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Nota de Abertura 1. Documentos Online 2. Sugestões de Leitura 6. + Sugestões de Leitura 9

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(1)

A recessão da economia europeia, em sequência da crise financeira mundial, reflectiu-se negativamente no mercado de trabalho, prevendo-se que a taxa de desemprego na União Europeia, em 2010, seja de 10,9%.

A Comissão Europeia, de modo a fazer face a esta situação, instituiu em finais de 2008, um Plano Europeu de Relançamento Económico, com um conjunto de medidas inscritas nos domínios prioritários da Estratégia de Lisboa.

Um dos domínios para o qual se direccionam as medidas remediativas propostas é o do apoio ao emprego e ao desenvolvimento dos recursos humanos.

Nota de Abertura 1 Documentos Online 2

A Crise Económica e suas Implicações para a

Orientação 3 Sugestões de Leitura 6

+ Sugestões de Leitura 9

Destaque 10

Quais as Competências Disponíveis na Europa do

Futuro? 11 Sites 13 Eventos + Formação 14

Número 15 Dezembro 2009 SUMÁRIO

NOTA DE ABERTURA

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Neste contexto, a Comissão Europeia lançou, também, a iniciativa Novas Competências para Novos Empregos – Antecipar e fazer corresponder as competências requeridas e as necessidades do mercado de trabalho, na qual é enfatizada, face à crise, a necessidade de reforçar o capital humano, elevando o nível global de competências. Esta iniciativa prevê, ainda, a optimização dos mecanismos de avaliação e de antecipação de competências e de correspondência das competências com a natureza dos novos empregos que se criam.

A orientação tem sido e continua ser considerada fundamental, pelas várias instâncias comunitárias, para a melhoria da qualificação, do emprego e para o aumento da coesão social.

No actual cenário de crise económica importa perceber, com clareza, qual a estratégia que a orientação deve prosseguir e em que moldes os seus serviços devem ser organizados, de modo a que actue com eficácia nesta situação.

No sentido de contribuir para esse efeito apresenta-se, neste OPOnline, o texto A Crise Económica e suas Implicações para a Orientação, que corresponde a um resumo da reflexão efectuada por dois consultores da Rede Europeia para as Políticas de Orientação ao Longo da Vida (ELGPN) sobre o papel da orientação no âmbito da resposta da União Europeia à crise.

Apresenta-se, também, o texto Quais as Competências Disponíveis na Europa do Futuro?, com três cenários relativos às previsões de competências existentes na Europa em 2020, assim como com a indicação dos trabalhos futuros em que o CEDEFOP se envolverá e disponibilizará, no âmbito da iniciativa Novas Competências para Novos Empregos.

DOCUMENTOS ONLINE

- A Educação e a Orien- tação Vocacional no Mundo em Transformação Autora: Esméria Rovai

www.institucional.ciee.org .br/portal/apoio/eventos /documentos/ovmm.ppt

- Gérer les transitions:

L´orientation tout au long de la vie dans l´espace européen

Autor: Xavier Darcos http://www.education.gou v.fr/cid22447/conference -l-orientation-tout-au- long-de-la-vie.html

- Les causes du chômage Relatório adoptado em 22 de Janeiro de 2008 pelo Conseil d´orientation pour l´emploi (COE), sobre as diferentes causas do desemprego.

http://www.coe.gouv.fr/spi p.php?page=publication_d etail&id_article=357

- Redynamiser des marchés du travail touchés par la crise

Síntese do Relatório da Comissão Europeia de 15 Dezembro 2009

http://209.85.229.132/se arch?q=cache:5dEMRixwd e0J:europa.eu/rapid/press ReleasesAction.do%3Fref erence

(3)

A CRISE ECONÓMICA E SUAS IMPLI- CAÇÕES PARA A ORIENTAÇÃO 1

1. Enquadramento

O mundo enfrenta uma crise financeira e económica diferente de qualquer das anteriores. Esta crise tem um impacto e consequências dramáticas no conjunto da economia europeia, em particular, em termos de desemprego. Os mercados de trabalho da União Europeia (UE) têm-se deteriorado em consequência da crise económica. A taxa de desemprego tem subido e o ritmo de aumento do desemprego tem sido crescente.

