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O comércio de matérias-primas entre a União Europeia e a América Latina

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Academic year: 2021

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ASSEMBLEIA PARLAMENTAR

EURO–LATINO-AMERICANA

RESOLUÇÃO:

O comércio de matérias-primas entre a

União Europeia e a América Latina

com base no relatório da Comissão dos Assuntos Económicos, Financeiros e Comerciais Correlatora PE: Catherine Grèze (Verdes/ALE)

Correlator ALC: Rafael Flechas Díaz (Parlamento Andino)

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EUROLAT – Resolução de 29 de março de 2014 – Atenas

[com base no relatório da Comissão dos Assuntos Económicos, Financeiros e Comerciais]

O comércio de matérias-primas entre a União Europeia e a América Latina

A Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana,

– Tendo em conta o artigo 208.º do Tratado de Lisboa, o qual refere que a política de desenvolvimento da União deve ter como objetivo principal a redução e, a prazo, a erradicação da pobreza,

– Tendo em conta que a política de cooperação para o desenvolvimento da União Europeia tem como objetivo principal a redução e, a prazo, a erradicação da pobreza,

– Tendo em conta a Comunicação da Comissão, de 4 de novembro de 2008, intitulada «Iniciativa "matérias-primas": atender às necessidades críticas para assegurar o crescimento e o emprego na Europa» (COM(2008)0699),

– Tendo em conta a Resolução do Parlamento Europeu, de 13 de setembro de 2011, sobre uma estratégia eficaz para a Europa no domínio das matérias-primas,

– Tendo em conta o Acordo de Durban sobre as alterações climáticas,

– Tendo em conta as políticas latino-americanas de proteção do ambiente e dos recursos naturais,

– Tendo em conta as iniciativas que os Estados latino-americanos empreendem para concluir acordos nos quais os benefícios da indústria extrativa tenham impactos importantes no desenvolvimento humano sustentável,

– Tendo em conta as recomendações adotadas pela Conferência Internacional do Trabalho (CIT),

– Tendo em conta a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho1,

– Tendo em conta a Declaração das Nações Unidas sobre os direitos dos povos indígenas, – Tendo em conta a Lei "Dodd-Frank" sobre a reforma de Wall Street e a defesa dos

consumidores2,

– Tendo em conta o Acórdão, de 28 de novembro de 2007, proferido pelo Tribunal Interamericano dos Direitos Humanos no processo Povo Saramaka vs. Suriname,

A. Considerando que a região da América Latina e das Caraíbas (ALC) é a principal fonte de recursos minerais do mundo, dado que 13 dos países da região figuram entre os 15 maiores fornecedores de recursos minerais a nível mundial,

B. Considerando que a América Latina e as Caraíbas são a região com maior diversidade

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biológica do planeta, com quase metade das florestas tropicais do mundo, 30% de toda a água doce disponível no planeta e 40% do total dos seus recursos hídricos renováveis, que, segundo a ONU, 23% das florestas mundiais localizam-se na região ALC, mas que, no entanto, a região possui a maior taxa de desflorestação do mundo e que nesta região também se encontra o maior número de espécies de árvores em perigo de extinção, ameaçadas ou vulneráveis;

C. Considerando que o Acordo de Comércio Livre entre a UE e a Colômbia e o Peru e o Acordo de Associação com a América Central aumentaram o fluxo comercial de matérias-primas da América Latina para a UE, e que estes acordos não incluem mecanismos vinculativos que assegurem a aplicação de normas ambientais, de direitos humanos e laborais;

D. Considerando que o elevado crescimento e a volatilidade dos preços das matérias-primas, estimulados pela elevada procura, pela relativa escassez e pela especulação, favoreceram a chamada «reprimarização» das estruturas produtivas da região, representando atualmente as matérias-primas cerca de 40% dos produtos de exportação;

E. Considerando que vários governos autorizaram a exploração mineira em reservas naturais, parques nacionais e regionais, pântanos, reservas florestais, terras sem culturas e outros locais protegidos;

