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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIENCIAS SOCIAS APLICADAS ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DE NEGÓCIOS

CRISTIANE FURMAN CAMPOS

ESTUDO DE VIABILIDADE ECONOMICA-FINANCEIRA NA ABERTURA DE UMA CAFETERIA NO SETOR TURÍSTICO NA CIDADE DE ARAUCÁRIA

CURITIBA 2013

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CRISTIANE FURMAN CAMPOS

ESTUDO DE VIABILIDADE ECONOMICA-FINANCEIRA NA ABERTURA DE UMA CAFETERIA NO SETOR TURÍSTICO NA CIDADE DE ARAUCÁRIA

Monografia apresentada ao Departamento de Contabilidade, do Setor de Ciências Sócias Aplicadas da Universidade Federal do Paraná, como requisito para obtenção do título de Especialista em Gestão de Negócios.

Professor Orientador: MSc Luiz Carlos de Souza

CURITIBA 2013

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RESUMO

O objetivo desse estudo é analisar a viabilidade econômico-financeira na abertura de uma cafeteria no setor turístico na cidade de Araucária, tendo como objetivos específicos à verificação do investimento total necessário na abertura de uma empresa do ramo de cafeteria temática; a identificação das oportunidades e ameaças do mercado; os prazos médios de recebimentos e pagamentos; a necessidade de capital de giro; a melhor opção tributária; os recursos próprios que serão aplicados na chamada de capital e a elaboração de demonstrações contábeis.

A metodologia empregada nesse estudo teve como base os métodos qualitativos e bem como as pesquisas, descritiva e bibliográfica, obtendo informações com a finalidade de adquirir conhecimentos para o desenvolvimento deste trabalho. Diante dos resultados obtidos com a pesquisa, percebe-se que planejamento e gestão adequada são alguns dos fatores para o bom desenvolvimento do empreendimento, bem como a necessidade do monitoramento constante por parte dos empreendedores a respeito das análises financeiras para a obtenção de lucro.

Palavras – chave: Cafeteria. Turismo. Planejamento. Viabilidade.

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ABSTRACT

The aim of this study is to analyze the economic feasibility of opening a coffee house in the tourist industry in the town of Araucaria , with the specific verification of the total investment needed in opening a branch company of thematic objectives cafeteria ; the identification of opportunities and threats in the market ; the average terms of receipts and payments ; the need for working capital; the best tax option ; Own resources will be invested in capital call and the preparation of financial statements .The methodology used in this study was based on qualitative methods as well as research and descriptive literature and obtaining information for the purpose of acquiring knowledge for the development of this work . Considering the results obtained from the research, you realize that planning and proper management are some of the factors for the successful development of the project as well as the need for constant monitoring by the entrepreneurs regarding the financial analysis for profit.

Key-Words: Coffee house. Tourism. Planning. Viability.

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LISTA DE TABELAS

TABELA 01 – EVOLUÇÃO DE TURISTAS – 2005 - 2011 ... 17

TABELA 02 – PROJEÇÃO DA DEMANDA TURÍSTICA PARA CURITIBA, POR MOTIVO DE VIAGEM, 2011-2020. ... 18

TABELA 03 – PASSAGEIROS NA LINHA ROTEIRO CAMINHOS DE GUAJUVIRA 19 TABELA 04 – DEMANDA TURÍSTICA ESTIMADA PARA OS MUNICÍPIOS DA ÁREA TURÍSTICA SEGUNDO O CENÁRIO OTIMISTA, ANOS 2011-2017... 20

TABELA 05 – ATENDIMENTOS REALIZADOS - CIT ... 21

TABELA 06 - INVESTIMENTO INICIAL ... 44

TABELA 07 - PLANEJAMENTO DE VENDAS ... 45

TABELA 08 - PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS - PMRV ... 47

TABELA 09 - ESTIMATIVA DO CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA NO MÊS .... 47

TABELA 10 - PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DE COMPRAS - FORNECEDORES ... 49

TABELA 11 - ESTIMATIVA DAS DESPESAS FIXAS MENSAIS ... 49

TABELA 12 - ESTIMATIVAS VARIÁVEIS MENSAIS ... 50

TABELA 13 - CUSTOS COM MÃO DE OBRA ... 51

TABELA 14 - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO GERENCIAL 52 TABELA 15 - BALANÇO PATRIMONIAL ... 53

TABELA 16 – INDICADORES FINANCEIROS ... 54

TABELA 17 - RESUMO FINANCEIRO ... 55

TABELA 18 – PONTO DE EQUILIBRIO ... 55

TABELA 19 – PMRC E ROTAÇÃO DE ESTOQUE ... 56

TABELA 20 – RESULTADOS DO INVESTIMENTO ... 56

TABELA 21 – ANÁLISE DE SENSIBILIDADE ... 57

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 7

1.1 QUESTÃO DE PESQUISA ... 8

1. 2 OBJETIVOS ... 8

1. 2. 1 Objetivo geral ... 9

1. 2. 2 Objetivos específicos ... 9

1.3 JUSTIFICATIVA ... 9

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 11

2. 1 ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO EMPRESARIAL ... 11

2. 1. 1 Empreendedorismo ... 12

2. 1. 2 Processo empreendedor: identificação e avaliação de oportunidades ... 13

2. 1. 3 Características do perfil empreendedor ... 14

2.2 TURISMO ... 15

2.2.1 Crescimento do turismo em Curitiba ... 16

2.2.2 Crescimento do turismo em Araucária ... 18

2.2.3 O marketing no turismo ... 22

2.3 MIX DE MARKETING ... 24

2.3.1 Produto/Serviço ... 25

2.3.2 Preço ... 25

2.3.3 Praça ... 26

2.3.4 Promoção ... 26

2.4. CAFETERIAS ... 28

2.5 ANÁLISE DE RENTABILIDADE ... 29

2.5.1 Investimentos fixos ... 30

2.5.2 Capital de giro ... 30

2.5.3 Custos ... 31

2.5.4 Custos Fixos ... 32

2.5.5 Custos Variáveis ... 32

2.5.6 Receitas ... 33

2.5.7 Orçamentos ... 34

3 ASPECTOS METODOLOGICOS ... 35

3. 1 MÉTODO ADOTADO ... 35

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3. 1. 1 População e amostra... 36

3. 1. 2 Coleta e tratamento dos dados ... 37

4. ESTUDO DE VIABILIDADE PARA ABERTURA DE UMA CAFETERIA ... 38

4.1 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA E PRODUTO ... 38

4.2 OPORTUNIDADE E AMEAÇAS DO NEGÓCIO ... 39

4.2.1Fatores econômicos ... 39

4.2.2 Fatores tecnológicos ... 40

4.2.3 Fatores sociais ... 41

4.2.4 Fatores políticos ... 41

4.2.5 Fatores de meio ambiente ... 42

4.3 PROJEÇÃO DE RESULTADOS ... 42

4.3.1 Investimento Inicial ... 43

4.3.2 Projeção de vendas ... 44

4.3.3 Recebimento de vendas ... 46

4.3.4 Custo da mercadoria ... 47

4.3.5 Pagamento de fornecedores ... 48

4.3.6 Despesas fixas ... 49

4.3.7 Despesas variáveis ... 50

4.3.8 Mão de obra ... 50

4.3.9 Resultado para fins internos e balanço patrimonial ... 51

4.3.10 Indicadores financeiros ... 54

5 CONCLUSÃO ... 58

REFERENCIAS ... 61

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1 INTRODUÇÃO

O café há muito tempo faz parte do hábito alimentar dos brasileiros, e tem como características associadas ao prazer e à sociabilidade. Segundo pesquisa realizada, 18% das pessoas da população brasileira declararam ter consumido mais café nos últimos 12 meses e 5% pretende consumir ou iniciar o consumo deste produto neste período. Destaque para a intenção de consumo fora de casa. Esse fenômeno trouxe como consequência um aumento do consumo do café fora de casa: em 7 anos de acompanhamento, esse comportamento cresceu 170%, com destaque para os consumidores de classe C. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE CAFÉ, 2013)

Outro setor que vem ganhando espaço é o setor de turismo que conforme afirma Polo (2003), mesmo sendo considerado um objeto recente de estudos, o turismo é uma atividade que está crescendo no Brasil e no mundo, tendo se tornado já no século XIX uma atividade econômica organizada, e considerada a segunda maior no mundo por influência de vários motivos, entre eles a diminuição da jornada de trabalho, sobrando maior tempo livre para o lazer, os avanços tecnológicos, a fuga do cotidiano estressante da área urbana e o interesse das pessoas em conhecer lugares diferentes. O turismo também é a atividade que mais gera empregos, melhora a qualidade de vida, conserva e preserva os recursos naturais.

