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DIREITO PREVIDENCIÁRIO BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS APOSENTADORIA POR INVALIDEZ B-32 / B-92

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS

APOSENTADORIA POR IDADE – B-41

AUXÍLIO-DOENÇA – B-31/ B-91

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ – B-32 / B-92

AUXÍLIO-ACIDENTE – B-36/ B-94

SALÁRIO-FAMÍLIA – B-71

SALÁRIO-MATERNIDADE – B-80

AUXÍLIO-RECLUSÃO – B-25

PENSÃO POR MORTE - B- 21

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO/SERVIÇO – B- 42

APOSENTADORIA ESPECIAL – B-46

SEGURO-DESEMPREGO

BENEFÍCIO ASSISTENCIAL – LOAS (Lei 8.742, 7/12/1993)

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Análise dos benefícios sob os seguintes critérios:

1. Critério Material

2. Critério Espacial

3. Critério Temporal

4. Critério Pessoal

5. Critério Quantitativo

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

Risco Protegido – Arts. 42 a 47 da Lei n. 8.213 – é a incapacidade laborativa do segurado.

Natureza Jurídica – direito público subjetivo exercido pelo segurado e de trato sucessivo .

Valor do benefício – 100% sobre o salario de benefício.

Conceituação de Incapacidade Laborativa

O conceito de invalidez previdenciário é dado pelo art. 42 da Lei 8.231/91, o qual estabelece que a aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida a carência exigida, quando for o caso, será devida ao aposentado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação profissional (para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência), sendo-lhe paga enquanto permanecer nesta condição.

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Período de carência

O art. 25 da lei 8.213/91, ressalvado o disposto no art. 26, determina que para auxílio doença e a aposentadoria por invalidez necessário é 12 contribuições mensais.

Para a aposentadoria por invalidez acidentária (B-92) nunca se exige carência, bastando apenas a comprovação da qualidade de segurado e do nexo de causalidade entre a invalidez e a atividade laborativa. Somente para os acidentes de qualquer natureza (B-36) previsto no art. 86, da lei supra mencionada, não se exige carência. Ainda, as doenças consideradas graves, contagiosas ou incuráveis, tipificadas em lei, também, não necessitam de carência.

A lista atual de doenças consideradas para fins de concessão do benefício sem exigência de carência é a da Portaria Interministerial MPS/MTE 2.998/2001, em seu art. 1º:

PORTARIA INTERMINISTERIAL MPAS/MS Nº 2.998, DE 23 DE AGOSTO DE 2001

OS MINISTROS DE ESTADO DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL E DA SAÚDE, no uso da atribuição que lhes confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal de 1998, e tendo em vista o inciso II do art. 26 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e o inciso III do art. 30 do Regulamento da Previdência Social - RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 06 de maio de 1999, resolvem:

Art. 1º As doenças ou afecções abaixo indicadas excluem a exigência de carência para a concessão de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez aos segurados do Regime Geral de Previdência Social - RGPS:

I - tuberculose ativa;

II - hanseníase;

III- alienação mental;

IV- neoplasia maligna;

V - cegueira

VI - paralisia irreversível e incapacitante;

VII- cardiopatia grave;

VIII - doença de Parkinson;

IX - espondiloartrose anquilosante;

X - nefropatia grave;

XI - estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante);

XII - síndrome da deficiência imunológica adquirida - Aids;

XIII - contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada; e XIV - hepatopatia grave.

Art. 2º O disposto no artigo 1º só é aplicável ao segurado que for acometido da doença ou afecção após a sua filiação ao RGPS

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Características para a concessão da Aposentadoria por Invalidez

 Diagnóstico da doença

 Natureza e grau de deficiência ou disfunção produzida pela doença

 Indicação ou necessidade de proteção do segurado doente

 Eventual existência de hipersuscetibilidade do segurado ao agente patogênico relacionado com a etiologia da doença

 Dispositivo legais pertinentes (por exemplo – Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho ou de órgãos da Saúde entre outros)

 Idade e escolaridade do segurado

 Suscetibilidade ou potencial do segurado e readaptação profissional

 Mercado de trabalho e outros fatores exógenos

Observação – a incapacidade de trabalho não precisa ser total e cabal, mas deve atingir um percentual significativo, sob pena de desvirtuamento do benefício numa tutela ao desemprego do segurado.

A aposentadoria por invalidez refere-se à incapacidade total e permanente.

Necessário se faz distinguir entre permanência e definitividade da incapacidade.

A aposentadoria por invalidez não é definitiva, porém a incapacidade instalada há de ser permanente.

Portanto, importante lembrar que:

INCAPACIDADE TOTAL E PERMANTENTE: B-32 INCAPACIDADE TOTAL E TEMPORÁRIA

INCAPACIDADE PARCIAL E PERMANENTE INCAPACIDADE PARCIAL E TEMPORÁRIA

Da Doença Preexistente e a relação Jurídica Previdenciária

O sistema previdenciário existe para dar cobertura ao segurado dependente quando da ocorrência de um dos riscos ou contingências sociais protegidas pela legislação previdenciária, que impeça de obter sua subsistência através de seu trabalho, desde que eles ocorram após o ingresso no sistema. Não se deve esquecer o caráter contributivo do sistema vigente.