As ofertas de emprego estão, ainda, a cair e as empresas, de diversos sectores, continuam a anunciar reduções substanciais de emprego.

A extinção de postos de trabalho supera a sua criação. O Banco Central Europeu (BCE), a Organização para a Cooperação e Desenvol- vimento Económico (OCDE) e a Comissão Europeia (CE) prevêem um aumento da deterioração do mercado de trabalho.

Os jovens com idade inferior a 25 anos têm sido particularmente afectados pela crise.

Além disso, espera-se, ainda, uma subida do desemprego de longa duração nos próximos meses.

A quebra de emprego tem afectado principalmente o sector produtivo, com principal incidência na indústria automóvel e na de outros equipamentos de transporte. É, também, anunciada uma quebra de emprego

significativa no sector dos serviços financeiros.

A retracção do mercado de trabalho tem consequências na inclusão social, na pobreza, nas condições de vida em toda a UE e pode comprometer seriamente a coesão social. Na EU, o risco de pobreza para os desem- pregados é de 42% contra 15% para a globalidade da população. 16% dos europeus estão em risco de pobreza.

As repercussões negativas da crise económica, comuns à maioria dos países da UE são, assim, o desemprego e a margi- nalização das pessoas face ao mercado de trabalho. Deste modo, os principais desafios que se colocam a cada país e à UE, no seu todo, são: a) atenuar os efeitos do desemprego, provocado pela crise, sobre os indivíduos e as famílias; b) prevenir a transformação do desemprego conjuntural em desemprego estrutural, por exemplo, a instauração do desemprego de longa duração, a rigidez do mercado de trabalho e o acréscimo do défice de competências; c) combater a discriminação e promover a inclusão dos grupos mais vulneráveis que, com a crise económica, correm o risco de se tornarem ainda mais marginalizados.

1 Síntese do texto de reflexão efectuado por John McCarthy e Françoise Divisia, consultores da Rede Europeia para as Políticas de Orientação ao Longo da Vida (ELGPN), em Novembro 2009.

(4)

2. A resposta da União Europeia à crise económica e financeira: um “Plano de Recuperação” para o crescimento e o emprego, ancorado na Estratégia de Lisboa

A desaceleração coincide com o fim do ciclo 2008-2010 da Estratégia de Lisboa. A refle- xão sobre o futuro da Estratégia de Lisboa começou em 2008, no Conselho Europeu da Primavera. Desde então, no entanto, a crise financeira tem levado a uma concentração da atenção na redução do seu impacto econó- mico e social. A acção da UE em resposta à crise prossegue os seguintes objectivos:

ƒ a curto prazo: aumentar rapidamente a confiança e diminuir os custos humanos da crise económica, particularmente para as pessoas mais vulneráveis;

ƒ a médio/longo prazo: na continuação da Estratégia de Lisboa, prosseguir as reformas estruturais, construir uma eco- nomia do conhecimento de apoio à inovação, bem como acelerar a transição para uma economia descarbonizada, de modo a que os países europeus possam satisfazer as suas necessidades futuras.

A Cimeira especial dedicada ao emprego, que teve lugar em Praga, em 7 de Maio de 2009, constituiu-se como integrante da resposta da UE ao clima económico. Contou com participação de representantes da presidência da UE à data (República Checa) e das futuras duas presidências (Suécia e Espanha), dos parceiros sociais da UE e de representantes da CE, tendo sido precedida

por uma série workshops, nos quais se identificaram as questões-chave a discutir na Cimeira, designadamente:

ƒ Como manter o emprego e promover a mobilidade: medidas de emergência para manter as pessoas no mercado de trabalho (por exemplo, estratégias de flexigurança *, para facilitar as transições entre empregos e promover a mobilidade profissional e geográfica;

ƒ Como melhorar as competências para o actual e futuro mercado de trabalho:

medidas de reconversão profissional, de inserção dos jovens no mercado de trabalho, de garantia de uma melhor adequação entre as competências existentes e as de que o mercado de trabalho necessita;

ƒ Como aumentar o acesso ao emprego:

medidas de apoio aos desempregados para favorecer o (re)ingresso no mercado de trabalho e para evitar o desemprego de longa duração e a exclusão social. Os Serviços Públicos de Emprego têm um papel chave a desempenhar, nomeada- mente, através da prestação de acon- selhamento individualizado aos desem- pregados.

