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Cantinho da Oração em família

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Academic year: 2021

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Cantinho da Oração em família

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º ANO

| Catequese 7

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A família reúne-se no seu «Cantinho da Oração». Sugere-se a colocação de uma cruz, uma vela acesa e uma imagem de Nossa Senhora. Podem usar-se estatuetas ou estampas. Se a família tiver alguma devoção especial a um santo ou santa em particular, pode também colocar-se a sua imagem. A cruz deve ser sempre central. Convém que haja perto cadeiras para todos se sentarem.

Antes de começar a oração, é preciso combinar tarefas: uma pessoa preside (sugere-se que seja a criança) e são necessários 2 leitores. Caso no momento de oração participem apenas duas pessoas, então uma preside e a outra responde e faz as leituras.

Após alguns momentos de silêncio, todos rezam como se segue (o V. marca as intervenções de quem preside e o R. a resposta de todos):

V. Em nome do Pai, (†) do Filho e do Espírito Santo.

R. Ámen.

A seguinte oração é rezada por todos ao mesmo tempo:

Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos Vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso Amor. Enviai, Senhor, o Vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.

Então, a criança que preside explica o sentido da celebração:

Sete semanas! Já há sete semanas que iniciámos o nosso caminho de catequese deste ano, em moldes tão diferentes do habitual, mas com tanta seriedade! Como é bom estarmos juntos, em família, reunidos no nosso «Cantinho da Oração», conhecendo e amando mais Jesus, aprendendo coisas novas, invocando a bênção de Deus para nós, para a nossa família, para os nossos amigos, para toda a gente! Até para aqueles de quem não gostamos tanto… Quando nos reunimos assim, no amor de Cristo, tornamo-nos mais fortes. A Palavra de Deus faz-nos crescer e alarga o nosso coração.

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Ao longo destas semanas, começámos por ver que Jesus, depois de ressuscitar, chamou onze homens, daqueles que tinham sido Seus discípulos, acrescentando mais um ao grupo (Matias), e enviou-os como «apóstolos», ou seja, como testemunhas da Sua ressurreição. Para que os apóstolos pudessem ser fiéis a tão grande missão, enviou-lhes o Espírito Santo, em forma de vento e de línguas de fogo; e o Espírito Santo concedeu-lhes o dom da palavra. Depois disso, os apóstolos partiram, para anunciar Jesus; e assim o número de cristãos começou a aumentar.

Os primeiros cristãos destacavam-se por serem fiéis a três coisas: à comunhão fraterna (viviam como irmãos, dando-se tão bem entre si que causavam espanto a toda a gente), à Fração do Pão (que é a Eucaristia: os primeiros cristãos sabiam que não se pode ser verdadeiramente cristão sem se participar na missa) e às orações (o Espírito Santo, que tinha descido sobre os apóstolos, descia também sobre os outros cristãos, ensinando-lhes como rezar e não os deixando desistir da oração). Assim eram os primeiros cristãos… E nós? Falamos de Jesus ou temos vergonha de dizer que somos cristãos? Procuramos ser amigos de todos ou preferimos pôr alguém de parte? Vamos à missa ou dizemos que isso é uma «seca» e que «temos mais que fazer»? Rezamos todos os dias, por nós próprios e pelos outros, ou nem nos lembramos disso?

São perguntas difíceis, não são? São «palavras duras»… Jesus é assim: ama-nos infinitamente, quer o nosso bem, faz tudo e dá tudo por nós, mas não aprecia pessoas que digam uma coisa e façam outra. Certa vez, algumas pessoas que andavam atrás d’Ele ficaram escandalizadas, porque diziam que as Suas palavras eram muito duras… Vamos escutar.

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Todos se sentam. Então, entoa-se o seguinte cântico (repete-se várias vezes):

Senhor Jesus, Tu és Luz do mundo: dissipa as trevas que me querem falar. Senhor Jesus, és Luz da minha alma: saiba eu acolher o Teu amor.

