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Doenças ocupacionais relacionadas ao trabalho da Enfermagem

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Academic year: 2021

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Doenças ocupacionais relacionadas ao trabalho da Enfermagem

Vivianny Neres Rocha (Graduanda em Enfermagem Bacharelado/ 6°período/UNIT - Grupo de

Pesquisa em Saúde e Trabalho - GESAT), e-mail: vivianny_rocha_@hotmail.com;

Ana Clara Cruz Santos de Santana (Graduanda em Enfermagem Bacharelado/8°período/UNIT - Grupo de Pesquisa em Saúde e Trabalho - GESAT), e-mail: anaclaracruz1994@hotmail.com); Adenise de Jesus Silva (Graduanda em Enfermagem Bacharelado/8°período/UNIT - Grupo de

Pesquisa em Saúde e Trabalho - GESAT), e-mail: adenisedjs@hotmail.com);

Zayre Gizelle de Oliveira (Graduanda em Enfermagem Bacharelado/7°período/UNIT- Grupo de Pesquisa em Saúde e Trabalho - GESAT), e-mail: zg_oliveira@hotmail.com; Ilva Santana Fontes Fonseca (orientador, Docente de Enfermagem/Mestre em Saúde Coletiva/ Universidade Tiradentes – Líder do Grupo de Pesquisa em Saúde e Trabalho - GESAT), e-mail:

ilva_ss@hotmail.com

Exemplo: Linha Gerencial 01 – Políticas públicas e gestão dos serviços de saúde. Sublinha de pesquisa: Gestão e organização do sistema de produção de cuidados de enfermagem.

INTRODUÇÃO

Atualmente, as moléstias profissionais atípicas, decorrentes da agressividade existente no local de trabalho constituem um importante problema de saúde pública em todo o mundo. A qualidade de vida do trabalhador (QVT) tem sido fator de preocupação entre profissionais e diversas vezes é avaliada como sendo a satisfação e o bem-estar do trabalhador na execução de suas obrigações. (TEIXEIRA, SILVA, 2014). Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), as mortes e acidentes laborais ainda atingem cerca de 2,02 milhões de trabalhadores por ano. O Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) informa que as despesas geradas por este problema já somam cerca de 16 bilhões em 11 anos. Essas informações alertam para a importância da segurança no ambiente de trabalho no Brasil e no mundo. (SOC, 2014). Devido à sobrecarga e condições de trabalho, principalmente da equipe de enfermagem, as enfermidades acometem cada dia mais os trabalhadores, os quais encontram-se expostos a riscos químicos, físicos, ergonômicos, de acidente, biológicos e psicossociais. Estes riscos fazem parte do dia-a-dia da enfermagem, e aqueles que trabalham no

ambiente hospitalar estão geralmente expostos a mais de uma carga de trabalho, gerando um processo progressivo e cumulativo. Isso pode afetar diretamente ou indiretamente a saúde física e mental, o que contribui para desencadear o estresse e interfere de forma negativa nas atividades laborais exercidas, causando queda da produtividade, desgastes físicos e mentais, absenteísmo, sentimento de inabilidade e descontentação. (ASCARI, 2013). Os profissionais da área da saúde são submetidos a situações de estresse no cotidiano de suas atividades, porém, percebe-se que na literatura, sua relação com doenças profissionais tem sido pouco relatada, sendo acidentes de trabalho com perfurocortantes e distúrbios musculoesqueléticos os assuntos mais abordados. Devido a isso, faz-se necessário pesquisas sobre fatores estressores e sua influência no desempenho de sua profissão. (WURDIG, 2014). A preocupação dos profissionais de enfermagem em relação a sua própria saúde é recente, pois estes visavam apenas a assistência aos pacientes e esqueciam do seu próprio cuidado, especialmente em relação aos riscos expostos na realização de suas ações. Hoje, além da preocupação com o autocuidado dos profissionais, é obrigatório e imprescindível a

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implantação de uma Comissão Interna de Prevenção de acidentes (CIPA) nas instituições e uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e os Programas PPRA- Programa de Prevenção de Riscos Ocupacionais, bem como o Programa de Prevenção de Riscos Ocupacionais- PPRO. (SILVA, PINTO, 2012). Diante dos riscos que os trabalhadores estão expostos, fica clara a importância da formação de grupos multiprofissionais que auxiliem no desenvolvimento de estratégias de prevenção no trabalho, a fim de prevenir acidentes e doenças relacionadas ao exercício profissional.