Aproveitando o crescimento do consumo de café, aliado ao ramo turístico que vem se expandindo no Brasil, o presente projeto tem por objetivo o desenvolvimento de um estudo para abertura de uma cafeteria com produtos típicos dos primeiros imigrantes da região de Araucária, especificamente produtos típicos poloneses, visando verificar a sua viabilidade administrativo-financeira, de mercado da abertura dessa empresa na cidade, e do ingresso no Roteiro Turístico, que por sua vez, devido a proximidade com a cidade industrial de Curitiba (CIC) e por haver uma grande concentração de indústrias no município, o turismo de Araucária pode ser caracterizado pelo predomínio de atividades turísticas de negócios, além do grande potencial turístico voltado ao setor de turismo rural denominado de “Roteiro Caminhos de Guajuvira”, inaugurado em 20 de março de 2004 (ARAUCÁRIA, 2012)

(9)

Qualquer empreendimento exige qualidade na administração, sendo medida pelos resultados financeiros. Não é por acaso que muitas empresas encerram suas atividades todos os dias em muitos países do mundo. (Mendes, 2009)

De acordo com Drucker (2005), apud Mendes (2009), a administração empreendedora requer receptividade à inovação e predisposição às mudanças como: oportunidade; produção e análise dos resultados; práticas específicas pertinentes à estrutura organizacional; provisão de pessoal e gerência e à remuneração; incentivos e recompensas e não fazer da inovação um objetivo para os encarregados conduzirem, além de explorar e aperfeiçoar o que já existe.

Outro fator importante para a abertura de uma empresa é a informação financeira, sendo à base de sustentação das decisões. De acordo com SEBRAE (2013), analisar financeiramente uma empresa é qualificar o seu resultado financeiro, seja ele positivo ou negativo. Se a empresa é lucrativa, deve-se concluir se esse lucro é ótimo, bom ou ruim. Sendo fundamental para a empresa conhecer sua situação e tomar medidas de forma a sanar dificuldades, promovendo o seu crescimento.

Para atingir os objetivos propostos, o estudo se baseará em pesquisas bibliográficas expondo a teoria de autores especialistas e a contextualização dos principais aspectos que envolvem projetos de investimento e estudo de viabilidade e pesquisas exploratórias, a qual será usada para coleta dos dados necessários para este estudo.

1.1 QUESTÃO DE PESQUISA

Existe viabilidade na implantação da Cafeteria?

1. 2 OBJETIVOS

Os objetivos deste trabalho se dividem em geral e específicos:

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1. 2. 1 Objetivo geral

Analisar se há viabilidade de implementação deste empreendimento.

1. 2. 2 Objetivos específicos

 Analisar a viabilidade econômica e financeira do empreendimento.

 Verificar qual o investimento total necessário na abertura de uma empresa do ramo de cafeteria temática.

 Identificar as oportunidades e ameaças do mercado;

 Identificar os prazos médios de recebimentos e pagamentos;

 Identificar a necessidade de capital de giro

 Identificar os recursos próprios que serão aplicados na chamada de capital

 Elaborar demonstrações contábeis.

1.3 JUSTIFICATIVA

Segundo a Associação Brasileira de Indústria de Café (2013), as cafeterias desenvolveram-se na Europa durante o século XVII. Durante tardes inteiras, jovens europeus reuniam-se para tomar café e discutir o destino das nações, declamando poemas, lendo livros ou simplesmente passando o tempo e até hoje, as cafeterias são locais onde pessoas se reúnem para discutir assuntos importantes ou simplesmente passar o tempo, sendo o ritual do “cafezinho” uma tradição que sobreviveu a todas as transformações. Nos últimos anos, houve uma onda provocada pelas modernas máquinas de café expresso, que revolucionaram o hábito, permitindo um crescimento vertiginoso das cadeias de lojas de café.

(11)

Muito mais do que um sonho romântico e glamoroso, abrir uma cafeteria é um negócio como outro qualquer. Exige planejamento, boa gestão dos processos, conhecimento de impostos e muita disciplina. “Até chegar o momento de escolher sua fonte de fornecimento dos nobres grãos de café, definir o seu blend e montar sua carta de serviços, há muito preparo por detrás do balcão”. (NETO, 2007)

Araújo e Filho (2005), argumentam que o empresário deve ter consciência dos impactos a curto, médio e longo prazo, para que a atividade possa trazer retorno. Um dos pontos principais está na importância do planejamento da atividade que requer conhecimento do ambiente alvo, levantamento e análise do conjunto de recursos e dos fatores da atratividade da oferta e das tendências da demanda, tendo como meta a identificação das limitações e potencialidades para um desenvolvimento sustentado.

Dessa forma, verifica-se a importância deste estudo detalhado, sendo possível a presente pesquisa, contribuir para novos investimentos na cidade e abertura de novos pontos turísticos, sugerindo ideias para o aproveitamento das oportunidades existentes no ambiente.

Outrossim, poderá orientar os atuais empreendimentos da importância da elaboração de um planejamento adequado, estratégias unificadas de desenvolvimento e gestão, necessárias no acesso ao financiamento e da necessidade da manutenção da competitividade.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para a realização do presente projeto foram coletados elementos teóricos relevantes para o estudo, incluindo um acervo de informações em livros, artigos e demais trabalhos existentes sobre o assunto. (SEVERINO, 2002)

A fundamentação teórica deste projeto busca um entendimento dos principais assuntos relacionados a projeto de investimento. Sendo abordados os principais conceitos e definições teóricas necessárias para o desenvolvimento e compreensão do projeto, apresentando ideias de autores referentes à administração, empreendedorismo, análises de investimentos e outros, importantes para o entendimento e análise de viabilidade economica-finaceira.

2. 1 ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO EMPRESARIAL

Para Bateman e Snell (1998), administrar é um processo de trabalho que envolve pessoas e recursos organizacionais, cujo bom administrador faz com eficiência e eficácia. Mas para tanto, é necessária ampla variedade de atividades que incluem planejamento, organização, liderança e controle. O estudo desta ciência ajuda uma empresa a sobreviver no mercado onde há vários concorrentes, sendo necessário obter vantagem competitiva por meios de adoção de abordagens da administração que satisfaçam as pessoas através de competitividade em custos, produtos de alta qualidade, velocidade e inovação. Alcançar essas vantagens e desempenhar as funções administrativas são fundamentais para o administrador que, com direções estratégicas apropriadas e funcionários alinhados, levam o negócio ao sucesso.