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A lei veda a proteção ao segurado que ingressa no sistema já incapacitado, porém lhe concede proteção nos casos da existência da doença ou lesão preexistente à filiação, desde que a incapacidade tenha sobrevindo por motivo de progressão ou agravamento da doença.

Análise da Norma Jurídica Critério material

A aposentadoria por invalidez pode ser decorrente de um evento genérico (comum) ou acidentária (decorrente de acidente do trabalho) ou, ainda, acidentária de qualquer natureza.

A invalidez por ser física ou mental.

IMPORTANTE – COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA

Deve-se observar o critério material da aposentadoria pois caso a doença for relacionada à acidente do trabalho, a Justiça competente para dirimir a pretensão é a Estadual, conforme art. 109, inciso I, da Constituição Federal de 1988.

Caso contrário, se a incapacidade for relacionada apenas na doença em si, a competência é da Justiça Federal, observando-se o valor da causa – Lei 10.259/01 (Juizado Especial Federal).

Critério espacial

Todo o território nacional com aplicação do princípio da extrateritorialidade quando cabível.

Critério temporal

Inicio – a partir do dia imediato à cessação do auxílio-doença ou nos casos em que já se constatou a invalidez na perícia (DII) ou data da entrada do requerimento (DER).

Término – morte, retorno à atividade voluntariamente, recuperação total ou parcial, abandono ou recusa do tratamento de reabilitação

Observação

Por força do art. 101 da Lei 8.213/91, com redação dada pela Lei n. 9.032/95, os efeitos do contrato de trabalho ficam suspensos até a recuperação parcial ou total ou a morte do segurado.

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Critério pessoal

Sujeito Ativo – segurados da previdência social (aposentadoria por invalidez comum); e a invalidez por acidente de trabalho aos segurados que têm direito às prestações acidentárias laborais (empregados, exceto domésticos , trabalhadores avulsos e segurados especiais).

Sujeito Passivo – INSS

Critério quantitativo

Base de cálculo: salário-de-benefício Aliquota: 100% do salário-de-benefício

No caso de aposentadoria por invalidez precedida de auxílio-doença, o salário- de-benefício que foi utilizado para o cálculo da RMI do B-31 é que será utilizado para a RMI do B-32, sendo reajustados pelos mesmos índices de correção dos benefícios em geral.

MAJORAÇÃO DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ EM 25% SOBRE O VALOR DO SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO (GRANDE INVALIDEZ)

É a incapacidade total e permanente de tal proporção que acarreta a necessidade permanente do auxílio de terceiros para o desenvolvimento das atividades diárias, em virtude da amplitude da perda da autonomia física, motora ou mental que impede a pessoa de realizar os atos diários mais simples, v.g., a realização de sua própria higiene, repouso, refeição, lazer, necessidades fisiológicas dentre outros.

A verificação desta majoração é feita pela perícia médica oficial do INSS. A adicional de 25% do valor do benefício tem natureza pessoal e intransferível (personalíssimo), não sendo incorporado para efeito de pensão por morte.

Anexo I do Decreto nº 3.048/99 elenca quais as situações que configuram a “grande invalidez”:

1. Cegueira total;

2. Perda de nove dedos das mãos ou superior a esta;

3. Paralisia dos dois membros superiores ou inferiores;

4. Perda dos membros inferiores, acima dos pés, quando a prótese for impossível;

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5. Perda de uma das mãos e de dois pés, ainda que a prótese seja possível;

6. Perda de um membro superior e outro inferior, quando a prótese for impossível;

7. Alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida orgânica e social;

8. Doença que exija permanência contínua no leito;

9. Incapacidade permanente para as atividades da vida diária.

IMPORTANTE

Sobre os valores deste adicional não incide a limitação do valor-teto dos benefícios. A adicional dever ser considerada como uma relação jurídica de sobreposição, não se aplicando em relação a ela a limitação prevista no art. 14 da EC n. 20/98 que prevê a limitação do valor de cada benefício.

Há que se entender que se trata de dois benefícios distintos, conquanto tenham como fundamento o mesmo evento – ou seja – a invalidez.

A Constituição Federal garante proteção contra a invalidez, não determinando se a proteção teria de ser única.

Ela é devida a qualquer momento durante a vigência do benefício.

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APOSENTADORIA POR IDADE

URBANA E RURAL

Risco Protegido – Arts. 48 a 51 da Lei n°. 8.213/91

Este benefício tem como objetivo proteger o inevitável e irreversível processo de envelhecimento . De aposentadoria por velhice passou a ser denominado de aposentadoria por idade.