* Pouco antes da crise económica, os líderes da UE, os parceiros sociais e a Comissão Europeia adoptaram um quadro da flexigurança como forma de resolver o problema de emprego da UE.

(5)

Os participantes na Cimeira concordaram com as seguintes dez acções a implementar a nível nacional e da UE:

A nível nacional:

ƒ Manter o maior número possível de pessoas em actividade, designadamente, através do ajustamento temporário das horas de trabalho, combinado com acções de reciclagem, com recurso a fundos públicos (inclusive ao Fundo Social Europeu –FSE);

ƒ Incentivar o empreendedorismo e a criação de emprego;

ƒ Melhorar a eficiência dos serviços públicos de emprego, através da prestação de aconselhamento intensivo, formação e apoio na procura de empre- go, nas primeiras semanas do desem- prego, especialmente para os jovens desempregados;

ƒ Aumentar significativamente as acções de formação e os estágios até final de 2009;

ƒ Promover mercados de trabalho mais inclusivos, garantindo incentivos ao trabalho, políticas activas para o mercado de trabalho e a modernização dos sistemas de segurança social, de forma a conduzir a uma melhor integração dos grupos desfavorecidos, incluindo as pessoas com deficiência, os menos qualificados e os imigrantes;

ƒ Reforçar as competências em todos os níveis, com a aprendizagem ao longo da vida, nomeadamente, promovendo níveis de escolaridade que permitam a aquisição das competências necessárias para conseguir trabalho;

ƒ Utilizar a mobilidade laboral para melhorar o equilíbrio entre a oferta e a procura de emprego.

A nível europeu:

ƒ Identificar as oportunidades de emprego e as correspondentes competências, bem como promover a melhoria das condições de aquisição destas últimas, através da formação, para corresponder às ne- cessidades do mercado de trabalho;

ƒ Apoiar os desempregados e os jovens na criação do o seu próprio emprego;

ƒ Antecipar e gerir as reestruturações, através da aprendizagem mútua e do intercâmbio de boas práticas.

O Comunicado da Cimeira identifica os instrumentos comunitários existentes que podem ser usados para enfrentar a crise:

ƒ O FSE pode ser utilizado para responder às necessidades impulsionadas pela crise, por exemplo, para melhorar o ajus- tamento entre a procura e a oferta de trabalho, proporcionando aconselha- mento de carreira ou formação ade- quada, apoiando a criação de iniciativas

(6)

empresariais ou reforçando os serviços públicos de emprego;

ƒ EURES portal e rede de apoio à mobilidade geográfica;

ƒ A Estratégia Europeia para o Emprego, com os objectivos e prioridades comuns da UE, bem como a Estratégia de Lisboa Renovada para o Crescimento e o Emprego, com as respectivas metas;

ƒ Mecanismos da UE para coordenar as políticas nacionais de combate à pobreza e à exclusão social;

ƒ Mecanismos da UE para coordenar as políticas nacionais de modernização dos sistemas de protecção social;

ƒ A iniciativa Novas Competências para Novos Postos de Trabalho, que contribui para garantir uma melhor adequação de competências às necessidades do mercado de trabalho da UE, analisando e prevendo de forma mais eficaz as competências que serão necessárias no mercado de trabalho futuro. Esta iniciativa integra a estratégia de flexigurança.

