uma equipe multidisciplinar, o programa desenvolve diversas ações com o objetivo de realizar orientações aos assistidos, para que os mesmos possam refletir sobre suas práticas e tornem-se conscientes de seus direitos e deveres juntos à sociedade.

Palavras-chave: Educação Social. Patronato. Educação de Jovens e Adultos.

Introdução

1

Acadêmica do Curso de Licenciatura em Pedagogia - Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Atua na equipe de Pedagogia do Programa Patronato. E-mail: neidyerika@yahoo.com;

2

Graduação em Licenciatura em Pedagogia - Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Atua como Pedagoga recém-formada da equipe de Pedagogia do Programa Patronato. E-mail: isaa_siilva@hotmail.com

3

Doutora em Educação - Universidade Federal do Paraná (UFPR). Professora vinculada ao Departamento de Educação - Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Membro do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão em Pedagogia, Pedagogia Social e Educação Social - NUPEPES/UEPG. Coordenadora da equipe de Pedagogia do Programa Patronato. E-mail: marlirodpg@uol.com.br;

4

Acadêmica do Curso de Licenciatura em Pedagogia - Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Atua na equipe de Pedagogia do Programa Patronato. E-mail: mblsp@hotmail.com;

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Esta comunicação busca apresentar o Programa Patronato Penitenciário de Ponta Grossa, expor os resultados de algumas ações e discussões acerca da Educação Social e do Educador Social, tendo em vista que o Patronato é compreendido nesta perspectiva social. O Programa, desenvolvido pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), possui uma natureza extensionista. Para sua efetivação, o Programa possui parceria com a Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária (SESP/PR), com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), com a Instituição de Ensino Superior Sant’Ana (IESSA) e com a Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SEJU), sendo caracterizado como um setor do Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (DEPEN).

Para o desenvolvimento das atividades diárias, o Programa conta com uma equipe multidisciplinar de profissionais recém-formados e acadêmicos da UEPG das áreas de Administração, Direito, Pedagogia e Serviço Social, sendo que da área de Psicologia os profissionais recém-formados e acadêmicos são da Instituição de Ensino Superior Sant’Ana. A área de Administração é composta por dois acadêmicos; as áreas de Direito e Pedagogia são formadas, em cada equipe, por dois profissionais e dois acadêmicos; a área de Serviço Social conta com três profissionais e três acadêmicos; a área de Psicologia também contempla dois profissionais e dois acadêmicos.

Cada equipe elabora e planeja ações que fazem referência aos seus projetos enquanto grupo, visando melhor atender os indivíduos beneficiários do Programa. Está em andamento os seguintes projetos e sub-projetos: “Melhoria de Rotinas Administrativas”, da equipe de Administração, “Blitz-Prossiga” (Direito), “Educação dos Assistidos pelo Programa Patronato Penitenciário de Ponta Grossa” e “E-Ler” (Pedagogia), “Pró-Labor” (Serviço Social) e “Saiba” (Psicologia)”. A seguir, no desenvolvimento, veremos as especificidades e os desafios de cada um, com destaque para o projeto da área de Pedagogia.

Como finalidade, o Programa Patronato busca atender, encaminhar e acompanhar os processos de cumprimento de pena dos indivíduos egressos do sistema penitenciário beneficiados com a progressão para o regime aberto, liberdade condicional e prestação de serviços à comunidade (PSC). Atende também indivíduos que cometeram crimes de menor potencial ofensivo, favorecidos com as alternativas penais, encaminhados pelo Fórum da Comarca de Ponta Grossa.

Aos indivíduos encaminhados ao Programa, denominados pelas equipes do Programa como “assistidos”, que possuem baixa escolarização é oportunizado a

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possibilidade de reverter a pena de Prestação de Serviço Comunitário (PSC) para a forma de estudos, na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Nesses casos, ao demonstrar interesse ao retorno aos estudos, os processos são acompanhados e os assistidos incentivados constantemente pela equipe de Pedagogia.