A partir da década dos anos 1990, o ambiente de negócios sofreu várias mudanças por meio da globalização econômica, das novas tecnologias da informação e da comunicação, exigindo nova postura nos estilos pessoais e gerenciais voltados para esta nova realidade que tem crescido principalmente pelas inovações tecnológicas, concorrências, novos modelos de gestão e mudanças no perfil dos clientes. Gerir envolve cada vez mais uma gama abrangente e

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diversificada de atividades do que no passado, consequentemente, o administrador/gestor precisa estar apto a perceber, refletir, decidir e agir em condições totalmente diferentes das de antigamente. Novos métodos de gestão, novas ferramentas de apoio, novos sistemas de informação, tudo isso representa o esforço por aperfeiçoar a gestão. (CORDEIRO; RIBEIRO, 2002)

De acordo com Drucker (2005), apud Mendes (2009), há quem afirme que o bom empreendedor não administra e, da mesma forma, aquele que administra tem dificuldades para empreender em decorrência das características distintas entre administrador e empreendedor. No entanto o sucesso da empresa depende de uma administração empreendedora, decisões sobre o uso de recursos e a realização dos objetivos que estão fundamentados no plano de negócios.

Este moderno sistema de gerenciamento empresarial concentra-se em atividades que buscam a melhor lucratividade possível, conforme cita Andrade (2001). No entanto, mesmo sendo voltado aos meios que levam aos lucros, há muitos indivíduos que se tornaram empresários obrigados a assumir esta ocupação para ganhar a vida, sendo possível que algum empreendedor tenha nascido de um grande descontentamento ou alguma situação constrangedora. Porém, com sucesso ou fracasso, com lucro ou não, empresário ou empreendedor é quem gera seus bens e os administra competentemente.

2. 1. 1 Empreendedorismo

De acordo com Dolabela (2008), empreendedorismo tem sua derivação da palavra entrepreneurship1 e é “utilizado para designar os estudos relativos ao empreendedor, seu perfil, suas origens, seu sistema de atividades, seu universo de atuação”. Jean-Baptiste (1964), pai do empreendedorismo, e Schumpeter (1934), economista austríaco, “associam o empreendedor ao desenvolvimento econômico, à inovação e ao aproveitamento de oportunidades de negócios”. No entanto, o conceito varia de acordo com os países e a época.

1 O termo teve origem na economia francesa por volta do século XVII ou XVIII. Em francês significa alguém que “”empreende” um projeto ou uma atividade significativa.

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É necessário um processo empreendedor que abranja ações de criação de algo novo que tenha valor no mercado, exigência de devoção, ousadia, riscos calculados, decisões críticas, além de tolerância com possíveis erros ou insucessos.

Incentiva novos empreendimentos, impulsiona a prosperidade e aumenta as oportunidades de novos negócios. Empreender significa levantar recursos, criar e identificar oportunidades com facilidade e assumir riscos. (CHIAVENATO, 2005)

Segundo Freitas (2009), a definição de empreendedorismo possui quatro fundamentos básicos:

a) processo de criação de algo novo;

b) dedicação de tempo e energia na criação e implementação;

c) consciência de riscos;

d) satisfação e independência econômica social.

Martins (2006), diz que, algumas pessoas já nascem empreendedoras, para outras é necessário aprendizado. Porém, o desenvolvimento de talentos é necessário para qualquer pessoa que deseja implantar e gerir um negócio. É preciso conhecimentos específicos que o talento empreendedor deve contemplar, são eles os aspectos mentais, profissionais e econômicos. Dentro da visão acadêmica, o empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões, inquieto, criativo e planejador.

2. 1. 2 Processo empreendedor: identificação e avaliação de oportunidades

Segundo Dolabela (2008), oportunidade é o modo como o empreendedor vê o seu setor, surge de uma necessidade não satisfeita, “fruto” da observação, do conhecimento do negócio e seu ambiente. Quanto mais envolvido pela área que atua, mais o empreendedor desenvolverá a capacidade de perceber oportunidades.

Empreender é perceber as necessidades, buscar e gerenciar recursos para que o produto ou serviço chegue ao cliente e que este remunere o processo, permitindo o crescimento do empreendimento. Não só identificar a oportunidade, mas preparar-se para dispor no mercado algo que satisfaça as necessidades verificadas e ter condições de desenvolver, buscar recursos financeiros, tecnológicos e humanos e gerenciá-los, igualmente de estar atento em movimentos demográficos,

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transformações e tendências do mercado, na participação das mulheres e internacionalizações da economia, industrialização dos serviços, preservação do meio ambiente, responsabilidade social e mudanças de hábitos.

Mendes (2009), complementa que identificar e avaliar oportunidades é algo complexo. Muitas surgem de modo inesperado, mas o que define o aproveitamento é a perspicácia do empreendedor para entender o tamanho do mercado real do negócio. Estudar o tamanho do mercado e a “duração da janela de oportunidades formam os alicerces para a determinação de riscos e compensações”. Identificar e avaliar, é uma das partes do processo empreendedor e nesta fase o projeto deve descrever e analisar o produto/serviço, a oportunidade, a equipe e o pessoal do empreendedor, especificar todas as atividades e recursos para transformar em empreendimento viável e ter fonte de capital para investimento.

Confrontar resultados da análise da oferta e da procura, da concorrência e das tendências no ambiente externo, possibilita ao empreendedor identificar forças e fraquezas do território antes de implantar o negócio, permitindo determinar oportunidades e riscos e desenvolver uma “posição estratégica de sucesso”, proporcionando vantagem a curto e médio prazo em relação aos concorrentes.

(GRASSMANN E ZIMMER, 1996)

2. 1. 3 Características do perfil empreendedor

Conforme Martins (2006), o estudo do comportamento do empreendedor iniciou-se pela procura das características psicológicas distintas, traçando um perfil psicológico. Por meio desses estudos foram identificadas características que, aplicadas em conjunto, conseguem alcançar sucesso na empresa, que são:

a) busca de oportunidades e iniciativa;

b) persistência;

c) comprometimento;

d) exigência de qualidade e eficiência;

e) correr riscos calculados;

f) estabelecimento de metas;

g) busca de informações;

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h) planejamento e monitoramento sistêmico;

i) persuasão e rede de contatos;

j) independência e autoconfiança.

No entanto para Mendes (2009), todas as características acerca do empreendedor podem ser adquiridas com o passar do tempo: aprendendo, praticando e disseminando. Para tanto é necessário disciplina e grande capacidade de absorção de conhecimento, transformando ideias simples em grandes empreendimentos de sucesso.

Um dos estudos para elaboração do perfil empreendedor é o do ser humano e do seu comportamento. No entanto, o domínio do gerenciamento é uma consequência do processo de aprendizado. “Em outras palavras: o indivíduo portador das condições para empreender saberá aprender o que for necessário para criar, desenvolver e realizar sua visão. No empreendedorismo, o ser é mais importante do que o saber”. (DOLABELA, 1999)

2.2 TURISMO

O turismo está relacionado ao tempo livre, à cultura do lazer, envolvendo diversas disciplinas das ciências sociais e humanas, podendo ser definido como a teoria e a prática da prestação de serviços e atrações com a finalidade de ofertar diversas atividades às pessoas que dedicam seu tempo livre para viajar, conhecer e visitar lugares diferentes do seu ambiente rotineiro, ligadas ao lazer. (MONTEJANO, 2001)

Conforme afirma Polo (2003), mesmo sendo considerado um objeto recente de estudos, o turismo é uma atividade que está crescendo no Brasil e no mundo, tendo se tornado já no século XIX uma atividade econômica organizada, e considerada a segunda maior no mundo por influência de vários motivos, entre eles a diminuição da jornada de trabalho, sobrando maior tempo livre para o lazer, os avanços tecnológicos, a fuga do cotidiano estressante da área urbana e o interesse das pessoas em conhecer lugares diferentes. O turismo também é a atividade que

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mais gera empregos, melhora a qualidade de vida, conserva e preserva os recursos naturais.