OBJETIVOS

Analisar a literatura dos últimos cinco anos e abordar os riscos e as doenças ocupacionais relacionadas aos profissionais de Enfermagem. Descrever sobre a importância de abordar o tema durante a graduação de Enfermagem.

MATERIAL E MÉTODOS

Trata-se de uma revisão integrativa de literatura. Para operacionalização desta revisão, foram utilizadas as seguintes etapas: 1- Elaboração de pergunta norteadora; 2- Busca ou amostragem na literatura; 3- Coleta de dados; 4- Análise crítica dos estudos incluídos; 5- Discussão dos resultados. A seguir foi feita uma busca ativa em base de dados: Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências de Saúde (LILACS), Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Base de Dados em Enfermagem (BDENF). O levantamento bibliográfico foi realizado entre os meses de março a abril de 2017. Os critérios de seleção dos artigos foram: textos disponíveis na íntegra, publicados nos últimos cinco anos e que contivessem em seus títulos e/ou resumos os descritores específicos do estudo. Foram pesquisados os descritores validados pelos Descritores em Ciências da Saúde (DECS): enfermagem do trabalho; doenças ocupacionais; Saúde do Trabalhador. Inicialmente, foram identificadas 1112 publicações elegíveis para inclusão nesta revisão. Após a filtragem dos estudos

analisados, foi consolidado uma amostra de 10 artigos. Foi implementado a Prática Baseada em Evidências para maior vigor à revisão integrativa, que possibilita uma classificação de forma hierárquica, em seis níveis. Para análise de dados, será utilizada a avaliação qualitativa, por visar a compreensão interpretativa dos fatos levando o pesquisador a trilhar caminhos subjetivos em busca da complexidade dos fenômenos e da sua compreensão. Para o presente estudo, não se fez necessário a apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa, pois o mesmo aborda dados de domínio público. Mesmo assim serão respeitadas as diretrizes e normas regulamentadoras da resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde e, sobretudo os pesquisadores se responsabilizam em citar os autores no estudo, destinado tais obras para fins científicos, visando uma reflexão dos mesmos em detrimento da questão levantada e objetivos pretendidos.

RESULTADOSEDISCUSSÃO

Pesquisas realizadas nacionalmente e internacionalmente têm indicado aumento do número de acidentes de trabalho. Doenças osteomusculares, Síndrome de Burnout, depressão, afecções do trato respiratório, afecções do trato urinário e dermatoses constituem a maior causa de afastamento do trabalho de enfermagem e a evolução destas enfermidades pode causar incapacidade parcial, levando o trabalhador ao absenteísmo ou até mesmo incapacidade permanente com aposentadoria. (TEIXEIRA, SILVA, 2014). Os riscos hospitalares não devem ser levados em conta somente pelo contato profissional com os pacientes portadores de doenças infectocontagiosas, mas também devido ao perfil da Unidade, como a cozinha, lavanderia, central de procedimentos, esterilização de materiais, laboratório, dentre outros. (FARIAS, OLIVEIRA, 2012). A sobrecarga de trabalho para a equipe de enfermagem, principalmente pela existência de limitações quanto ao número de trabalhadores disponíveis e a falta de recursos materias tornam o trabalho

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desgastante, exercendo influência na saúde do profissional, causando sobrecarga psíquica e sofrimento no trabalho. (ARAÚJO, 2013). Os tipos de riscos que os trabalhadores da área de saúde estão expostos podem ser vistos no quadro 1:

Quadro 1 - Ricos ocupacionais para o profissional de saúde

Tipos de riscos Exemplos

Físicos Ruídos, vibrações, radiações, extremos de temperatura, pressões anormais, umidade, iluminação inadequada, incêndios e choques elétricos. Químicos Gases, vapores anestésicos,

antissépticos, esterelizantes e poeiras.

Biológicos Microorganismos, material infectocotagioso.

