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Brazilian
Journal
of
OTORHINOLARYNGOLOGY
ARTIGO
ORIGINAL
Effectiveness
of
caudal
septal
extension
graft
application
in
endonasal
septoplasty
夽
Yunus
Karadavut
a,
Ilker
Akyıldız
a,∗,
Hatice
Karadas
¸
a,
Aykut
Erdem
Dinc
¸
b,
Gökc
¸e
Tulacı
ae
Eren
Tastan
aaAnkaraTrainingandResearchHospitalENTClinic,Ankara,Turquia bBulentEcevitUniversity,ENTClinic,Zonguldak,Turquia
Recebidoem8deoutubrode2015;aceitoem18dejaneirode2016 DisponívelnaInternetem29dedezembrode2016
KEYWORDS
Nasalseptum; Nasalcartilage; Nasalobstruction; Intranasalsurgery; Grafting
Abstract
Introduction:Septaldeviationisacommondiseaseseenindailyotorhinolaryngologypractice andseptoplastyisacommonlyperformedsurgicalprocedure.Caudalseptumdeviationisalso achallengingpathologyforear,nose,andthroatspecialists.Manytechniquesaredefinedfor caudalseptaldeviation.
Objective: Toevaluatetheeffectivenessofcaudalseptalextensiongraft(CSEG)applicationin patientswhounderwentendonasalseptoplastyforashortanddeviatednasalseptum.
Methods:Fortypatientswithnasalseptaldeviation,shortnasalseptum,andweaknasaltip sup-portwhounderwentendonasalseptoplastywithorwithoutCSEGplacementbetweenAugust 2012andJune2013wereenrolledinthisstudy.Twentypatientsunderwentendonasal septo-plastywithCSEGplacement.Therestofthegroup,whorejectedauricularorcostalcartilage harvest for CSEG placement, underwent onlyendonasal septoplasty withoutany additional intervention.UsingtheNasalObstructionSymptomEvaluation(NOSE)andRhinoplastyOutcome Evaluation (ROE)questionnaires,pre-andpost-operativeacousticrhinometermeasurements wereevaluatedtoassesstheeffectofCESGplacementonnasalobstruction.
Results:In thecontrolgroup,preoperative andpostoperative minimalcross-sectionalareas (MCA1)were0.44±0.10cm2and0.60
±0.11cm2,respectively(p<0.001).Inthestudygroup,
pre- andpostoperative MCA1values were0.45±0.16cm2 and0.67±0.16cm2,respectively
(p<0.01). In the control group, the nasal cavity volume (VOL1) value was 1.71±0.21mL preoperativelyand1.94±0.17mLpostoperatively(p<0.001).Inthestudygroup,pre-and pos-toperativeVOL1swere1.72±0.15mLand1.97±0.12mL,respectively(p<0.001).Statistical analysisofpostoperativeMCA1andVOL1valuesinthestudyandthecontrolgroupscouldnot detect anysignificantintergroupdifference(p=0.093and0.432,respectively).In thestudy group,meannasolabialangleswere78.15±4.26◦and90.70±2.38◦,respectively(p<0.001).
DOIserefereaoartigo:http://dx.doi.org/10.1016/j.bjorl.2016.01.014
夽
Comocitaresteartigo:KaradavutY,AkyıldızI,Karadas¸H,Dinc¸AE,TulacıG,TastanE.Effectivenessofcaudalseptalextensiongraft applicationinendonasalseptoplasty.BrazJOtorhinolaryngol.2017;83:59---65.
∗Autorparacorrespondência.
E-mail:ilkerakyildiz@yahoo.com(I.Akyıldız).
ArevisãoporparesédaresponsabilidadedaAssociac¸ãoBrasileiradeOtorrinolaringologiaeCirurgiaCérvico-Facial.
Conclusion:EndonasalseptoplastywithCESGplacementisaneffectivesurgicalprocedurewith minimalcomplicationrateforsubjectswhohaveadeviated,shortnasalseptumandweaknasal tipsupport.
© 2016 Associac¸˜ao Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C´ervico-Facial. Published by Elsevier Editora Ltda. This is an open access article under the CC BY license (http:// creativecommons.org/licenses/by/4.0/).