A importante contribuição na conservação do meio natural é apenas um dos pontos positivos do turismo. De acordo com Ignarra (2003), “é uma atividade que tem importância no desenvolvimento socioeconômico e grande poder de redistribuição espacial de renda, pois os principais emissores de turistas são os países ricos e os receptores nem sempre o são”, podendo assim contribuir para o grande problema da sociedade moderna, que é o desemprego estrutural. Além do desenvolvimento cultural das comunidades, através do contato direto dos visitantes com os nativos da localidade contribuindo com o enriquecimento cultural de ambos.

A comercialização dos produtos garante a sobrevivência dos artesões e instiga o aperfeiçoamento de suas técnicas e habilidades, revitalizando a produção artesanal e as tradições folclóricas.

Segundo Alexandre (2003), a atividade turística é importante para geração de lucros e riqueza em todo o mundo, através da utilização dos equipamentos de hospedagem, transporte e pelos mais variados serviços, elevando a demanda de empregos e diminuição da mão de obra desempregada. No entanto, para trazer estes benefícios, devem existir atrativos turísticos, infraestrutura, equipamentos adequados, acessibilidade ao mercado consumidor, e seu desenvolvimento deve ser gerenciado e transformado em estratégias.

Para que o Brasil possa obter um fluxo maior de pessoas no turismo, aumento das receitas e empregos gerados é necessário desenvolver mais produtos turísticos nos parâmetros sustentáveis, com melhoria na qualidade de vida nos núcleos receptores e satisfação do turista sem comprometer o meio. Para isto, o planejamento e a gestão do turismo por parte, tanto da iniciativa privada, quanto da união, estados e municípios são importantes para o fortalecimento e desenvolvimento das organizações turísticas. (BEZERRA, 2003)

2.2.1 Crescimento do turismo em Curitiba

Na cidade de Curitiba, de acordo com Curitiba (2011), o fluxo turístico alcançou a marca de 3,6 milhões de turistas. O número foi de 3.642.704, superando

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a marca de 2010 e também a meta estipulada para 2011. As estimativas foram realizadas à partir do fluxo de passageiros no aeroporto, na rodoviária e nas principais vias de acesso à Curitiba. O gasto médio do turista, em 2011, superou a marca de US$77,74, ficando em US$97,26. Considerando a série histórica temos (TABELA 01):

TABELA 01 – EVOLUÇÃO DE TURISTAS – 2005 - 2011 Anos Turistas Evolução %

2005 2.235.378 - 2006 2.624.001 17,40%

2007 2.903.059 10,60%

2008 3.029.950 4,40%

2009 3.134.162 3,40%

2010 3.410.219 8,80%

2011 3.642.704 6,80%

FONTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA (2011)

De acordo com Freitas e Padilha (2005), até alguns anos atrás, Curitiba era rota de passagem de turistas para outros estados. O que mudou essa realidade foi o seu planejamento urbano, reconhecido internacionalmente, transformando numa cidade modelo para o resto do Brasil. Curitiba também se destaca pelos seus diversos parques e áreas verdes, que proporcionam aos turistas, lazer, esportes e sossego. Dentre os locais mais visitados estão o setor histórico e o bairro gastronômico de Santa Felicidade, além dos parques como Jardim Botânico e o Parque Barigui.

Conforme dados do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável, Paraná (2011) haverá um aumento significativo na demanda turística para os próximos 20 anos para os segmentos turísticos na cidade de Curitiba. Os dados não incluem os eventos da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, o que certamente aumentaria a demanda (TABELA 02).

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TABELA 02 – PROJEÇÃO DA DEMANDA TURÍSTICA PARA CURITIBA, POR MOTIVO DE VIAGEM, 2011-2020.

Ano Projeção total Cultural Rural Aventura Ecoturismo Religião Gastronomia Outros 2011 3.518.419 964.047 819.792 239.252 193.513 193.513 49.258 432.766 2012 3.747.278 1.026.754 873.116 254.815 206.100 206.100 52.462 460.915 2013 3.976.137 1.089.462 926.440 270.377 218.688 218.688 55.666 489.065 2014 4.499.346 1.232.821 1.048.348 305.956 247.464 247.464 62.991 553.420 2015 4.522.532 1.239.174 1.053.750 307.532 248.739 248.739 63.315 556.271 2016 4.849.223 1.328.687 1.129.869 329.747 266.707 266.707 67.889 596.454 2017 4.940.489 1.353.694 1.151.134 335.953 271.727 271.727 69.167 607.680 2018 5.120.433 1.402.999 1.193.061 348.189 281.624 281.624 71.686 629.813 2019 5.349.292 1.465.706 1.246.385 363.752 294.211 294.211 74.890 657.963 2020 5.578.151 1.528.413 1.299.709 379.314 306.798 306.798 78.094 686.113 FONTE: FAUEPG (2011) APUD PARANÁ (2011)

2.2.2 Crescimento do turismo em Araucária

Devido a proximidade com a cidade industrial de Curitiba (CIC) e por haver uma grande concentração de indústrias no município, o turismo de Araucária pode ser caracterizado pelo predomínio de atividades turísticas de negócios. Sendo que a variação de ocupação dos meios de hospedagem é em média de 30% (trinta por cento) a 70% (setenta por cento), dependendo da realização de eventos promovidos pelas grandes empresas e indústrias situadas na cidade. No entanto, apesar deste grande potencial turístico voltado ao segmento de negócios, desenvolve-se outro forte potencial no setor de turismo rural. Este promove o resgate da vida no campo através de atividades como gastronomia, festas e artesanato. Um dos atrativos da cidade é o “Roteiro Caminhos de Guajuvira”, inaugurado em 20 de março de 2004 após levantamento realizado pela prefeitura das áreas rurais com potencial turístico, totalizando cerca de 65 propriedades e 23 capelas rurais. (ARAUCÁRIA, 2012)

De acordo com Araucária (2012), o roteiro possui aproximadamente 45 km de extensão com 10 pontos de visitação, com atrativos como: café rural, propriedades que comercializam verduras, frutas, flores em vaso, artesanato rural, vinhos, queijos, salames e outros, com a proposta de que o turismo rural auxilie no resgate cultural dos primeiros imigrantes, possibilitando mais uma alternativa de renda ao produtor rural, além de proporcionar ao turista a convivência na vida do campo, junto aos empreendedores rurais.

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A tabela a seguir mostra a quantidade de turistas que visitaram o “Roteiro Caminhos de Guajuvira” nos anos de 2009 a 2011, sendo que o período que apresenta maior demanda no Roteiro Caminhos de Guajuvira, de acordo com a assessora de turismo, Ana Paula Czaikowski (2012), compreende entre os meses de novembro e janeiro (TABELA 03).

TABELA 03 – PASSAGEIROS NA LINHA ROTEIRO CAMINHOS DE GUAJUVIRA

Anos 2009 2010 2011

Total de passageiros 2.690 1.582 1.989 FONTE: ARAUCÁRIA (2012)

Contudo, os atrativos não se limitam ao roteiro existente, há outros empreendimentos que oferecem além de gastronomia, diversas opções de lazer e vivencia no meio rural e urbano, como mostra o Inventário Turístico (2012). Os atrativos turísticos dividem-se em cultural e natural. Dentre os atrativos naturais se destaca a hidrografia composto por conjunto de pequenos riachos e trechos de rios, as unidades de conservação, a fauna e a flora. Já os culturais estão nas edificações de arquitetura religiosa, na arquitetura industrial e agrícola, na arquitetura vernacular, nas obras de artes como esculturas, estátuas, monumentos e obeliscos e murais. Igualmente nas festas e celebrações tradicionais, nas comemorações cívicas, nas músicas e danças, museus, memoriais e entre outros.

