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Publicação do Banco Nacional de Angola (BNA). É permitida a reprodução das matérias, desde que mencionada a fonte.

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Academic year: 2021

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1. Enquadramento

...………...

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2. Estrutura De Governação Corporativa no BNA

...………...

4

3. Estratégia e Planeamento

...………...

7

4. Estrutura de Controlo Interno do BNA

...…...

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5. Perspectivas 2021

...…………..………...

14

6. Disposições Finais

...………...

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1. ENQUADRAMENTO

O Banco Nacional de Angola (BNA) reconhece a importância da implementação de boas práticas de governação corporativa e está comprometido com o cumprimento dos mais altos padrões a nível de todas as actividades da organização, contando para tal com o contributo de todos os seus trabalhadores.

Neste âmbito, ao longo de 2020 implementou uma série de iniciativas, das quais destacam- se as seguintes: • Revisão da Lei do Banco Nacional de Angola – visando ir ao encontro das melhores práticas em termos de governação do Banco Central, bem como, clarificar o regime aplicável às relações entre este e o Executivo. Foram ainda introduzidas alterações quanto aos mandatos dos membros e funcionamento do Conselho de Administração, do Conselho de Auditoria e outros órgãos colegiais do Banco Nacional de Angola.

• Criação de comités e subcomités de suporte ao Conselho de Administração e adequação dos já

existentes visando torná-los mais actuantes e dinâmicos.

• Dinamização do Sistema de Controlo Interno do BNA, definido pelas 3 Linhas de Defesa, através da implementação de várias acções, visando assegurar a melhoria do mesmo e a implementação de um sistema mais robusto, a nível transversal.

Considerando o acima exposto, entendeu-se como necessária a elaboração e divulgação do Relatório de Governação Corporativa e Controlo Interno do Banco Nacional de Angola com periodicidade anual.

Importa realçar que o modelo de governação do BNA é definido com base na Lei n.º 16/10, de 15 de Julho, Lei do Banco Nacional de Angola, bem como as melhores práticas de Governação Corporativa e outros documentos internos de relevância.

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2. ESTRUTURA DE GOVERNAÇÃO CORPORATIVA NO BNA

2.1. Framework Legal

No âmbito legal, destacar que a Governação Corporativa do BNA é instituída pela Lei n.º 16/10, de 15 de Julho, Lei do Banco Nacional de Angola, que define o Banco como uma pessoa colectiva de direito público, dotada de autonomia administrativa, financeira e patrimonial.

2.2. Modelo de Governação

No que respeita ao modelo de governação do BNA, o mesmo é composto pelo Governador, 2 Vice-Governadores e 4 Administradores de Pelouro, que formam o Conselho de Administração (CA) do Banco. Este modelo, enquadra-se no modelo In- House, onde um único órgão é responsável pela tomada de decisões no âmbito da governação e da gestão do Banco, sendo o mesmo igualmente responsável pela instituição de mecanismos de controlo.

Neste âmbito, o Organigrama do BNA actual ilustra o Modelo de Governação do Banco e como as suas Unidades Organizacionais (UO) se encontram organizadas.

---Governador

(José de Lima Massano)

Vice-Governador

(Manuel Tiago Dias)

Vice-Governador

(Rui Miguêns de Oliveira)

Assessoria

Audiroria interna e Comunicação José de Lima

Massano - Governador

Gabinete do Governador - Ana Maria Paula de Oliveira

Supervisão Bancária - Elavoko do Rosário Chaves João

Mercado de Activos -Tânia Patricia de Oliveira

Mendes Lopes

Relações Institucionais -Eduardo Amâdio de Oliveira Quissanga

Gabinete de Acompanhamento de Credito - Marcos de Nazaré Arsénio do Rosário Neto

Tecnologias de Informação

- Maria Antónia Carlos Elisabete da Costa CristeloPatrimónio e Serviços -Auditoria Interna -

