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Rio realiza hoje Jogos. E custo final é menor que média do COI

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B O L E T I M

Rio realiza hoje Jogos. E custo final é menor que média do COI

O F E R E C I M E N T O

Q U I N TA - F E I R A , 4 D E A G O S T O D E 2 0 1 6

US$ 15 mi

custará cada evento nos Jogos do Rio 2016, segundo estudo da

universidade de Oxford N Ú M E R O D O D I A

E D I Ç Ã O • 5 5 8

POR ADALBERTO LEISTER FILHO, DUDA L E ERICH BETING, DO RIO DE JANEIRO

Quando às 20h desta sexta-feira o Rio de Janeiro der início à festa de abertura da primeira edição de Jogos Olímpicos da América do Sul, a cidade vai celebrar o come- ço da realização de um sonho.

E esse sonho, por incrível que pareça, vai custar menos do que a média histórica de investimento de cidades-sedes de Jogos Olím- picos de verão, segundo estudo realizado pela Universidade de Oxford sobre o investimento das cidades olímpicas na estrutura esportiva do evento desde 1960.

O levantamento de Oxford, que foi publicado pelo Fórum Econô- mico Mundial, pretende mostrar os gastos reais que envolvem as Olimpíadas, os excedentes que ocorrem nos orçamentos e com- parar a edição de 2016 com as demais. E a conclusão, acredite, é que o Brasil conseguiu frear as últimas altas na organização.

O levantamento da universidade considera os custos relacionados apenas a esporte, sem considerar infraestrutura, e ajusta o dólar ao

valor de 2015.

Por ele, o Rio 2016 custará US$ 4,6 bilhões, abaixo da mé- dia da última década, de US$

8,9 bilhões.

Considerando os dois últi- mos Jogos, a diferença é ainda maior:

Londres-2012

custou US$ 15 bilhões e Sochi (In- verno, em 2014) quase US$ 22 bi.

O Rio 2016 ainda fica abaixo da média histórica, da US$ 5,2 bilhões e também fica conside- ravelmente abaixo na média de porcentagem de estouro no orça- mento. O evento no Brasil ficou 51% mais caro do que o previsto.

O excedente é um dos pontos principais do estudo. Países so- frem pois o orçamento original es- toura, em média, 176%. O retorno obtido pela realização dos Jogos, assim, acaba superestimado.

Em economias frágeis, como a nossa, isso pode representar um enorme rombo. O estudo lembra das dificuldades da Grécia, após 2004, e do próprio Estado do Rio de Janeiro, que declarou falência.

Montreal, do rico Canadá, bateu o recorde de excedente: 720%.

Como consequência, os Jogos de 1976 foram pagos até 2006.

O Rio inicia hoje os Jogos Olím- picos. Isso já sabemos.

A novidade é que o custo final dele ficou, acredite, menor que a média histórica do COI.

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POR ERICH BETING diretor da Máquina do Esporte

Ao longo dos últimos seis anos e meio, o Rio de Janeiro e o Brasil de- ram consistentes argumentos para que não se acreditasse na chance de se realizar a primeira edição de Jo- gos Olímpicos na América do Sul.

Desde a noite de 2 de outubro de 2009 até a de 5 de agosto de 2016, o que poderia se imaginar - e não ima- ginar! - de problemas aconteceram na caminhada do Rio para os Jogos.

Da promessa de país pujante eco- nomicamente a uma realidade de crise histórica. A revelação, nua e crua, da corrupção que está impreg-

nada na sociedade e que começa a ser devastada, custando a queda da presidente da República. A crise do zika vírus. O acidente fatal na ciclo- via. A não-despoluição da Baía de Guanabara. A remoção da Vila do Autódromo sem preocupação com quem ali vivia. A falência do Esta- do do Rio de Janeiro pouco mais de um mês antes dos Jogos. O canguru saltando na porta dos australianos...

Com certeza eu já esqueci algum outro motivo para se dizer não aos Jogos no Rio. Pode escolher o seu.

Mesmo assim, desde segunda-fei-

ra que o Rio respira um ar olímpi- co, que as ruas estão se enchendo de gente, de todos os cantos, para ver os melhores do mundo em ação. As marcas têm ocupado os espaços em ações para falar com o consumidor.

A mídia vai do Leme ao Pontal para mostrar que não há nada igual...

A realização do Rio 2016 é a prova de que os Jogos Olímpicos são o que há de mais importante no esporte. E que essa sua força é capaz de superar um cenário completamente adverso como o do Rio e levar, ao público, um show como ele espera ver.

