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Projeto de Pesquisa Semˆanticas Formais e Rela¸c˜oes de Consequˆencia Dirigidas

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Academic year: 2023

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Projeto de Pesquisa

Semˆ anticas Formais e Rela¸c˜ oes de Consequˆencia Dirigidas

Proponente: Walter A. Carnielli

(Departamento de Filosofia, IFCH-UNICAMP) 28 de junho de 2005

1 Motiva¸ c˜ oes e inser¸ c˜ ao do projeto

A no¸c˜ao de inferˆencia l´ogica tem import˜ancia fundamental em muitas ´areas do conhecimento, n˜ao somente em todas as formas de argumenta¸c˜ao – desde as informais at´e `as puramente formais, em filosofia, fundamentos da matem´atica, fundamentos das ciˆencias da inteligˆencia – mas tamb´em em diversos aspectos das teorias com vertente mais tecnol´ogica, como diversas ´areas da computa¸c˜ao (tais como programa¸c˜ao l´ogica, engenharia de software, teorias da abdu¸c˜ao, demon- stra¸c˜ao autom´atica de teoremas, etc.) Mais interessante ainda ´e o fato de que em geral participam dessas teorias v´arios paradigmas de inferˆencia, adequadamente combinados, e n˜ao apenas um, provavelmente em raz˜ao da ontologia variada da qual se pretende expressar.

Esse tipo de quest˜ao exige o estabelecimento de novas t´ecnicas e de novas estrat´egias, onde temos que aprender, por um lado, a combinar sistemas l´ogicos complexos a partir de suas partes, e de outro lado a decompor um sistema com- plexo em partes menores, com simplicidade manuse´avel e dotados de estruturas elementares.

Intimamente ligado a esta grande quest˜ao de investiga¸c˜ao acerca das rela¸c˜oes de consequˆencia aparecem v´arios problemas e desafios:

• estudar os problemas de linguagem e expressividade das rela¸c˜oes de con- sequˆencia dentro de padr˜oes espec´ıficos, tais como aspectos qualitativos versus quantitativos;

• investigar as formas gerais de semˆanticas formais (isto ´e, semˆanticas formu- ladas com precis˜ao matem´atica e para as quais se possa dispor de m´etodos ou t´ecnicas de car´ater formal, em particular alg´ebrico ou categorial).

• investigar os m´etodos e t´ecnicas de combina¸c˜ao (s´ıntese) de sistemas l´ogicos ou de rela¸c˜oes de consequˆencia;

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• investigar os m´etodos e t´ecnicas de decomposi¸c˜ao (an´alise) de sistemas l´ogicos ou de rela¸c˜oes de consequˆencia;

Esta categoria de quest˜oes ligadas `as rela¸c˜oes de consequˆencia tem moti- vado ativos grupos de pesquisa nos ´ultimoa anos a investigar intensamente tais t´opicos, debru¸cando-se como requisito b´asico na quest˜ao do que seja um sistema l´ogico, esclarecendo a defini¸c˜ao do espa¸co l´ogico, suas propriedades de composi- cionalidade e as transforma¸c˜oes que o tornam invariante ou que conseguem operar com tal espa¸co.

A no¸c˜ao de tradu¸c˜ao ´e a transforma¸c˜ao b´asica que preserva a essˆencia da no¸c˜ao de inferˆencia. Dentre as v´arias aplica¸c˜oes desse conceito acham-se as semˆanticas de tradu¸c˜oes poss´ıveis e as semˆanticas de sociedade, que se con- stituem em ferramentas fundamentais para a decomposi¸c˜ao de sistemas l´ogicos.

O presente projeto de pesquisa pretende dar continuidade a trabalhos anteri- ores, que na minha opini˜ao tˆem sido desenvolvidos com inequ´ıvoco sucesso como atestam a boa quantidade de publica¸c˜oes de alto n´ıvel que tenho conseguido produzir, o ´ındice de participa¸c˜ao em conferˆencias e semin´arios, e o interesse de colegas da comunidade cient´ıfica nacional e internacional que buscam parce- ria. A presente proposta refere-se ao projeto imediatamente anterior intitulado

“Semˆanticas formais e combina¸c˜oes entre l´ogicas II”, e d´a a ele continuidade, dentro de um recorte espec´ıfico ao qual pretendo esclarecer a seguir.

Antes de pretender tal esclarecimento, ´e conveniente separar as quest˜oes a respeito das quais este projeton˜aopretende abordar prioritariamente, mas ape- nas lateralmente: algumas delas fazem parte do Projeto Tem´atico de Pesquisa recentente aprovado pela FAPESP sob minha coordena¸c˜ao, intitulado “Con- seq¨uˆencia L´ogica e Combina¸c˜oes de L´ogicas - Fundamentos e Aplica¸c˜oes Efi- cientes”(Projeto FAPESP 2004/14107-2).