Gilberto Moisés Moma Capeça Supervisão Não Bancária - Silvino Cuta Bento Sebastião Kivampolo Tuma Estudos Económicos

Contabilidade e Gestão Financeira - Maria Juliana

Carvalho Fontes Pereira

Controlo Cabial - Veloso Ndunguini Filipe Pedro

Sistemas de Pagamentos -Edgar Bruno Menezes Gomes José da Costa

Gabinete Juridico -Henriques Eduardo Dambi Comunicação e Museu -

Amélia Cláudia dos Santos Burity Vaz Borja Correia Neto

Regulação e Organização do SF - Carla Marisa

Madeira Gomes

Estatística - Joel Bumba

Samba Futi Capital Humano - Domingos Pinto

Gestão de Reservas -Avelino António Caridade

Martins dos Santos

Operações Bancárias

-João Romão Coje Interna - José João BorgesGabinete de Seguraça Conduta Financeira -

Osvaldo Manuel Pedro dos Santos

Meio Circulante -Sebastião Franque Banganga

Inclusão Financeira - Teresa Nainde Evaristo Pascoal

Gestão de Risco e Compliance - Carla Marisa

Sanches Araújo

Organização e Planeamento - Danara

de Macedo Delegações Regionais

BRA - Hélder Amadeu Gomes Varela BRS - Sandro Andérito Afonso dos Santos BRO - Gonçalo Ventura Antunes Rita BRL - José Baptista BRC - Rafael Bumba BRD - Osvaldo Afonso Santana BRU - Alberto António Manuel Alfredo

33 Departamentos

(Incluindo as Delegações Regionais)

Regulação e Supervisão Rui Mingas de Oliveira

-Vice - Governador

Mercado de Activos, Estudos Estatístico e Meio Circulante Manuel Tiago Dias Vice

-Governador

Relações Institucionais, Gestão Financeira,

Capital Humano e Inclusão Financeira Beatriz de Andrade dos Santos - Administradora

Acompanhamento ao Credito, Controlo Cambial,

Reservas e Risco e Compliance Miguel Bartolomeu Miguel

-Administradora

Tecnologias, Sistema de Pagamentos, Operações

Bancárias e Organização Pedro de Castro e Silva

-Administradora

Gestão Patrimonial Segurança, Jurídico e Rede Regional Tavares André Cristóvão

-Administradora

Comités

Conselho Consultivo Conselho de Administração (Eliana Maria Fortes Santos, Daniel Naulila deConselho de Auditoria

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2.2.1. COMITÉS E SUBCOMITÉS DO BANCO NACIONAL DE ANGOLA

Ao abrigo do Artigo n.º 62 da Lei n.º 16/10, de 15 de Julho, Lei do BNA, o CA está autorizado a criar Comissões Executivas eventuais e permanentes, sobre as quais pode delegar poderes visando a descentralização e bom funcionamento dos serviços da organização. Neste âmbito, o BNA instituiu uma série de comités, tendo como objectivo o suporte no processo de tomada de decisão a nível da Instituição, nomeadamente:

Comité Composição

Subcomité responsável por prestar suporte à definição da estratégia de actuação do mercado monetário e cambial, em linha com as orientações do Comité de Política Monetária (CPM) e proceder ao acompanhamento da implementação das decisões tomadas no CPM e demais decisões do CA.

Comité a quem compete apoiar na definição de directrizes e estratégias no âmbito da estabilidade financeira, para a mitigação do risco sistémico, assim como promover a adopção de políticas macrosprudenciais em articulação com as demais entidades de supervisão do Sistema Financeiro Nacional.

• Membro do CA responsável pelo DMA – Presidente; • ADM do DCC;

• ADM do DEE; • ADM do DES;

São igualmente membros permanentes do SME, os seguintes responsáveis:

• Directores DMA, DCC, DEE, DES, DSP, DGR e DCG.