Além disso, estão a ser introduzidas melhorias nos instrumentos financeiros da UE, designadamente:

ƒ Aumento do fundo de recursos da UE: os recursos do FSE para o período de programação 2007-2013, dedicados à melhoria do capital humano, foram aumentados para cerca de 25 biliões de euros. Estão, também, previstos 13,5 mil milhões de euros da política de Coesão para apoiar a adaptabilidade dos traba- lhadores, das empresas e o desenvolvimento de sistemas de antecipação de mudanças económicas e das necessidades futuras de competências para o emprego;

SUGESTÕES DE LEITURA

Europa em Mutação

Autor: Manuela Tavares Ribeiro Editora: Quarteto Editora

Este livro debruça-se sobre a identidade da Europa. Assume que a cultura da Europa é a sua própria diversidade, sendo dela que nascem as suas forças criativas.

Questionários: Teoria e Prática Autor: João Manuel Moreira Editora: Almedina

Este livro percorre todos os passos do processo de construção de um ques- tionário. Da redacção e selecção de itens até aos mecanismos que medeiam entre a leitura da pergunta e o fornecimento da resposta.

Reflecte os recentes avanços nas áreas da estatística e da psicometria e apresenta os princípios e técnicas de ava- liação da validade e da pre- cisão dos resultados. Termina com uma discussão do pro- cesso de aferição e elabo- ração de normas.

Psicologia Vocacional – Perspectivas para a inter- venção

Coord.: Maria do Céu Taveira;

José Tomás da Silva

Editora: Imprensa da Univer- sidade de Coimbra

Esta obra pretende ajudar a compreender o papel da Psicologia Vocacional na resolução de problemas e na tomada de decisões que se relacionam com o trabalho e com o acto de trabalhar.

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ƒ Aceleração da aplicação dos fundos estruturais: a Comissão propôs um aumento do pré-financiamento dos programas para ter até 4,5 mil milhões de euros disponíveis, em 2009;

ƒ Adaptação da regulamentação do FSE e do Fundo Europeu de Ajustamento para a Globalização (FEG) para que estes se tornem instrumentos de política mais eficazes. Para o efeito são propostas novas regras tanto para o FSE como para o FEG.

3. Instrumentos de política na área de educação e formação para ajudar a recuperação

No âmbito da recuperação da Europa foram aprovadas pelos ministros responsáveis pela educação, as seguintes acções (reunião informal de Ministros da Educação, Praga, 23 de Março de 2009):

ƒ Utilizar, efectivamente, os recursos existentes e manter ou aumentar o investimento em educação e formação;

ƒ Aumentar a focalização nas compe- tências-chave de apoio à emprega- bilidade;

ƒ Incentivar o empreendedorismo e promo- ver a criatividade e a inovação;

ƒ Desenvolver o diálogo e a cooperação com os parceiros sociais, em particular, com os empregadores e as empresas;

ƒ Reforçar o papel da educação a partir da perspectiva do triângulo: conhecimento, em conexão com a pesquisa/desenvol- vimento e a inovação;

ƒ Promover a aprendizagem ao longo da vida e apoiar a formação de aperfei- çoamento e reciclagem;

ƒ Apoiar a coesão social, a cidadania activa e o sentido de responsabilidade social;

ƒ Promover a cooperação europeia em matéria de educação e formação.

As acções devem ser realizadas, tendo como referência o novo quadro estratégico para a cooperação europeia em matéria de Educação e Formação (ET 2010), adoptado no Conselho de Educação, de 11-12 de Maio de 2009. Este quadro destina-se a desenvolver quatro objectivos estratégicos, até 2020, que correspondem às metas de longo prazo da Estratégia de Lisboa:

ƒ Tornar uma realidade a aprendizagem ao longo da vida e a mobilidade;

ƒ Melhorar a qualidade e a eficiência da educação/formação;

ƒ Promover a equidade, a coesão social e a cidadania activa;

ƒ Desenvolver a criatividade, a inovação e o empreendedorismo em todos os níveis de educação e formação.

