UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
DEPARTAMENTO DE DIREITO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO PROGRAMA DE GRADUAÇÃO
PLANO DE ENSINO
Código Disciplina Horas/Aula1
DIR 5118 Antropologia Jurídica 36
Ano Professor Período
Dr. Fernando KINOSHITA
EMENTA
TEMA I - CONCEITO DE ANTROPOLOGIA E CULTURA. TEMA II - HISTÓRICO DA ANTROPOLOGIA JURÍDICA. TEMA III - ETNOLOGIA. TEMA IV - ALTERIDADE. TOLERÂNCIA. PLURALISMO JURÍDICO. TEMA V - MOVIMENTOS ÉTNICO-CULTURAIS E NOVOS ATORES.
OBJETIVOS
Geral: a) apresentar uma visão panorâmica, inter e transdisciplinar sobre os instrumentos teóricos necessários para a compreensão das relações entre a Antropologia e o Direito.
Específicos: a) definir os conceitos fundamentais e a historicidade da Antropologia e da Antropologia Jurídica; b) relacionar a etnologia, a alteridade, a tolerância e conceitos conexos; c) compreender a idéia de pluralismo jurídico sob a perspectiva da atuação na sociedade dos movimentos étnico-culturais, novos atores e novos direitos.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
O conteúdo está detalhado de conformidade com o seguinte programa: TEMA I - CONCEITO DE ANTROPOLOGIA E CULTURA
1.1 Apresentação e Metodologia 1.2 Histórico e Evolução 1.3 Conceito 1.4 Natureza 1.5 Características 1
Nos termos do parágrafo único, do Artigo 24, da Resolução nº 017/CUN/9730 de Setembro de 1997, a duração de cada aula será de 50 minutos. Cada módulo semanal ocorre uma vez por semana com duração de 100 minutos.
TEMA II - HISTÓRICO DA ANTROPOLOGIA JURÍDICA 2.1 Histórico e Evolução 2.2 Conceito 2.3 Natureza 2.4 Objetivo e Características 2.5 Fontes Normativas
TEMA III - ETNOLOGIA 3.1 Histórico e Evolução 3.2 Conceito
3.3 Natureza
3.4 Objetivo e Características
TEMA IV - ALTERIDADE. TOLERÂNCIA. PLURALISMO JURÍDICO 4.1 Histórico e Evolução
4.2 Conceito 4.3 Natureza
4.4 Objetivo e Características
TEMA V – MOVIMENTOS ÉTNICO-CULTURAIS. NOVOS ATORES. NOVOS DIREITOS 5.1 Histórico e Evolução 5.2 Conceito 5.3 Natureza 5.4 Objetivo e Características METODOLOGIA
1) Sessões expositivas-dialogadas e eventuais debates em sala de aula, de conformidade com o fluxo natural no desenvolvimento do conteúdo e com a intensidade dos debates. 2) Apresentações e discussões de temas conexos, de acordo com o programa da presente
disciplina, vinculados às realidades nacionais e internacionais. Tais temas poderão ser apresentados na forma de seminário e/ou trabalhos escritos por parte dos (as) alunos (as) ao Professor.
AVALIAÇÃO
1) Freqüência e pontualidade;
2) Qualidade da participação nos debates;
3) Serão realizadas, no semestre letivo, duas avaliações sobre o conteúdo ministrado no período. Durante o decorrer do semestre o Professor poderá determinar a realização de novos trabalhos para avaliação, especialmente seminários, fichamentos e artigo (s), em conformidade com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A estes efeitos, à toda atividade será atribuída nota pertinente;
4) O artigo escrito deverá obedecer as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), nos seguintes termos: a) Título em português e inglês: centralizado na página, letra maiúscula, negrito; b) Sumário (Introdução, desenvolvimento, considerações finais, referências) apresentado em português e inglês ou espanhol; c) Resumo de até
250 palavras em português e em inglês: espaço simples, fonte 12; d) 03 (três) palavras-chave em português e em inglês; e) Número de páginas: De 15 a 20 páginas; f) Os artigos devem ser digitados em: - Editor de texto: Microsoft Word, - Formato: A4 (21,0 x 29,7 cm), posição vertical, - Letra: Times New Roman, - Fonte: 12, - Alinhamento: Justificado, sem separação de sílabas, - Espaçamento entre linhas: 1,5 cm, - Parágrafo: 1,25 cm, - Margens: Superior e esquerda - 3 cm; Inferior e direita - 2 cm; g) As referências às obras citadas devem seguir o sistema de referência numérica em nota de rodapé em fonte 10; h) As transcrições com até 03 (três) linhas, no corpo do artigo, devem ser encerradas entre aspas duplas. Transcrições com mais de 03 (três) linhas devem ser destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, com fonte 11 e sem aspas; i) Ao final do texto, nas Referências deverão constar, exclusivamente, as obras citadas no artigo, uniformizadas, seguindo as normas vigentes da ABNT;
5) Ao final do semestre letivo haverá uma prova final de recuperação, dela constando todo o conteúdo programático ministrado no semestre. O direito de realizar a prova de recuperação restringe-se aos (às) alunos (as) que apresentarem média final inferior à nota 6,0 (Seis) e igual ou superior a nota 3,0 (Três). Alunos (as) com nota inferior a nota 3,0 (Três) não terão direito à prova de recuperação, estando automaticamente reprovados. A nota da prova de recuperação será somada as demais notas obtidas durante o semestre e dividida pela quantidade de avaliações, estando aprovado o aluno que obtiver média final igual ou superior à nota 6,0 (Seis);
6) Nas avaliações serão atribuídas notas de 0,0 (Zero) a 10,0 (Dez). A nota final será a somatória de notas fracionadas relativas aos trabalhos indicados no item 3;
7) Para aprovação o aluno (a) deverá comparecer a 75% (Setenta e cinco porcento) das aulas ministradas. O não cumprimento dessa exigência acarretará a reprovação do (a) aluno (a) na disciplina por freqüência insuficiente (FI), independentemente das notas de avaliação.