• Governador - Presidente; • Vice-Governadores;

• ADMs dos pelouros representados no COMEF; • Directores do DSB, DSN, DCF, DEE, DES, DMA, DCC, DSP, DRO e DIF;

• Outras entidades Reguladoras do Sistema Financeiro, quando convidadas pelo Presidente do COMEF. • Membro do CA responsável pelo pelouro de Regulação e Supervisão - Presidente

• ADMs dos pelouros representados no SIF;

• Directores do DIF, DSB, DCF, DEE, DES, DMA, DCC, DSP; • Governador - Presidente;

• Todos os membros do CA;

• Directores DGR, DOB, DEE, DES, DCF, DRC e Subcomité

Mercados (SME)

Comité a quem compete estabelecer directrizes de política monetária, analisar e decidir sobre matérias relacionadas e decidir sobre a Taxa Básica de Juros – Taxa BNA, no quadro da política monetária, visando permitir ao CA do BNA o cumprimento das suas atribuições.

• De pleno direito:

i. Governador do BNA, Vice-Governadores e ADMs. • Convidados permanentes:

ii. Directores do DEE, DMA, DES, DSP, DGR, DCC e GAC. Comité de Política Monetária e Cambial (CPM) Comité de Estabilidade Financeira (COMEF)

Subcomité responsável por prestar suporte à definição da estratégia de actuação e políticas no domínio da Inclusão Financeira e efectuar o acompanhamento da sua implementação, em linha com orientações do comité de estabilidade financeira (COMEF).

Subcomité de Inclusão Financeira (SIF)

Comité interno do BNA, que tem como objectivo apoiar o CA na definição, análise, aprovação e monitorização das aplicações do BNA no mercado financeiro internacional. Comité de Gestão

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Subcomité Ética (SET)

Subcomité responsável por assegurar o suporte no processo de definição, aplicação e acompanhamento das normas e procedimentos relacionados com a cultura de integridade ética e corporativa.

• Vice-Governador - Presidente • ADMdoDCH

• ADMdoDRC

São igualmente membros permanentes os seguintes responsáveis:

• DCH, DRC e DCM;

• 2 membros externos ao BNA. Secretariado: DRC

Subcomité de Gestão de Reservas (SCGR)

Subcomité responsável por prestar suporte ao CGR na análise, coordenação e monitorização da carteira de investimentos sob gestão do BNA, no desempenho das funções enquanto gestor das disponibilidades externas do país.

• Director DGR – Coordenador

• Subdirector DGR e 1 Técnico DGR, DEE, DES, e DMA (nomeados por período de 3 anos) • 2 Técnicos DCF, DRC e DOB (assento permanente)

Subcomité de Gestão de Projectos (SGP)

Subcomité responsável por gerir e acompanhar a Carteira de Projectos do BNA.

• 1 Vice-Governador – Presidente; • 3 ADM;

• Directores DOP, DPS, DCG, GJU, DRC, DCM, DTI e DCH.

• Secretariado: DOP Comité de

Aquisições (CAQ)

Comité responsável pela validação, monitorização e controlo dos processos inerentes à realização de despesas correntes e de investimento com cabimentação orçamental, sem prejuízo de situações não previstas no orçamento.

• 1 Vice-Governador – Presidente; • 3 ADM – Pelouros Património e Serviços, Capital Humano, e Organização; • Directores DPS, DCG e GJU; • Secretariado: DPS

Comité de Governação Corporativa (CGC)

Comité de carácter deliberatório no processo de tomada de decisão sobre as diferentes temáticas no âmbito da GC. O mesmo incorpora 5 Subcomités, Gestão de Projectos, Risco, Ética, Capital Humano, e Governação de TIs.

• Governador - Presidente; • Todos os membros do CA

• Directores DOP, DCM, DCH, DRC, DTI e GSI Secretariado: DOP

Subcomité de Gestão de Riscos (SGR)

Subcomité responsável por avaliar e fazer recomendações sobre todas as questões no âmbito da Gestão do Risco.