A FIGURA 01 a seguir exibe a quantidade de serviços e equipamentos turísticos presentes em Araucária.

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FIGURA 01 – SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS TURISTICOS FONTE: INVENTÁRIO TURISTICO (2012)

Em um cenário otimista, a tabela a seguir mostra a quantidade de turistas previstos para os anos de 2011 a 2017 no turismo de Araucária como um todo, envolvendo turismo de negócios, rural e industrial (TABELA 04).

TABELA 04 – DEMANDA TURÍSTICA ESTIMADA PARA OS MUNICÍPIOS DA ÁREA TURÍSTICA SEGUNDO O CENÁRIO OTIMISTA, ANOS 2011-2017

Município 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Araucária 28.214 30.049 31.884 36.080 36.266 38.886 39.618 FONTE: FAUEPG (2011) APUD PARANÁ (2011)

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A demanda turística real para o turismo na área rural no ano de 2011 verifica-se na tabela de atendimentos realizados no Centro de Informações Turísticas – CIT a seguir (TABELA 05):

TABELA 05 – ATENDIMENTOS REALIZADOS - CIT Dados

Gerais Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Informações

Roteiro de Turismo Rural

138 102 147 120 114 93 75 94 173 97 104 107 1364

Passageiros Linha Turismo Rural

110 90 191 177 92 123 94 36 42 68 171 84 1278

Passageiros Ônibus Extra – Roteiro Rural

9 0 0 0 0 0 0 50 69 162 375 46 711

Passageiros Projeto:

Educação para o Turismo

0 0 0 0 70 0 1 2 574 89 21 0 757

Outras Informações Turísticas

17 32 46 41 34 23 10 29 39 20 64 64 419

Logradouros Comércio em Araucária

18 13 14 21 16 15 17 14 18 18 23 10 197

Outras Informações de Apoio

22 47 65 36 40 56 29 56 27 46 31 36 491

Total 314 284 463 395 366 310 226 281 942 500 789 347 5217 FONTE: CENTRO DE INFORMAÇÕES TURISTICAS (2012)

Um estudo sobre a segmentação da oferta turística na região do Paraná, conhecida como Rota do Pinhão, realizado pelo SEBRAE/PR em parceria com o Fórum Metropolitano de Turismo e a Secretaria de Estado do Turismo (SETU)

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mostra que Araucária, está em destaque na área de turismo, conforme explica Araucária (2012). Os segmentos de lazer (18,4%) e gastronômico (15,3%) podem ser considerados como os principais segmentos de oferta da região, pois somam 33,7% da oferta real. Este estudo mostra também que há uma carência de informações sobre os hábitos de consumo do público alvo (Curitiba e região metropolitana), bem como a relação ao perfil da atual demanda que consome esses produtos e serviços turísticos.

2.2.3 O marketing no turismo

O marketing é muito importante para descobrir o que se passa na mente do consumidor de turismo, tendo como objetivo aumentar o fluxo de turistas em determinado destino. Portanto é preciso conhecer o comportamento do turista, as suas necessidades, as suas influencias, as limitações e pesquisar o que ele valoriza e deseja, para que assim sejam minimizados os erros que possam vir a desagradar o cliente do segmento de turismo. Este processo deve ser encarado com muito profissionalismo, tendo um cuidadoso equilíbrio dos elementos do composto de marketing - produto, preço, distribuição e promoção - que representam subconjuntos da estratégia geral de marketing, para que o mercado possa ser atendido nas suas expectativas e satisfazer os seus consumidores. (LOPES, 2011)

De acordo com Oliveira (2002), um dos fatores que tem apontado problemas no processo de desenvolvimento do turismo, é o da área de marketing. Existem muitas propriedades abertas ao turismo, no entanto, tal estrutura nunca foi divulgada, ou então a divulgação não obtém resultado favorável. Um dos motivos pode estar na falta de caracterização do produto turístico, a falta de foco do produto, e o desconhecimento da demanda. Então para que o turismo possa ser entendido como uma atividade profissional e responsável, seu processo de comercialização deve ser planejado de forma coerente, dentro de princípios técnicos e utilizando-se dos chamados “Instrumentos de marketing”, que são ferramentas para o desenvolvimento de algum tipo de produto turístico, dentre eles estão as políticas do

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produto, de preços, de distribuição e a política de comunicação: propaganda, relações públicas e promoção de vendas.

Segundo Mesquita (2009), o marketing dos produtos e destinos é essencial para o desenvolvimento adequado do turismo. A ausência de conhecimento sobre os mercados, das suas necessidades e características são identificados como problemas comuns. Torna-se assim necessário conhecer e perceber a melhor forma para se relacionar e exercer influência sobre esses mercados. Também deverão ser definidas as estratégias para conquistar e fidelizar novos consumidores de turismo, através de adequadas campanhas de comunicação e uma eficaz distribuição, onde se inclui a eventual ligação aos intermediários, tanto de agências de viagens quanto a constituição de redes e parcerias eficazes que permitirá às pequenas unidades de turismo rural ganhar vantagem competitiva, a qual será difícil de conseguir isoladamente pelo fato de escassez em recursos financeiros, técnicos e de gestão.

Um dos meios de divulgação do turismo, que vem a ser uma estratégia para o marketing e a propaganda, conforme afirma Borges e Zaine (2007), é o uso da internet, que tem o poder de atingir milhões de pessoas a um baixo custo. Este mercado digital pode trazer vantagens competitivas em seu uso, tais como:

promoção de produtos com menores custos e canais de distribuição mais baratos e economia direta, auxiliar a empresa a se diferenciar, além de estratégias de relacionamento com clientes, permitindo a divulgação de fotos, vídeos, informações do ponto turístico, permitindo ao turista acessar e entrar em contato direto com o destino sem a necessidade de um intermediário, como por exemplo, uma operadora turística.

Branco, Chagas, Santos e Lucas (2012), confirmam que o auxílio da internet é capaz de oferecer aos consumidores opções de escolha de seus roteiros turísticos, muitas vezes sem precisar passar pela ajuda de um agente de viagem.

Outro ponto que auxilia o acesso à atividade turística são os meios de transporte.

Com transportes mais ágeis, seguros, acessíveis à locomoção dos turistas, terá os pontos turísticos, a possibilidade de se ofertar um deslocamento melhor e mais fácil, para que assim os turistas possam conhecer lugares próximos, e dedicar algumas horas a atividades “lúdicas-recreacionais que enriquecerão sua visita”.

Uma pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo em parceria com a Universidade de Brasília revelou que 70,96% dos turistas utilizam a internet como principal fonte de informação na hora de escolher um destino turístico, seguido pela

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opinião de parentes e amigos, com 46,97% dos entrevistados. As agências de viagem e turismo aparecem na terceira posição, com 24,35%. A incerteza pode reduzir quando o cliente compra através da internet um produto que não conhece, ou não tem certeza. É de responsabilidade do empreendedor que oferece o serviço criar diferentes formas de atendimento, para reduzir estas incertezas. (MTUR, 2011)

2.3 Mix de Marketing

Kotler (1998), define mix de marketing como o grupo de variáveis controláveis de que a empresa utiliza para produzir a resposta que deseja no mercado-alvo, influenciando a demanda do seu produto através de ações da empresa.

Marketing Mix ou composto mercadológico, conforme Dacol (2003) é constituído por diversas atividades empresariais que objetivam influenciar, induzir e convencer o consumidor a adquirir um determinado produto em ao invés de outro. A formulação das atividades empresariais é feita com base nas vantagens competitivas de cada organização e no seu objetivo pré-definido, tanto mercadológico quanto de lucro.