Realização do Rio 2016 prova tamanho que tem os Jogos

Em horário nobre, seleção brasileira bate novela na audiência da Globo

POR REDAÇÃO

Na quarta-feira, a seleção brasileira entrou em campo contra o Haiti em horário pouco comum para o futebol: às 20h30. Com isso, a Globo, que tem exibido a Copa Améri-

ca do Centenário, teve que realocar o Jornal Nacional e a novela Velho Chico. E, pelos resultados do Ibope, a emissora não se arrependeu.

Tanto no Rio de Janeiro, quanto em São Paulo, os 7 a 1 do Brasil sobre o Haiti fize-

ram a média da Globo subir. Na capital paulista, foram 30 pontos de média, com participação de 42% nas TVs ligadas. Foram quatro pontos a mais do que a média do mesmo horário em um mês.

No Rio de Janeiro, Brasil e Haiti foi ainda me- lhor, com o recorde de audiência do futebol na cidade. Foram 34 pontos de média, com parti-

cipação de 47%. O aumento da média no ho- rário em um mês foi sete pontos. Além do bom resultado do futebol, os números se devem ao

baixo rendimento de Velho Chico na audiência. Há um mês, em São Paulo, a novela deu 26 pontos numa quarta-feira, índice inferior a outras novelas e ao Jornal Nacional.

Cada ponto no Ibope equivale a 67.113 domicílios em São Paulo e 42.292 no Rio de Janeiro.

TV PAGA Quem também faturou com o Bra- sil foi o SporTV. Na estreia contra o Equador, a emissora teve média superior a 1 milhão de pessoas por minuto assistindo à partida no canal.

A Globo também mostrou o jogo, às 23h de sá- bado. O SporTV tem exclusividade na TV paga.

Anfitriões cadastrados pelo Airbnb faturam R$ 81 milhões com Olimpíadas

DO RIO DE JANEIRO

Não são apenas os hotéis que irão faturar alto com o turismo nos Jogos Olímpicos. Parceira oficial do evento, a comunidade de hospedagem alternativa Airbnb calcu-

la que seus parceiros, os anfitriões, faturarão R$ 81 milhões com o evento na capital fluminense.

A empresa divulgou alguns números que cercam o Rio 2016. Até o momento, 66 mil hóspedes confirmaram

presença pelo programa, que seleciona casas e apartamentos comuns para turistas. Dos confir- mados, 50% são estrangeiros. O preço médio da hospedagem, para três pessoas, é de R$ 536.

Por esse crescimento no Rio de Janeiro, o Aribnb fará, em Ipanema, uma casa para atender clientes e divulgar a parceria com os Jogos.

De forma geral, o Airbnb calcula que o turismo via alugueis de quartos neste mês vai girar R$

247 milhões no Rio de Janeiro. Além da renda dos anfitriões, a conta con- sidera despesas dos hóspe- des, calculadas em pesquisa feita pela própria empresa.

Em 2015 inteiro, esse gasto foi de R$ 530 milhões, o que mostra a força dos Jogos para a geração de receita.

No Rio de Janeiro, são 38 mil anúncios de quartos via Airbnb. Eles ganham, em média, R$ 7 mil ao ano com o fornecimento de hospedagem. Dentro do Brasil, a diferença é nítida; o segundo lugar é São Paulo, que tem 10 mil anúncios. Mundialmente, o Rio de Janeiro é o quarto mercado do programa, atrás apenas das concorridas Nova York, Londres e Paris.

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Sem patrocinar os Jogos, a Adidas teve de recorrer a um sho- pping próximo ao Parque Olímpi- co para acompanhar seus atletas que estarão em ação nos Jogos, receber clientes e imprensa.

Chamado de Creators Base, o escritório ocupa um espaço de 3 mil m² no Shopping Metropolita- no, terá cerca de 120 funcionários da marca vindos de países como Alemanha, Inglaterra, EUA, China e Japão e reforça um conceito que é adotado pela marca desde 2008, nos Jogos de Pequim.

“O que a gente queria é con- tar belas histórias de atletas. Por isso, criamos um ambiente multi- funcional. Em primeiro lugar, para receber consumidores. Também temos a Athlete Service, que nos permite dar produtos para nossos atletas competirem. E tem uma

área também para a imprensa”, conta Caio Amato, diretor de marketing da Adidas do Brasil.

O projeto da base é muito parecido ao de Londres, quan- do a Adidas foi parceira oficial do time britânico. O espaço da Adidas era também num shop- ping anexo ao Parque Olímpico, o que facilita o contato com os atletas e as equipes patrocinadas pela marca, além de torcedores.

“A gente quis prestar serviços a todos os nossos stakeholders presentes aqui: consumidores, atletas e imprensa”, diz Amato.

Cerca de 150 atletas patrocina- dos pela marca irão competir no Rio. Entre os competidores que fazem parte do time Adidas estão destaques da delegação nacio- nal, como o ginasta Artur Zanetti e a jogadora de vôlei Jaqueline.