O leitor 1 proclama a seguinte leitura (Jo 6, 60-69).

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, muitos discípulos, ao ouvirem Jesus, disseram: «Estas palavras são duras. Quem pode escutá-las?». Jesus, conhecendo interiormente que os discípulos murmuravam por causa disso, perguntou-lhes: «Isto escandaliza-vos? E se virdes o Filho do homem subir para onde estava anteriormente? O espírito é que dá vida, a carne não serve de nada. As palavras que Eu vos disse são espírito e vida. Mas, entre vós, há alguns que não acreditam». Na verdade, Jesus bem sabia, desde o início, quais eram os que não acreditavam e quem era aquele que O havia de entregar. E acrescentou: «Por isso é que vos disse: Ninguém pode vir a Mim, se não lhe for concedido por meu Pai». A partir de então, muitos dos discípulos afastaram-se e já não andavam com Ele. Jesus disse aos Doze: «Também vós quereis ir embora?». Respondeu-Lhe Simão Pedro: «Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós acreditamos e sabemos que Tu és o Santo de Deus».

Palavra da salvação.

R. Glória a Vós, Senhor.

Segue-se o Salmo Responsorial.

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1| A lei do Senhor é perfeita, ela reconforta a alma;

as ordens do Senhor são firmes, dão sabedoria aos simples.

2| Os preceitos do Senhor são rectos

e alegram o coração;

os mandamentos do Senhor são claros e iluminam os olhos.

3| O temor do Senhor é puro

e permanace eternamente;

os juízos do Senhor são verdadeiros, todos eles são rectos.

4| São mais preciosos que o ouro,

o ouro mais fino;

são mais doces que o mel, o puro mel dos favos.

O leitor 2 faz a seguinte leitura:

«Estas palavras são duras»: às vezes, só gostamos de ouvir o que nos agrada, que não é necessariamente o que é melhor para nós. Jesus diz-nos o que tem a dizer-nos, pede de nós o que tem a pedir, quer nos agrade de imediato, quer nos cause estranheza. Havia muita gente que seguia Jesus mas que, ouvindo-O falar, se punham a «murmurar», ou seja, a reclamar baixinho para Ele não ouvir, a «falar mal nas Suas costas». Que coisa feia! Mas Jesus, percebendo o que eles diziam, perguntou-lhes muito diretamente: «Isto escandaliza-vos?». E falou-lhes de coisas ainda maiores! Então, que fizeram muitas daquelas pessoas que se diziam discípulos de Jesus? Diz o texto: «Afastaram-se e já não andavam com Ele». Será que isto também acontece hoje? Oh, sim, como acontece! Há tantas pessoas que foram batizadas, até fizeram a Primeira Comunhão (às vezes, até o Crisma e vieram à Igreja casar-se…) e que depois não querem saber mais de Jesus… Deixaram de ir à missa, deixaram de ir à catequese, deixaram de rezar. Ou então, não se querem preocupar com as outras pessoas, nem se esforçam por fazer o que é certo,

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por praticar o bem, por amar como Jesus. Essas pessoas podiam ser bons cristãos, porque no fundo sabem o que fazer para isso, mas não querem.

Com Jesus ficaram apenas os Doze Discípulos. Que deveria Jesus fazer? Mudar a Sua linguagem, tentar a todo o custo que ao menos aqueles não se fossem embora? Talvez nós fizéssemos isso… Mas Jesus… Jesus é Jesus! «Também vós quereis ir embora?»: nem mais, nem menos! Jesus não obriga ninguém! Ele quer que todos estejamos com Ele, mas quer pessoas livres, não escravos! Por isso, se os Doze também quisessem partir, pois, que o fizessem… E eis que Pedro, em nome de todos, fez uma das mais espantosas profissões de fé de todos os tempos: «Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós acreditamos e sabemos que Tu és o Santo de Deus». Claro! Quem mais senão Jesus? Claro que Pedro e os outros Onze não iam a lugar nenhum: é com Jesus que estavam bem, é com Jesus que eram felizes, eram as palavras de Jesus aquelas que faziam os seus corações vibrar. Quem mais poderia dizer palavras que são «de vida eterna»? Ninguém! Então, para onde ir ou a quem procurar?