F. Considerando a elevada correlação que existe entre conflitos sociais e exploração mineira, tanto na UE como na região ALC, como evidencia a oposição das populações locais e dos movimentos sociais europeus aos projetos de minas a céu aberto na Grécia, Espanha, Roménia e Bulgária, e a situação na Colômbia, onde a Contraloría General de la República confirma que 80% das violações de direitos humanos, em 2011, ocorreram em distritos mineiros, ou no Peru, onde a Presidência do Conselho de Ministros declarou que dos 62 conflitos sociais registados desde o início de 2013, a grande maioria deve-se aos recursos naturais e às indústrias extrativas;

G. Considerando que o aumento dos preços das matérias-primas se deve, sobretudo, à especulação financeira nas bolsas de valores, nas quais as posições especulativas prevalecem sobre a procura real e considerando que não existe qualquer regulação que controle a especulação das matérias-primas nem a nível internacional nem nos acordos bilaterais UE-ALC;

H. Considerando que a crise financeira na área do euro e uma desaceleração da economia chinesa podem ter consequências na procura mundial de matérias-primas provenientes da América Latina;

I. Considerando que, desta forma, se mantêm as tradicionais estruturas comerciais entre os países ALC e a União Europeia, caracterizadas pelo fluxo unilateral das matérias-primas para a Europa e pela crescente desigualdade das trocas de recursos naturais principalmente por produtos transformados com elevado valor acrescentado, da UE para a América Latina;

J. Considerando que a matriz energética dos países da Europa e da América Latina se baseia na energia fóssil, que aumenta e acelera o aquecimento global;

K. Considerando que basear o modelo de desenvolvimento económico na exploração de recursos naturais não é um modelo viável a longo prazo;

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L. Considerando que, em termos gerais, os países da América Latina e Caraíbas registam um elevado crescimento económico; que, todavia, estão a ter elevados custos ambientais e sociais devido à carência de mecanismos adequados de regulação, de procedimentos de planificação, de ordenamento territorial e redistribuição da riqueza, posto que os seus benefícios se concentram numa parte muito reduzida da população e considerando que a redistribuição da sua riqueza em matérias-primas deve contribuir para uma redução das desigualdades;

M. Considerando que as trocas comerciais entre a UE e a ALC, tendo em conta a finitude dos recursos naturais, os efeitos indesejáveis do atual modelo extrativo em termos de responsabilidade democrática que priva as gerações vindouras destes benefícios, a criação de emprego muito limitada, a insuficiência de receitas para os Tesouros nacionais, as pressões territoriais, a desflorestação, a escassez de água, a poluição do ar e das fontes hídricas, a perda de biodiversidade, as alterações climáticas, as deslocações populacionais e o empobrecimento das periferias urbanas, devem ser acompanhadas de mecanismos que orientem os fluxos para a diversificação do pacote de exportações, promover as exportações com valor acrescentado, reequilibrar os benefícios e desenvolver um modelo produtivo e comercial sustentável no futuro; neste sentido, uma economia ecológica deve contribuir para a erradicação da pobreza e o crescimento económico sustentável, aumentando a inclusão social; os países UE-ALC devem promover métodos de extração sustentáveis e relações comerciais equitativas entre a UE e a América Latina;

N. Considerando que a Convenção 169 da OIT estabelece que os povos indígenas devem ser consultados sobre as decisões que os afetam, entre as quais, o desenvolvimento de atividades extrativas nos seus territórios; que vários países europeus e latino-americanos ainda não ratificaram a convenção;

O. Considerando que, para superar os riscos inerentes a uma economia puramente extrativa, é fundamental promover a diversificação em outras áreas da economia, aumentar a produtividade mediante a consolidação do aparelho produtivo próprio e local com tecnologia de ponta e desenvolver políticas agropecuárias para garantir a soberania alimentar de modo sustentável, centradas no aumento do valor acrescentado, orientando prioritariamente a produção agropecuária para a segurança alimentar, a satisfação das necessidades alimentares locais, nacionais, regionais e continentais; considerando que a exploração de matérias-primas reduz a disponibilidade de terras para a produção de alimentos e contamina a terra e a água;