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As áreas prioritárias para o primeiro ciclo 2009-2010 são particularmente relevantes para o Plano de Recuperação: validação de aprendizagens não formais e informais, orientação, expansão da mobilidade na aprendizagem, melhoria das competências básicas em leitura, matemática e ciência para jovens e adultos, garantia que as necessidades futuras de qualificações são devidamente tidas em conta nos processos de educação/formação, promoção da criatividade e da inovação, bem como desenvolvimento de parcerias entre instituições de ensino/formação na área empresarial.

4. As perspectivas dos parceiros sociais europeus

Na Cimeira do Emprego, de 7 de Maio de 2009, os parceiros sociais europeus emitiram recomendações conjuntas sobre a utilização do FSE para enfrentar a crise económica, que incluíam:

ƒ Apoiar os jovens que entram no mercado de trabalho, melhorando as prestações de orientação, de modo a proporcionar- lhes uma melhor informação sobre as competências requeridas e as oportuni- dades de emprego;

ƒ Outras medidas de apoio às transições no percurso de aprendizagem dos jovens, para lhes proporcionar oportunidades de formação e para reduzir o abandono escolar precoce;

ƒ Apoiar os empregadores na elevação das qualificações dos seus trabalhadores;

ƒ Apoiar os trabalhadores desfavorecidos a melhorarem as suas competências e ex- periências relacionadas com o trabalho.

Em particular, a Confederação Europeia de Sindicatos (ETUC) apelou para um novo acordo Social para a Europa, designado Diálogo Social, que pretende:

ƒ Reforçar e alargar as prestações de desemprego;

ƒ Investir em competências de apren- dizagem ao longo da vida, bem como na criação directa de postos de trabalho no sector social;

ƒ Oferecer aos jovens que vão entrar no mercado de trabalho a garantia de em- prego ou de formação;

ƒ Incrementar o investimento europeu em medidas sociais, ampliando as activi- dades do FSE (formação, acções em rede, reforço do diálogo social e acções conjuntas com os parceiros sociais).

Chamou, também, a atenção para:

ƒ A importância de um planeamento regional para apoiar as pessoas a prepararem-se e adaptarem-se às mu- danças económicas;

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ƒ Políticas activas e inclusivas do mercado de trabalho, a definir com os parceiros sociais, que requerem a definição do envolvimento das políticas ao longo da carreira inter- relacionadas com a aprendizagem ao longo da vida.

5. O papel fundamental da orientação ao longo da vida

A orientação ao longo da vida é uma pedra angular, no curto prazo, do Plano de Recuperação e, no médio/longo prazo, dos objectivos da Estratégia de Lisboa, no que respeita às estratégias de aprendizagem ao longo da vida.

Neste sentido, a política de orientação ao longo da vida deve focalizar-se no apoio às pessoas para anteciparem e prepa- rarem as diversas transições:

ƒ Para os empregados de sectores que não estão em risco: a implementação de medidas de activação e a estratégia de flexigurança devem ajudar o maior número possível destes indivíduos a manter os postos de trabalho. Isto implica um aconselhamento personalizado para lhes permitir o acesso a formação significativa que melhore, efectivamente, as suas competências;

ƒ Para os empregados de sectores em que se verifica extinção de postos de trabalho: a reinserção no mercado de trabalho poderá ser apoiada, através de:

- balanços profissionais (avaliação de competências, reconhecimento dos resultados das experiências de aprendizagem, capacitação para a mudança);

- preparação para a procura de emprego;

- informação e orientação para incentivar a mobilidade profissional e/ou geográfica, no sentido de aumentar as oportunidades de emprego;

- preparação para o auto-emprego e para a criação

+ SUGESTÕES DE LEITURA

Sociologia do trabalho Autor:Keith Grint Editor: Piaget Editora

O livro enfatiza as ligações entre processos sociais e as instituições de emprego e os contextos domésticos e so- ciais. Explora a importância de raça, género e classe, assim como as alterações na estru- tura organizacional e a im- portância da nova tecnologia.

