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RELATÓRIO FINAL DE QUALIDADE COLHEITA DA CANA 2014

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RELATÓRIO FINAL DE QUALIDADE

COLHEITA DA CANA 2014

Este relatório tem por objetivo apontar as principais dificuldades encontradas durante a colheita da cana na Fazenda Sapé em 2014, detectar suas causas e apresentar possíveis soluções. O intuito é desenvolver um trabalho de modo que os problemas detectados se estingam ou apresentem melhoras significativas na próxima colheita.

PISOTEIO

De uma forma geral, o índice de pisoteio apresentou-se elevado. A média das 11 medições foi de 52,7% de pisoteio.

Causa: Desatenção com as linhas durante a movimentação dos transbordos sobre a área de cultivo.

Solução: Conscientização dos tratoristas a respeito da preservação da soqueira e trânsito correto desde a primeira linha para facilitar as próximas movimentações, uma vez que as marcas das rodas servem como guia, já que na maioria dos casos não é possível visualizar o toco sob a palha.

MARCAÇÃO DE MALHADOR (BATE)

Ausência das balizas na marcação do malhador.

Causa: Movimentação do malhador sem fazer nova demarcação. Solução: Fixar as balizas antes de iniciar o primeiro carregamento.

Foto 1 e 2 – Malhador sem marcação

CARREGAMENTO DOS CAMINHÕES

As cargas muito altas de alguns carregamentos resultaram em um rastro de cana pela estrada, evidenciando uma perda excessiva de produto. Este problema foi corrigido num primeiro momento, contudo, quando a frente de trabalho retornou após as últimas chuvas, este problema voltou a ocorrer. É importante ressaltar que algumas cargas caídas eram oriundas de pelo menos uma carroceria de caminhão danifica que apresentava um grande buraco.

DATA: 16/AGO/2014 LOCAL: Fazenda Sapé

RELATÓRIO ELABORADO POR: BRUNA DO VALLE

Foto 3 – Excesso de cana caída pela estrada

Balizas Caminhão

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2 de 6 Causa: Pressa para realizar os carregamentos (tanto por parte dos tratoristas como por parte dos orientadores de carregamento), pressão dos caminhoneiros terceirizados para transportar maiores cargas, excesso de palha na carga (a carga cai de uma vez do transbordo, não cai gradativamente, dificultando o controle).

Solução: orientação dos colaboradores para que o carregamento seja realizado sem atropelos, orientação dos caminhoneiros terceirizados sobre o padrão das cargas, informar os operadores quando as cargas estiverem apresentando um excesso de palha.

Outro fato a ser apresentado é o carregamento dos caminhões fora dos malhadores (bate). Os carregamentos estavam sendo realizados conforme a ilustração ao lado. Este fato foi presenciado por duas vezes. Os números referem-se as respectivas fotos, que foram tiradas na mesma oportunidade. A Foto 4 é do carregamento que estava sendo realizado no malhador e as Fotos 5 e 6 referem-se ao carregamento que estava sendo realizado, simultaneamente, fora do malhador. O trator da Foto 6, inclusive, estava manobrando sobre a área de cultivo. A Foto 7 registra uma segunda ocorrência do mesmo fato.

Foto 4 – Carregamento no malhador

Foto 5 – Carregamento fora do malhador

Foto 6 – Trânsito sobre área de cultivo

Foto 7 – Segunda ocorrência de carregamento irregular

4 5 e 6

Baliza do Malhador Carregamento

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3 de 6 Causa: Pressão para cumprir meta de carregamento, limpeza da área do malhador para troca de turno.

Solução: Proibir expressamente. Providenciar a catação da cana para o pós-carregamento, não permitindo o acúmulo.

MANOBRAS

De uma forma geral, as manobras eram bem executadas pelos operadores e tratoristas, que se deslocavam até o local correto de manobrar, porém em alguns momentos foram cometidos alguns deslizes como: manobra no fim da linha e trânsito sobre área de cultivo (principalmente em carregamentos fora do malhador).

Causa: Displicência do tratorista e carregamentos irregulares. Solução: Proibir expressamente.

PERDAS

A colheita foi iniciada com perdas altas. Não raramente elas atingiram os 6%. A operação foi corrigida e conseguiu-se uma redução para valores entre 1% e 3%, em sua maioria. Contudo, as perdas voltaram a atingir altos valores quando a frente retornou após as últimas chuvas. De uma forma geral, os talhões colhidos após o retorno da frente não apresentaram valores satisfatórios de perdas, que em sua maioria foram causadas por excesso de velocidade. No caso da Foto 8, apenas a massa de Pedaços, Toletes e Lascas atingiu 17,81 Kg na área de 10m². Abaixo seguem outras fotos para ilustrar as perdas.