Dentro do Programa, a equipe da área de Pedagogia realiza um trabalho que se aproxima ao do educador social, pelo importante processo educativo em espaço não escolar desenvolvido, visando propiciar aos indivíduos o retorno e conclusão dos estudos não realizados em idade própria, de modo a resgatar o direito à educação. A respeito do Educador e Educadora Social, o autor Ribas Machado (2014, p. 135) considera que:

(...) se percebe e se entende o Educador ou Educadora Social brasileiro e brasileira como um protagonista capaz de propiciar que muitos sujeitos possam reescrever os roteiros de suas vidas, tendo como fator fundamental e principal os processos educativos que possibilitem condições de conscientização que, consequentemente, resultarão em rompimentos com padrões opressivos, mediando a autoemancipação dos envolvidos na atuação.

Os educadores sociais são protagonistas de ações capazes de levar os indivíduos a desenvolverem a conscientização acerca de suas condições, muitas vezes de oprimidos. “O educador tem como ponto de partida seu comprometimento com o oprimido [...] dessa forma a Educação Social se desvela de várias formas e maneiras num cotidiano inventivo”. (PAIVA, 2015, p. 81). É nesse sentido que existe a colaboração para que a emancipação humana ocorra, transformando indivíduos, os quais poderão superar seus problemas de forma autônoma.

Desta forma, o programa atua de modo a propiciar melhores condições de cumprimento da pena aos assistidos, objetivando a redução da reincidência criminal e promovendo novas oportunidades para que esses indivíduos, a partir da reflexão, se conscientizem de suas ações e das consequências de seus atos para a sociedade e para si mesmo.

Desenvolvimento

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de um dos integrantes de cada equipe, que tem a função inicial de realizar entrevista, fazer a abertura de prontuário, coletar dados por meio de um questionário sócio-econômico e ouvir atentamente a versão sobre o delito cometido. Na sequência, faz-se uma análise do perfil do assistido para definir qual equipe irá realizar o atendimento especializado deste sujeito.

Durante a entrevista, ao constatar que o assistido não concluiu a Educação Básica, é possível oferecer a possibilidade de converter a pena de PSC para estudos. Nesse caso, o assistido é encaminhado para a área de Pedagogia. Entretanto, essa prerrogativa de conversão para estudos só será possível se a pena estabelecida for superior a 180 horas, visando dar a possibilidade ao assistido concluir, pelo menos, uma disciplina em que esteja matriculado na modalidade da Educação de Jovens e Adultos.

O assistido que deseja retomar os estudos necessita realizar a matrícula em um dos estabelecimentos que ofertam a Educação de Jovens e Adultos (fase de Alfabetização, Ensino Fundamental II e/ou Ensino Médio), frequentar as aulas e ter aproveitamento de estudos. No Artigo 37, da LDB (1996), compreende-se que “A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria”.

Atualmente, a equipe da Pedagogia atende 188 (cento e oitenta e oito) assistidos, entre ativos e oficiados, sendo que 17 (dezessete) mulheres e 65 (sessenta e cinco) homens cumprem regularmente a pena na modalidade da Educação de Jovens e Adultos. Os demais estão irregulares quanto ao cumprimento da pena.

Considerando o princípio de desenvolvimento pessoal, cultural e social dos indivíduos, o Programa realiza diversas ações para favorecer aos assistidos o cumprimento de suas penas alternativas. Atuando em uma perspectiva de Educação Social, as equipes do programa desenvolvem ações socioeducativas, com o objetivo de educar para a cidadania, despertando os sujeitos para suas ações políticas, de modo que todos participem e façam parte efetiva da sociedade em que estão inseridos.