Entre os problemas que tˆem rela¸c˜ao muito pr´oxima, mas que tratarei aqui apenas indiretamente, est˜ao aqueles ligados aos m´etodos e t´ecnicas de com- bina¸c˜ao (s´ıntese) de rela¸c˜oes de consequˆencia, as quest˜oes de eficiˆencia e aprox- ima¸c˜ao de l´ogicas e `as interpreta¸c˜oes das rela¸c˜oes de consequˆencia nos operadores de revis˜ao de cren¸cas.

Pretendo, ao contr´ario, dentro das quest˜oes levantadas acima, fixar-me naque- las com mais proximidade com a pr´atica das quest˜oes conceituais ou filos´oficas ou que possam apresentar maior relevˆancia do ponto de vista dos fundamentos.

Detalhes s˜ao especificados na se¸c˜ao seguinte.

2 Objetivos do Projeto

Antes de mais nada ´e conveniente repetir, para clareza, os ingredientes b´asicos que comp˜oem o universo de trabalho deste projeto.

Umarela¸c˜ao de consequˆencia`´e uma rela¸c˜ao matem´atica sobre um conjunto F or, isto ´e, uma rela¸c˜ao `⊆ (℘(F or)×F or)) entre subconjuntos de F or (ou seja, entre objetos em℘(F or)) e elementos emF or).

Usualmente interpretam-se os subconjuntos de F or como teorias e os ele- mentos deF orcomof´ormulas. Uma rela¸c˜ao de consequˆencia pode ser definida

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por axiomas espec´ıficos (pode ser sint´atica), ou pode ser dada pela interpreta¸c˜ao semˆantica de uma certa l´ogica (isto ´e, pode ser definida semanticamente).

H´a certos pressupostos b´asicos que toda rela¸c˜ao de consequˆencia ` deve cumprir para que possa veicular uma no¸c˜ao de inferˆencia:

1. SeA∈Γ ent˜ao Γ`A (reflexividade)

2. Se Γ`Ae Γ⊆∆ ent˜ao ∆`A (monotonicidade) 3. Se Γ`Ae ∆, A`B ent˜ao Γ,∆`B (transitividade) 4. Se Γ`Aent˜ao ∆`Apara algum conjunto finito ∆⊆Γ (finitariedade) 5. Se Γ`Aent˜aoσ(Γ)b `bσ(A) para toda substitui¸c˜aoσ (estruturalidade) Os condicionais acima s˜ao casos particulares de condi¸c˜oes geralmente aceitas, se bem que n˜ao universalmente aceitas: podem-se considerar em rela¸c˜oes de consequˆencia n˜ao-monotˆonicas, ou n˜ao-compactas, por exemplo, derrogando ou alterando algumas das condi¸c˜oes acima.

Especialmente no caso de rela¸c˜oes de consequˆencia definidas semantica- mente, ´e interessante poder introduzir condi¸c˜oes adicionais ou restri¸c˜oes nas classes de modelos, definindo o que podemos chamar de rela¸c˜oes de consequˆencia dirigidas.

Um sistema dedutivo ou um sistema l´ogicoS´e definido como uma estrutura S=hF or,`i,

Ligados `as rela¸c˜oes de consequˆencia, mas n˜ao exatamente a elas coincidentes, temos osoperadores de consequˆencia: um operador de consequˆencia sobre um universo U (que pode ser um simples conjunto, ou um conjunto de f´ormulas)

´e uma transforma¸c˜ao C : P(E)→ P(E) tal que, para todo A, B ⊆ U, vale o seguinte:

(i) A⊆C(A);

(ii) A⊆B⇒C(A)⊆C(B);

(iii) C(C(A))⊆C(A).

Algumas propriedades elementares da no¸c˜ao de inferˆencia l´ogica j´a seguem da´ı imediatamente; por exemplo segue-se de (i) e (iii) queC´e idempotente, isto

´e,C(C(A)) =C(A).

Outras propriedades se obtˆem a partir do estabelecimento de propriedades ou padr˜oes que se imp˜oem ao operadorC.

Podemos, igualmente, definir umal´ogica ou umsistema dedutivo como um parL = (L, C), onde L ´e um conjunto n˜ao-vazio e C ´e um operador de con- sequˆencia sobre L.

Investigndo as semˆanticas formais que caracterizam tais sistemas dedutivos, obt´em-se um grande panorama unificador que ´e capaz de congregar uma vasta

´

area de pesquisa.

As semˆanticas formais `as quais pretendo me restringir na presente proposta de investiga¸c˜ao s˜ao as seguintes:

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• As semˆanticas de tradu¸c˜oes poss´ıveis, propostas em [Car90]e [Car00];

• As semˆanticas moduladas, introduzidas em [CG99] com base em [SCV99];

• As semˆanticas di´adicas, introduzidas e estudadas em [CCCM05];

• As bem-conhecidas semˆanticas relacionais ou semˆanticas de mundos poss´ıveis, tamb´em chamadas de semˆanticas de Kripke.