“A adidas Creators Base é uma plataforma de criatividade e inovação. Reunimos todo o aprendizado de grandes eventos como Londres 2012, a Copa do Mundo da Fifa em 2014 e, mais recentemente a Uefa Euro 2016, para oferecer o melhor para os atletas, imprensa, influenciadores, parceiros, funcionários e, claro, os consumidores”, disse Simon Car- twright, diretor sênior da Adidas que vai liderar a adidas Creators Base no Rio de Janeiro.

DOS ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO DE JANEIRO

Sem patrocínio, Adidas monta espaço perto de Parque Olímpico

4 A Visa e a Samsung farão uma ação em parce- ria com a rede de lojas Magazine Luiza que dará desconto a clientes cada vez que o Brasil conse- guir uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos.

A ação será levada ao consumidor pelas redes sociais. Assim que houver uma conquista de medalha, a rede de lojas lançará promoção de produtos envolvendo a Samsung e que terá de ser comprado com cartão da bandeira Visa.

“A gente acaba fazendo parceria com outros patrocinadores. Não é só dizer que é um par- ceiro, mas poder trazer novos produtos”, afirma

Rodrigo Bochiccio, gerente de marketing da Visa.

Para o executivo, essa capacidade de realizar esse tipo de ação beneficia a percepção da mar- ca no país e dá ainda mais razão ao patrocínio.

“Nessa evolução de 30 anos de patrocínio com os Jogos Olímpicos, acho que isso é o que a Visa mais aprendeu. O poder que a gente cria ao con- seguir repassar os direitos [sobre o patroccínio] é um fomentador de negócios muito grande”, diz.

A escolha do estabelecimento que faz a ação é feita em conjunto com a Samsung, que também é patrocinadora do COI e dos Jogos Olímpicos.

Visa e Samsung farão ação por ouro do Brasil

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O custo do legado com as ins- talações esportivas do Rio 2016 será de R$ 59 milhões anuais para o poder público. O número foi divulgado pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, e pelo ministro do Esporte, Leonardo Picciani.

“A manutenção do Complexo de Deodoro será bancada pe- los Ministérios da Defesa e do Esporte ao custo de R$ 46 mi- lhões anuais. Queremos ocupar as instalações e tornar disponíveis esses equipamentos no primeiro semestre de 2017”, disse Picciani.

Já o Parque Olímpico da Barra será gerido através de uma PPP (parceria público-privada). Pelo edital, lançado em 30 de junho, a Prefeitura do Rio entraria com R$

13 milhões por ano na manuten- ção. Quem ganhar a concorrência terá que fazer obras de desmon- tagem, manutenção e operação.

Pelo projeto, a Arena Carioca 1, com 16 mil lugares, deve ser usada para a realização de shows

e competições esportivas. Tam- bém seriam mantidos o Centro Olímpico de Tênis, o Velódromo e o Parque Aquático Maria Lenk.

“A Arena Carioca 2 será exclusi- va para esporte e alto rendimento em parceria entre o COB [Comitê Olímpico do Brasil] e o Ministério do Esporte. Já a Arena Carioca 3 se transforma numa escola para 1.000 alunos em horário integral.

Retiraremos as arquibancadas e teremos 24 salas de aula. O que é quadra hoje vira ginásio dessa es-

cola. A ideia é terminar essa obra antes do final de meu mandato”, afirmou o prefeito Eduardo Paes, que entrega o cargo em 2017.

Outra instalação que terá outro uso é a Arena do Futuro, palco do handebol. O ginásio será des- montado para se transformar em quatro escolas (três em Jacarepa- guá e uma em São Cristóvão). Já o Estádio Aquático Olímpico irá virar dois Centros Aquáticos, no Parque Madureira (zona norte) e em Campo Grande (zona oeste).

DOS ENVIADOS AO RIO DE JANEIRO

Governo terá gasto de R$ 59 mi por ano para manter arenas

Longe do patrocínio aos Jogos, a Pirelli aprovei- tou o momento olímpico para ativar o patrocínio ao Cristo Redentor. A empresa projetou as cores da bandeira italiana no cartão postal da cidade.

A cerimônia contou com a presença de Matteo Renzi, presidente da Pirelli, e do cardeal Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro. A

empresa contribui para a conservação do Cristo, além de outros projetos sociais ligados ao local.

Há dois anos, a marca de pneus financiou a restauração da estátua, que havia sido danificada por raios. Além da Pirelli, Hyundai e Samsung fo- ram marcas que anunciaram patrocínio ao Cristo Redentor próximo ao início dos Jogos Olímpicos.

Pirelli aproveita momento e faz ação no Cristo Redentor

Referências

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