As práticas realizadas no Programa Patronato se diferenciam das ações que ocorrem nas práticas escolares. Por este motivo, alguns autores denominam estas práticas como educação não-formal:

As práticas da educação não-formal se desenvolvem usualmente extramuros escolares, nas organizações sociais, nos movimentos, nos programas de formação sobre direitos humanos, cidadania, práticas identitárias, lutas

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contra desigualdades e exclusões sociais. (GOHN, 2009, p. 31).

As ações pedagógicas que ocorrem fora dos contextos escolares buscam efetivar os direitos humanos de modo a se opor as situações opressoras que causam desigualdades e excluem socialmente os indivíduos. Por estas razões o trabalho desenvolvido pelos profissionais e acadêmicos da área de Pedagogia do Programa Patronato se aproxima do trabalho realizado pelos educadores sociais. “A Educação Social é para todos, e está presente durante toda vida neste ser sensível, perceptível, capaz de transcender em seu meio social que se chama humano-e-ensinar, a educação social fala do desenvolvimento humano do ser.” (PAIVA, 2015, p. 79).

Neste sentido, o Educador Social possui o importante papel de tornar significativa suas práticas, atuando juntamente com a comunidade, adquirindo meios diferenciados para sua atuação, aprendendo no momento em que ensina. Esse educador deve auxiliar na transformação dos sujeitos mediando os processos de aprendizagem e proporcionando “(...) meios necessários para que os sujeitos historicamente excluídos reflitam criticamente o contexto no qual estão inseridos e reivindiquem seus direitos como cidadãos.” (RIBAS MACHADO; PAULA, 2009, p. 7).

Os profissionais e acadêmicos de Pedagogia atuantes no Programa contribuem para que ocorram mudanças sociais e educativas nos sujeitos, considerando a forma como estes, muitas vezes, são marginalizados da sociedade, resultantes do não acesso à Educação Básica na “idade certa” e as condições precárias de vida (saúde, renda mensal, família). Compara-se, portanto, as ações realizadas ao do Educador Social, uma vez que este propõe aos educandos “[...] a retomada de sua humanização, resgatando sua força organizacional enquanto categorias marginalizadas e exploradas.” (FREIRE, apud PAIVA, 2015, p. 52). Deste modo, as ações realizadas procuram despertar reflexões sobre aspectos que possam provocar mudanças no cotidiano de cada assistido, objetivando a superação das condições de marginalização a que estão submetidos, especialmente aqueles egressos do sistema penitenciário.

As atividades desenvolvidas pela equipe multidisciplinar exigem uma constante reflexão, pois cada área de atuação pode contribuir de um modo diferenciado, e quando planejado, tais ações podem favorecer o trabalho socioeducativo com os sujeitos do processo. Sendo assim, cada equipe possui sua especificidade no Programa e diferentes perspectivas de projetos, visando melhor atender os assistidos e suas demandas.

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A equipe de Administração realiza o projeto “Melhoria de Rotinas Administrativas”. A equipe iniciou seu trabalho com o público alvo do Patronato no ano de 2016, abordando em suas palestras e rodas de conversa temas voltados a gestão pessoal e ambiente familiar. Tem como objetivo principal auxiliar os assistidos na melhoria da administração de seus recursos e despesas. Ocorrem aproximadamente três palestras por semestre, com a participação de administradores e professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa.

A equipe de Direito desenvolve o Projeto “Blitz-Prossiga”, que possui como objetivo incentivar a mudança de comportamento e conscientização no que se refere ao trânsito, assegurando a proteção à vida e a preservação de acidentes, buscando o aumento da segurança e garantindo a educação para o trânsito. Para que isso se efetive, ocorrem encontros quinzenais, em que é apresentado o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e realizado simulações de acidentes graves envolvendo o trânsito, a fim de proporcionar a reflexão sobre as ações e consequências dos indivíduos.