P. Considerando que o desafio é múltiplo e inclui questões de ordem democrática, de transparência e de institucionalidade política, questões tecnológicas e relativas à eficiência de recursos, bem como de regulação do investimento e de controlo da especulação financeira, de reexame da legislação, tanto internacional como bilateral, na procura de um modelo produtivo adequado que não ponha em risco a soberania alimentar, não destrua o ambiente, e que requer ações de curto, médio e longo prazo, negociadas entre ambas as regiões com ampla participação dos cidadãos;

1. Apela à criação de uma associação UE-ALC, alicerçada na responsabilidade partilhada pela sobrevivência do planeta, na necessidade de transição para a gestão sustentável dos recursos limitados, em particular das matérias-primas não renováveis, assegurando ao mesmo tempo que os países possam tomar decisões sobre os seus recursos naturais, na fiscalização dos benefícios e na inclusão democrática da cidadania, procurando alcançar

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um equilíbrio entre interesses e direitos; exorta ao aumento da responsabilidade social e ambiental das empresas, com o objetivo de estabelecer um equilíbrio entre os interesses económicos, as responsabilidades e os direitos humanos;

2. Insta os Estados-Membros a cooperarem entre si e com os países da América Latina no quadro de uma estratégia conjunta relativa às matérias-primas; exorta a UE e a América Latina a explorarem esta estratégia conjunta para tirarem partido das sinergias entre as políticas económicas, mineiras, industriais e ecológicas;

3. Destaca que os elevados lucros provenientes das exportações de matérias-primas deveriam ser mais bem distribuídos pela população, proporcionar um espaço orçamental maior aos governos e servir como uma plataforma de desenvolvimento sustentável;

4. Frisa que, para evitar a recessão, as economias europeia e latino-americana necessitam de regulamentar as suas trocas comerciais com base num compromisso renovado de todos os governos para revitalizar o sistema multilateral e equitativo de comércio;

5. Salienta que tal associação UE-ALC requer mudanças estruturais em ambas as partes, a fim de promover um comércio e um investimento que minimizem os efeitos socio ambientais adversos da atual situação, reorientem as economias para a redução da dependência das matérias-primas e do seu consumo, para a reciclagem e para a reutilização em ambos os continentes; sublinha, além disso, que o repto e o requisito consistem em encontrar soluções em prol de uma transição energética sustentável a longo prazo, e que, entretanto, contribuam para aumentar o bem-estar dos cidadãos sem negligenciar a proteção da natureza;

6. Destaca a importância das relações entre a UE e a América Latina no quadro do comércio de matérias-primas; insiste em que esta relação deve basear-se em interesses mútuos; assinala que, na promoção de práticas mineiras sustentáveis, é importante o intercâmbio de boas práticas em matéria de boa governação, aumento da eficiência dos recursos, reutilização e reciclagem, gestão de rejeitos e resíduos de rocha, reabilitação de «mine legacy», saúde e segurança, proteção dos trabalhadores e eliminação do trabalho infantil; 7. Alerta para as deslocações de populações, sobretudo indígenas, nos territórios onde se

exploram recursos minero-energéticos e apela aos Estados da América Latina em causa para que velem pelos direitos destas populações;

8. Congratula-se com o facto de as relações comerciais com os parceiros latino-americanos se terem tornado numa prioridade para a UE e solicita que os acordos bilaterais entre a América Latina e a União Europeia e os acordos em fase de negociação e preparação tenham em conta as normas em matéria de ambiente e saúde, incluam os mecanismos eficientes e vinculativos necessários para a preservação do ambiente físico futuro e apliquem um modelo produtivo sustentável e solidário, de acordo com a finitude dos recursos naturais; apoia, neste sentido, a cooperação para uma transição energética em prol de um modelo sustentável e solidário com políticas de economia ecológica;