A riqueza expressiva dos paradigmas aparentemente simples de rela¸c˜oes ou operadores de consequˆencia ´e enorme: por exemplo, a similaridade entre as no¸c˜oes de sistema dedutivo e espa¸co topol´ogico leva a intrigantes quest˜oes, desde aquelas mais t´ecnicas at´e ´as de interesse da pr´opria teoria da argumenta¸c˜ao, o que leva a interpreta¸c˜oes dos conectivos l´ogicos em termos de continuidade;

por outro lado, asser¸c˜oes e argumentos envolvendo no¸c˜oes inexatas ou vagas que s˜ao frequentes em argumentos filos´oficos ou em certos contextos lingu´ısticos e at´e mesmo computacionais, tais como “muitos”, “diversos”, “geralmente ”,

“quase sempre”, “quase em todo lugar”, etc., podem ent˜ao ser expressos por quantificadores generalizados como ‘geralmente’, ‘raramente’, ‘muitos’, etc., cf.

[SCV99] e [VC04].

A interpreta¸c˜ao semˆantica desses novos quantificadores ´e dada por meio de filtros, ultrafiltros, ideais, espa¸cos topol´ogicos, etc., definindo ent˜ao classes espec´ıficas de rela¸c˜oes de consequˆencia dirigidas.

A varia¸c˜ao poss´ıvel nesse tipo de enfoque que chamamos dequantificadores modulados, e `as correspondentes rela¸c˜oes de consequˆencia dirigidas de l´ogicas moduladasem [CG99] e [VC04], ´e incrivelmente abrangente: um par de filtros, ultrafitros e topologias, diversas outras estruturas matem´atica podem agora atuar como interpretadores de quantificadores modulados, com consequˆencias ainda longe de terem sido completamente compreendidas e exploradas.

No que segue, detalharei as partes do projeto e suas interrela¸c˜oes:

• Parte 1: Semˆanticas Formais e Decomposi¸c˜ao de Sistemas L´ogicos

• Parte 2: Rela¸c˜oes de Consequˆencia Dirigidas e Aplica¸c˜oes

• Parte 3: M´aquinas de Turing Paraconsistentes e Computa¸c˜ao Quˆantica

• Parte 4: Procedimentos de C´alculo com An´eis de Polinˆomios

3 Descri¸ c˜ ao e Interrela¸ c˜ ao das Partes do Projeto

3.1 Parte 1: Semˆ anticas Formais e Decomposi¸ c˜ ao de Sis- temas L´ ogicos

A id´eia de combinar sistemas l´ogicos, estruturas e teorias tem atra´ıdo bas- tante aten¸c˜ao n˜ao somente dentro da pr´opria l´ogica, como tamb´em como um paradigma unificador de ´areas bastante diversas como m´etodos formais em

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filosofia, programa¸c˜ao l´ogica, prova autom´atica de teoremas, lingu´ıstica com- putacional, etc.

Embora a investiga¸c˜ao como um todo ainda seja incipiente e insuficiente para compor uma nova ´area, a verdade ´e que uma grande variedade de temas ligados `a combina¸c˜ao de l´ogicas tem emergido, a ponto de diversos congressos e semin´arios terem sido devotados ao tema, e uma revista como o Notre Dame Journal of Formal Logic, 161-166 ter dedicado a esse t´opico um volume inteiro(vol. 37, no.

2, 1996).

Do ponto de vista das ciˆencias da computa¸c˜ao, um campo natural da aplica¸c˜ao cient´ıfica e tecnol´ogica das pesquisas em L´ogica, a demanda por diversos tipos de sistemas l´ogicos integrados num s´o sistema ´e bastante alta: exemplos s˜ao o uso de sistemas multil´ogicos na engenharia desoftware, na quest˜ao da seguran¸ca de dados e na representa¸c˜ao do conhecimento.

Esta parte do Plano se dedica a investigar as formas gerais de semˆanticas for- mais (isto ´e, semˆanticas formuladas com precis˜ao matem´atica e para as quais se possa dispor de m´etodos ou t´ecnicas de car´ater formal, em particular alg´ebrico ou categorial). Pretende tamb´em investigar os m´etodos e t´ecnicas de descom- bina¸c˜ao (decomposi¸c˜ao anal´ıtica) de sistemas l´ogicos ou de rela¸c˜oes de con- sequˆencia.

A proposta, nesta parte do projeto de pesquisa, ´e continuar o estudo do grande t´opico de combina¸c˜ao de l´ogicas a partir das perspectivas descritas a seguir.

• Decomposi¸c˜ao de uma dada l´ogica em l´ogicas-fatores, menos complexos, na dire¸c˜ao da an´alise, o que j´a chamamos de “splitting logics” em [CC99].