CRONOGRAMA
As atividades serão desenvolvidas com aulas expositivas-dialogadas, leitura e reflexão coletiva de textos, exibição e discussão de filmes, de conformidade com o calendário tentativo a ser disponibilizado no Sistema Acadêmico da Graduação, compreendendo a entrega obrigatória em sala de aula dos seguintes documentos, a saber:
01 (um) Fichamento livre e reflexão individual em papel sobre a obra:
DAMATTA, Roberto. O que faz o brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco, 1986.
01 (um) Artigo coletivo em papel e no formato eletrônico (este a ser enviado ao seguinte endereço: fkonsult@yahoo.com.br), conforme item 4 da AVALIAÇÃO supra mencionada sobre o tema do seminário pertinente.
BIBLIOGRAFIA (Básica)
COLAÇO, Thais Luzia (Org.). Elementos de Antropologia Jurídica. São Paulo: Conceito Editorial, 2011.
DAMATTA, Roberto. O que faz o brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco, 1986. Disponível on-line em: docs.google.com/file/d/0B46vjiRI8hGuX2VqckY3UmdDYjA/edit.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA/ CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E DISSEMINAÇÃO DE INFORMAÇÕES. Brasil: 500 anos de povoamento. Rio de Janeiro: IBGE, 2007.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 14 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001. Disponível on-line em:
<https://comunicacaoeesporte.files.wordpress.com/2010/10/cultura-um-conceito-antropologico.pdf>.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO. Acordo de Paris. Paris:
ONU, 2015. Disponível on-line em:
http://www.mestradoprofissional.gov.br/portal/images/stories/PDFs/160825_paris_agreement.pdf
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO. As perguntas mais
frequentes sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). s/l: PNUD, s/d.
Disponível on-line em: http//hdr.undp.org.
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO. Relatório do
Desenvolvimento Humano 2004: Liberdade Cultural num Mundo Diversificado. Lisboa: PNUD,
2004. Disponível on-line em: http//hdr.undp.org.
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO. Relatório do
Desenvolvimento Humano 2002: Aprofundar a democracia num mundo fragmentado. Lisboa:
PNUD, 2002. Disponível on-line em: http//hdr.undp.org.
WOLKMER, Antonio Carlos; MELO, Milena Petters (Org.). Constitucionalismo latino-americano: tendências contemporâneas. Curitiba: Juruá, 2013.
BIBLIOGRAFIA (Complementar)
ASSIS, Olney Queiroz; KÜMPEL, Vitor Frederico. Manual de antropologia jurídica. São Paulo:
Saraiva, 2011. Disponível on-line em:
docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnxicmFzaWxlc3R1ZGFudG UxMHxneDoxZGY1ZmFiNDI1NTk4ZWRi.
BARBOSA, Marco Antonio. Autodeterminação: direito à diferença. São Paulo: FAPESP, 2001. BEAUD, Stéphane; WEBER, Florence. Guia para pesquisa de campo: Produzir e analisar dados etnográficos. Petrópolis: Editora Vozes, 2007.
BOAS, Franz. A formação da antropologia americana 1883-1911. Rio de Janeiro: UFRJ, 2004. ___________. Antropologia cultural. 3. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
CLASTRES, Pierre. Investigaciones en antropología política. Barcelona: GEDIA, 1981. ________________. A sociedade contra o estado. 5. ed. Rio de janeiro: ESCA, 1990.
COLAÇO, Thais Luzia. “Incapacidade” indígena: tutela religiosa e violação do direito guarani nas missões jesuíticas. Curitiba: Juruá, 2000.