PALAVRAS-CHAVE
Septonasal; Cartilagemnasal; Obstruc¸ãonasal; Cirurgiaintranasal; Aplicac¸ãodeenxerto
Eficáciadaaplicac¸ãodeenxertodeextensãoseptalcaudalemseptoplastiaendonasal
Resumo
Introduc¸ão:Desvioseptalédoenc¸acomumnocotidianodapráticaotorrinolaringológicaea sep-toplastia é procedimento cirúrgico comum. Desvio caudal do septo nasal é também uma condic¸ão desafiadora para os otorrinolaringologistas. Sãomuitas as técnicas definidas para desviocaudaldoseptonasal.
Objetivo:Avaliar a eficácia da aplicac¸ão de enxerto de extensão septalcaudal (EESC) em pacientesquepassaramporseptoplastiaendonasaldevidoaseptonasalcurtoecomdesvio.
Método: Foramrecrutadosparaoestudo40pacientescomdesviodeseptonasal,septonasal curtoefracasustentac¸ãodapontadonariz,tratadoscomseptoplastiaendonasalcomousema aplicac¸ãodeEESC,entreagostode2012ejunhode2013.Aotodo,20pacientesforamtratados comseptoplastiaendonasalcomaplicac¸ãodeEESC.Orestantedogrupo,querejeitoucoleta decartilagemauricularoucostalparaaaplicac¸ãodeEESC,foitratadoapenascomseptoplastia endonasal.Comaaplicac¸ãodosquestionáriosNose(NasalObstructionSymptomEvaluation, Avaliac¸ãodosSintomasdeObstruc¸ãoNasal)eROE(RhinoplastyOutcomeEvaluation,Avaliac¸ão dosDesfechosdaRinoplastia),asmensurac¸õespréepós-operatóriascomorinômetroacústico foramobtidascomoobjetivodeavaliaroefeitodaaplicac¸ãodeEESCnaobstruc¸ãonasal.
Resultados: No grupo controle, as áreas de secc¸ão transversal mínima (ASTM1) antes e depoisdaoperac¸ãoforam0,44±0,10cm2e0,60±0,11cm2,respectivamente(p<0,001).No
grupodeestudo,osvaloresantesedepoisdaoperac¸ãoparaASTM1foram0,45±0,16cm2e
0,67±0,16cm2,respectivamente (p<0,01).No grupocontrole, o valor para osvolumes da
cavidadenasal(VOL1)foi1,71±0,21mLnopré-operatórioe1,94±0,17mLnopós-operatório (p<0,001).Nogrupodeestudo,osVOL1antesedepoisdaoperac¸ãoforam1,72±0,15mLe 1,97±0,12mL,respectivamente(p<0,001).Aanáliseestatísticadosvalorespós-operatórios para ASTM1e VOL1 nosgrupos de estudo econtrolenão permitiuadetecc¸ão de qualquer diferenc¸a intergrupos(p=0,093 e 0,432,respectivamente).No grupode estudoe nogrupo controle,osângulosnasolabiaismédiosforam78,15±4,26◦ e90,70±2,38◦,respectivamente
(p<0,001).
Conclusão:Aseptoplastiaendonasalcomaplicac¸ãodeEESCéumprocedimentocirúrgico efe-tivo,commínimopercentualdecomplicac¸ões parapacientesquese apresentamcomsepto nasalcurtoecomdesvioecomfracasustentac¸ãodapontadonariz.
© 2016 Associac¸˜ao Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia C´ervico-Facial. Publicado por Elsevier Editora Ltda. Este ´e um artigo Open Access sob uma licenc¸a CC BY (http:// creativecommons.org/licenses/by/4.0/).
Introduc
¸ão
O desvio de septo é um dos transtornos mais comuns observados no cotidiano da prática otorrinolaringológica e septoplastia é um procedimento cirúrgico frequen-temente feito por especialistas.1 Apesar dos muitos métodos cirúrgicos descritos, como morselizac¸ão, incisão por cross-hatching, incisão de espessura parcial, retalho swinging-dooretécnica decorte-sutura,nenhum procedi-mento cirúrgico isoladamente definido pode ser aplicado comsucessoemtodasascondic¸ões.1,2
Cartilagem septal curta e enfraquecimento da
sustentac¸ão da ponta do nariz são condic¸ões frequen-tementeobservadasempacientescomobstruc¸ãonasal.As
técnicasconvencionaisdeseptoplastianãosãotãoefetivas em decorrência da memória da cartilagem e as técnicas
abertas são invasivas e consomem tempo. Tendo em
O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficiência do EESC em pacientes que sesubmeteram à septoplastia endonasalem decorrência deumseptonasalcurtoe com desvio.