A metodologia particular na qual estarei interessado ser˜ao assemˆanticas de tradu¸c˜oes poss´ıveis, e em menor grau nassemˆanticas de sociedade, t´opicos que introduzi em [Car90] e [CL99];

Dados sistemas l´ogicos L=hF or,`Li eL0 =hF or0,`L0i, uma tradu¸c˜ao de L em L0 ´e uma transforma¸c˜ao t entre suas f´ormulas que preserva a no¸c˜ao de inferˆencia l´ogica, isto ´e, tal que seA´e demonstr´avel emLa partir de premissas Γ (isto ´e, Γ`LA) ent˜ao a tradu¸c˜aot(A) =A0deLemL0deve ser demonstr´avel emL0 a partir de premissas Γ0={t(B) :B∈Γ}.

Em outras palavras, se Γ`LAent˜ao Γ0`L0A0).

A tradu¸c˜ao ´e dita serconservativaquando o condicional “se ... ent˜ao” acima

´e enrijecido para “se e somente se”.

Dada uma l´ogica L = hF orL,`Li com uma sintaxe conhecida e bem de- terminada, e para a qual pretendemos dar uma interpreta¸c˜ao semˆantica, con- sidere uma cole¸c˜ao T de tradu¸c˜oes cujo dom´ınio comum s˜ao as f´ormulas de L. Cada fun¸c˜ao t ∈ T ter´a como imagem as f´ormulas em uma l´ogica St (a qual, estamos supondo, tem alguma semˆantica aceit´avel). Uma estrutura de tradu¸c˜oes poss´ıveis paraL´e um parPT=h{St}t∈T, Ti, ondeT ´e uma cole¸c˜ao de tradu¸c˜oes adequada e{St}t∈T ´e uma cole¸c˜ao de sistemas l´ogicos. Uma in- terpreta¸c˜ao por tradu¸c˜oes poss´ıveis para uma f´ormula A em L ser´a dada pela cole¸c˜ao de todas as tradu¸c˜oest(A), cadat(A) emSt.

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Se todas as l´ogicas em {St}t∈T s˜ao caracterizadas (isto ´e, s˜ao corretas e completas) com respeito `as suas semˆanticas, temos ent˜ao uma semˆantica de tradu¸c˜oes poss´ıveis. Nesse caso, dado um conjunto de f´ormulas Γ∪AemF or(L) e uma tradu¸c˜ao particulartemT, definimos uma rela¸c˜ao de consequˆencia local paraL, denotada por|=tPT, como:

Γ|=tPTA iff t(Γ)|=St t(A),onde|=St´e sa rela¸c˜ao de consequˆencia emSt. Arela¸c˜ao de consequˆencia global paraL, denotada por|=PT, ´e definida como:

Γ|=PTA sse Γ|=tPTA, para todatemT.

Dizemos que a l´ogica L ´e correta e completa com respeito `a estrutura de tradu¸c˜oes poss´ıveisPTquando, para todo Γ∪A emF orL:

Γ`LA sse Γ|=PTA.

As semˆanticas de tradu¸c˜oes poss´ıveis, al´em de oferecer uma nova e rica in- terpreta¸c˜ao para as l´ogicas que assim podem ser caracterizadas, definem ao mesmo tempo uma maneira canˆonica dedescombinar oudecompor uma l´ogica em termos de outras. Por exemplo, foi mostrado em [Car00] (ver tamb´em a disserta¸c˜ao por mim orientada [Mar99]) que, apesar de que as l´ogicas paracon- sistentesCn de da Costa n˜ao poderem ser caracterizadas por matrizes finitas,

´e poss´ıvel caracterizar (e, portanto, decompor) cada l´ogica Cn com respeito a l´ogicas trivalentes.

Dando continuidade ao estudo deste novo tipo de ferramenta semˆantica, pretendo continuar a investigar suas propriedades e potencialidades.

• Decomposi¸c˜ao de l´ogicas modais de forma a explicitar o papel da nega¸c˜ao, com aplica¸c˜oes a certas quest˜oes filos´oficas como a solu¸c˜ao de um certo paradoxo epistˆemico.

O chamado “paradoxo da cognoscibilidade”foi proposto por Frederic Fitch, ligado `a tese verificacionista segundo a qual “toda proposi¸c˜ao verdadeira pode ser conhecida”. Atrav´es de manipula¸c˜oes que tiram vantagem de certos de- feitos da l´ogica cl´assica, ´e poss´ıvel inferir em l´ogicas modais usuais que “toda proposi¸c˜ao verdadeira ´e conhecida”, colapsando os conceitos de conhecimento e verdade.