_____________; DAMAZIO, Eloise da Silveira Petter. Novas perspectivas para a antropologia jurídica na América Latina: o direito e o pensamento decolonial. Florianópolis: FUNJAB, 2012. COPANS, J. et. al. Antropologia ciência das sociedades primitivas? Lisboa: Edições 70, 1971. CUCHE, Denys. A noção de cultura nas ciências sociais. 2. ed. Bauru: EDUSC, 2002.
DAMATTA, Roberto. Relativizando: uma introdução à antropologia social.
DUSSEL, Enrique. 1492 a origem do mito da modernidade: o encobrimento do outro. Petrópolis: Vozes, 1993.
GEERTZ, Clifford. Nova luz sobre a antropologia. Rio de Janeiro: ZAHAR, 2001.
GRUPIONI, Luís Donisete Benzi; VIDAL, Lux; FISCHMANN, Roseli. (Org.). Povos indígenas e tolerância: construindo práticas de respeito e solidariedade. São Paulo: EDUSP, 2001.
KUPER, Adam. Antropólogos e antropologia. Rio de Janeiro: F. Alves, 1978. ____________. Cultura: a visão dos antropólogos. Bauru: EDUSC, 2002.
LÉVI-STRAUSS, Claude. O pensamento selvagem. 5. ed. Campinas: Papirus, 1989.
_____________________. Antropologia estrutural. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2003. _____________________. Raça e história. 2.ed. Lisboa: Presença, 1952.
LOSANO, Mario G. Os grandes sistemas jurídicos. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
MALINOWSKI, Bronislaw. Crimen y costumbre en la sociedad salvaje. Barcelona: Ariel, 1978. MERCIER, Paul. História da antropologia. Rio de Janeiro: Eldorado, 1974.
OLIVEIRA, Luís Cardoso de. Caminhos da identidade: ensaios sobre etnicidade e multiculturalismo. São Paulo; UNESP, 2006.
________________________. Direito legal e insulto moral: dilemas da cidadania no Brasil, Quebec e EUA. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.
_______________________ et. al. Ensaios antropológicos sobre moral e ética. Rio de Janeiro: Tempo Universitário, 1996.
PAULINO, Gustavo Smizmaul. Antropologia jurídica. São Paulo: Saraiva, 2010.
PEIRANO, Mariza. A teoria vivida: e outros ensaios de antropologia. Rio de Janeiro: Zahar, 2006. _______________. Uma antropologia no plural: três experiências contemporâneas. Brasília: UNB, 2002.
POUTIGNAT, Philippe; STREIFF-FRENART, Jocelyne. Teorias da etnicidade: seguido de grupos étnicos e suas fronteiras de Fredrik Barth. São Paulo: UNESP, 1998.
RADCLIFFE-BROWN, A. R. Structure and function in primitive society. Londres, 1952. RAMOS, Alcida R. O antropólogo: ator político, figura jurídica. Brasília: UNB, 1990. ROCHA, Everardo. O que é etnocentrismo. 19. ed. São Paulo: Brasiliense, 2004.
ROULAND, Norbert. Nos confins do direito: antropologia jurídica da modernidade. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
SANTILLI, Juliana. Socioambientalismo e novos direitos: proteção jurídica à diversidade biológica e cultural. São Paulo: IEB, 2005.
SANTOS, Boaventura de Sousa. (Org.). Reconhecer para libertar: os caminhos do cosmopolitismo multicultural. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
SELL, Sandro César. Ação afirmativa e democracia racial: uma introdução ao debate no Brasil. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2002.
SHIRLEY, Robert Weaver. Antropologia jurídica. São Paulo: Saraiva, 1987. SIDEKUM, Antônio. (Org.). Alteridade e multiculturalismo. Ijuí: UNIJUÍ, 2003.
SILVA, Aracy Lopes da; GRUPIONI, Luís Donisete Benzi. A temática indígena na escola: novos subsídios para professores de 1º. e 2º. graus. São Paulo: Global, 1998.
SILVA, Orlando Sampaio et. al. (Org.). A perícia antropológica em processos judiciais. Florianópolis: UFSC, 1994.
SOUZA FILHO, Carlos Frederico Marés de. O Renascer dos Povos Indígenas para o Direito. Curitiba: Juruá, 2012.
TORODOV, Tzvetan. A conquista da América: a questão do outro São Paulo: Martins Fontes, 1993.
WOLKMER, Antônio Carlos. Pluralismo jurídico: fundamentos de uma nova cultura no direito. 2. ed. São Paulo: Alfa Omega, 1997.
ZAMBRANO, Carlos Vladimir. Apropiación y reconocimento de los redechos de la diversidad étnica: antropología jurídica para la globalidad. México: UDUAL, 2003.
OBSERVAÇÃO: COM VISTAS A ENRIQUECER DE FORMA PERMANENTE TANTO OS DIÁLOGOS QUANTO AS REFLEXÕES EM MÚLTIPLAS DIMENSÕES, OUTRAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PODERÃO SER OPORTUNAMENTE ACRESCENTADAS NO TRANSCURSO DO SEMESTRE.