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MOSSORÓ/RN 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO MEDICINA VETERINÁRIA

MARCUS ARTHUR MARQUES DANTAS

CARACTERIZAÇÃO DA CAÇA DO MUNICÍPIO DE GOVERNADOR DIX-SEPT ROSADO-RN

MOSSORÓ/RN

2018

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MARCUS ARTHUR MARQUES DANTAS

CARACTERIZAÇÃO DA CAÇA DO MUNICÍPIO DE GOVERNADOR DIX-SEPT ROSADO-RN

Monografia apresentada a Universidade Federal Rural do Semi-Árido como requisito para obtenção do título de Bacharel em Medicina Veterinária.

Orientador: Prof. Dr. Carlos Iberê Alves Freitas

MOSSORÓ

2018

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©Todos os direitos estão reservados à Universidade Federal Rural do Semi-Árido.O conteúdo desta obra é de inteira responsabilidade do (a) autor (a), sendo o mesmo, passível de sanções administrativas ou penais, caso sejam infringidas as leis que regulamentam a Propriedade Intelectual, respectivamente, Patentes: Lei nº 9.279/1996, e Direitos Autorais: Lei nº 9.610/1998. O conteúdo desta obra tornar-se-á de domínio público após a data de defesa e homologação da sua respectiva ata. A mesma poderá servir de base literária para novas pesquisas, desde que a obra e seu (a) respectivo (a) autor (a) seja devidamente citado e mencionado os seus créditos bibliográficos.

Ficha catalográfica elaborada pelo Sistema de Bibliotecas

da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, com os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

Setor de Informação e Referência

O serviço de Geração Automática de Ficha Catalográfica para Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC´s) foi desenvolvido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP) e gentilmente cedido para o Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (SISBI-UFERSA), sendo customizado pela Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação (SUTIC) sob orientação dos bibliotecários da instituição para ser adaptado às necessidades dos alunos dos Cursos de Graduação e Programas de Pós-Graduação da Universidade.

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AGRADECIMENTOS

À Jah, por toda força, proteção e por permitir que eu realizasse essa conquista.

À minha companheira de todas as horas, Fabiola Rebouças, pelos incentivos e por me aturar durante essa caminhada. Aos meus pais, João Bosco e Francisca Neta, por toda confiança depositada em mim. Aos meus irmãos, Mateus e Mariana Dantas, por todo o apoio dado durante toda minha vida. À Sofia, por ter sido uma força de incentivo e por todo o amor dado a nossa família.

Ao meu orientador Carlos Iberê, por acreditar no meu projeto de pesquisa e por todas as horas de ensinamento no LEIAS. À minha ex-orientadora Cecilia Calabuig e ao ECOFAUNA, por todos os trabalhos realizados e os amigos ali presentes.

Ao HOVET por todas as horas ali estagiadas, principalmente aos profissionais do setor de animais silvestres, Giulia, Renata e Vanessa, pois cada uma contribuiu de forma significativa no meu aprendizado.

Ao Parque Zoobotânico Arruda Câmara, por todos os estágios de férias, por todo o conhecimento prático e pelos amigos adquiridos.

Aos meus amigos, Anderson Balinha, Fernando Fernandes, João Mauricio, Marcelo Jucá, Nilton Marley, Ramon Emmanuel, Zacarias Junior, por cada hora de estudo, viagens, estágios, jogos, palestras, acampamentos e loucuras. Aos moradores da casa oito, por todo o suporte dado durante esses anos. Todos vocês tornaram essa caminhada mais leve.

Ao participante chave, que facilitou a realizações das entrevistas, sem ele a desconfiança dos caçadores impossibilitaria o trabalho. E aos caçadores por aceitarem participar da presente pesquisa.

Fya burn!

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RESUMO

Foi investigada a atividade de caça no município de Governador Dix-Sept Rosado-RN, entre fevereiro e março de 2018. O município tem uma área territorial é de 1.129,3km², com aproximadamente 13 mil habitantes. A presente pesquisa buscou avaliar a caça por meio de entrevistas (n=17) formais e informais. Entre os entrevistados, verificou-se que a caça com cachorros (n=16) é a mais praticada, seguido pela caça com arma de fogo (n=7). No total, 14 espécies são de interesse do caçador, sendo seis aves, quatro mamíferos e quatro repteis. Entre os caçadores 100% relataram o consumo da carne dos animais caçados, caracterizando a caça de subsistência; apenas quatro relataram o habito de realizar a venda desses animais. Cinco animais são abatidos por apresentarem algum tipo de risco, caracterizando a caça de controle e três animais tiveram suas propriedades medicinais citadas. Os animais de preferência dos caçadores são tatu-verdadeiro, tatu-peba, o gambá, o tamanduá e a nambu. Também foi possível verificar a falta de conhecimento dos entrevistados em relação aos riscos de zoonoses. Conhecer os hábitos dos caçadores é fundamental para que se possa controlar melhor essa atividade, na tomada de decisões e elaborações de projetos para a conservação e manejo da fauna local.