9. Propõe, no que se refere ao aspeto tecnológico, uma cooperação reforçada visando a transferência de tecnologias, garantindo normas de segurança e de saúde, a infraestrutura para limitar os resíduos químicos e a poluição, permitindo um acompanhamento de toda a cadeia de produção; considera que as medidas de segurança e saúde devem ser obrigatórias para todas as empresas que operem na região ALC e na UE; insiste na

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necessidade absoluta de uma transição para matrizes produtivas sustentáveis, complementada com os recursos financeiros adequados; frisa a necessidade de uma revisão profunda das políticas em matéria de fiscalidade e «royalties», de propriedade intelectual e de transferência de tecnologias, bem como de medidas contra a fraude fiscal, que assegurem a transparência dos investimentos, a utilização dos «royalties» e o pagamento de impostos; apela aos países da UE-ALC para que lutem em conjunto contra os paraísos fiscais a partir dos quais possam operar empresas na exploração de matérias-primas;

10. Solicita a inclusão, em todos os acordos comerciais, da Iniciativa de Transparência das Indústrias Extrativas (ITIE), que deve ter caráter vinculativo tanto para a Europa como para a América Latina, abrindo as portas ao modelo «ITIE++», proposto pelo Banco Mundial, e à criação de um quadro jurídico que permita a aplicação da transmissão de informações país a país («country by country reporting»), bem como a definição e a aplicação de leis cujo conteúdo assente na Lei «Dodd-Frank» e nas respetivas disposições de execução, o que implica uma cooperação em matéria de transparência da política fiscal e de supervisão do setor financeiro, das práticas de investimento e das condições de produção, excluindo as transações comerciais de metais e hidrocarbonetos produzidos em condições de escravidão ou outras formas ilegais, ou provenientes de zonas protegidas; 11. Solicita igualmente a inclusão, nesses acordos, de mecanismos de supervisão conjunta

tanto das práticas e da transparência dos investimentos e dos seus impactos sustentáveis, como das condições de produção, e solicita a exclusão do comércio de metais e hidrocarbonetos produzidos violando os direitos laborais e humanos, como seja a produção em condições de trabalho desumanas ou outras formas ilegais, ou provenientes de áreas protegidas;

12. Exorta à inclusão, nos acordos, de cláusulas baseadas nas convenções anticorrupção, na luta contra a fraude e a evasão fiscais e a especulação financeira sobre as matérias-primas, e no respeito pelos direitos humanos, laborais e ambientais;

13. Sublinha a importância da supervisão da compatibilidade dos acordos comerciais com compromissos internacionais em matéria de direitos humanos e de ambiente, em particular, a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, de 2007, e a Resolução das Nações Unidas que reconhece o direito à água e ao saneamento como um direito humano;

14. Enaltece o facto de a Declaração de Madrid reconhecer explicitamente o princípio do direito soberano dos Estados de gerir e regulamentar os seus recursos naturais, salientando que deveriam ter-se em consideração critérios de sustentabilidade;

15. Frisa que os governos e os órgãos legislativos têm a obrigação de ter em conta os eventuais efeitos das suas decisões sobre as populações mais diretamente afetadas, incluindo os povos indígenas; salienta que, para este fim, as entidades acima referidas devem efetuar as consultas necessárias às populações afetadas e fornecer-lhes as informações apropriadas; salienta que a UE no seu conjunto e as empresas baseadas na UE que operam na América Latina devem mostrar uma conduta exemplar em questões de natureza ambiental e social, respeitando os princípios da responsabilidade social das empresas; considera indispensável ratificar e aplicar as convenções relevantes da OIT e referir os seus princípios fundamentais nos acordos que estão a ser negociados ou revistos; insta os países da CELAC e da UE, que não o tenham feito, a subscrever o mais