A partir da decomposi¸c˜ao das l´ogicas modais em componentes que permitem controlar a nega¸c˜ao, ´e poss´ıvel, em princ´ıpio, reconstruir argumentos modais que preservam a tese verificacionista e no entanto evitam o colapso do conceito de conhecimento.

Dentro desta quest˜ao, surge a possibilidade de se investigar modelos canˆonicos e semˆanticas di´adicas especiais que possibilitem caracterizar tais l´ogicas.

Em muito menor grau, e quase de forma lateral, participarei de trabalhos na dire¸c˜ao da composi¸c˜ao de sistemas l´ogicos (o que j´a chamamos de “splicing log- ics”), que envolvem fibrila¸c˜ao (“fibring”’, cf. [Gab96], resultados de preserva¸c˜ao e interpola¸c˜ao.

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3.2 Parte 2: Rela¸ c˜ oes de Consequˆ encia Dirigidas e Aplica¸ c˜ oes

Esta parte do Plano de Trabalho se relaciona com problemas de linguagem e expressividade das rela¸c˜oes de consequˆencia dentro de padr˜oes espec´ıficos. No ˆ

ambito das rela¸c˜oes de consequˆencia dirigidas pretendemos avan¸car na inves- tiga¸c˜ao dos seguintes problemas, conforme detalhes a seguir:

• Quantificadores modulados e sua interpreta¸c˜ao;

• Aspectos qualitativos versus quantitativos e suas aplica¸c˜oes;

• A no¸c˜ao de vaguidade qualitativa e sua relevˆancia em certos problemas filos´oficos.

Asl´ogicas moduladas, tema de pesquisa no qual tenho trabalhado bastante e que tem produzido resultados como [VC04], s˜ao extens˜oes conservativas da l´ogica de predicados cl´assica. O conceito de l´ogicas moduladas consiste basi- camente da inclus˜ao de quantificadores generalizados na sintaxe das senten¸cas, onde esse quantificador pretende expressar certas formas de racioc´ınio indutivo, vago ou inexato.

Semanticamente, tais quantificadores ser˜ao interpretados por estruturas ma- tem´aticas tais como filtros, ideais, ultrafiltos, espa¸cos topol´ogicos, etc.

Parte do interesse pelas l´ogicas moduladas reside no fato de que elas podem expressar diversas formas de racioc´ınio ou argumenta¸c˜ao indutiva, na medida em que sua felixibilidade permite `a sintaxe l´ogica corresponder mais estreitamente

`

a sintaxe da linguagem natural, uma propriedade interessante, como argumenta [Bar81], p.159.

As l´ogicas moduladas constituem mecanismos qualitativos por excelˆencia, na medida em que n˜ao associam graus de cren¸ca, ou probabilidade ou outras medidas quantitativas `as asser¸c˜oes, mas sim estuturas matem´aticas.

Os quantificadoers modulados tˆem a propriedade de quebrar a no¸c˜ao de que

“o sentido dos quantificadores deve ser inerente `a l´ogica, e portanto n˜ao pode variar de um modelo a outro”([Bar81], p. 162).

Um primeiro problema interessante ´e estudar as quest˜oes de corretude e completude dessas l´ogicas em rela¸c˜ao `as diversas estruturas matem´aticas que a elas se podem associar, como filtros, ideais, ultrafiltos, espa¸cos topol´ogicos, etc.

Outras quest˜oes imediatas nesse contexto s˜ao as possibilidades de se preservar teoremas de compacidade e de L¨owenheim-Skolem, al´em de outras propriedades modelo-te´oricas.

Outro problema complexo mas promissor consiste na extens˜ao das l´ogicas moduladas na dire¸c˜ao dasl´ogicas modais moduladas. L´ogicas desse tipo pare- cem ser muito apropriadas para expressar propriedades de rela¸c˜oes espaciais, ou ainda a certos argumentos ontol´ogicos como os expressos na cl´assica “demon- stra¸c˜ao da existˆencia de Deus”de K. G¨odel. Nessa dire¸c˜ao quase nada ainda foi tentado.

Uma terceira quest˜ao diz respeito aos fundamentos puramente qualitativos do racioc´ınio difuso. O paradigma difuso, introduzido em [Zad65] (mas ´e con- veniente consultar [Zim01] para seus desdobramentos) tem sua interpreta¸c˜ao

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intuitiva nos graus de pertinˆencia, e sua contraparte l´ogica tem sido comu- mente considerada como as l´ogicas multivalentes (cf. [Haj98]). Contudo, as l´ogicas moduladas podem oferecer uma interpreta¸c˜ao completamente nova para a quest˜ao da difusidade, independente da interpreta¸c˜ao multivalente, e dessa forma podem abrir uma instigante via de acesso `a no¸c˜ao de vaguidade em geral.