Foto 8 – Tocos (ao lado da luva), Pedaços,

Toletes e Lascas

Foto 9 – Os tocos representaram parcela considerável nas perdas

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4 de 6

CATAÇÃO DE CANA

Observou-se que o recolhimento da cana caída era diversas vezes adiado para a hora das trocas de turno ou simplesmente protelado. Nesta situação, a cana caída já encontrava-se completamente esmagada devido ao trânsito dos transbordos e dos próprios caminhões.

Causa: Procrastinação

Solução: Recolher a cana antes de iniciar o próximo carregamento

Foto 11 – Cana caída no malhador

TRÂNSITO SOBRE TERRENO ÚMIDO

Ocorreram atropelos na retomada da colheita após as chuvas. Na insistência para reiniciar os trabalhos, as máquinas entravam em campo danificando o terreno e quando ficava evidente a impossibilidade de continuar a colheita, as máquinas interrompiam o serviço e aguardavam mais um período.

Causa: Retomada precipitada da colheita.

Solução: Não tentar retomar a colheita um dia após uma grande chuva. Aguardar uma condição mínima de trabalho, especialmente se tratando dos terrenos mais argilosos.

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INCÊNDIO

Ocorreu um pequeno incêndio no talhão 04 (Talhão 2 da Sapé). Apesar de ter sido um acidente, a equipe de combate a incêndio parece não estar bem treinada para este tipo de ocorrência. A área queimada foi pequena, mas poderia ter sido ainda menor.

Causa: Curto-circuito em uma das máquinas.

Solução: Treinamento apropriado da equipe de combate a incêndio.

Fotos 14 – Área do incêndio

Fotos 15 – Pequena área do milho foi atingida pelo incêndio

TROCA DE ETIQUETAS

As etiquetas entregues aos caminhoneiros, e que identificam o talhão de origem da carga, não estavam sendo emitidas corretamente. Este problema foi detectado em campo e ficou evidente nos resultados obtidos. Causa: Falta de organização, falta de planejamento (preparar as etiquetas do próximo talhão a ser colhido com antecedência) e rigor na entrega das etiquetas.

Solução: Orientar os líderes de campo sobre a gravidade desta ação, uma vez que várias decisões são tomadas com base nos resultados obtidos.

Tabela 1 – Resultados da Colheita 2014

TALHÃO ÁREA (ha) C TC (t) TC/C (t) TCH (t/ha) ATR

Morrinho 1 37,41 41 1148,77 28,02 30,71 * 119,60 2 31,37 115 3284,20 28,56 104,69 118,40 3 30,56 113 3266,18 28,90 106,88 118,55 99,34 269 7699,15 28,62 77,50 ** 118,90 2 4 25,85 56 1520,68 27,16 58,83 116,24 5 18,14 60 1658,26 27,64 91,41 118,21 6 7,33 28 856,17 30,58 116,80 119,96

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6 de 6 7 12,80 31 949,75 30,64 74,20 118,19 8 18,10 61 1885,3 30,91 104,16 119,53 9 17,04 48 1293,96 26,96 75,94 119,65 99,26 284 8164,12 28,11 82,25 118,31 6ª 10 18,30 90 2490,82 27,68 136,11 123,85 11 20,39 59 1662,34 28,18 81,53 122,69 12 19,74 74 2223,83 30,05 112,66 125,63 13 24,02 116 3311,52 28,55 137,87 128,17 14 23,88 94 2602,27 27,68 108,97 125,05 15 15,58 22 579,84 26,36 37,22 128,45 121,91 455 12870,62 28,75 122,12 125,62 Reservatório 16 17,04 79 2259,61 28,60 132,61 128,37 17 17,40 72 2145,28 29,80 123,29 129,22 18 17,77 64 1856,99 29,02 104,50 131,58 19 17,92 23 653,07 28,39 **** **** 70,13 238 6914,95 28,95 **** 129,20 Manga Alta 20 31,10 131 4053,41 30,94 130,33*** 125,77 21 29,46 108 3326,02 30,80 112,90 126,20 22 14,98 59 1677,68 28,44 111,99 123,92 75,54 298 9057,11 30,06 119,90 125,57 Total Fazenda 441,18 1544 44705,95 28,90 101,33 123,56 Observações:

* Esta inconsistência pode ser resultado da troca de etiquetas dos caminhões que estava ocorrendo neste local.

** Conforme conversado na época, acredita-se que este valor esteja, na realidade, entre 65 e 70. Esta incerteza também tem origem na troca de etiquetas detectada em campo.

*** Área colhida após o talhão que apresentou baixo desempenho. **** Área com retirada de mudas.

Referências

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