MULHERES E EJA: O QUE ELAS BUSCAM?

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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO

PROJETO NOSSA ESCOLA PESQUISA SUA OPINIÃO - PÓLO RS CURSO “ESCOLA E PESQUISA: UM ENCONTRO POSSÍVEL”

Amina Ciandra Oro

Rosa Cristiana S. Weschenfelder

PROJETO DE PESQUISA

MULHERES E EJA: O QUE ELAS BUSCAM?

Projeto de pesquisa apresentado junto ao curso de Extensão “Escola e Pesquisa: um encontro Possível”.

Orientadora: Nilda Stecanela

Caxias do Sul, 2010

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SUMÁRIO

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO... 3

1.1 Dados dos Pesquisadores... 2 TEMA... 3

2.1 Delimitação do Tema... 2.2 Problema... 3 JUSTIFICATIVA... 3

4 HIPÓTESES 5 OBJETIVOS... 5

5.1 Objetivo Geral... 5.2 Objetivos Específicos... 6 METODOLOGIA... 5

7 POPULAÇÃO/AMOSTRA... 5

8 RECURSOS... 6

8.1 Recursos Humanos... 8.2 Recursos Materiais... 9 CRONOGRAMA... 6

10 REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO... 7

11 REFERÊNCIAS... 8

12 ANEXOS... 9

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1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO

CURSO DE EXTENSÃO: “Escola e Pesquisa: um encontro Possível”

Período: março a agosto de 2010 Autora: Amina Ciandra Oro

Co-autora: Rosa Cristiana Schavinski Weschenfelder Orientadora: Nilda Stecanela

2 TEMA

Educação de Jovens e Adultos e as questões de Gênero

2.1 Delimitação do Tema

As mulheres na Educação de Jovens e Adultos

2.2 Problema

O que as mulheres buscam na Educação de Jovens e Adultos?

3 JUSTIFICATIVA

A procura das mulheres pela formação na educação de jovens e adultos, vem tendo um crescimento significativo. Segundo os dados do IBGE (Instituto brasileiro de geografia estatística) de 2007, referente à pesquisa nacional por amostra de domicílios (PNAD), 54% dos alunos de Educação de Jovens e Adultos (EJA), são mulheres, com baixa renda e na faixa etária entre 18 aos 39 anos, que frequentam principalmente o segundo segmento do ensino fundamental ou ensino médio.

Evidencia-se, portanto, através destes dados, que fatores ligados às questões de

gênero, tem grande interferência na formação das turmas de Educação de Jovens e

Adultos. Louro (1994), ao se referir a construção escolar das diferenças afirma que a

escola que nos foi legada pela sociedade ocidental moderna começou por separar adultos

de crianças, católicos de protestantes. Ela também se fez diferente para ricos e para

pobres e ela imediatamente separou meninos e meninas. ( pg 57).

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A mulher teve um acesso restrito a escolarização devido a cultura patriarcal que valoriza a ascensão social do homem, sendo submetida a atuar em outros papéis onde não favorecia o contato com a cultura e o uso do código linguístico e letrado. Para a mulher bastava apenas saber sobre os cuidados da casa e dos filhos. Questões como o casamento, a maternidade e o trabalho, permeiam a vida da mulher e na maioria das vezes são imprescindíveis para determinar suas escolhas.

Embora as mulheres tenham conquistado um espaço significativo nas relações sociais, no mercado de trabalho e efetivação de seus direitos, existe muitos caminhos à percorrer para que sejam realmente respeitadas e reconhecidas em nossa sociedade.

Talvez a EJA seja um desses caminhos que podem ser percorridos pela mulher e que favorecerá neste processo de emancipação feminina.

Compreender estas escolhas e como elas se relacionam com a EJA, é um desafio a nossa pesquisa, que tem como fio condutor, investigar e analisar o que estas mulheres buscam na Educação de Jovens e Adultos.

Sendo assim, através da pesquisa de opinião, pretendemos compreender com mais intensidade esta íntima ligação de gênero com a Educação de Jovens e Adultos, partindo da realidade de duas escolas da rede pública de Caxias do Sul, onde serão entrevistadas mulheres a partir de 18 anos de idade nas modalidades da EJA, equivalentes ao Ensino Fundamental e Ensino Médio.

4 HIPÓTESES

 As mulheres buscam na EJA possibilidade de qualificação para a inserção no

mercado de trabalho;

 A mulher pretende concluir os estudos como uma forma de superação e realização pessoal;

 A EJA para as mulheres é uma forma de conhecer o código escrito;

 Voltar para a escola é uma alternativa para a construção da autonomia e elevação da auto-estima;

 Estar na escola é inserir-se num espaço de socialização e valorização como sujeito;

 O motivo pelo qual as mulheres deixaram a escola influencia nos objetivos de

estarem na EJA;

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 Apesar das conquistas das mulheres, pelo seu espaço na sociedade, ainda encontram entraves e transformam a formação na EJA uma oportunidade de superá-los.

5 OBJETIVOS

5.1 Objetivo Geral

Investigar e analisar o que as mulheres estão buscando através de sua formação na EJA, a fim de compreender os fatores que motivam esta busca.

5.2 Objetivos Específicos

- Identificar o perfil das mulheres que frequentam a EJA;

- Identificar os principais motivos que levaram as mulheres ao abandono do ensino fundamental;

- Conhecer o motivos pelos quais as mulheres estão frequentando a EJA;

- Analisar e refletir sobre o que estão buscando para a sua formação na EJA.