Palavras-chave: Caçadores, Fauna, Subsistência, Conservação

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ABSTRACT

The hunting practice in the city Governador Dix-Sept Rosado – RN was investigated, in between February and March 2018. The city has a territorial area of 1,129,3km², with approximately 13.000 inhabitants. The present research aimed to evaluate the hunting activity through formal and informal interviews (n=17). Among the interviewees, it was verified the hunting with dogs (n=16) is the most practiced, followed by hunting with firearm (n=7). In total, 14 species are object of interest for the hunters, amidst those being six are birds, four are mammals and four reptiles. Among the hunters, 100 % of them affirmed the consumption of the hunted animal’s meat, characterizing the subsistence hunting; Only four of them reported selling the animals meat. Five animals are slaughtered due to representing some type of risk, characterizing control hunt, and three animals were mentioned because of their medicinal properties. The hunters’ preferred animals are the real armadillo, the six-banded armadillo, the skunk, the anteater and the nambu bird. It was also possible to verify the lack of knowledge of the interviewees regarding the risk of zoonoses. Knowing the habits of the hunters is essential to the better control of this activity, in the decision making and elaboration of projects of conservation and management of the local fauna.

Keywords: Hunters, Fauna, Subsistence hunting, Conservation

.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Tatu-peba (Euphractus sexcinctus) e Teju (Salvator merianae)...18

Figura 2 – Cães de caça…...………...19

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LISTA DE MAPAS

Mapa 1 – Chapada do Apodi ...………….…..……… 15

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Animais caçados pelos entrevistados ...………...… 17

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ………...………. 10

2 REVISÃO DE LITERATURA ………... 12

2.1 Caça ………... 12

2.2 Caça na caatinga ………... 13

3 MATERIAIS E MÉTODOS ………... 15

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ...………... 16

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ………... 23

REFERÊNCIAS ………... 24

APÊNDICE A – ROTEIRO DE ENTREVISTA ………... 28

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1 INTRODUÇÃO

A caça é definida como a retirada de qualquer animal de vida selvagem, por qualquer técnica e para qualquer finalidade, objetivando a alimentação, medicamentos, esporte e outros usos tradicionais (NASI et al., 2008). A extinção ou declínio populacional de várias espécies do meio selvagem, é apontado como o resultado dessa atividade (CALOURO; MARINHO- FILHO, 2005).

O Brasil, com aproximadamente 8.547.403 km² de área, é a nação que retém o maior número de espécies, com aproximadamente 3 mil vertebrados terrestres e 3 mil de peixes de água doce (MITTERMEIER et al., 1992; IBGE, 2001). Tem uma imensa diversidade de mamíferos com 483 espécies continentais e 41 marinhas (FONSECA et al., 1996). Em aves, ocupa a 3ª. posição no ranking mundial, com cerca de 1677 espécies (SICK, 1997). Cerca de 468 espécies de repteis e 517 de anfíbios (MITTERMEIER et al., 1992).

A caça no Brasil é constituída como um crime ambiental, mas admite o abate de animais silvestres diante de potenciais danos à agropecuária ou à saúde humana, ou caso a caça seja caracterizada como de subsistência, visando saciar a fome do caçador (BRASIL, 1967; 1998).

A Caatinga comporta altos índices de pobreza no Nordeste, sendo esta população uma das mais pobres do Brasil. Em apenas um município do Rio Grande do Norte, a capital Natal, a renda média per capita excede a um salário mínimo (SAMPAIO & BATISTA, 2004).

Na região a utilização de aves silvestres como animais de estimação é uma atividade cultural (ALVES et al., 2010). Entretanto, apesar dessa importância, não deve ser considerada como uma prática social e ambientalmente correta. O tráfico de animais silvestres é o terceiro maior tráfico do mundo, perdendo apenas para o de armas e drogas (ZAGO, 2008). Ainda segundo esta autora, frequentemente os caçadores agem por necessidade, miséria e ignorância.