Lições de Psicologia Econó- mica

Autor: Carlos Barracho Editora: Instituto Piaget

Esta obra dá a conhecer as relações entre a psicologia e a economia, cujo desenvol- vimento permitiu a insti- tucionalização de uma nova disciplina. São descritos os conceitos, o objecto e os métodos da psicologia eco- nómica, não esquecendo os diversos campos de aplicação:

a poupança, o consumo, o desemprego e a fiscalidade.

Inteligência: perspectivas teó- ricas

Autores: Aristides Isidoro Ferreira, Leandro S. Almeida, M. Adelina Guisande

Editora: Almedina

Este livro apresenta as cor- rentes mais representativas do estudo na área. Da perspectiva da inteligência como potencial intelectual, à de inteligência como processos e estratégias de resolução de problemas, até aos autores que enfatizam as estruturas do desenvol- vimento da inteligência. Realça a complementaridade das várias perspectivas, em par- ticular ao nível da avaliação e

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ƒ Para os grupos desfavorecidos e com baixos níveis de qualificação, melhorar a empregabilidade implica o acesso a informação sobre novos postos de trabalho, bem como a intervenções de orientação para apoio à definição de projectos de formação profissional.

ƒ Para os jovens:

- informação e orientação para a aprendizagem;

- identificação dos que se encontram em risco de abandono escolar;

- orientação e aconselhamento nas universidades;

- aconselhamento para a mobilidade na formação e na vida laboral;

- acompanhamento sistemático no primeiro ano após a qualificação.

Em situações de crise importa (re)equacionar o funcionamento dos serviços de orientação ao longo da vida, nos seguintes termos:

ƒ Formação dos conselheiros, de modo a melhorar a eficiência dos Serviços Nacio- nais de Emprego, com recurso ao FSE;

ƒ Planear, de forma integrada, a acção dos diferentes actores e redes, através de plataformas multiserviços;

ƒ Prestar particular atenção às neces- sidades de orientação dos que se encontram em situação de desvantagem face ao mercado de trabalho, assim como

dos que se vão tornando vulneráveis, em virtude de dificuldades emergentes em sectores específicos do mercado;

ƒ Planear a recolha e a divulgação sistemáticas de informação sobre as perspectivas de emprego, por sector, a nível local, regional, nacional e europeu;

ƒ Aperfeiçoar a previsão de profissionais no sector da energia renovável e dos “em- pregos verdes", com recurso ao FSE;

ƒ Assegurar a melhoria da articulação entre as previsões sobre o mercado de trabalho e os serviços de orientação ao longo da vida, no sentido de uma maior adequação no ajustamento entre a procura e a oferta emprego, de modo a dar resposta às necessidades futuras do mercado.

DESTAQUE

Resolução do Conselho da União Europeia, de 21 de Novembro de 2008, Mieux inclure l´orientation tout au long de la vie dans les stratégies d´education et de formation tout au long de la vie Disponível em:

http://www.apprendreetsorienter.org

Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu, ao Conselho, ao Comité Económico e Social Europeu e ao Comité das Regiões, de 2008, New Skills for New Jobs – Antipating and matching labour market and skill needs

Disponível em:

http://ec.europa.eu/social/main.jsp?langId=en&cat Id=89&newsId=431&furtherNews=yes

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QUAIS AS COMPETÊNCIAS DISPONÍVEIS NA EUROPA DO FUTURO? 2

Depois de Lisboa: em direcção a uma economia do conhecimento

As previsões sobre as competências dispo- níveis, a médio prazo, na Europa (horizonte 2020), indicam um forte aumento da proporção da população activa adulta com qualificações de nível médio e superior. Ao contrário, o número de pessoas com baixas qualificações deverá decrescer na maioria dos países europeus. Estas tendências gerais, inscrevendo-se directamente no objectivo da Estratégia de Lisboa de fazer da Europa a sociedade do conhecimento mais competitiva e dinâmica do mundo, constituirão uma característica essencial da Europa no próximo decénio, ainda que se possam observar variações nos vários países.

Nos últimos anos, a proporção da população altamente qualificada (Níveis 5 e 6 da CITE) aumentou constantemente na maioria dos países. O cenário central prevê que entre 2007 e 2020, a população activa europeia, com idade igual ou superior a 25 anos, que possui uma qualificação de nível elevado, aumentará em 20 milhões de pessoas, representando 34% da mão-de-obra em 2020, contra 26% em 2007.