O risco idade encontra-se previsto expressamente no art. 201, inciso I, e parágrafo 7°, da CF/88.

A proteção se justifica não como direito ao descanso, mas tem por base uma situação de necessidade social provocada pela redução da capacidade laboral em decorrência do processo biológico de envelhecimento, que acarreta lentidão de raciocínio, reações mais lentas, dificuldade de aprendizado, diminuição auditiva, etc.

Natureza Jurídica – direito público subjetivo exercido pelo segurado e de trato sucessivo .

CARÊNCIA – 180 contribuições mensais para os segurados que se filiaram ao sistema previdenciários após a edição da Lei 8.213/91.

Observação – para os segurados já vinculados ao sistema previdenciário até 24 de julho de 1991, aplica-se a tabela de transição prevista no art. 142 da lei supra mencionada. Não importando se rural ou urbano. O mais importante é ater-se ao critério idade. Rural – 55 anos mulher e 60 anos homem. Urbano – 60 anos mulher e 65 anos homem.

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Análise da Norma Jurídica Critério material

Completar a idade prevista na lei. O sistema adota os seguintes parâmetros:

- Para trabalhadores urbanos – 65 anos para homens e 60 anos para as mulheres

- Para trabalhadores rurais – 60 anos para os homens e 55 anos para as mulheres

IMPORTANTE FRISAR QUE:

Para a concessão de aposentadoria por idade, não é necessário que os requisitos exigidos pela lei sejam preenchidos simultaneamente, sendo irrelevante o fato de que o segurado ao atingir a idade mínima, já tenha perdido a condição de segurado (Resp n. 175.265-SP; Rel. Min. Fernando Gonçalves; j.

23/0812000).

Critério espacial

Todo o território nacional com aplicação do princípio da extraterritorialidade quando cabível.

Critério temporal

Inicio – para os segurados empregados, inclusive o doméstico:

- da data do desligamento, se for ao INSS até 90 dias que sucederem ao desligamento;

- Da data do requerimento administrativo, quando não houver desligamento ou quando for requerida depois dos 90 dias após o desligamento.

- Para os demais segurados a partir da DER.

Término – com a morte do segurado

Critério pessoal

Sujeito Ativo – todos os segurados da previdência social ou ex-segurados que atendam as exigências da Lei n. 10.666/03.

Sujeito Passivo – INSS

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Critério quantitativo

Base de cálculo: salário-de-benefício

Aliquota: 70% + 1% para cada grupo de 12 contribuições até 100% do salário- de-benefício

Exemplo – o segurado que completar 65 anos em 2008 e tiver apenas as 162 contribuições exigidas a título de carência terá como alíquota a ser aplicada no cálculo d RM 83%. Assim, temos 70%+(162/12=13,5)=83.

Art. 142, da Lei 8.213/91:

Art. 142. Para o segurado inscrito na Previdência Social Urbana até 24 de julho de 1991, bem como para o trabalhador e o empregador rural cobertos pela Previdência Social Rural, a carência das aposentadorias por idade, por tempo de serviço e especial obedecerá à seguinte tabela, levando-se em conta o ano em que o segurado implementou todas as condições necessárias à obtenção do benefício: (Artigo e tabela com nova redação dada pela Lei nº 9.032, de 28 de Abril de 1995)

Ano de implementaçãodas

condições

Meses de contribuição exigidos

1991 60 meses

1992 60 meses

1993 66 meses

1994 72 meses

1995 78 meses

1996 90 meses

1997 96 meses

1998 102 meses

1999 108 meses

2000 114 meses

2001 120 meses

2002 126 meses

2003 132 meses

2004 138 meses

2005 144 meses

2006 150 meses

2007 156 meses

2008 162 meses

2009 168 meses

2010 174 meses

2011 180 meses

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Possibilidade de se mesclar a aposentadoria por idade urbana + idade rural

Atualmente, na prática tem-se o entendimento da possibilidade de se mesclar a aposentadoria por idade urbana mais a rural, ou seja, desde que respeitado a idade urbana (aqui não há que se falar em redução de idade), se comprovado o período rural do segurado ou ex-segurado, poder-se-á conceder a aposentadoria por idade conforme a tabela do art. 142 da Lei 8.213/91.

BIBLIOGRAFIA

CASTRO, Carlos Alberto Pereira de. LAZZARI, João Batista. Manual de Direito Previdenciário. 11ª edição. Florianópolis: Conceito Editorial, 2009.

HORVATH JR, Miguel. Direito Previdenciária. São Paulo: Editora Atlas, 2009.

7ª edição. São Paulo: Quartier Latin, 2008.

KRAVCHYCHYN, Jefferson Luis. Prática Processual Previdenciária Administrativa e Judicial. 3ª edição. Florianópolis: Conceito Editorial, 2012.

SANCHES, Adilson. XAVIER, Victor Hugo. Advocacia Previdenciária. 2ª edição. São Paulo: Editora Atlas, 2009.

Referências

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