A caça de subsistência é uma atividade antiga e representa uma forma de manejo da fauna

silvestre, sendo essa uma prática tradicional para a população que reside na caatinga (ALVES

et al.,2009; BARBOSA et al., 2011). Ela apresenta papel socioeconômico importante na

região, fornecendo proteína de alto valor nutritivo, por apresentar fatores terapêuticos, por ser

utilizada para fins de domesticação e ornamentação, entre uma gama de finalidades, como o

uso do couro, pele, ovos, penas e o controle de animais que possam causar prejuízo a saúde do

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11

homem, de seus animais ou risco as plantações (ALVES et al.,2009; BARBOSA et al., 2011;

MENDONÇA et al., 2012)

A cultura de cada região brasileira exerce impactos em diferentes escalas sobre a sua fauna.

O motivo da caça, a técnica utilizada e a identificação dos animais caçados são fundamentais para a compreensão do grau de ameaça que essa fauna vem correndo. O presente estudo levantou informações sobre as particularidades da caça no município de Governador Dix-Sept Rosado-RN, nos meses de fevereiro e março do ano de 2018, caracterizado pelo bioma da caatinga, inserido na região da chapada do Apodi.

.

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12

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.2 Caça

De acordo com Primack e Rodrigues (2001), na época em que os humanos eram primitivos e não tão populosos, seus métodos de busca de alimentos não eram tão nocivos a natureza, pois por falta de tecnologia, eram feitos de maneira sustentável e não afetavam a estrutura populacional das espécies. Essa realidade mudou com o acréscimo na densidade demográfica, o que acarretou em mais animais sendo predados e consequentemente, a extinção de algumas espécies. As técnicas de caça foram aperfeiçoadas com o passar dos séculos de modo a otimizar o aproveitamento de recursos naturais (ALVES & ROSA, 2006;

LEV, 2006). Técnicas estas que foram passadas entre as gerações como uma tradição entre diversas culturas (LENAERTS, 2006; HARDON et al., 2008).

Com o aprofundamento nos estudos de biodiversidade se dá o desenvolvimento da regulamentação necessária para que possamos potencializar a utilização de recursos naturais de maneira sustentável novamente. No Brasil, a legislação a respeito da fauna proíbe o abate de animais sem licença, sejam os nativos ou migratórios. Consequentemente, sua venda, troca ou porte também é considerado crime. No caso de caça de espécies ameaçadas de extinção a pena poderá ser ainda maior (BRASIL, 1998). A prática da caça somente é permitida nos casos em que seja necessária para saciar a fome; para protege rebanhos, pomares e lavouras no caso da ação predatória de algum animal; e para controle de animais considerados nocivos à população (BRASIL, 1967; 1998). Apenas o Estatuto do Índio (BRASIL, 1973) permite a caça, sendo seu exercício exclusivo para comunidades tribais e indígenas, desde que a área seja comprovadamente ocupada.

No Brasil, cabe ao IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - controlar e proteger as espécies de fauna e flora do país. Este instituto foi criando em 1989, pela Lei nº. 7735 (AVELINE e COSTA, 1993; IBAMA, 2000).

O Brasil é considerado um dos países com maior riqueza de fauna, contando com o maior número total de espécies (3 mil vertebrados terrestres e 3 mil de água doce). No que tange os mamíferos, conta com 524 espécies, sendo 41 marinhas (FONSECA et al., 1996).

Quanto a aves, conta com cerca de 677 espécies, sendo 153 espécies visitantes (SICK,

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13

1997).Quanto a répteis e anfíbios, conta com 468 e 517 espécies respectivamente (MITTERMEIER et al., 1992).

No que se refere a fauna oficialmente reconhecida como ameaçada de extinção, o Brasil conta com 1173 espécies. Destas, são: 110 mamíferos, 234 aves e 80 repteis, 41 anfíbios, 353 peixes ósseos (310 de água doce e 43 marinhos), 55 peixes cartilaginosos (54 marinhos e 1 de água doce), 1 peixe-bruxa e 299 invertebrados (Portarias MMA nº 444/2014 e nº 445/2014; BRASIL, 2014).