O segredo da lucratividade em longo prazo, para qualquer atividade profissional, consiste na criação de um serviço que atenda às necessidades e aos desejos dos clientes da empresa, e que facilite o acesso a esse serviço, de uma maneira que agregue valor e satisfação. (KOTLER, 2002)

De acordo com Gonçalves et. al. (2008) apud Machado (2012), a função de marketing, referente ao Mix de Marketing, envolve as decisões a respeito do produto, referente a identificação de oportunidades de lançamento de produtos e adequação do mesmo às necessidades dos clientes; as decisões de preço, o qual é selecionado com objetivo de gerar vantagem competitiva e retorno para a empresa;

as decisões de promoção, relacionadas aos investimentos em estratégias de comunicação e promoção de vendas; e as decisões de praça ou distribuição, que visa a escolha de canais de vendas que satisfaça as necessidades dos clientes.

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2.3.1 Produto/Serviço

Segundo Kotler (2002), produto é a combinação de bens e serviços que a empresa oferece ao mercado alvo.

Para a elaboração de um produto, muitos fatores são considerados, os autores definem três níveis de produto para a sua elaboração, o produto núcleo que é o beneficio central, caracteriza a essência funcional do produto; o produto básico que contém os fatores embalagem, nome da marca, nível de qualidade, design e características específicas do produto e o terceiro nível que implica nos serviços que envolvem a aquisição do produto como, instalação, serviço de pós-compra, garantia de entrega e crédito. (MACHADO et al, 2012)

De acordo com Lovelock e Wirtz (2006) apud Cáfaro (2013), “seja um bem ou um serviço, deve-se levar em conta os benefícios desejados pelos clientes e comparando o funcionamento de seus produtos com o da concorrência”.

Para Kotler (1998) apud Machado et al (2012), “serviço é qualquer ato ou desempenho que uma parte possa oferecer a outra e que seja essencialmente intangível e não resulte na propriedade de nada. Sua produção pode ou não estar vinculada a um produto físico”.

2.3.2 Preço

Segundo Machado et al (2012) o preço da valor ao produto e representa uma troca pelo esforço gerado pela empresa vendedora através da alocação de recursos, capital e mão-de-obra dos produtos comercializados. Deste modo, todos esses fatores indicam a preparação das empresas para proporcionarem ao consumidor um preço justo e adequado, de uma forma que satisfaça ambas as partes, ou seja, que a relação de troca seja aceitável para o consumidor e que possa ser encarada como um diferencial para a empresa envolvida.

O preço deve ser compatível com o produto, caso contrário, os compradores procurarão produtos concorrentes, conforme afirma Cáfaro (2013). O preço, tradicionalmente, vem desempenhando um fator determinante de escolha dos

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consumidores, sendo que ele intervém na participação de mercado da empresa e na sua sobrevivência, além de ser um poderoso indicador de rentabilidade.

Essa ferramenta também é conceituada como a quantia em dinheiro que é cobrada por um produto ou serviço, sendo a soma dos valores que os consumidores trocam pelos benefícios de obter ou utilizar um produto ou serviço. (KOTLER, 2002)

2.3.3 Praça

Segundo Kotler (2002), praça envolve as atividades da empresa que tornam o produto disponível para os consumidores-alvo.

A ferramenta praça, definida também como canal de distribuição, diz respeito ao caminho que o produto percorre desde sua produção até o consumo.

(MACHADO et al, 2012)

Segundo Zeithaml e Bitner (2003) apud Cafaro (2013), “praça está relacionada com a distribuição, ressaltando o tipo de canal, a exposição, intermediários, espaços em pontos, transporte, estocagem, administração de canais”. Os canais de distribuição podem ser físicos ou eletrônicos, ou ambos, dependendo do produto ou serviço que será entregue.

Kotler e Armstrong (2007) apud Machado et al (2012) definem como “um conjunto de organizações interdependentes envolvidas no processo de oferecimento de um produto ou serviço para uso ou consumo de um consumidor final ou usuário empresarial”.

2.3.4 Promoção

Promoção é o conjunto de ações que estarão incidindo sobre certo produto ou serviço, de forma a estimular a sua comercialização ou divulgação, significa as atividades que comunicam os atributos do produto e persuadem os consumidores- alvo a adquiri-lo. (KOTLER, 2002).

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De acordo com Machado et al (2012) As empresas precisam se comunicar com os clientes existentes e potenciais, e aquilo que é comunicado não deve ser deixado ao acaso, todas as formas de comunicação devem ser combinados em um programa de marketing consistente. A composição dos instrumentos de comunicação pode ser definida como as principais ferramentas de promoção, tais como: propaganda, promoção de vendas, relações públicas e/ou publicidade, força de vendas e marketing direto.

A promoção, ferramenta do mix de marketing, é composta por propaganda, promoção de vendas, publicidade, venda pessoal e marketing direto, segundo Siqueira (2005) apud Cáfaro (2013). O autor apresenta esses componentes tendo como referência a American Marketing Associantion:

a) Propaganda é qualquer forma paga de apresentação pessoal e promoção de ideias, bens ou serviços por um patrocinador.

b) Publicidade é o estimulo impessoal para a procura de um produto, serviço ou negocio, pela divulgação de noticias, utilizando-se de um meio de publicação ou apresentação no rádio, televisão ou mídia eletrônica e digital e que seja de custo pelo patrocinador.

c) Venda pessoal é a apresentação oral, realizada de forma direta, dos produtos e serviços da empresa aos compradores em perspectivas.

d) Promoção de vendas são atividades que não sejam a venda pessoal, propaganda e publicidade, tais como espetáculos, shows e exibições, demonstrações e vários esforços de venda não recorrentes. É um conjunto diversificado de incentivo a curto prazo que visa estimular a venda de um produto ou serviço.

e) Marketing direto é feito pelo correio, telefone, e-mail e outras ferramentas de contato para comunicação com consumidores ativos e potenciais, de forma a conseguir uma relação personalizada, visando conhecer os clientes para poder oferecer os bens e serviços mais adequados.

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2.4. CAFETERIAS

Segundo Lucchesi (2006), o café é um produto de forte apelo nacional e, há muitos anos, está presente na vida dos brasileiros. A busca por cafés diferenciados ou gourmet estimula os consumidores a frequentar as cafeterias. O interesse pelos cafés finos cresce aceleradamente e, o que antes era somente produto de exportação, agora é comercializado dentro do país, atendendo uma demanda de consumidores exigentes. Neste contexto, acontece uma expansão de cafeterias e casas especializadas no ramo.

Na Europa, as cafeterias começaram a surgir no século XVII, espalhando-se também por suas colônias. O primeiro estabelecimento para servir café ao público abriu em 1550, em Constantinopla. As primeiras casas de café da Europa surgiram em Veneza, em 1591. Em Londres, o negócio chega em 1652 e Marselha, em 1671.

Antes, porém, em 1650, um judeu de chamado Jacob, instalou em Oxford o primeiro café público. Estabelecimentos parecidos difundiram-se pelas grandes cidades dos Estados Unidos a partir de 1670. As cafeterias estiveram sempre presentes em muitos movimentos históricos fazendo parte da tradição de muitas cidades, cativando pelo charme o que ainda continua a atrair clientes. (ARNHOLD, 2010)

No Brasil, o consumo per capita, até abril de 2012, foi de 6,18 kg de café em grão cru ou 4,94 kg de café torrado, quase 83 litros para cada brasileiro por ano, registrando uma evolução de 1,23% em relação a 2011. Os brasileiros estão consumindo mais xícaras de café por dia e diversificando as formas da bebida, adicionando ao café filtrado consumido nos lares dos brasileiros, também os cafés expressos, cappuccinos e outras combinações com leite. O consumo per capita no Brasil continua sendo um dos mais elevados se comparado com os países europeus. Entretanto, os campeões de consumo ainda são os países nórdicos – Finlândia, Noruega, Dinamarca – com um volume próximo dos 13 kg/por habitante/ano. (ABIC, 2013)

Segundo pesquisa do IBGE (POF) apud ABIC (2013), também indicou que o café é a bebida mais consumida diariamente por 78% da população acima de 10 anos, o que representa 79,7 litros/habitante ano, e é maior na região Nordeste, seguido do Sudeste. (255 ml/dia ou 93 litros/por habitante.ano) demonstrando, assim, que existem oportunidades para quem deseja investir no setor.