• ADM do DRC; • ADM do GSI;

• Directores DRC, DCH, DTI, DOP, DPS, GSI, DGR e DMA. Secretariado: DRC

Subcomité de Governação das TI (SGTI)

Subcomité responsável por assegurar que a função de TI suporta a estratégia do Banco e prestar suporte na tomada de decisões relativamente às TI do Banco.

• 1 Vice Governador – Presidente; • ADM do DTI;

• Directores DTI, DRC, DOP, DPS, DCM, DCH, DCG e GSI; Secretariado: DTI

Subcomité de Gestão de Capital Humano (SCH)

Subcomité responsável por avaliar e fazer recomendações sobre todas as questões no âmbito do Capital Humano.

• ADM do DCH; • ADM do DOP;

São igualmente membros permanentes do SCH, os seguintes responsáveis:

• Directores DCH, DRC e DOP; Secretariado: DCH

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2.2.2. DESTAQUES 2020

• Criação do Comité de Controlo Interno (CCI); • Criação do Comité de Regulação e Normas (CRN);

• Adequação e alteração da designação do Comité de Aquisições e Projectos (CAP) passando a designar-se Comité de Aquisições de Bens e Serviços (CAQ);

• Adequação dos Subcomités do Comité de Governação Corporativa (CGC): Subcomité de Governação de Tecnologias de Informação (SGTI); Subcomité de Gestão do Risco (SGR);

Criação do Subcomité de Gestão de Projectos (SGP).

3. ESTRATÉGIA E PLANEAMENTO

O Banco Nacional de Angola, na sua qualidade de banco central e emissor, tem como missão “Assegurar a estabilidade

de preços e a solidez do sistema financeiro” e como principais funções assegurar a preservação do valor da moeda nacional e participar na definição das políticas monetária, financeira e cambial.

Igualmente, compete ao Banco Nacional de Angola a execução, acompanhamento e controlo das políticas

monetária, cambial e de crédito, a gestão do sistema de pagamentos e administração do meio circulante no âmbito da política económica do País.

O BNA está comprometido em consolidar a sua reputação perante a sociedade, neste âmbito, definiu para o quinquénio de 2018-2022 uma visão objectiva e competitiva, bem como um lema para a instituição, nomeadamente:

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Lema - “Gerar Valor para a Sociedade”.

Neste sentido, para sustentabilidade da sua missão e visão, a actuação do BNA é pautada por um conjunto de valores, os quais formam o acrónimo ÉTICA, nomeadamente:

• Espírito de Equipa; • Transparência; • Integridade; • Competência; • Atitude.

Estas peças em conjunto definem o Referencial Estratégico do BNA e norteiam o processo de Planeamento

Estratégico da Instituição.

O processo de planeamento estratégico desempenha um papel de relevância na gestão diária do BNA, tendo impacto na organização e no alcance da sua missão.

A elaboração do Plano e respectivo acompanhamento está sob responsabilidade do Departamento de Organização e Planeamento (DOP) e observa 3 etapas, nomeadamente:

1. Etapa da Definição

Na etapa da definição o CA aprova o balanço do ciclo anterior e delibera sobre o início do novo ciclo plurianual, definindo os temas estratégicos e prioritários que irão orientar a perspectiva do BNA para o novo período de vigência do Plano Estratégico.

Após esta fase, é concebido e aprovado o Plano Estratégico, que inclui o diagnóstico situacional com base nos contextos externo (PESTAL) e interno (FOFA), referencial estratégico (missão, visão e valores), identidade visual, objectivos estratégicos, indicadores corporativos e metas, linhas de orientação estratégicas e acções estratégicas (entregas e marcos temporais). Neste âmbito, a concepção do Plano deve considerar o alinhamento entre os planos anuais de actividades (PAA), plano anual de formação (formação específica e transversal), plano de aquisições e orçamento anual.