Dentre os motivos para a ameaça de extinção de tantas espécies, a principal é a perda de habitat. Em seguida está a caça para comércio e subsistência (REDFORD, 1992; ROCHA, 1995). O tráfico de animais é a terceira maior atividade ilícita mundialmente, perdendo apenas para o tráfico de armas e de drogas. Este comércio ilegal movimenta no mínimo 10 bilhões de dólares por ano. (WEBSTER apud WEBB, 2001). O percentual brasileiro nesta atividade ilegal vai de 5% a 15% (ROCHA, 1995; LOPES, 2000). Pra Peres (1990) e Bodmer (1997), além do risco de causar extinção em diversas espécies, a caça também pode influenciar na composição das comunidades animais, podendo acarretar outras mudanças ecológicas como competição, predação, herbivoria e dispersão de sementes.

No entanto, apesar dos fatores negativos da caça já citados, é possível obter resultados benéficos com a ajuda de caçadores. De acordo com o estudo de Mayor (et al. 2016), um trabalho articulado com caçadores na região amazônica brasileira permitiu obter taxas reprodutivas que pudessem dar aporte para programas de manejo dentro desta reserva de uso sustentável. Para Alves (et al. 2012), conhecer os hábitos dos caçadores se faz necessário devido a falta fiscalização. Além disso, é preciso levar em consideração o contexto sociocultural dos caçadores, quais espécies são mais visadas entre outros aspectos, antes de elaborar um plano de conservação.

2.3 Caça na Caatinga

Na caatinga vivem 28 milhões de pessoas (MOREIRA, 2006). Com área de área de

734.478km² é o único bioma exclusivamente brasileiro, isto significa que parte de sua fauna e

flora poderá ser encontrada exclusivamente no nordeste do país (BRASIL, 2002).

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14

Alguns mitos foram criados em torno da biodiversidade da Caatinga e três deles são comumente mencionados: (a) é homogênea; (b) sua biota é pobre em espécies e em endemismos; e (c) contudo, está ainda pouco alterada. Esses três mitos podem agora ser considerados superados, pois a Caatinga não é homogênea; é sim extremamente heterogênea e inclui pelo menos uma centena de diferentes tipos de paisagens únicas. A biota da Caatinga não é pobre em espécies e em endemismos, pois, apesar de ser ainda muito mal conhecida, é mais diversa que qualquer outro bioma no mundo, o qual esteja exposto às mesmas condições de clima e de solo. Enfim, a Caatinga não é pouco alterada; está entre os biomas brasileiros mais degradados pelo homem.

(BRASIL,2002 p.135)

Por ser constantemente modificada e degradada pela atividade humana, hoje encontram-se na caatinga pelo menos 41 espécies de sua fauna ameaçadas de extinção (NASCIMENTO E CAMPOS, 2011). Apesar disso, são escassos os trabalhos que tem o bioma como foco de estudo, principalmente no que tange a caça, mesmo esta atividade sendo uma das principais ameaças a sua biodiversidade (LEAL et al., 2005), sendo imprescindível a observação de como o elemento humano explora esses recursos, de modo a possibilitar o planejamento de estratégias para a conservação deste bioma (ALVES et al., 2008).

Por ter sua população rural predominantemente pobre (SAMPAIO & BATISTA, 2004) e clima extremo, surgiu a necessidade de a população explorar os recursos naturais oferecidos pelo bioma (ALVES et al.,2009). Esta prática pode se dar de maneira passiva, com uso de armadilhas, ou ativa, com a presença do caçador (ALVES et al., 2009).

Dentre as práticas ativas, a caça com cão (Canis lupus familiaris) é a mais utilizada pela população rural (ALVES et al., 2009). O motivo e época em que o cão foi domesticado pelo homem não é certo, mas este é considerado o primeiro animal que foi utilizado para caça.

Sua domesticação é tão antiga que acarretou em mudanças no comportamento do animal,

possibilitando-o a capacidade de compreender comandos humanos. Seu uso em caçadas é

motivado pela sua busca de vestígios de animais, com esta técnica o cão é quem escolhe a

espécie a ser caçada, e também pela emoção que a prática com o animal provoca. A citada

prática de caça pode ser individual ou em grupo, com um ou dois cachorros (KOSTER, 2009).