Como uma ilustra¸c˜ao da id´eia, suponhamos queAq =hA, qiseja uma estru- tura modulada e

A=hA,{RiA}i∈I,{fjA}j∈J,{cAk}k∈Ki

seja uma estrutura (no sentido usual) tal queR(x, y)∈ {RAi }i∈I interpreta uma ordem parcial≤sobreA (isto ´e, ≤´e interpretada como uma rela¸c˜ao reflexiva, anti-sim´etrica e transitiva).

Sep(x) ´e um s´ımbolo funcional na linguagemLτωω(∇x), pode-se ent˜ao definir umpredicado difuso como uma senten¸ca complexa da forma:

ϕ(y) := (∇x)(p(x)≤p(y)) orφ(y) := (∇x)(p(y)≤p(x))

Se, por exemplo, p(x) representa o peso corporal de um indiv´ıduo x de uma popula¸c˜ao, ent˜ao ϕ(y) expressa, para um indiv´ıduo y, a propriedade que

“para a maioria dos indiv´ıduos x, seu peso p(x) ´e menor que o peso p(y) de y”e portanto expressa a propriedade de que y ´e “gordo”num sentido difuso puramente qualitativo.

Este tipo de vaguidade ou difusidade individual pode se contrastado com a difusidade da popula¸c˜ao: (∇y)ϕ(y) expressa, nese caso, a informa¸c˜ao de “a maioria dos indiv´ıduos daquela popula¸c˜ao s˜ao gordos”.

Dessa forma, temos um novo enfoque para a importante quest˜ao do pensa- mento difuso que n˜ao envolve nenhum grau de pertinˆencia ou medida quantita- tiva.

Ainda uma quarta linha de trabalho que se abre na perspectiva das l´ogicas moduladas diz respeito `a no¸c˜ao de “maioria”para sistemas de vota¸c˜ao, princi- palmente em popula¸c˜oes infinitas. A quest˜ao dateoria das escolhas sociais para popula¸c˜oes infinitas j´a tem sido considerada na literatura, e ´e uma extens˜ao dos famosos resultados de impossibilidade de Arrow e Gibbard-Satterthwaite (cf.

[Arr70]) a respeito da teoria das elei¸c˜oes. Tais resultados demonstram que, sob certas condi¸c˜oes, nenhum m´etodo geral para se definir uma preferˆencia global a partir das preferˆencias individuais numa popula¸c˜ao finita ´e isenta de cair sob alguma ditadura.

Considerando que ambos os resultados acima podem ser demonstrados como corol´ario de um resultado mais forte, cf. [Ren], generaliza¸c˜oes interessantes dos teoremas de Arrow e de Gibbard-Satterthwaite tˆem estreita rela¸c˜ao com certas propriedades de ultrafiltros.

E portanto bastante natural se pensar em vers˜´ oes moduladas da teoria das escolhas sociais (ou teoria das elei¸c˜oes), e considerar as l´ogicas moduladas como l´ogicas para se expressar e raciocinara respeito dessa teoria. Esta ´e uma abor- dagem totalmente original a respeito desse tema.

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3.3 Parte 3:M´ aquinas de Turing Paraconsistentes e Com- puta¸ c˜ ao Quˆ antica

A proposta de computa¸c˜ao quˆantica partiu das observa¸c˜oes do f´ısico prˆemio- Nobel Richard Feynman, quem notou que as m´aqinas de Turing baseadas na f´ısica cl´assica sofrem um retardamento inerente quando representam sistemas quˆanticos. Feynman sugeriu ent˜ao usar diretamente artefatos quˆanticos em tais casos.

A computa¸c˜ao quˆantica recebeu um grande impulso quando Peter W. Shor descobriu em 1994 (cf. [Sho94, Sho97]) um algoritmo que permite fatorar n´umeros inteiros em tempo polinomial usando criteriosamente o poder da superposi¸c˜ao quˆantica de estados, diferentemente dos computadores cl´assicos. Outro fato im- portante foi o algoritmo de Lov K. Grover (cf. [Gro97]) para pesquisar bases de dados, mostrando as reais possibilidades do paradigma quˆantico, e da tec- nologia quˆantica ainda por vir. ´E interessante notar que grupos de pesquisa brasileiros (da UNICAMP, USP, UFMG e UFPB) tˆem desenvolvido um intenso trabalho na dire¸c˜ao da realiza¸c˜ao tecnol´ogica de certos aspectos da computa¸c˜ao quˆantica (cf. diversos artigos na revistaPesquisa da FAPESP de 2004 e 2005), o que amplamente justitifica meu interesse pelo tema e a atitude de interessar e formar estudantes de p´os-gradua¸c˜ao interessados no assunto.

Tais possibilidades explicam o interesse nas chamadas “l´ogicas quˆanticas”(cf., por exemplo, [DGG04]) e nas “m´aquinas de Turing paraconsistentes”que podem tratar matematicamente as contradi¸c˜oes expressas pelos mecanismos de super- posi¸c˜ao quˆanticas.