Método
Modelodoestudo
O estudo foi feito em conformidade com os princípios daDeclarac¸ão de Helsinquee aprovado pela Comissão de Revisão Institucional local (n◦ 0542, em 26/03/2014). Os registrosclínicos de40pacientes tratadoscom septoplas-tiaendonasal eaplicac¸ão deEESCentreagostode2012e junhode2013foramretrospectivamenterevisados.
Ao todo,20 pacientesforamtratadoscom septoplastia endonasalcomaplicac¸ãodeEESC(grupodeestudo).O res-tantedogrupo,querejeitouacoletadecartilagemauricular oucostalparaaaplicac¸ãodeEESC,foitratadoapenascom septoplastia endonasal, sem qualquer outra intervenc¸ão, como,porexemplo,turbinectomiaouturbinoplastia(grupo controle).
Todosospacientesforamexaminadosporummédicoe porumespecialistaantesdoprocessodetomada de deci-sãocirúrgica.Asustentac¸ãodapontadonarizfoiexaminada pelamanobraderecuo(fig.1).Todososparticipantesforam avaliadosportomografiacomputadorizadaparanasal,para quefosseverificadaaexistênciadequalquerdoenc¸anasal ou paranasal coexistente. Pacientes com retardo mental, anomaliacraniofacial,doenc¸asinonasalinflamatória ativa (rinite alérgica, sinusite aguda oucrônica), asma, desvio
Figura1 Manobraderecuo.
dorsaldesepto,ângulonasolabialagudodecorrentedeuma cruralaterallongaerobusta,conchabolhosaeperfurac¸ão deseptoforamexcluídosdoestudo.
Parâmetrosdedesfecho
Todos os pacientes foram avaliados antes e depois da operac¸ão com umrinômetro acústico, com e sem uso de umdescongestionantetópiconasal(RhinoMetricsSRE2000, Interacoustics AS, DK.5610, Assens, Dinamarca) e foram solicitados a preencher os questionários Nasal Obstruc-tion Symptom Evaluation (Nose) (tabela 1) e Rhinoplasty Outcome Evaluation (ROE) (tabela 2), antes e depois da operac¸ão. Antes da operac¸ão e oito meses no pré--operatório,medimosasáreasdesecc¸ãotransversalmínima
(ASTM1) e volumes da cavidade nasal (VOL1) com um
rinômetroacústicoantesedepoisdaaplicac¸ãodeum des-congestionante nasal tópico (cloridrato de oximetazolina 0,05%),comoobjetivodeminimizarociclonasal.Emambos osgrupos, foram analisados osvalores de ASTM1 antes e depoisdaoperac¸ãonoladododesvio(i.é.,ladoconvexo). Nosdoisgrupos,antesedepoisdaoperac¸ão,também ava-liamososvolumesnasais(VOL1)noladododesvioenolado contralateral,antesedepoisdaaplicac¸ãodo descongestio-nantenasaltópico.
Procedimentocirúrgico
Osprocedimentoscirúrgicosforamfeitospelomesmo cirur-gião com anestesia local ou geral, por meio de uma incisãodehemitransfixanteeabordagemendonasal.Todos osquatroretalhosmucopericondriais/mucoperiosteaisque revestemosquatrotúneisforamelevadosparaqueo cirur-giãoobtivessemelhor visãocirúrgica.Apósaressecc¸ãoda parte desviada da cartilagem septal e do septo ósseo, o cirurgiãoaplicouo EESCcoletado dacartilagem septalna extremidadecaudaldosepto,entreacruramedialda car-tilagem lateralinferior, e o fixoucom pontos dematerial monofilamentarabsorvíveldelongadurac¸ão4/0(Monocryl) (figs. 2---4). Para o tamponamento nasal, foram aplicados splintsdesilicone.