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15

3 MATERIAIS E MÉTODOS

A presente pesquisa foi realizada no município de Governador Dix-Sept Rosado, localizado na região da Chapada do Apodi, no Estado do Rio Grande do Norte, Brasil, durante o período de fevereiro de 2018 a março do mesmo ano. As informações sobre caça e uso da fauna silvestre foram obtidas através de questionários, complementados por entrevistas livres e conversas informais. Os questionários foram aplicados a moradores que caçam, considerando informações socioeconômicas, técnicas de caça, dados dos animais caçados, finalidade da caça, conhecimento de zoonoses e se é do conhecimento dos entrevistados a ilegalidade da atividade. Todos os caçadores que se propuseram a colaborar com este trabalho foram primeiro esclarecidos e informados sobre o motivo da entrevista.

Os participantes foram escolhidos por indicação dos próprios entrevistados, técnica denominada “bola de neve” ( BAILEY, 1982). Essa técnica é uma forma de amostra utilizada em pesquisas sociais onde os participantes iniciais da pesquisa indicam novos participantes que por sua vez indicam novos participantes e assim sucessivamente, até que seja alcançado o objetivo proposto.

Mapa 1: Chapada do Apodi ao noroeste do mapa do Rio Grande do Norte

Fonte:OpenBrasil

(18)

16

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A análise do perfil socioeconômico revelou que os caçadores entrevistados tinham entre 22 e 59 anos de idade, com uma média de 39 anos, tal resultado se assemelha ao encontrado no estudo de Souto (2014), no semiárido paraibano, em que a média geral foi de 42 anos de idade. Todos do sexo masculino, com o tempo de caça que varia de 5 a 50 anos, com uma média de 25 anos. Todos eram residentes da área urbana da cidade, em sua maioria casados (n=12).

Semelhante a estudos sobre caça de animais silvestres realizados no Nordeste (SOUTO, 2014; BARBOSA; NOBREGA; ALVES, 2010), os caçadores entrevistados no presente estudo apresentaram baixo nível de escolaridade, tendo a maioria deles ensino fundamental incompleto (n=12). Os demais são analfabetos (n=2), ensino médio completo (n=2) e fundamental completo (n=1). No entanto, apenas um relatou estar desempregado, todos os outros possuíam emprego e renda, sendo agricultor(n=4) e foguista(n=4) as ocupações mais representativas. Entre as outras profissões, haviam: lavador de automóveis, vigilante, pedreiro, caminhoneiro, borracheiro, mecânico, rasteleiro e serralheiro. Este resultado corrobora com Sampaio (2011), que em seus estudos identificaram caçadores com diversas ocupações profissionais, dentre elas agricultores e autônomos. Entretanto, observa-se que apesar de contarem com emprego e renda, a prática da caça continua. Este fato se dá porque a maioria dos trabalhos realizados tem baixo retorno financeiro.

Em regiões tropicais, os mamíferos são apontados como um dos grupos mais

explorado pela caça, em número e volume (NARANJO et al., 2004). No presente estudo os

mamíferos foram os mais citados (n=59), seguida pelas aves (n=23) e os repteis (n=20), como

é possível observar na tabela abaixo:

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Tabela 1 – Animais predados pelos entrevistados

Nome científico Nome popular Nº de citações Alvo preferencial Euphractus

sexcinctus

Tatu-peba 16 4

Salvator merianae Teju 16

Tamandua tetradactyla

Tamanduá/

Tamanduá-mirim

15 1

Dasypus novemcinctus

Tatu-verdadeiro 14 6

Conepatus semistriatus

Gambá/Rixina/Ticaca 14 2

Zenaida sp. Arribaçã 7

Columbina sp. Rolinha 7

Crypturellus sp. Nambu 5 2

Iguana iguana Iguana 2

Patagioenas sp. Asa Branca 2

Cariama cristata Seriema 1

Leptotila sp. Juriti 1

Ameiva ameiva Ameiva 1

Boa constrictor Jiboia 1

As espécies mais citadas na área foram tatu-peba (Euphractus sexcinctus) e o teju

(Salvator merianae) ambos mencionados 16 vezes, seguido do tamanduá-mirim (Tamandua

tetradactyla) 15 vezes, tatu-verdadeiro (Dasypus novemcinctus) 14 vezes e o gambá

(Conepatus semistriatus) 14 vezes. Destes o tatu-verdadeiro foi eleito pelos participantes

como o alvo preferencial, e sua captura confere mérito ao cão caçador.