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2.5 ANÁLISE DE RENTABILIDADE

De acordo com o SEBRAE (2011) a rentabilidade é um indicador de atratividade do negócio, pois mostra ao empreendedor a velocidade de retorno do capital que foi investido. Esse resultado é obtido sob a forma de valor percentual por unidade de tempo, e mostra a taxa de retorno do capital investido em um determinado período, por exemplo, mês ou ano.

Para calcular a rentabilidade, em uma empresa nova ou em um investimento, é preciso utilizar o valor do capital aplicado. Já quando se trata de uma empresa em atividade, podemos utilizar o valor do patrimônio total da empresa. Devido à necessidade de se avaliar a criação de valor aos proprietários/acionistas de uma empresa e sua rentabilidade, tem se desenvolvido técnicas e modelos que analisam qual a situação financeira e econômica da empresa. Permitindo ao analista avaliar os lucros da empresa e dos sócios dela, em relação a certo nível de vendas, de ativos ou o volume de capital investido pelos proprietários. (SEBRAE, 2011)

Estas análises envolvem alguns índices financeiros, sendo eles: o de Liquidez, o de Endividamento, o de Atividade e o de Rentabilidade. Pode-se dizer que estes índices medem a “saúde financeira” de uma empresa e estão relacionados com o capital de giro, a rotina da empresa e seu planejamento financeiro. A falta de liquidez ou solvência de uma empresa pode gerar sua falência.

(ANDRADE, CRUZ E MEDEIROS, 2009).

Arnhold (2010), ressalta que a rentabilidade do projeto não se altera em função dos aumentos dos custos, nem da diminuição dos preços de mercadorias, embora esses fatores sejam os mais importantes dentro da empresa e também os mais perceptíveis. A criação de novos produtos, mudanças tecnológicas, e a qualidade da administração do empreendimento, bem como mudanças na economia, também são fatores importantes que podem alterar a rentabilidade do projeto.

Para Castelo (2003), a análise financeira não pode ser limitada apenas aos indicadores financeiros, pois há uma série de fatores que, mesmo não podendo ser chamados de financeiros, causam impacto na saúde financeira das empresas.

Portanto, a análise financeira através do monitoramento de fatos e resultados deve tornar-se uma ação gerencial constante do empresário. SEBRAE (2014)

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2.5.1 Investimentos fixos

Para a execução do projeto é necessário identificar quais são as necessidades financeiras, e elas dependem do nível de produto e ou serviço projetado. Sua função é garantir o funcionamento da empresa sem escassez de insumos, tampouco liquidez, elementos estes tão necessários para o bom andamento das atividades. (ARNHOLD, 2010)

O projeto e seu crescimento devem ocorrer de forma saudável, através de investimentos criteriosamente planejados, de preferência sem a geração de dívidas no curto prazo, com a utilização de recursos próprios, ou financiamentos de longo prazo que são realizados através de instituições financeiras de fomento, obtidos com prazos de carência para início de sua amortização. Todos os investimentos realizados para a estrutura fixa da empresa devem ser remunerados pelo próprio negócio dentro de um prazo pré-estabelecido. Em resumo, o negócio tem que ser viável a ponto de conseguir pagar os investimentos realizados. (SEBRAE 2014)

2.5.2 Capital de giro

O capital de giro é uma ferramenta importante para a tomada de decisão, pois refere-se ao ciclo operacional de uma empresa, o qual engloba desde a aquisição de matéria-prima até a venda e o recebimento dos produtos vendidos. (CASTELO, 2003)

Segundo o SEBRAE (2013), para garantir o capital de giro necessário ao funcionamento da empresa, o empresário ou o gerente financeiro dedica grande parte de seu tempo a administração do caixa (disponibilidades), administração das contas a receber (provenientes das vendas a prazo), gestão financeira dos estoques, administração das obrigações a pagar (fornecedores, impostos, empréstimos, despesas operacionais e outras contas a pagar), além de visitas e negociações com bancos. Quando a empresa não consegue manter um nível satisfatório de caixa para honrar seus compromissos por causa do desequilíbrio de

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capital de giro, provavelmente ela poderá ser forçada a sair do mercado, principalmente se perder os créditos junto a fornecedores e bancos.

De acordo com Buarque (1984) apud Arnhold (2010), para calcular o capital de giro inicial do projeto, deve-se analisar quais investimentos são necessários para o funcionamento do projeto. Durante o período inicial, a empresa deverá financiar os seus próprios custos, utilizando os recursos do capital social, destinando ao financiamento do custo inicial, permitindo que a empresa entre em operação.

2.5.3 Custos

Custo é o gasto que é aplicado na produção ou em qualquer outra função de custo, desembolsado ou não. É a soma de todos os valores agregados ao bem, desde sua aquisição, até que ele atinja o estágio de comercialização. (SEBRAE 2014)

Os custos, para atender os seus objetivos específicos e facilitar o entendimento prático, são classificados de diferentes formas limitando o número de contas numa lista pré-determinada num rol das contas de cada empresa.

(CARARETO ET AL, 2006)

Para Buarque (1984) apud Arnhold (2010), dois tipos básicos de custo constam num projeto:

a) Os que correspondem à instalação do projeto;

b) Os que correspondem ao processo produtivo.

A diferença entre os tipos de custos está na origem dos recursos para financiá-los. Os gastos com instalações têm origem no investidor, já os custos com a produção podem ser financiados pela própria empresa, através das vendas.

(BUARQUE, 1984 apud ARNHOLD, 2010)

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2.5.4 Custos Fixos

Para Carareto et al (2006), “custos fixos são os custos que permanecem constantes dentro de determinada quantidade instalada e independem do volume a ser produzido”.

Corrobora SEBRAE (2014), que os custos fixos são representados por todas as contas de estrutura que ocorrem num empreendimento, como por exemplo:

aluguel do imóvel; água, energia elétrica e telefone; combustíveis; honorários contábeis; materiais de limpeza e de consumo; manutenções em geral (predial, móveis, equipamentos, veículos, etc.); salários administrativos, entre outros.

Estes valores devem representar parte do volume das vendas da empresa, pois, elas são cobertas com as margens obtidas nas vendas. Caso ocorra aumento dos custos fixos, o resultado será a redução da sua margem de lucro. O aumento destes custos é admissível caso ocorra elevação nos volumes de vendas e suas respectivas margens. (ARNHOLD ,2010)

Custos fixos geralmente são valores pagos para o funcionamento da empresa. Não têm relação direta com o que se produziu. (DOLABELA, 1999)

2.5.5 Custos Variáveis

Os Custos variáveis, de acordo com Carareto et al (2006), mantêm uma relação direta com o volume de produção ou serviço e são classificados como progressivos, cuja variação ocorre em proporções maiores que os volumes produzidos.

Para o SEBRAE (2014), os custos variáveis representam todos os custos associados diretamente ao volume de vendas, de industrialização ou da prestação de serviços. E quanto maiores forem os volumes de vendas, maiores serão os custos variáveis no seu montante, porém, a cada item vendido o seu valor tende a permanecer inalterado.