O mesmo cirurgião foi responsável pelas septoplastias endonasais.Depoisdaelevac¸ãodosquatroretalhos muco-pericondriais/mucoperiosteais, a parte desviada do septo nasal(ósseoecartilaginoso)foiressecada.Concluídaa sep-toplastia, os retalhos mucopericondriais foram suturados commaterialmonofilamentar absorvíveldecurtadurac¸ão 4/0(RapideVicryl)e,comoocorreunogrupoEESC,foram aplicadossplintsdesiliconeparaotamponamentonasal.
Análiseestatística
Tabela1 QuestionárioNose
Sem problema
Leve problema
Problema moderado
Grande problema
Problema grave
Congestãoouentupimentonasal 0 1 2 3 4
Frequênciadacongestãonasal 0 1 2 3 4
Problemaspararespirarpelonariz 0 1 2 3 4
Problemacomosono 0 1 2 3 4
Dificuldadeparaobterarsuficientepelonariz duranteoexercícioouesforc¸o
0 1 2 3 4
Tabela2 QuestionárioROE
Vocêgostadaaparênciaexternadoseunariz? 0 (Não)
1 2 3 4
(Sim) Vocêrespirabempelonariz? 0
(Absolutamentenão)
1 2 3 4
(Muitobem) Vocêachaqueseusamigosgostamdeseunariz? 0
(Absolutamentenão)
1 2 3 4
(Sim) Aaparênciadoseunarizatrapalhasuasatividades
sociaisouprofissionais?
0 (Sempre)
1 2 3 4
(Nunca) Vocêachaqueaaparênciadoseunarizéamelhorque
poderiaser?
0
(Absolutamentenão)
1 2 3 4
(Sim) Vocêfariaumacirurgiaparaalteraraaparênciadoseu
narizouparamelhorararespirac¸ão?
0
(Comcerteza)
1 2 3 4
(Não)
NoseeROE)foifeitacomotestedeWilcoxon.Osvalores médiosdeASTM1e VOL1depoisdaoperac¸ão nos diferen-tesgruposforamanalisadospelotesteUdeMann-Whitney. As mudanc¸as nos ângulos nasolabiais dos pacientes foram
Figura2 Aplicac¸ãodeEESC.
medidascombaseemfotografiaslateraisnosdiferentes gru-pos,foramanalisadascomotestetemgruposdependentes. Todasasdiferenc¸asassociadasaumaprobabilidadeigualou inferior a0,05 foram consideradascomo estatisticamente significantes.
Figura4 Aplicac¸ãodeEESC.
Resultados
Ogrupo deestudoconsistiu em 20pacientes(15 homens, 5 mulheres), com média de 31,7±8,8 (variac¸ão, 23-40) anos; o grupo controle também consistiu em 20 pacien-tes (12 homens, 8 mulheres), com média de 34,7±8,3 (variac¸ão, 26-43) anos. Os dois grupos não apresentaram diferenc¸aemtermosdeidadeegênero(p=0,500ep=0,281, respectivamente).
Nos doisgrupos,osvalorespós-operatóriosparaASTM1 forammelhoresdoqueosvalorespré-operatóriosparaessa variávelnoladododesvio(convexo)(p<0,001),sem qual-querdiferenc¸aestatisticamentesignificanteentreosgrupos de estudo e controle (p=0,093) (fig. 5). Nos dois grupos, osvaloresparaVOL1forammelhoresnoladododesvioem seguidaadescongestãoecirurgia(p<0,001),massem qual-querdiferenc¸aestatisticamentesignificanteentreosgrupos (p=0,432)(fig.6).
Nos dois grupos, os escores pós-operatórios da escala Nose foram melhores do que os escores pré-operatórios (p<0,001). Os resultados pós-operatórios foram melhores nogrupodeestudovs.grupocontrole(p<0,001)(tabela3). Naprimeira,quarta,quintaesextaperguntas,osresultados pós-operatóriosforamestatisticamentemelhores, compara-tivamentecomosresultadospré-operatórios,tantonogrupo de estudo como no grupo controle (p=0,049, p=0,001, p=0,001ep=0,038,respectivamente)(tabela4).