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18

Figura 1: A - Tatu-peba (Euphractus sexcinctus); B - Teju (Salvator merianae)

Fonte: Arquivo Pessoal, 2018

O uso da avifauna por populações da caatinga vem sendo evidenciado em diversos estudos na região Nordeste, indicando a utilização desses animais na alimentação, para fins comerciais e uso como animais de estimação (ALVES et al., 2009). No presente estudo, dentre as aves, a arribaçã (Zenaida sp.) e a rolinha (Columbina sp.) apresentaram-se com maior frequência no interesse do caçador, ambas foram citadas por todos os caçadores que utilizam arma de fogo. Essas espécies sofrem com a pressão da caça e se tornam grandes alvos de caçadores que visam a obtenção de proteína e o comércio de sua carne. Vasconcelos Neto (et al., 2012), em pesquisa sobre uso de aves no semiárido do nordeste brasileiro, observou resultados semelhantes ao presente estudo, onde a caça de qualquer espécie da avifauna é realizada individualmente pelo caçador (sem uso de cães), normalmente utilizando espingarda ou estilingue.

A caça pode ser realizada por diferentes tipos de técnicas, seja pelo uso de armadilhas,

espreita, uso de cães, caçada em grupo, individuais, etc. No presente estudo a caça com

cachorro foi a mais citada pelos entrevistados (n=16). As técnicas de caça que foram

apontadas neste estudo foram também evidenciadas por (ALVES et al., 2009); Vasconcelos

Neto (et al., 2012), em seus estudos sobre as estratégias de caça usadas no Nordeste. A

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19

caçada com cachorros pode ser praticada por um caçador ou por um grupo de caçadores, com a presença de um ou mais cães. A caçada começa com uma busca ativa atrás dos vestígios recentes de animais, seguida pela perseguição. A emoção da caçada ao lado do cão é citada entre os caçadores como um dos motivos do habito. Nas entrevistas foram relatados por quatro caçadores a adrenalina da caçada como um dos motivos da prática. Nesta técnica de caça quem escolhe a presa é o cachorro, que encabeça a perseguição (TRINCA & FERRARI, 2006). Redford & Robinson (1987) afirmam que a utilização de cães em atividades cinegéticas resulta em aumento do número de presas. A eficiência da caça com cachorro foi também evidenciada por Koster (2008), que constatou em seus estudos que caçadores que utilizavam dessa técnica obtinham nove vezes mais êxito em suas caçadas do que aqueles que não utilizavam do cão. Três caçadores relataram o uso da técnica, mesmo não possuindo cães, mas caçando em dupla ou em grupos. Onze caçadores relataram caçar preferencialmente em grupo, três foram os que preferem a caça só e três utilizam de ambas as modalidades.

Figura 2: Cães de caça

.

Fonte: Arquivo Pessoal, 2018

Os resultados do presente estudo indicaram três motivações para a caçada, no qual

100% dos entrevistados relataram consumir os animais capturados. Nove dos dezessete

entrevistados afirmaram caçar exclusivamente para a obtenção de proteína animal. Dos

demais, além de motivação alimentar, quatro caçadores fazem a venda desses animais e outros

quatro também tratam a caça como um esporte, resultando em mais de um perfil de caça na

região, com predominância para a caça de subsistência. O código de caça (BRASIL, 1967),

(22)

20

considera obrigatória uma licença anual, de caráter específico e de âmbito regional, para exercício da caça. Vale salientar que essa licença não é aplicada para fins comerciais ou esportivos. O que significa que mesmo que fossem caçadores licenciados, sua prática ainda seria ilegal, levando em consideração que alguns entrevistados utilizam o produto de suas caçadas para venda e enquanto alguns também praticam por esporte. No que diz respeito aos entrevistados que utilizam da caça como forma de obter alimento, o estudo de Dantas et al.

(2011), realizado também na caatinga, evidenciou essa predominância, com mais da metade dos entrevistados. De acordo com o artigo 37 do Código do Meio Ambiente, não é crime o abate do animal estando o agente em estado de necessidade, para alimentar a si próprio ou sua família (BRASIL, 1998). A lei não especifica o que se configura o estado de necessidade, porém é necessário salientar que todos os entrevistados afirmaram receber menos de um salario mínimo.