6 METODOLOGIA

O método utilizado para a realização desse estudo envolverá a pesquisa de opinião com aplicação de questionários para alunas que frequentam a Educação de Jovens e Adultos em escolas públicas que ofertam a modalidade de EJA equivalentes ao ensino fundamental e médio. Os instrumentos de pesquisa serão compostos de questionários com perguntas abertas e fechadas.

Acreditamos que estes procedimentos metodológicos são adequados para apurar opiniões e atitudes explícitas e conscientes dos entrevistados e permite realizar projeções para a população representada. Ela testa de forma precisa as hipóteses levantadas e fornece índices que podem ser comparados com outros. Entretanto, traz também o caráter qualitativo e exploratório, pois estimula os entrevistados a pensar e falar livremente sobre o tema, fazendo emergir aspectos subjetivos atingindo motivações não explícitas ou mesmo não conscientes de forma espontânea.

7 POPULAÇÃO/AMOSTRA

A população que pretendemos entrevistar são mulheres, a partir de 18 anos de

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idade, que frequentam a modalidade de Educação de Jovens e Adultos em duas escolas públicas de Caxias do Sul, sendo que uma das escolas é de ensino fundamental e outra é de ensino médio, na modalidade de Educação de Jovens e Adultos.

O tipo de amostra foi definido pelo método não-probabilístico pelo fato de não termos uma informação precisa dos elementos do público alvo. Portanto, utilizamos a seleção de forma acidental, ou seja, escolhemos as escolas com maiores chances de encontrar o público alvo de estudo, totalizando cinquenta mulheres a serem entrevistadas.

8 RECURSOS

8.1 Recursos Humanos

As entrevistas serão realizadas pelas próprias autoras do presente projeto.

8.2 Recursos Materiais

Pesquisa ao acervo da biblioteca da UCS, consulta a internet, revistas e periódicos.

9 CRONOGRAMA

Fases Período Etapas do Projeto

1ª Março / Abril Definição da Linha de Pesquisa:

- Escolha do tema;

- Definição do problema;

- Definição dos objetivos;

- Delimitação das questões da pesquisa;

- Elaboração da fundamentação teórica;

2ª Maio/Junho Definição das Estratégias metodológicas:

Definição do método de investigação;

Definição dos participantes da pesquisa;

Definição das técnicas para a coleta de informações;

Definição das escolas;

3ª Junho Coleta de Informações:

Aplicação dos questionários;

Organização dos dados da pesquisa: tabulação e análise dos dados

4ª Julho Análise das Informações:

Descrição e análise;

5ª Agosto Escrita de artigo

Sistematização dos resultado em artigo científico

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6ª Setembro Apresentação dos resultados no IX “Escola e pesquisa: um encontro possível “

11 REFERÊNCIAS

ANDRADE. Sandra dos Santos. Juventude, processos de escolarização e maternidade. In: Fazendo Gênero 8. Florianópolis: UFSC, 2008.

DI PIERRO, Maria Clara; RIBEIRO, Vera Masagão. Cadernos Cedes, Ano XXI, nº 55, nov., 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/. Acesso em 04/06/2010

FONSECA, Cláudia. Ser mulher, mãe e pobre. I

n: DEL PRIORE, Mary (org.). História das Mulheres no Brasil. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2001a. p. 510- 553.

HADDAD. Sérgio. A participação da sociedade civil brasileira na educação de jovens e adultos e na CONFINTEA VI. Revista Brasileira de Educação, v.14, n.41 maio/ago.

2009. págs. 355 - 369.

HADDAD, S. O estado da arte das pesquisas em Educação de jovens e adultos no Brasil. São Paulo, 2000, 123p. Disponível em http://www.acaoeducativa.org/ejaea.

Acesso 04/06/2010.

IBGE – Censos, contagem populacional, Pesquisa Mensal de Emprego/PME e Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio/PNAD-2006. Brasília.

LOURO, G.L.. Gênero, Sexualidade e Educação: uma perspectiva pós- estruturalista.

Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

LOURO, Guacira Lopes. Mulheres na Sala de Aula. In: DEL PRIORE, Mary (org.).

História das Mulheres no Brasil. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2001a. p. 443-481.

FONSECA, Cláudia. Ser mulher, mãe e pobre

MENEZES, C. S. A participação feminina em turmas da Educação de jovens e adultos. In: V Colóquio Internacional Paulo Freire, 2005, Recife. Anais do V Colóquio Internacional Paulo Freire, 2005. p. 1-11.

MONTENEGRO, Fábio; RIBEIRO, Vera Masagão. Nossa escola pesquisa sua opinião:

manual do professor. São Paulo: Global, 2002.

PAIVA, J. Direito à Educação de Jovens e Adultos: concepções e sentidos. In:

REUNIÃO ANUAL DA ANPED, 29, 2006, Caxambu. Anais da 29ª Anped. Caxambu, 2006

ROCHA-COUTINHO, Maria Lúcia. Tecendo por trás dos panos: A mulher brasileira nas

relações familiares. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.

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SILVA. A. Raquel. Mulher na EJA: Uma Análise da 'diferença' na Educação de Jovens e Adultos do Município do Rio de Janeiro. In: Fazendo Gênero 7. Florianópolis: UFSC, 2006

12 ANEXOS

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Segmento:...

Questionário nº:...

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