2. Etapa da Implementação

Nesta etapa, são aprovados e executados o plano anual de actividades consolidado (acções estratégicas e correntes considerando a cadeia de valor), plano anual de formação (competências alinhadas à estratégia) e gestão orçamental alinhada à estratégia.

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3. Etapa da Monitorização e Revisão

Esta etapa prevê a monitorização do plano a qual é feita através dos seguintes mecanismos de controlo: • Reportes mensais ao Administrador de Pelouro;

• Relatórios Trimestrais de Gestão reportados ao DOP até ao 8o dia útil logo a seguir´ao trimestre pelas UO´s; • Apresentação de balanços em reuniões de avaliação da estratégia (retiro do CA, reuniões ordinárias ou extraordinárias do CA e encontro de gestores) ou por meio do Balanço de Execução do Plano Estratégico alinhado à avaliação de desempenho por objectivos.

A Revisão faz parte do processo de melhoria contínua do processo de planeamento estratégico, em função do contexto e dos desafios do BNA. Por conseguinte, após aprovação do balanço pelo CA, é feita a divulgação através dos canais de comunicação interna do BNA.

Para informações adicionais sobre os Objectivos Estratégicos do BNA para o período em vigor, consulte o NZIMBU 2018-2022, disponível no site institucional

(https://www.bna.ao/Conteudos/Artigos/lista_artigos_medi-as.aspx?idc=139&idsc=16 351&idl=1).

Adicionalmente, somos a destacar durante o ano de 2020, no âmbito da estratégia, a relização do Programa de Transfor-mação das Tecnologias de InforTransfor-mação, que visou reestruturar o Departamento de Tecnologias de InforTransfor-mação (DTI) do Banco, no sentido de tornar a sua actuação mais eficiente.

Igualmente, deu-se início à implementação do Projecto de Gestão Documental (PGD), que consiste na automação a nível do processo do pagamento de facturas, assinaturas digitais e aquisições de bens e serviços pela Instituição, tendo como objectivo uma redução significativa do uso de papel no BNA.

3.1. Comunicação Interna

Considerando a importância de uma comunicação clara, objectiva e efectiva ao nível da organização, o BNA passou a utilizar uma série de canais de comunicação, nomeadamente, Intranet (portal do BNA), o Yammer, TV Corporativa, Revista Institucional (Cauri), Sessões Informativas, Encontro de Gestores, bem como palestras e seminários internos e externos quando necessário.

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4. ESTRUTURA DE CONTROLO INTERNO DO BNA

4.1 Sistema de ControloInterno

O sistema de controlo interno do BNA foi implementado com base no Modelo das 3 Linhas de Defesa (3 níveis) e é assegurado pela actuação integrada do Conselho de Auditoria (CAUD), Comité de Controlo Interno (CCI), Subcomité de Gestão de Risco (SGR), o Departamento de Gestão de Risco e Compliance (DRC), o Departamento de Auditoria Interna (DAI) e outras Unidades Organizacionais do BNA.

A nível da Governação nquadram-se o Conselho de Auditoria, o Comité de Controlo Interno e o Subcomité de Gestão de Risco, que passamos a descrever a seguir:

Conselho de Auditoria, Comité de Controlo Interno e Subcomité de Gestão de Risco

O Conselho de Auditoria, é operacionalizado em linha com o disposto na Lei n.º 16/10, de 15 de Julho, Lei do BNA; tem como responsabilidades acompanhar o funcionamento do BNA e o cumprimento das leis e regulamentos que lhe são aplicáveis, emitir pareceres acerca do orçamento e certificar as demonstrações financeiras e respectivos anexos. Deve ainda examinar as casas-fortes e os cofres do BNA sempre que se julgue conveniente, referir ao Governador ou ao CA qualquer assunto que entenda que deve ser ponderado.