Depois da operac¸ão, no grupo de estudo, os valores dos ângulos nasolabiais foram melhores (com significado
Grupo controle Grupo EESC
I - lado côncavo, pré-operatório, pré-descongestionante tópico.
I - lado côncavo, pré-operatório, pós-descongestionante tópico.
I - lado côncavo, pós-operatório, pré-descongestionante tópico.
I - lado côncavo, pós-operatório, pós-descongestionante tópico.
I - lado convexo, pré-operatório, pré-descongestionante tópico.
I -lado convexo, pré-operatório, pós-descongestionante tópico.
I - lado convexo, pós-operatório, pré-descongestionante tópico.
I - lado convexo, pós-operatório, pós-descongestionante tópico.
1,2
1,0
0,8
MCA (Or
t.
±
SS
)
0,6
0,4
0,2
Figura5 ValoresmédiosdeASTM1paraosgruposdeestudo econtrole.
estatístico)doqueosresultadospré-operatórios(p<0,001) (tabela5).
Nosdoisgrupos, osvalorespós-operatóriosparaASTM1 foram melhores do que os valores pré-operatórios para essa variável no lado do desvio (convexo) (p<0,001), massem qualquer diferenc¸a estatisticamente significante entreosgruposdeestudoecontrole(p=0,093)(fig.5).Nos doisgrupos,osvaloresparaVOL1forammelhoresnoladodo desvioemseguidaadescongestãoecirurgia(p<0,001),mas semqualquerdiferenc¸aestatisticamentesignificanteentre grupos(p=0,432)(fig.6).
Discussão
Osdesvios caudais de septo nasal são condic¸ões conside-radasdesafiadoras. Pacientescom desvio caudaldesepto nasal,com septo nasal curtoe com fraca sustentac¸ão da pontadonarizsofremobstruc¸ãonasaldevidoàdeteriorac¸ão do fluxo de ar nasal causada por um ângulo nasolabial agudo.
Pacientes que apresentam umângulo nasolabial agudo
também padecem de uma forma nasal anormal, em
decorrência de uma projec¸ão insatisfatória da ponta do nariz.1,2,4
Tabela3 ResultadosdoquestionárioNoseparaosgruposdeestudoecontrole
Controle EESC Comparac¸ãoControle
vs.EESC
Pré-op. Pós-op. p Pré-op. Pós-op. p Pré-op. Pós-op.
Pergunta1 3 2 <0,001 3 0(0-1) <0,001 0,799 <0,001 Pergunta2 3 2 <0,001 3 1(0-1) <0,001 0,289 <0,001 Pergunta3 3 2 <0,001 4 0(0-1) <0,001 0,183 <0,001 Pergunta4 3 2 <0,001 3 1(0-2) <0,001 0,035 <0,001 Pergunta5 3 2 <0,001 3 1(0-2) <0,001 0,289 <0,001
Tabela4 ResultadosdoquestionárioROEparaosgruposdeestudoecontrole
Controle EESC Comparac¸ãoControle
vs.EESC
Pré-op. Pós-op. p Pré-op. Pós-op. p Pré-op. Pós-op.
Pergunta1 2 2 0,046 1(0-2) 3(1-3) <0,001 0,026 0,049 Pergunta2 1 3 <0,001 0(0-2) 4(3-4) <0,001 0,165 0,602 Pergunta3 2 2 0,046 1(0-3) 3(0-3) <0,001 0,007 0,253 Pergunta4 1 2 0,001 2(0-4) 3(2-4) <0,001 0,063 <0,001 Pergunta5 1 1 0,083 2(0-3) 3(1-4) <0,001 0,265 <0,001 Pergunta6 1 2 <0,001 2(0-3) 3(2-4) <0,001 0,799 0,038
de um enxerto estrutural pode não ser suficiente. Pode--seaplicarEESCparaofortalecimentodapontadonarize correc¸ãododesviocaudaldoseptopormeiodeumaincisão endonasal.