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depressa possível a Convenção 169 da OIT e a progredir no sentido da sua regulamentação e aplicação imediatas, tendo em conta a consulta prévia;

16. Realça que, para a América Latina, é fundamental diversificar mais o seu comércio, assente até agora nas matérias-primas, e continuar a avançar no sentido do comércio sustentável de produtos e serviços de maior valor acrescentado;

17. Exige que as empresas europeias e latino-americanas e as suas filiais prestem contas e sejam juridicamente responsáveis, no país recetor e no país de origem, por quaisquer violações dos direitos humanos, das normas em matéria de ambiente ou das normas de trabalho fundamentais da OIT cometidas pelas suas filiais no estrangeiro e pelas entidades que as controlam, com direito a recurso por parte das vítimas perante a Organização Mundial do Trabalho (OIT), a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o Centro Internacional de Resolução de Diferendos Relativos a Investimentos entre Estados e Nacionais de Outros Estados (CIRDI); salienta que a UE no seu conjunto e as empresas sediadas na UE que operam na América Latina devem mostrar uma conduta exemplar em questões de natureza ambiental, social e laboral; salienta a importância de promover a imagem da UE na América Latina, respeitando, em simultâneo, os princípios da responsabilidade social das empresas; considera que, tendo em vista o combate aos crimes ambientais, é importante apoiar a iniciativa de criar um tribunal penal internacional para o ambiente;

18. Propõe a redefinição dos critérios do novo instrumento LAIF (Latin American Investment Fund) de modo a que o seu principal objetivo seja a contribuição eficiente para o combate à desigualdade, para a erradicação da pobreza, para os objetivos do Milénio e para os objetivos de exploração sustentável dos recursos, respeitando, em simultâneo, os direitos humanos, laborais e, em particular, os direitos dos povos indígenas;

19. Apoia o reforço das instituições financeiras regionais e a melhoria das suas exigências e dos controlos sociais e ambientais, como a simplificação do acesso à informação e a participação dos cidadãos, e critérios para os controlos dos seus impactos que sejam claros e transparentes, e defende que os seus financiamentos e projetos se baseiem no desenvolvimento sustentável; apoia a criação e a entrada em funcionamento de instâncias regionais para a resolução de litígios em matéria de investimentos, que assegurem normas justas e equilibradas no momento de dirimir conflitos entre transnacionais e Estados; 20. Apela à Comissão Europeia para que crie um mecanismo de controlo tendente a impedir

a importação na UE de produtos mineiros extraídos sem garantias em matéria social, laboral, ambiental e de segurança; encoraja a Comissão a estabelecer um selo europeu de qualidade para os produtos mineiros extraídos de acordo com as normas mínimas em matéria social, laboral, ambiental e de segurança;

21. Solicita à Comissão e aos países da América Latina que desenvolvam em conjunto um sistema eficaz de rastreabilidade das matérias-primas, desde a sua extração e importação até à reciclagem e eliminação, e introduzam um sistema de certificação mútua para as matérias-primas e a respetiva cadeia de comercialização (Certified Trading Chains), a fim de garantir um comércio equitativo, e, em particular, para impedir abusos nas trocas comerciais de matérias-primas provenientes de regiões em crise; convida a Comissão a cooperar com as instituições internacionais pertinentes (ONU, OCDE, OIT) para determinar as melhores práticas de certificação e procurar a sua harmonização;

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22. Encarrega os seus Copresidentes de transmitir a presente Resolução ao Conselho da União Europeia e à Comissão Europeia, aos Parlamentos dos Estados-Membros da União Europeia e de todos os países da América Latina e das Caraíbas, ao Parlamento Latino-Americano, ao Parlamento Centro-Americano, ao Parlamento Andino, ao Parlamento do Mercosul, ao Secretariado da Comunidade Andina, à Comissão de Representantes Permanentes do Mercosul, ao Secretariado Permanente do Sistema Económico Latino-Americano e aos Secretários-Gerais da OEA e da UNASUL.

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