3.3.1 M´aquinas de Turing Paraconsistentes

E bem conhecido que instru¸´ c˜oes em m´aquinas de Turing podem ser definidas como qu´adruplas da forma hqi, sj, sk, qli ou da forma hqi, sj, m, qli, onde qi e ql s˜ao s´ımbolos de estado sj e sk s˜ao s´ımbolos de entrada e sa´ıda, e m = R, L, N ´e um s´ımbolo de movimento (direita, esquerda, ou sem movimento).

Uma m´aquina de Turing ´e determin´ıstica se existe no m´aximo uma instru¸c˜ao que se inicia comhqi, sji; caso contr´ario, a m´aquina de Turing ´e dita ser n˜ao- determin´ıstica, e a instru¸c˜ao a ser executada deve ser determinada por um agente externo (or´aculo). De todo modo, um or´aculo garante que a m´aquina execute uma instru¸c˜ao de cada vez, garantindo a “consistˆencia”da execu¸c˜ao computacional.

Considerando que o or´aculo ´e um agente externo, o que ocorre ´e que, a rigor, as m´aquinas de Turing n˜ao-determin´ısticas s˜ao contradit´orias (cf. Boo- los e Jeffrey em [BJ74]). Dessa forma, parece muito conveniente e promissor substituir o ambiente l´ogico das m´aquinas de Turing n˜ao-determin´ısticas por uma l´ogica paraconsistente, em especial por uma classe das chamadas l´ogicas da inconsistˆencia formal, um t´opico ao qual tenho me dedicado bastante, e cujos resultados aparecer˜ao publicados no futuro pr´oximo e que foi tema de uma tese de doutorado recentemente orientada (cf. [Mar05]). Dessa forma, define-se o que poder´ıamos chamar de m´aquinas de Turing paraconsistentes (MTP´s). O

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pr´oximo passo nessa sequˆencia de id´eias ´e usar tais m´aquinas como modelos de computabilidade quˆantica, interpretando a superposi¸c˜ao quˆantica como o n˜ao-determinismo controlado das MTP´s.

O que se pretende nesta parte do Plano ´e investigar:

• Interpreta¸c˜oes para l´ogicas quˆanticas a partir das semˆanticas de tradu¸c˜oes poss´ıveis, na tentativa de prover modelos matem´aticos que expressam fenˆomenos quˆanticos, com interesse para a teoria da informa¸c˜ao com base quˆantica;

• Modelos de algoritmos quˆanticos com base no paradigma da combina¸c˜ao de l´ogicas, tendo em conta que mecanismos quˆanticos (sobretudo aqueles que d˜ao base aos algoritmos quˆanticos) podem ser vistos como super- posi¸c˜ao de modelos cl´assicos.

E relevante notar aqui que as semˆ´ anticas de tradu¸c˜oes poss´ıveis e as semˆanticas de sociedade j´a est˜ao sendo reconhecidas como paradigmas centrais na for- mula¸c˜ao de certas abordagems aos fenˆomenos quˆanticos, como explicitado em [MS].

3.4 Parte 4: Procedimentos de C´ alculo com An´ eis de Po- linˆ omios

Os sistemas alg´ebricos de prova s˜ao sistemas de prova (num primeiro est´agio, mais adequados para l´ogicas proposicionais) que tiram vantagem de m´etodos e resultados da alg´ebra para expressar demonstra¸c˜oes. M´etodos alg´ebricos podem ser muito interessantes para procedimentos de prova autom´atica de teoremas e para investigar quest˜oes de complexidade de algoritmos.

Um m´etodo alg´ebrico j´a conhecido ´e o m´etodo das bases de Gr¨obner, fun- damentado na teoria dos ideais e que faz uso do c´elebre resultado da geometria alg´ebrica conhecido como Teorema do Nullstellensatz de D. Hilbert (teorema dos pontos nulos de Hilbert). Um outro m´etodo chamadoc´alculo com an´eis de polinˆomios (proposto em [Car01]) faz uso direto da estrutura de corpos finitos (corpos de Galois) e mostra-se por um lado muito mais simples que o m´etodo das bases de Gr¨obner, e por outro lado muito mais geral, podendo englobar todas as l´ogicas multivalentes verofuncionais e ainda uma classe relevante de l´ogicas n˜ao-vero-funcionais.

O objetivo desta parte do plano ´e explorar as amplas possibilidades do nascente e inovador m´etodo de c´alculo com an´eis de polinˆomios, estudar exemp- los relevantes e suas rela¸c˜oes com outros m´etodos semˆanticos como as “semˆanticas n˜ao-determin´ısticas”de A. Avron (cf. [AL05]).