Ergonômicos Sobrecarga de peso, postura inadequada

Acidentes Iluminação inadequada, risco de incêndio, piso escorregadio, armazenamento, estrutura física, máquinas defeituosas e

ferramentas inadequadas. Mecânicos Objetos pérfuro-cortantes Psicossociais Sobrecarga psicológica: jornadas

de trabalho, ritmo acelerado, tarefas repetitivas. dentre outros. FONTE: SILVA et., 2015

Segundo a NR10 (Norma Regulamentadora), “risco é a capacidade de uma grandeza potencial para causar lesões ou danos à saúde das pessoas”. A enfermagem é considerada uma profissão de risco, pois os profissionais se expõem diariamente, colocando em risco sua saúde ao adquirir moléstias ocupacionais. (FARIAS, OLIVEIRA, 2012). Silva e Pinto (2012) destacam alguns fatores que levam a ocorrência dos riscos ocupacionais, como: número insuficiente de funcionários, sobrecarga de trabalho, rodízio de turnos de plantões noturnos, desgaste mental e emocional, condições físicas impróprias, falta de capacitação dos profissionais, exposição às substâncias tóxicas, exposição ocupacional, indisposição ou mal-uso dos EPI’s, condições precárias de trabalho e ambiente de trabalho. Todos esses fatores levam ao estresse crônico e desenvolvimento da Síndrome de Burnout. Alguns motivos para o aparecimento da

Síndrome são desenvolvimento tecnológico, divisão e expansão das especialidades médicas, com elevada hierarquia de autoridade, contato intenso com outras pessoas, pacientes e familiares, cuja relação provoca sentimentos de tensão, medo, ansiedade e hostilidade encoberta. (WURDIG, 2014). O estresse é fator corriqueiro e preocupante nas organizações hospitalares e é desencadeado pelo medo do futuro, qualidade de vida ruim, maus hábitos nutricionais, falta de lazer, instinto de sobrevivência, jornadas exaustivas de trabalho, competitividade, baixos salários e relacionamentos conflituosos. (SILVA et al., 2015). É preocupante o aumento do número de trabalhadores em atividades consideradas por eles estressantes, o que favorece a alterações na vida pessoal e profissional trazendo consequências não só para os profissionais como para a Instituição de trabalho. (ASCARI, et al., 2013). Além do estresse observado nesses profissionais, uma das enfermidades que mais afetam esses indivíduos é a LER/DORT causada por uso exagerado do Sistema músculo-esquelético. (BRASIL, 2012). Para o INSS é manifestada devido a permanência de posições permanentes a longo prazo, os sintomas são simultâneos ou não e podem ser caracterizados por algia, parestesia, sensação de peso e fadiga atingindo principalmente os membros superiores, região scapular e pescoço. (SOUZA et al., 2013). As doenças decorrentes do Sistema osteoconjuntivo e tecido muscular, osteoarticular e por traumas, doenças do trato digestivo como a gastrite nervosa, oftalmológica e psíquico, distúrbios osteomusculares da região lombar, pecoço, ombro e parte alta do dorso e extremidades superiores distais e membros inferiors, são as principais causas de afastamento no trabalho da enfermagem. (CARVALHO et al., 2017). O adoecimento cardíaco manifestado pela arritmia cardíaca também é uma doença ocupacional, que, segundo profissional da área em um estudo analisado relatou que desenvolveu a enfermidade no decorrer das suas atividades laborais, diante dos fatores estressantes que vivia sob pressão. (ASCARI et al., 2013). A Hepatite B e C, a Síndrome da

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Imunodeficiência Humana Adquirida (AIDS) e a tuberculose dentre outras doenças infecciosas são as que possuem maiores riscos de serem adquiridas pelos profissionais de saúde por estes estarem frequentemente em contato direto com os pacientes. Assim como o uso constante de luvas pode ocasionar uma dermatose, a manipulação de drogas e a exposição à radiação podem causar efeitos teratogênicos e carcinogênicos nos profissionais de enfermagem. Dentre as doenças citadas, muitas outras relacionadas ao trabalho podem se manifestar a curto ou a longo prazo, com isso, torna-se imprescindível a aplicação de precauções, intervenções, estratégias de reflexão para mudança de hábitos e a descoberta das causas dos acidentes para tomada de medidas profiláticas que visem diminuir os riscos de danos no trabalho. (FARIAS, OLIVEIRA, 2012). A saúde do trabalhador e o papel do Enfermeiro do trabalho deve ser discutida durante a graduação de enfermagem, pois as abordagens sobre o tema leva ao conhecimento sobre as condições ideais de trabalho. O conhecimento adquirido na condição de aluno leva o mesmo a elaborar planos de prevenção não somente para os pacientes como também para os profissionais de saúde. (ARAÚJO, 2013). A rotina dos profissionais de saúde, mais precisamente da enfermagem, causa prejuízos à saúde dos trabalhadores. Os agravos psíquicos relacionados ao trabalho levam ao aumento na taxa de incidência do absenteísmo. São necessárias ações organizacionais referentes às enfermidades causadas pela sobrecarga do trabalho para que os profissionais de saúde tenham boa qualidade de vida e preste a assistência adequada aos pacientes.