Em seu trabalho Souto (2014), denomina de “subsistência secundária” a exploração que visa a obtenção de capital, direcionando esse lucro para necessidades básicas. Nesse contexto Vasconcelos Neto (et al. 2012), ressalta que “a caça de subsistência não significa, necessariamente, o consumo da carne de caça, mas também a aquisição de renda para sobrevivência, ou seja, para comprar alimentos diversos e pagar despesas essenciais como água e energia”. Isso quer dizer que para o autor citado, mesmo que exista o comércio dos animais capturados, levando em consideração o contexto socioeconômico em que os caçadores estão inseridos, estes ainda podem ser considerados de subsistência. A despeito do que defende o autor, a lei de 1998, artigo 29 proíbe o comércio de qualquer espécie da fauna silvestre, com pena de seis meses a um ano de detenção e multa. Para Ruas (et al., 2017):

Em um país extenso, de notável diversidade sociocultural e biológica, como o Brasil, uma regulação tão restritiva marginaliza não apenas pessoas claramente vinculadas a circuitos de tráfico de animais, como também simples moradores de comunidades interioranas (forma costumeira de autoatribuição de grupos sociais envolvidos com produção agrícola e/ou extrativista de pequena escala, residentes em contexto rural, florestal ou periurbano). (...) deve haver pouca oposição quanto a classificar traficantes de animais como criminosos. Parece inadequado, porém, estender este rótulo a grupos sociais que preservam práticas tradicionais de uso de animais silvestres como alimentos, ingredientes de remédios ou mascotes.

(2017, p.2)

(23)

21

Ainda segundo Ruas (et al.,2017) , muito outros autores não diferenciam comunitários de traficantes, pois seu modus operandi é semelhante. Para o autor, a marginalização acarreta em uma criação de tabus quanto a pesquisa sobre a caça, inviabilizando a formulação de estratégias que possam proteger os animais.

Entre as informações sobre animais que estão desaparecendo, os caçadores relataram que algumas espécies não são mais avistadas com tanta frequência como no passado, dentre elas o tatu-verdadeiro (Dasypus novemcinctus) foi citado cinco vezes e o tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) citado uma vez. Também foi relatado o completo desaparecimento do cateto (Pecari tajacu) citado três vezes, do veado-catingueiro (Mazama gouazoubira) citado duas vezes e da juriti (Leptotila sp.) uma vez. Dois caçadores acreditam que ocorreu uma diminuição geral das espécies predadas, já seis caçadores não citaram nenhum animal que teve sua população diminuída com o tempo.

Além da caça por subsistência, comércio e esporte, existe o uso de recursos animais para fins medicinais. Esta prática remonta à pré-história, de acordo com escrituras antigas e papiros (LEV, 2003). No Brasil, Alves (2008) listou 290 animais que são utilizados como base para remédios, principalmente por comunidades tradicionais. Este número poderá ser mais expressivo na prática, devido à variedade da fauna, o que evidencia a necessidade de maior importância e urgência de estudo neste tópico. O presente trabalho identificou o uso de três animais para esses fins, onde a banha de teju foi a mais citada (n=15), seguida da banha da cascavel (n=4) e dos ossos do gambá (n=3). No trabalho de Alves (2009), o Teju foi identificado como uma das espécies mais utilizadas para fins medicinais em diversas regiões do Brasil. Os entrevistados relataram que a finalidade do uso da banha do teju é para tratar inflamações de garganta, corroborando com os resultados de Ferreira (2009). A banha da cascavel tem seu uso voltado para o tratamento de edemas e reumatismo, já os ossos do gambá foram ditos pelos caçadores ter ação anti-inflamatória nas articulações, o que difere do encontrado por Coelho (2017), onde em seu trabalho o uso do gambá, para fins terapêuticos, se restringiu ao uso da urina, usada no tratamento de reumatismo e dores na coluna.

Alguns dos animais caçados pelos entrevistados também são criados em cativeiro. A

captura e uso de animais silvestres para criação em cativeiro é uma tradição enraizada no

sertanejo, entre os entrevistados que tem o habito de criar animais silvestres foi identificado as

preferências por pássaros (n=4) e também pela criação do tatu-peba (n=4), em seu trabalho

(24)

22

Barbosa (2009) destaca a incrível capacidade e diversidade alimentar do tatu-peba, indicando esse como um dos motivos da possibilidade de criação desses animais em cativeiro.

Outro dado importante da entrevista é a respeito ao abate de animais nocivos. Um total de 5 espécies são abatidas por controle, uma vez que podem representar perigo ao cachorro ou ao caçador, foram elas: cascavel (Crotalus sp.), jararaca (Bothrops sp.), caranguejeira (Acanthoscurria sp.), escorpião (Tityus sp.) e lacraias (Scolopendra sp.). Seis caçadores informaram não realizar esse controle. Vale salientar que essa prática não é uma predação movida por busca ativa, ocorrendo esse controle apenas em eventuais encontros. Para Zimmermann et al. (2005) essas atitudes são influenciadas pelas percepções individuais, crenças, valores, educação, tradição e cultura. Conforme o Art. 37. Não é crime o abate de animal considerados nocivo, desde que assim caracterizado pelo órgão competente (BRASIL, 1967; 1998).