Os primeiros cristãos também pensavam assim. Por isso viviam em comunhão fraterna, por isso iam à missa, por isso rezavam todos os dias. E eram felizes! Tão felizes que todos à sua volta ficavam espantados… E eu? A quem quero seguir? Quero seguir Jesus? Quero ir para onde Ele me chamar? Quero ser amigo de todos? Quero ir à missa? Quero rezar? Quero ouvir as palavras de Jesus, que são «de vida eterna»? Se a minha resposta a todas estas perguntas é «sim», então vou fazer algum tempo de silêncio e, durante esse tempo, vou dizer a Jesus: «Senhor, só Tu tens Palavras de Vida Eterna! Tu és o meu Deus»!

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Seguem-se cerca de 2 minutos de silêncio, durante o qual todos dizem interiormente: «Senhor, só Tu tens Palavras de Vida Eterna! Tu és o meu Deus!». Pode ser sentados ou de joelhos. O exemplo das outras pessoas é essencial: a criança faz o que vê fazer! Observe-se a reacção da criança: quando se perceber que ela já terminou a sua oração, guardem-se mais uns instantes de silêncio e, depois, todos se levantam e cantam (repete-se pelo menos duas vezes):

Tens palavras de vida eterna: Senhor, eu creio em Ti! Teus caminhos de justiça, Senhor, eu seguirei!

A criança que preside inicia as preces:

As palavras de Jesus têm poder para transformar a nossa vida. Vamos confiar-nos à Palavra de Jesus, dizendo:

Confio no Senhor, confio na Sua Palavra.

Os leitores 1 e 2, alternadamente, propõem as preces.

1| Por todos aqueles que se afastaram de Jesus e da Igreja, para que o testemunho de vida dos cristãos os faça repensar as suas decisões e voltar à fé, oremos ao Senhor.

2| Pelos cristãos que se esforçam por ser amigos de todos, para que o Senhor os ajude a não desistir de fazer a diferença na nossa sociedade tão individualista, oremos ao Senhor.

3| Por todos os católicos que participam na Eucaristia, para que nela encontrem a força para transformar o mundo, a começar pelos seus próprios corações, oremos ao Senhor.

4| Por todos nós, para que não abandonemos a oração, oremos ao Senhor.

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No final, a criança conclui com a seguinte oração:

V. Senhor Jesus, a Vossa Palavra é farol para os nossos passos e luz para os nossos caminhos: não nos deixeis transviar, não nos deixeis fugir de Vós, não permitais que nos escandalizemos se nos pedis algo de mais exigente. Queremos ser fiéis, pois acreditamos e sabemos que sois o Santo de Deus, o único que tem Palavras de Vida Eterna. Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo. R. Ámen.

O momento de oração conclui-se do seguinte modo:

V. O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna.

R. Ámen.

E, voltados para a imagem de Nossa Senhora, todos rezam a seguinte oração, especialmente indicada para o Tempo do Advento:

Santa Mãe do Redentor, Porta do Céu, Estrela do mar, socorrei o povo cristão que procura levantar-se do abismo da culpa. Vós que, acolhendo a saudação do Anjo, gerastes, com admiração da natureza, o vosso santo Criador, ó sempre Virgem Maria, tende misericórdia dos pecadores.

Então, em silêncio, todos se benzem.

Para ser fiel…

Como certamente te apercebeste, a catequese / oração de hoje procurou recapitular e culminar todo o caminho percorrido até aqui nas catequeses

anteriores. É importante recordar esse caminho. Por isso, peço-te que pegues no teu catecismo, juntamente com os teus pais, e revejas todas as sessões até aqui (páginas 9 a 36). Por favor,

dai uma especial atenção

Referências

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