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Principais itens a serem abordados

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Academic year: 2021

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Principais itens a serem abordados

● A contribuição de Josué de Castro

● A fome e a grande seca de 1987/89

● A grande lavoura e a produção de subsistência

● As políticas de combate a fome no Brasil

● As causas recentes da retomada da fome

● A fome e a obesidade na pandemia

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1877- Pai de Josué, agricultor do Sertão Nordestino, migra para a capital em função da ”grande seca”

1908- Nasce em Recife e cresce em um bairro pobre às margens do rio Capibaribe;

1929- Concluiu o curso de medicina da Universidade do Brasil e retorna para ser medico no Recife 1945- Publica “Geografia da fome”; e em 1957, “Geopolitica da fome”

1952- Foi presidente do conselho consultivo da FAO até 1956;foi tb deputado federal pelo PTB em “

“dobrfadinha” com Francisco Juliao das Ligas Camponesas;

1964–cassado pelo regime militar brasileiro e proibido de voltar ao Brasil;

1965- Publica “Sete palmos de terra e um caixão” onde se define como um “agitador autodidata”

1973- Morre no exílio na França, deprimido dias após a morte de seu amigo, Salvador Allende.

A fome no Brasil: de Josué de Castro à Pandemia

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Fome endêmica Epidemias de fome Subnutrição

2 Mapa das áreas alimentares no Brasil

Josué de castro, 1946.

Fonte: Geografia da Fome: A Fome no Brasil. Rio de Janeiro: O Cruzeiro, 1946.

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1) Combate ao latifúndio;

2) Combate à monocultura em largas extensões sem as correspondentes zonas de abastecimento dos grupos humanos nela empregados;

3) Aproveitamento de todas as terras cultiváveis nas cercanias das cidades;

4) Intensificação do cultivo de alimentos nas pequenas propriedades;

5) Mecanização intensiva das lavouras;

6) Financiamento bancário e garantia de um preço mínimo justo;

7) Progressiva isenção de impostos da terra destinada ao cultivo de produtos de sustentação;

8) Amparo e fomento ao cooperativismo;

9) Intensificação dos estudos técnicos em Bromatologia e Nutrologia;

10) Campanha de bons hábitos alimentares, higiene, amor a terra, economia agrícola e doméstica e dos fundamentos da luta contra a erosão.

“Programa de 10 pontos para vencer a fome” - 1952

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1915 - Campo de Alagadiço, Fortaleza - Lotação de 8 milconcentrados

- 32 mil podem ter passado pelos campos - Funcionou por cerca de 6 meses

1932 e 1933 - Sete campos de concentração - Em Fortaleza: Urubu e Matadouro;

- Fora da Capital: Senador Pompeu (Patu); São Mateus (Cairús);Crato (Burity); Quixeramobim e Ipu;

- Cerca de 100 mil foram confinados simultaneamente;

- O maior campo, Burity, chegou a confinar 50 mil pessoas.

Campos de concentração para famintos no Ceará

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Fonte: 2000 a 2011, IPEA; 2012 a 2019, IBGE/PNAD contínua e Covid.

- O complexo rural : nas grandes fazendas escravistas produzia- se de tudo, inclusive atividades de subsistencia e subsidiarias da producao comercial … (I.Rangel, A questao agraria )

- o complexo cafeeiro paulista: nascimento da economia capitalista ( W.Cano, Raizes da Concentracao Industrial)

- quando o preco do café subia, aumentava a fome nas colonias porque toda a mao-de-obra era alocada nos trabalhos da

plantation,abandonando os cultivos intercalares de subsistencia

…. A producao independente de alimentos se afirma apenas com

a crise do café de 1929 ( Caio Prado Jr., Historia economica do

Brasil)

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Fonte: Anna Peliano, “A trajetória das políticas de combate a fome no Brasil” (live 2021).

1932- INQUÉRITOS SOBRE AS CONDIÇÕES DE VIDA DAS CLASSES OPERÁRIAS

1940- SERVIÇO DE ALIMENTAÇÃO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL –SAPS (COBAL/CONAB) A) Criação de restaurantes populares;

B) Fornecimento de uma refeição matinal para os filhos dos trabalhadores (embrião da merenda escolar);

C) Auxílio alimentar (30 dias) ao trabalhador enfermo ou desocupado (transformado em auxílio-doença);

D)Criação de postos de subsistência para venda, a preços de custo, gêneros de primeira necessidade;

E) Serviço de visitação domiciliar junto à residência dos trabalhadores;

F) Cursos para visitadores e auxiliares técnicos de alimentação.