CONCLUSÕES

As doenças ocupacionais atingem trabalhadores de todo lugar do mundo. Os fatores estressantes agravam as condições de saúde dos profissionais de enfermagem acarretando em danos, talvez irreversíveis à saúde desses indivíduos. Conclui-se que diante dos riscos ocupacionais existentes na realidade

no âmbito do trabalho, deve-se pensar em estratégias que minimizem os fatores relacionados com as enfermidades e propiciem um ambiente saudável a fim de reduzir o número de doenças ocupacionais. Chegamos à conclusão que como durante a graduação de enfermagem os alunos não vivenciam disciplinas referentes à saúde do trabalhador torna-se relevante a abordagem do tema para melhor aprendizado dessas pessoas sobre as condições de trabalho e amadurecimento dos acadêmicos para um futuro próximo de sua profissão.

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REFERÊNCIAS

ARAÚJO, A.C. Doenças ocupacionais na enfermagem.

Revista Saúde.com, v.9, n.4, p.334-340, p.178-81, 2013.

ASCARI, R.A.; SCHMITZ, S.S.; SILVA, O.M. Prevalência de doenças ocupacionais em profissionais da enfermagem: Revisão de Literatura. v.15, n.2, p.26-31, jul-set, 2013.

BRASIL. Dor relacionada ao trabalho: lesão por esforço repetitivo (LER), lesões por esforços, distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT). Saúde do trabalhador, protocolos de complexidade diferenciada. Brasília: DF: MS, 2012. Disponível em:

HTTP://BVSMS.SAUDE.GOV.BR/BVS/PUBLICACOES/DOR_RELACIONADA_ TRABALHO_LER_DORT.PDF. Acesso em: 21 de abril de 2017.

FARIAS, G.S.; OLIVEIRA, C.S. Riscos ocupacionais relacionados aos profissionais de enfermagem na UTI: uma revisão. Brazilian Journal of Health. v.3, n.1, p. 1-12. 2012.

FELLI, V.E.A. Condições de trabalho de enfermagem e adoecimento: motivos para a redução da jornada de trabalho para 30 horas. Revista oficial do Conselho Federal de

Enfermagem. v.3, n.4, 2012.

SILVA, C.D.L.; PINTO, W.M. Riscos ocupacionais no ambiente hospitalar: fatores que favorecem a sua ocorrência na equipe de enfermagem. Saúde Coletiva em Debate. v.2, n.1, p.62-29, 2012.

SILVA, P.M.M. et al. Acidentes, riscos e doenças ocupacionais: um estudo em um Hospital Público no Estado do Rio Grande do Norte -RN. XXXV Encontro Nacional de Engenharia de

Produção. Fortaleza-CE, p.1-14, out, 2015.

SOC. INSS e OIT divulgam dados sobre doenças e acidentes laborais. Software Integrado de Gestão Ocupacional. Disponível em: HTTP://WWW.SOCWEB.COM.BR/2014/08/INSS-E-OIT-DIVULGAM-DADOS-SOBRE-DOENCAS-E-ACIDENTES-LABORAIS/. Acesso em: 16 de abril de 2017.

SOUZA, S.M.R. et al. A enfermagem do trabalho frente a lesões por esforço repetitivo/doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho. Revista Eletrônica de Enfermagem

do Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição. v.2, n.2,

p.1-11, jan/jul, 2013.

WURDIG, V.S. Stress e doenças ocupacionais relacionadas ao trabalho executados por profissionais da área da saúde.

Revista Saúde e Desenvolvimento. v.6, n.3, p.219-233,

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