Itens que são classificados nestes custos:

a) CMV – Custo da Mercadoria Vendida;

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b) CMP – Custo da Matéria Prima (valor representado pelo custo da matéria prima utilizada na industrialização de um determinado bem);

c) CSV – Custo dos Serviços Vendidos (valor representado pelo custo com a prestação de serviços, incluindo-se valores de mão-de-obra e de insumos);

d) Impostos incidentes sobre vendas (representado por todos os impostos que incidem sobre a venda dos produtos ou serviços);

e) Comissões sobre vendas;

f) Fretes sobre vendas;

g) Royalties sobre vendas, etc.

2.5.6 Receitas

As receitas são os recursos financeiros que se recebe, conforme as operações e originam-se das vendas de bens ou serviços, em que o cálculo das receitas corresponde em multiplicar a quantidade esperada de venda pelo preço praticado. Dentro de um estudo de mercado, pode ser feita uma projeção das vendas esperadas e do preço que será praticado. A viabilidade do projeto determina- se conforme a rentabilidade, o cálculo das receitas e dos custos. O cálculo das receitas se dá através da produção de bens ou serviços, ou seja, da previsão do que se produziu e vendeu. (BUARQUE,1984 APUD ARNHOLD, 2010)

Conforme Montoto (2011), receitas são ganhos brutos econômicos durante o período das atividades comuns da empresa, que tem por consequência o aumento do Patrimônio Líquido, exceto pelas contribuições dos proprietários.

Para se projetar a receita, Segundo Dolabela (1999), é preciso estabelecer o preço que será praticado na venda. Neste cálculo deverá ser considerado o preço praticado pela concorrência, além da percepção do mercado alvo. Os custos variáveis também influenciam, no entanto, indicam o grau de viabilidade financeira da empresa, ou seja, se com os custos que a empresa pratica será capaz de gerar receitas líquidas que tornem a empresa competitiva.

De acordo com Dantas (1996) o investidor deverá mensurar o tamanho do projeto em relação ao mercado, levando em consideração o grau de influência da empresa sobre o nível de preço, indispensável para o sucesso do projeto. A receita

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deverá ser projetada em função da quantidade de vendas esperada, no entanto, quem determina o real preço é o mercado.

2.5.7 Orçamentos

Orçamento de capital é uma forma de mensurar os custos de investimentos, decidir e programá-lo de forma a possuir retornos positivos. O capital tem limites, e por isso a decisão de qual investimento é importante, deve ser preciso e sem erros, pois pode acarretar prejuízo para a empresa. (GROPPELI E NIKBAKHT, 2002)

Conforme Buarque (1984) apud Arnhold (2010), orçamento defini-se como um instrumento que descreve o plano geral de ações futuras para um período determinado, orientado por objetivos e metas pré-estabelecidas. A preparação do orçamento pode estipular a rentabilidade, o ponto de nivelação e a importância dos diferentes itens de custo do projeto, podendo influenciar as decisões sobre tamanho, localização e financiamento. O orçamento ainda pode se dividir em orçamento de capital que entende como conceito de investimento com estimativas de retorno futuro; orçamento de vendas, que constitui um plano futuro de vendas; orçamento de produção corresponde aos gastos efetuados diretamente no processo produtivo, seja direta ou indiretamente e orçamento de despesas operacionais que engloba todos os gastos necessários para administrar e vender os produtos ou serviços aos clientes no período projetado, exceto os custos relacionados à produção.

Para fazer um bom investimento, conforme Machado (2002) é necessário realizar um planejamento estratégico com objetivo voltado para o que se quer alcançar, como se obter o financiamento e como será o retorno. Sendo que os principais motivos que motivam a empresa a fazer um investimento são:

a) Expansão por novas aquisições de ativos imobilizados;

b) Substituição de um ativo velho, que não tem mais conserto por um novo;

c) Modernização de ativos existentes.

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3 ASPECTOS METODOLOGICOS

Metodologia é um conjunto de métodos e processos adotados para a investigação ou demonstração de uma verdade, atingir um resultado ou certo fim desejado. Método não se inventa, depende fundamentalmente de um objeto de pesquisa. (BERVIAN E CERVO, 2003)

Para Dencker (1998), metodologia científica envolve um conjunto de métodos baseados na experiência, seus procedimentos, técnicas e táticas para ter um conhecimento cientifico, técnico ou prático dos fatos.

3. 1 MÉTODO ADOTADO

Na realização do projeto foram utilizados alguns métodos relevantes para a coleta e análise dos dados para o estudo do plano de negócio para abertura de uma cafeteria temática na cidade de Araucária, sendo utilizado o método e qualitativo para a abordagem do problema, pois não emprega um instrumento estatístico como base do processo de análise do problema.

A pesquisa qualitativa, de acordo com Costa (2009), se preocupa com uma realidade que não pode ser quantificada: analisa o comportamento humano; é subjetiva e orientada ao descobrimento; exploratória, descritiva e indutiva; orientada ao processo e assume uma realidade dinâmica.

Neste sentido, a pesquisa qualitativa foi empregada para identificar as questões subjetivas presentes no estudo, através do método de observação e entrevistas.

No que tange o enquadramento metodológico da pesquisa em relação aos objetivos da pesquisa foi utilizado os métodos de pesquisa exploratória e a descritiva.

Segundo Malhotra (2005), a pesquisa exploratória é conduzida para explorar ou examinar o problema ou situação para proporcionar conhecimentos e compreensão, ter ideias e informações para a gerência ou pesquisador. Ela é conduzida sobre uma amostra pequena onde os dados devem ser experimentais e

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utilizados como ponto de partida para uma pesquisa adicional. A pesquisa exploratória é valiosa quando o pesquisador precisa enfrentar um problema que não é totalmente compreendido.

A pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos sem manipulá-los. Procura descobrir com precisão a frequência que ocorre o fenômeno, as características, sua natureza, a relação e a conexão com os outros. (Bervian e Cervo, 2003)

Quanto ao enquadramento metodológico da pesquisa em relação aos procedimentos de pesquisa foi utilizado a pesquisa bibliográfica que tenta explicar, através de referencias teóricas publicadas em documentos, um problema e coletar informações e conhecimentos para encontrar uma resposta ou hipótese que se quer experimentar, (Bervian e Cervo, 2003).

O projeto também utilizou o método de levantamento que para Dencker (1998), consiste na coleta de dados referentes a certa população, a partir de uma amostra e é empregado para obter dados sobre fatores econômicos, fatores tecnológicos, fatores sociais, fatores políticos, fatores de meio ambiente, fornecedores, concorrentes e clientes.

3. 1. 1 População e amostra

Conforme afirma Schluter (2003), nem sempre é possível verificar certas características na população inteira, portanto recorre-se ao método de amostragem, que consiste de um “conjunto de operações realizadas para estudar a distribuição de determinados caracteres na totalidade de uma população (universo), a partir da observação de uma fração dela (amostra)”.

Para Dencker (1998), a amostragem é calculada em função do tipo de investigação que se pretende estudar, no caso do turismo, está delimitada pelo movimento turístico anual, mensal, semanal ou temporada. A amostra não é escolhida por acaso, mas planejada, procurando incluir todos os fatos prováveis. Já a população ou universo depende do que se quer estudar.

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3. 1. 2 Coleta e tratamento dos dados

Segundo Mattar (2001) a coleta de dados é a fase em que são efetuados os contatos com os responsáveis, aplicando os instrumentos de pesquisa, registrar os dados e efetuar uma primeira verificação do preenchimento dos instrumentos. As operações de coleta de dados precisam ser muito bem planejadas e controladas para que os dados coletados tenham alta qualidade e para que as previsões de tempo e custo de coleta sejam atingidas.

Conforme a informação que se deseja obter, diversos instrumentos podem ser utilizados. Para construir um instrumento de coleta necessita-se verificar as variáveis que serão pesquisadas, uma vez que estas serão os elementos que se pretende medir da melhor maneira possível. (DENCKER, 1998)

Referências

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