1945- COMISSÃO NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO - CNA (INAN)

Anna Peliano: A trajetoria das politicas de combate a fome em 4 atos

1º Ato: Os primórdios das políticas de alimentação e nutrição no âmbito das políticas

trabalhistas do Governo Vargas

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Fonte: Anna Peliano e Nathalie Beghin. IPEA. Abril/94

Ato: De meados dos anos 70 ao final da déc. de 80

“O que funcionou não foi bom, e o que foi bom não funcionou”

● II Programa Nacional de Alimentação e Nutrição – II PRONAN;

● Dia D do Abastecimento;

● I Conferência Nacional de Alimentação e Nutrição

● Reconhecimento da alimentação escolar como direito constitucional

● Programa Nacional de Leite para Crianças Carente – PNLCC

No final dos anos oitenta, o “Governo Federal operava 12 programas de

alimentação e nutrição que juntos gastaram mais de U$ 1 bilhão em 1989”.

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3º Ato: “As reviravoltasdos anos 90”

Mapa da Fome: Subsídios à Formulação de uma Política de Segurança Alimentar(IPEA)

● Plano Nacional de Combate à Fome e à Miséria – Princípios, Prioridades e Mapa das Ações de Governo

● Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA ( Gov. Itamar)

● Comunidade Solidária(Gov.FHC)

Entre 1990 e 1999, um contingente de 8,2 milhões de brasileiros havia saído da condição de extrema pobreza e 10,1 milhões da condição de pobreza (IPEA).

Fonte: Anna Peliano, “A trajetória das políticas de combate a fome no Brasil” (live 2021).

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4º Ato: Início do século XXI: O avanço de reivindicações históricas e a garantia constitucional do direito à alimentação

Fonte: Anna Peliano, “A trajetória das políticas de combate a fome no Brasil” (live 2021).

2003-FOME ZERO Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome;

2003- Recriação do CONSEA Coordenação com sociedade civil organizada e setor privado;

2004-BOLSA FAMÍLIA;

2010- Reconhecimento do direito constitucional àalimentação adequada;

2011- Brasil sem Miséria;

2012 a 2015- Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional;

2016 a 2019- Segundo Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

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O rapido desmonte do aparato de combate à fome e volta da miséria

Fonte: (IBGE, POF - Análise da segurança alimentar no Brasil, 2020)

2004 a 2013 - A situação de insegurança alimentar grave nos domicílios caiu para menos da metade: passou de 6,9% para 3,2%* e, em 2014, o Brasil saiu do Mapa da Fome (ONU).

2013 a 2018 - Dados do IBGE apontam que, subiu de 22,6% para 36,7% o índice de

domicílios em que ainda não era garantida a segurança alimentar. Nesses dois anos

(2017/2018), 10,3 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar grave.

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Meta alcançada

<5% Muito Baixo

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Principais causas da fome no Brasil atual

Falta de renda em função dos baixos níveis de remuneração (Salário Mínimo de referência) e alto nível desemprego e informalidade resultante do baixo crescimento econômico

Alto nível de concentração da renda(aumentou a miséria) agrava muito a fome.

Modelo agro-exportadornão distribui renda e gera crescimento intersetorial menor que o

necessário para absorver o crescimento da população ativa

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Principais causas da fome no Brasil em 2021

● Baixos níveis de remuneração e o alto nível desemprego resultante do baixo crescimento econômico (não são os preços dos alimentos que são altos; são os salários que são muito baixos!);

● um grande exportador de commodities mas o custo da alimentação saudável esta relativamente muito alto; e a produção e a renda gerada estao muito concentradas;

● Modelo agro-exportador gera crescimento intersetorial menor que o necessário para absorver o crescimento da população ativa;

● Alto nível de concentração da renda (e aumento da miséria) agrava muito a fome principalmente nas regiões periféricas e areas rurais;

● Inflação acelerada dos alimentos acentua a substituicao produtos saudáveis por processados e ultraprocessados, mesmo para as classes médias altas.

● Desmonte rapido das políticas de SAN depois de 2014 (nao ha sindicato de famintos)

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Fonte: Ministério da economia

Evolução orçamentária - Subfunção Alimentação e Nutrição

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Fonte: VIGISAN, 2021.

IA mod + grave

= 20,5%

FAO = 23,5%

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Fonte: VIGISAN, 2021.

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Fonte: Centro de Estudos FGV - Social

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Fonte: FAO, IFAD, UNICEF, WFP & WHO, 2020.

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Fonte: IBGE, 2006; IBGE, 2015; IBGE, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015; IBGE, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020.

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Referências

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