AcartilagemseptaléumaboafontedeEESC,masa car-tilagem auricular,ou costal,também podeser umafonte opcionalnoscasosem queacartilagem septalfor insufici-enteedesdequeopacienteconsintanessaincisãoadicional paraa coleta.Considerando que a cartilagem auricular é elástica,considera-sequeascartilagensseptalecostalsão superioresparaapreparac¸ãodoEESC.Nopresenteestudo, foidadapreferênciaàcartilagemseptalcomofontede pri-meiraescolha,porsuafacilidadedecoleta.
Tambémé possívelrecorrera umaabordagemexterna, pormeiodeumaincisãotranscolumelar,paraaplicac¸ãode EESC.Nopresenteestudo,optamosporumaincisão hemi-transfixante endonasal, pelo seu menor tempo cirúrgico, menorquantidadedetecidocicatricialexterno,percentuais menoresdecomplicac¸õesligadasaosretalhoseprocessode cicatrizac¸ãomaisrápido.Preferimosusarmaterialdesutura absorvíveldelongapermanência,em vezdematerial não absorvível,paraquenãoocorresseextrusãodomaterialde suturaparafora dapeledovestíbulonasal.Foram aplica-dospontosdecolchoeiroparaobtenc¸ãodeumapontanasal
maisestáveletambémparacorrec¸ãododesviocaudaldo septonasal.
Os valores pós-operatórios para ASTM1 e VOL1 foram melhores (com significado estatístico) do que os valores pré-operatórios,tanto nogrupode estudocomo nogrupo controle (p<0,05).Embora osvalores paraASTM1e VOL1 depoisdaoperac¸ãotivessemsidosignificantemente melho-res nosgrupos deestudo e controle,nãohouve diferenc¸a estatisticamentesignificanteentregrupos(p>0,05).
Os escores das escalas Nose e ROE foram melho-res no período pós-operatório, tanto no grupo de estudo comonocontrole(p<0,05).
Desfechossignificantementemelhoresforamalcanc¸ados nos dois grupos, não apenas na avaliac¸ão laboratorial (determinac¸ãodeASTM1eVOL1),mastambémnaavaliac¸ão clínica(questionáriosNoseeROE)---resultadosindicativos dequeaseptoplastiaclássicatambémpodeserum procedi-mentocirúrgicoefetivoemcasosdeseptocurtoededesvio deseptonasal.
Contudo,deacordo comos nossosresultados, os paci-entescomseptocurtoecomdesviocaudaldeseptoeque, alémdisso,buscamobterumapontanasalmaisprojetada são bons candidatos para a implantac¸ão endoscópica do EESC.
Tabela5 ÂngulosnasolabiaisdosgruposEESCecontrole
Pré-op. Pós-op. p
Grupo controle Grupo EESC
I - lado côncavo, pré-operatório, pré-descongestionante tópico.
I - lado côncavo, pré-operatório, pós-descongestionante tópico.
I - lado côncavo, pós-operatório, pré-descongestionante tópico.
I - lado côncavo, pós-operatório, pós-descongestionante tópico.
I - lado convexo, pré-operatório, pré-descongestionante tópico.
I - lado convexo, pré-operatório, pós-descongestionante tópico.
I - lado convexo, pós-operatório, pré-descongestionante tópico.
I - lado convexo, pós-operatório, pós-descongestionante tópico.
Vol1(ort.
±
SS)
2,50
2,25
2,00
1,75
1,50
Figura6 ValoresmédiosdeVOL1paraosgruposdeestudoe controle.
Conclusão
EESC é procedimento cirúrgico efetivo e simples para correc¸ãodedesvioscaudaisdeseptoeparafortalecimento dasustentac¸ãodapontadonariz.Noentanto,seum deter-minado paciente com desvio caudalde septo desejar ter projec¸ãomelhordapontadonariz,EESCpodeserumaboa opc¸ão.Ousoexclusivodaseptoplastiaendonasalresultaem desfechosfuncionaissimilares e umimplanteendoscópico adicional deEESCnão melhora ASTM1,VOL1e os escores Nose.
Conflitos
de
interesse
Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.
Agradecimento
Aversãoinglesadoartigofoirevisadaporpelomenosdois editoresprofissionais,cujoidiomanativoéoinglês.
Referências
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3.Byrd HS, Andochick S, Copit S. Septal extension grafts: amethodofcontrollingtipprojectionshape.PlastReconstrSurg. 1997;100:999---1010.