No que diz respeito ao conhecimento de zoonoses, em sua grande maioria (n=10) os caçadores desconhecem completamente os seus riscos, três caçadores relacionaram a raiva com o macaco-prego (Cebus sp.) e um caçador relatou a possibilidade dos cães pegarem

“doença do carrapato” em suas caçadas. A doença de chagas foi citada uma vez, relacionada ao tatu-peba. Dois caçadores sabem do risco, mas não souberam citar nenhuma doença específica. Para Silva (2008) a própria definição de zoonoses como “doenças ou infecções que se transmitem naturalmente, entre os animais vertebrados e o homem, ou vice-versa” já denota a importante participação da vida silvestres na manutenção destas doenças. Esses dados reforçam o baixo nível de escolaridade dos caçadores, que desconhecem os riscos da predação da fauna silvestre.

Os caçadores apresentam grande conhecimento sobre a região e os seus animais, sendo

uma importante fonte de informações para futuras pesquisas na região, corroborando a

percepção de Alves et al. (2012), a respeito da região nordeste do Brasil. Ao término das

entrevistas foi perguntado aos caçadores se era do conhecimento deles a ilegalidade da

atividade praticada. Todos os entrevistados afirmaram estar cientes.

(25)

23

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar da fauna silvestre brasileira ser inegavelmente considerada uma de suas maiores riquezas, os estudos sobre sua caça ainda são insuficientes. Por estar sempre atrelado a categoria jurídica de “ilegal”, acabam surgindo entraves para as pesquisas no tema, devido aos estereótipos atrelados a prática (RUAS et al., 2017). Com isso, muitas informações deixam de ser obtidas sobre os animais silvestres e a realidade dos agentes da caça, pois estes dados não são fáceis de serem mensurados.

É importante conhecer os hábitos dos caçadores para que com isso haja seu controle (ALVES et al. 2012). Segundo o estudo autores “a elaboração de planos de manejo e conservação deve levar em consideração o contexto social e cultural das pessoas envolvidas nessas atividades e devem ser implementados em consonância com populações usuárias dos recursos” (p. 394). Em obra disponibilizada pelo Ministério do Meio Ambiente sobre a biodiversidade brasileira (BRASIL, 2002 p. 165), podemos observar algumas sugestões para utilização sustentável dos recursos da fauna, especialmente a caça de subsistência na Caatinga. Entre elas: incentivar a criação de criadouros comunitários de animais silvestres (decididos a partir de estudos); proporcionar educação ambiental destinada à necessidade da conservação e ao uso sustentável dos recursos naturais: realizar seminários sobre a legislação ambiental; identificar atividades alternativas como fonte de proteína e de renda, além de promover sua capacitação; por último, fiscalização eficiente.

Desta forma, aproximando o pesquisador do contexto empírico será possível medir o

impacto dessas atividades de exploração da fauna, propiciando uma participação maior da

comunidade e contextualizando a realidade brasileira do ambiental com o social.

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24

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406-412, 2005

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APÊNDICE A – ROTEIRO DE ENTREVISTA Sexo: M ( ) F ( )

Idade:___________

Estado civil: Solteiro ( ) Casado ( )

Profissão: ___________________________________________________________________

Escolaridade: ________________________________________________________________

Tempo que caça: _____________________________________________________________

Caça sozinho ( ) ou em grupo ( )

Métodos de caça:_____________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Uso de cães - Não ( ) Sim ( ) - Quantos ___________________

Quais animais são caçados

Aves Mamíferos Repteis Anfíbios

alvos preferenciais * animais comercializados #

Finalidade da caça ____________________________________________________________

Espécies abatidas por controle __________________________________________________

Animais de estimação _________________________________________________________

Uso alimentar _______________________________________________________________

Preparo da caça ______________________________________________________________

Medicina popular ____________________________________________________________

Quais animais não são mais encontrados __________________________________________

___________________________________________________________________________

Zoonoses ___________________________________________________________________

conscientes de que a caça representa uma atividade ilegal - Sim ( ) Não ( )

Referências

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