O sub-projeto denominado “E-Ler” foi elaborado pela equipe de Pedagogia estabelecendo os objetivos de sensibilizar a respeito da importância dos estudos para o cotidiano e também estimular o gosto pela leitura. Considera-se que a leitura e o estudo são atos políticos que possuem intencionalidade, ou seja, estes dois processos são capazes de ampliar a visão de mundo dos sujeitos, estimulando e promovendo o exercício da cidadania:

[...] toda prática educativa demanda a existência de sujeitos, um que, ensinando, aprende, outro que, aprendendo, ensina, daí o seu cunho gnosiológico; a existência de objetos, conteúdos a serem ensinados e aprendidos; envolve o uso de métodos , de técnicas, de materiais; implica, em função de seu caráter diretivo, objetivo, sonhos utopias, ideais. Daí a sua politicidade, qualidade que tem a prática educativa de ser política, de não poder ser neutra (FREIRE, 1996, p. 69-70).

A equipe procura tornar as ações de qualidade, que busquem a realidade dos sujeitos, com função política e com intenção de conscientização, libertação e fortalecer o protagonismo do indivíduo. O indivíduo enquanto aprende ensina e vice-versa, nesse sentido, são desenvolvidas palestras e atividades em grupos, oficinas, debates e exposição oral. Os encontros são promovidos com temas diversos, tendo a parceria com profissionais da Rede Municipal de Educação de Ponta Grossa e da UEPG.

Aliado a esta realidade, a equipe propõe a intensificação dos eventos do sub-projeto “E-ler”, pois estas ações têm demonstrado interesse nos assistidos para o

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ingresso e a permanência no ambiente escolar, rompendo até mesmo com paradigmas do retorno adequado aos estudos em idade apropriada, ou seja, quem não foi inserido aos estudos em idade adequada não necessita retomar este processo pelo avanço do tempo escolar em que ficou distante. O trabalho da equipe de Pedagogia tem a preocupação em fornecer uma experiência que contemple ao sujeito a propicie reflexão e transformação de sua realidade sem exclusão ou delimitação da idade, mas apontando perspectivas de superação da sua real condição enquanto sujeito social.

O Projeto “Pró Labor” é liderado pela equipe de Serviço Social, tendo como propósitos instigar o entendimento sobre a necessidade de buscar cursos de qualificação profissional; socializar cursos de oferecidos na rede municipal de Ponta Grossa, para que ocorra a inserção do público alvo; encaminhar o público para cursos profissionalizantes/técnicos, de acordo com a demanda da do mercado de trabalho do município; sugerir que as penas de PSC, em casos especiais analisados pela própria equipe, sejam convertidas para estes cursos, visando a qualificação profissional.

A equipe de Psicologia fica responsável pelo desenvolvimento do projeto “Saiba”. Este projeto tem o objetivo de propiciar uma conscientização crítica frente ao uso/abuso de substâncias psicoativas (químicas, naturais ou sintéticas) que provocam alterações psíquicas e físicas em quem as consomem, levando a dependência física e psicológica. Possui também como finalidade o enfrentamento da drogadição, buscando ações educativas e ressocializadoras relacionadas no respeito aos direitos humanos. Os encontros do “Saiba” ocorrem com frequência semanal, com turmas de 12 participantes, geralmente em um público específico, ou seja, assistidos que estão em uso de substâncias psicoativas e que desejam superar seu vício.

Assim, todas as equipes do Programa Patronato trabalham em conjunto de maneira multidisciplinar com o objetivo de alcançar a integridade dos assistidos que necessitam atenção e a proteção de seus direitos, pois entende-se que o cumprimento da pena através da Prestação de Serviço Comunitário atrelado ao trabalho de atenção pelas equipes do Programa propicia a reflexão do apenado diante do delito cometido, ou seja, o mesmo possui condições de refletir sobre o ato infracional não de maneira punitiva, mas de modo em que o indivíduo sinta-se acolhido pelas equipes e tenha plena convicção de transformação da sua realidade por meio da mudanças de seus atos.