Durante o ano de 2020, ocorreu a mudança dos membros do Conselho de Auditoria, tendo sido igualmente criado o CCI e dinamizado o SGR (conforme mencionado no ponto sobre os comités) visando reforçar o controlo interno a nível do Banco. No que se refere ao nível operacional, observa-se o modelo das 3 linhas que se define como uma forma simples e eficaz de melhorar a comunicação da gestão de riscos e controlo por meio do esclarecimento dos papéis e responsabilidades essenciais de cada Unidade Organizacional.

O modelo das Três Linhas de Defesa compreende três grupos (ou linhas) envolvidos na gestão de risco, nomeadamente: • 1º Nível – Unidades Organizacionais (Função de gestão e donos dos riscos);

• 2º 2o Nível – Departamento de Gestão de Risco e Compliance (Função de supervisão dos riscos); • 3º Nível – Auditoria Interna (Função de avaliação independente)..

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Responsabilidades:

Órgão de Governação

Resposabilidade perante as Partes Interessadas pela Supervisão da Instituição

Funções do Órgão de Governação: Integridade, liderança e transparência

GESTÃO

Acções (incluindo gestão de risco) para alcançar os objectivos da organização

AUDITORIA INTERNA Garante independência

Funções de Terceira Linha

Fornecimento de produtos/serviços aos clientes,

gestão de risco

Perícia, apoio, acompanhamento, e desafio

das questões relacionadas com o risco

Garantia independente, objectiva e aconselhamento em todas as questões relacionadas com

a consecução os objectivos

Funções de Segunda Linha Funções de Primeira Linha

Funções do Órgão de Governação: Integridade,

Liderança e transparência

Órgão de Governação

Aceita responsabilidade perante os stakeholders pela supervisão da organização;

Compromete-se com os stakeholders a monitorizar os seus interesses e a comunicar de forma transparente a prossecução dos objectivos; Mantém uma cultura promotora de comportamento ético e responsável;

Cria estruturas e processos de governação, incluindo comités auxiliares se necessário; Delega responsabilidades e atribui recurso à gestão para atingirem os objetivos da organização;

Determina o apetite ao risco da organização e supervisiona a gestão de risco (incluindo o controlo interno); Mantém a supervisão sobre a conformidade com as exigências legais, regulamentares e ética;

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Responsabilidades:

O sistema de controlo interno do BNA foi implementado com base no Modelo das 3 Linhas de Defesa (3 níveis) e é assegurado pela actuação integrada do Conselho de Auditoria (CAUD), Comité de Controlo Interno (CCI), Subcomité de Gestão de Risco (SGR), o Departamento de Gestão de Risco e Compliance (DRC), o Departamento de Auditoria Interna (DAI) e outras Unidades Organizacionais do BNA.

Auditoria Interna

O Departamento de Auditoria Interna (DAI), 3ª linha de defesa no âmbito do sistema de controlo interno, assegura de forma contínua a efectividade da gestão dos riscos e dos processos de governação e controlo interno da organização.

O DAI encontra-se alocado ao pelouro do Governador reportando directamente ao mesmo, e assegura a estreita articulação entre os demais membros do CA e com o Conselho de Auditoria sempre que necessário. Igualmente, é responsável por informar ao CA e Corpo Directivo, sobre potenciais exposições ao risco e constrangimentos no âmbito do controlo interno sempre que necessário, bem como submeter relatórios periódicos sobre as auditorias efectuadas e ponto de situação sobre a implementação das recomendações feitas no âmbito das mesmas.

No mesmo âmbito, o DAI tem a responsabilidade de coordenar o acompanhamento da implementação das recomendações reflectidas no Relatório Anual de avaliação do Sistema de Controlo Interno (SCI), emitido pelo auditor externo, no Relatório e Contas do BNA e no Relatório das Salvaguardas do FMI.