Em especial, uma quest˜ao interessante ´e discutir suas potencialidades para a defini¸c˜ao de portas quˆanticas (dentro da computa¸c˜ao quˆantica). Est´a pre- vista a implementa¸c˜ao de um prot´otipo inicial de demonstra¸c˜ao autom´atica em l´ogicas trivalentes e bivalentes n˜ao-verofuncionais utilizando os “Procedimen- tos de C´alculo com An´eis de Polinˆomios”, a ser desenvolvido com ajuda dos estudantes e distribu´ıdo livremente.

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4 Resultados Esperados

Publica¸c˜ao de Livro

Como parte do esfor¸co de pesquisa desenvolvido espero poder completar, junto com os colegas Marcelo Coniglio (UNICAMP), Dov Gabbay (King’s College, Londres), Paula Gouvˆea (IST, Lisboa) e Cristina Sernadas (IST, Lisboa), a prepara¸c˜ao de um livro sobre combina¸c˜oes e decomposi¸c˜oes de sistemas l´ogicos, a ser submetido a uma importante editora internacional.

Publica¸c˜ao de Artigos de Pesquisa

Planejo ter os seguintes artigos terminados e submetidos `a publica¸c˜ao (alguns deles em colabora¸c˜ao com os parceiros mencionados):

• Um artigo sobre fibrila¸c˜ao de sistemas l´ogicos a ser submetido a um ve´ıculo internacional arbitrado;

• Um artigo a respeito da importˆancia filos´ofica das rela¸c˜oes de consequˆencia subcl´assicas como instrumento para sobrepassar certos paradoxos modais;

• Dois artigos sobre semˆanticas formais para l´ogicas n˜ao-cl´assicas,

• Um artigo a respeito de semˆantica alg´ebrica para l´ogicas n˜ao-cl´assicas;

• Um artigo a respeito da quest˜ao de combina¸c˜ao de paradigmas l´ogicos e sua aplica¸c˜ao `a quest˜ao dos algoritmos quˆanticos.

Forma¸c˜ao de Estudantes de P´os-Gradua¸c˜ao

Espera-se tamb´em que v´arios estudantes terminem seus projetos de disserta¸c˜ao de mestrado ou tese de doutorado. Os seguintes estudantes, como meus orien- tandos, est˜ao ligados ao presente Projeto de Pesquisa:

1. Estudantes de doutorado

• Juan Carlos Agudelo Agudelo (IFCH-UNICAMP)

• Rodrigo de Alvarenga Freire (IFCH-UNICAMP) 2. Estudantes de mestrado

• Samir Gosrky (IFCH-UNICAMP)

• Fabr´ıcio Gomes (IFCH-UNICAMP)

• Paulo Petrillo (IFCH-UNICAMP)

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5 Recursos e Estrat´ egia de Pesquisa

As quest˜oes propostas neste projeto s˜ao de longo alcance e naturalmente envolvem intera¸c˜oes com outros pesquisadores, com outros grupos de pes- quisa e com o trabalho de disserta¸c˜oes e teses de estudantes.

Os problemas e quest˜oes abordados, al´em do interesse filos´ofico ineg´avel, tˆem tamb´em impacto em aspectos tecnol´ogicos, em especial em rela¸c˜ao

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a computa¸c˜ao n˜ao-convencional e suas conex˜oes com miniaturiza¸c˜ao em nano-escala.

O projeto tem conex˜oes diretas com a pesquisa desenvolvida por outros colegas no Brasil e no exterior, com os quais tenho trabalhado e que s˜ao parceiros naturais no trabalho de pesquisa e em publica¸c˜oes:

3. Parceiros no Brasil e no exterior

• Dov Gabbay (King’s College, London)

• Amilcar Sernadas (IST, Lisbon)

• Carlos Caleiro (IST, Lisbon)

• Cristina Sernadas (IST, Lisbon)

• Jean-Yves B´eziau (Universit´e de Neuchˆatel, Switzerland)

• Paulo Mateus (IST, Lisbon)

• Marcelo Coniglio (IFCH, UNICAMP)

• Marcelo Finger (IME, USP)

• Jo˜ao Marcos (P´os-Doutorando, IME- USP) Desenvolvimento de Softwares

Como um subproduto do trabalho de pesquisa, pretende-se que seja poss´ıvel desenvolver um prot´otipo de ambiente autom´atico de provas baseado no C´alculo com An´eis de Polinˆomios para diversos sistemas l´ogicos, programas estes que ser˜ao livremente disponibilizados sob licen¸ca do tipo GPL.

6 Cronograma de trabalho

O cronogorama de trabalho para a pesquisa proposta ´e descrito esquematica- mente a seguir, considerando uma dura¸c˜ao de 6 semestres:

Sem1 Sem2 Sem3 Sem4 Sem5 Sem6

Parte 1 • • • •

Parte 2 • • • •

Parte 3 • • • •

Parte 3 • • • • •

Parte 4 • • • • •

Publica¸c˜oes • • • • • •

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Referˆ encias

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Referências

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