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O trabalho apresentado evidenciou as ações propostas pela equipe multidisciplinar do Programa Patronato Penitenciário de Ponta Grossa, visando a inserção de cada assistido ao campo social, a fim de compreender seu papel na sociedade desvinculado do ambiente criminoso, partindo de outras possibilidades de integração deste indivíduo na sociedade. Pode-se citar como exemplo os assistidos que são atendidos pela equipe de Pedagogia e que possuem como possibilidade uma nova atuação na sociedade, através da inserção deste assistido por meio do retorno aos estudos na modalidade da Educação de Jovens e Adultos.

Retomando o trabalho de cada equipe, cabe aqui apontar a importância da atuação de cada área do Programa para que o direito do assistido enquanto sujeito social seja integralizado junto a um processo de conscientização destes, frente as diversas possibilidades de interferência enquanto ser social e reflexivo.

Atrelado ao trabalho desenvolvido pelas equipes do Programa Patronato, destaca-se a importância da possibilidade de aprendizagem além do âmbito escolar, em espaços não escolares, como no caso das atividades desenvolvidas por cada área e que promovem, além da aprendizagem em variadas temáticas, a reflexão e a possibilidade de transformação destes sujeitos durante e após o cumprimento de sua pena.

Quanto a equipe de Pedagogia do Patronato, há o interesse do alcance das metas em relação ao aumento da quantidade de assistidos que desejam converter sua prestação de serviço comunitário em retorno aos estudos na modalidade da EJA. Considera-se importante o alcance desta meta, pois visa-se a conscientização da possibilidade de retorno aos estudos, visto que este momento por algum motivo não foi oportunizado em idade adequada.

A segunda meta será a maior divulgação do sub-projeto “E-ler” da equipe de Pedagogia, trazendo como participantes o público das demais áreas, pois considera-se pertinente a ampliação destas atividades que envolvem a promoção e a conscientização da leitura e do retorno aos estudos como aquisição de conhecimentos e desenvolvimento de todos os sujeitos.

Portanto, compreende-se a temática da Educação Social, especificamente o Programa Patronato e o Educador Social, como debates importantes a serem realizados, visando à reflexão crítica da realidade encontrada atualmente na sociedade brasileira. É preciso repensar a profissão do Educador Social, pois este possui um importante papel

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na vida dos sujeitos.

O Educador Social é hoje um educador das margens que também de alguma forma está à margem e nela caminha precariamente, sem formação oficial, são brasileiros que se propões a caminhar com os oprimidos, inserir-se em seu cotidiano, mas não possuem sequer uma titulação que os constitua como Educadores Sociais. (PAIVA, 2015, p 83).

Nesse aspecto, as atividades e ações educativas exercida pelos educadores sociais são de suma importância, pois são elas que dão acesso aos conhecimentos, levando à autonomia, conscientização e emancipação humana dos indivíduos.

Referências

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da

educação nacional. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em: 09 ago. 2017. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e Terra, 1996.

GOHN, Maria da Gloria. Educação não-formal, educador(a) social e projetos sociais de inclusão social. Revista Meta: Avaliação, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 28-43, jan./abr.

2009. Disponível em:

<http://revistas.cesgranrio.org.br/index.php/metaavaliacao/article/view/1/5>. Acesso

em: 09 ago. 2017.

PAIVA, Jacyara Silva de. Caminhos do Educador Social no Brasil. Jundiaí: Paco Editorial, 2015.

RIBAS MACHADO, Érico. O desenvolvimento da Pedagogia Social sob perspectiva

comparada: o estágio atual no Brasil e Espanha. 2014. 304 f. Tese (Doutorado em

Educação). Universidade de São Paulo. Faculdade de Educação, São Paulo, 2014. ______; PAULA, Ercília Maria Angeli Teixeira de. A Pedagogia Social na Educação: análise de perspectivas de formação e atuação dos educadores sociais no Brasil. Congresso Internacional de Pedagogia Social, 2009.

Referências

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