Funções de Primeira Linha

Lidera e orienta acções (incluindo gestão de risco) e a aplicação dos rercursos detinados à consecução dos objetivos da organização; Mantém um diálogo contínuo com órgão de governação, e reporta sobre resultados planeados, reais e previsionais relacionados com os objetivos da organização e risco;

Estabelece e mantém estruturas e processos adequados à gestão das operações e risco (incluindo controlo interno); Garante a conformidade com as exigências legais, regulamentares e éticas.

Funções de Segunda Linha

Funções de Terceira Linha

Gestão

Adiciona perícia, dá apoio, monitoriza e incentiva a gestão de risco, incluindo: a) O desenvolvimento, concretização e melhoria contínua nas práticas de gestão de risco (incluindo controlo interno) a nível da entidade, processos e sistemas; b) A Consecução dos objetivos da gestão de risco, tais como: conformidade com leis, regulamentos, e comportamentos eticamente aceitaveis; controlo interno; segurança de informação e tecnologia; sustentabilidade; garantia de qualidade.

Fornece análise e relatórios sobre a adequação e eficácia da gestão de risco (incluindo controlo interno).

Mantém a responsabilidade principal perante o órgão de governação e independência das das responsabilidades das gestão;

Transmite garantia de fiabilidade indepente e objectiva, aconselha a gestão e o órgão de governação sobre a adequação e eficácia do governo e da gestão de risco (incluindo controlo interno) no apoio à prossecução dos objetivos da organização, promovendo e favorecendo a melhoria contínua;

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Importa dar nota do papel de relevância do Comité de Controlo Interno - CCI, onde o DAI é membro e tem a responsabilidade de secretariar as reuniões deste órgão, bem como materializar as recomendações daí advindas. Neste âmbito, o referido comité tem como objectivo prestar suporte ao CA e ao Conselho de Auditoria no processo de fiscalização e acompanha-mento do funcionaacompanha-mento e gestão interna do BNA, assim como assegurar a conformidade dos procediacompanha-mentos do DAI e acompanhar o trabalho desta UO em relação a implementação das recomendações do auditor externo, contribuindo deste modo para a consolidação do sistema de controlo interno do BNA.

Relativamente à situação pandémica que se viveu em 2020, o DAI teve um papel relavante no sentido da realização de auditorias constantes às UO de alto risco, visando assegurar o cumprimento das normas, regulamentos e procedimentos instituídos.

Gestão de Riscos e Compliance

A gestão de riscos e o compliance, assegurada pelo Departamento de Gestão de Risco e Compliance, 2ª Linha de Defesa, é de extrema relevância para a governação e gestão do BNA, assegurando a implementação de controlos adequados para a identificação, análise, medição e tratamento dos riscos, bem como o reporte regular ao Conselho de Administração e a manutenção de um sistema de controlo interno robusto.

No que se refere ao Compliance, o BNA rege-se de acordo com as Leis, normas e boas práticas internacionais e implementa

políticas de modo a evitar, detectar e tratar quaisquer desvios ou inconformidades que possam ocorrer, sendo que a conformidade com a mesmas deve ser exercida por todas as UO da instituição.

No âmbito do Ciclo de Gestão de Risco, houve actualizações a nível da avaliação dos riscos e respectivos indicadores num total de 13 UO, tendo sido por consequência desta solicitada a elaboração de planos de acção para a mitigação dos riscos identificados.

Em relação ao Compliance interno, deu-se continuidade ao processo de preparação das condições documentais para a efectiva execução da gestão da conformidade interna, tendo-se dado início à elaboração do Código de Ética, Política de Conflitos de Interesses e Política de Prevenção à Fraude, Suborno e Corrupção. Adicionalmente, foi iniciado o processo de avaliação do risco de branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo, sanções e embargos, fraude, suborno e corrupção.

Igualmente, considerando o actual contexto, o Departamento de Gestão de Risco e Compliance, teve um papel relevante na implementação e coordenação do plano de gestão de crise com as demais Unidades Organizacionais, visando assegurar

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5. PERSPECTIVAS 2021

Considerando o actual contexto causado pela pandemia da COVID-19, e o impacto que a mesma está a ter a nível global, o BNA continuará a envidar esforços no que respeita a Governação Corporativa, cumprindo com as melhores práticas em vigor e promovendo a adopção de novas práticas que contribuam para a melhoria da sua governação e gestão, destacando para o efeito, a revisão da Lei do Banco Nacional de Angola, cuja implementação se prevê assim que a mesma seja aprovada pela Assembleia Nacional.

No que se refere às perspectivas para 2021, somos a elencar as seguintes:

• Implementação da nova Lei do Banco Nacional de Angola, considerando que a mesma terá um impacto considerável a nível da Governação Corporativa;

• Reestruturação Funcional do BNA prevista no âmbito do Nzimbu 2021;

• Dinamização dos Comités recentemente criados, visando torná-los mais efectivos no âmbito da Governação Corporativa e Sistema de Controlo Interno;

• Implementação do Portal de Fornecedores do BNA, visando tornar o processo de aquisição da Instituição mais eficiente e alinhado às melhores práticas;

• Implementação de uma Solução de Gestão Corporativa de Projectos (EPM), visando tornar a gestão da carteira de

projectos mais efectiva;

• Interface para Aplicação Móvel BNA (STMI/RTP) - tem como objectivo a implementação de um módulo na solução SPTR (Sistema de Pagamento em Tempo Real), que visa permitir que entidades financeiras não bancárias, possam realizar liquidações sem a participação de um Banco Comercial;

• Consolidar a Solução de Gestão Documental, com o objectivo de tornar o processo de gestão documental mais eficiente (facilitar a interacção entre as UO, redução do consumo do papel, sistema centralizado que irá facilitar o

acesso e uso de informação de relevância por toda a organização);

• Implementação do Programa de IT Governance, em linha com as melhores práticas vigentes;

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6. DISPOSIÇÕES FINAIS

As revisões e actualizações do presente relatório são da responsabilidade do Conselho de Administração do Banco Nacional de Angola. O presente relatório é elaborado e publicado anualmente.

7. GLOSSÁRIO

• DCC – Departamento de Controlo Cambial • DCF – Departamento de Conduta Financeira

• DCG – Departamento de Contabilidade e Gestão Financeira • DCH – Departamento de Gestão do Capital Humano • DCM – Departamento de Comunicação e Museu • DEE – Departamento de Estudos Económicos • DES – Departamento de Estatística

• DGR – Departamento de Gestão de Reservas • DIF – Departamento Inclusão Financeira • DMA – Departamento de Mercado de Activos • DOB – Departamento Operações Bancárias

• DOP – Departamento de Organização e Planeamento • DPS – Departamento de Património e Serviços

• DRC – Departamento de Gestão de Riscos e Compliance

• DRO – Departamento de Regulação e Organização do Sistema Financeiro • DSB – Departamento de Supervisão Bancária

• DSN – Departamento de Supervisão Não Bancária • DSP – Departamento de Sistema de Pagamentos • DTI – Departamento de Tecnologias de Informação • GAC – Gabinete de Acompanhamento de Crédito • GJU – Gabinete Jurídico

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CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BANCO NACIONAL DE ANGOLA

___________________________________ José de Lima Massano

-Governador-___________________________________ Rui Miguêns de Oliveira

-Vice-Governador-___________________________________ Manuel António Tiago Dias

-Vice-Governador-___________________________________ Beatriz Ferreira de Andrade dos Santos

-Administradora-___________________________________ Pedro Rodrigo Gonçalves Castro e Silva

-

Administrador-___________________________________ Miguel Bartolomeu Miguel

-

Administrador-___________________________________ Tavares André Cristóvão

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Referências

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