O número de europeus medianamente qualificados (níveis 3 e 4 da CITE), integrantes da população activa, aumentará mais de 5 milhões no decurso do período da projecção.

Este grupo, constituirá a maior parte da

população activa em 2020 (48%, contra 47%

em 2007).

O número de pessoas pouco qualificadas diminuirá, tanto em números absolutos como relativos. Entre 2007 e 2020, o número de activos pouco qualificados sofrerá uma diminuição de mais de 17 milhões. Em 2020, a proporção da população activa pouco qualificada deverá situar-se em 17%, contra 27% em 2007.

Além deste cenário central, foram calculados outros dois cenários, um optimista e outro pessimista. Todos os cenários indicam tendências gerais similares em relação à evolução da população activa em termos de níveis de qualificação. O cenário pessimista, se bem que não tenha tido em conta a crise actual, prevê um fraco aumento da população activa, independentemente do nível de qualificação, a saber, 2,7 milhões de pessoas entre 2007 e 2020.

2Adaptação do documento do CEDEFOP Quelle Offre de Compétences pour L´Europe de Demain? – Principales Conclusions

As previsões reportam-se a uma análise relativa a 25 países da UE (sem Malta) e à Noruega. Foram efectuadas tendo por base a população activa desses países (total de pessoas que trabalham ou procuram trabalho), com 25 anos de idade e mais e com a formação de base já concluída.

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Ao invés, os cenários central e optimista prevêem, respectivamente, um aumento de 8,3 milhões e de cerca de 14 milhões. Todos os cenários estimam um aumento dos níveis de qualificação médio e elevado, sendo este último que deverá registar uma maior subida.

Todos os cenários prevêem, igualmente, um recuo do número total de pessoas pouco qualificadas, que deverá situar-se entre 16 e 18,2 milhões.

População activa, no futuro, por idade e género

Os resultados para todos os elementos da população activa, com idade compreendida entre os 25 e os 64 anos, confirmam a tendência geral. O aumento das taxas é geralmente, mais elevado para as mulheres do que para os homens, o que implica que no futuro as mulheres sejam mais qualificadas que os homens. O critério europeu de referência para 2010 – os Estados-Membros devem desenvolver esforços para que a percentagem de pessoas, entre os 25 e 64 anos, com um nível de estudos secundário superior atinja os 80% - poderá ser apenas atingido em 2020, com cerca de 82% das pessoas desse nível etário a possuírem estudos de nível secundário superior.

Verificar-se-ão, contudo, variações assi- naláveis para os diferentes níveis etários: o número de pessoas altamente qualificadas, entre os 25 e os 29 anos, aumentará claramente, em particular, entre as mulheres.

Perspectiva-se que o aumento mais acen-

tuado de qualificações de alto nível se verifique no grupo dos 30-39 anos.

Prevendo-se uma diminuição do número de pessoas com um nível médio de qualificação, em todos os grupos etários até aos 39 anos, esse nível de qualificação deverá, contudo, aumentar para os que têm 40 anos de idade e mais.

Aumento da participação no mercado de trabalho

Os principais objectivos da Estratégia de Lisboa e das linhas directrizes para o emprego 2008-2010 são a redução do desemprego, a elevação das taxas de actividade e o aumento da procura e da oferta de trabalho. As previsões indicam um aumento das taxas de actividade (participação). A maior parte dos países regista tendências ligeiramente positivas no que respeita à duração variando, contudo, em função da faixa etária e do género. A taxa de actividade dos homens é geralmente mais elevada que a das mulheres.

A persistência de variações entre os géneros reflecte os seus diferentes compromissos familiares. Historicamente, a taxa de actividade das mulheres teve sempre tendência a ser mais fraca que a dos homens, tendo, contudo, aumentado rapidamente na maioria dos grupos etários, à excepção do das mulheres mais jovens, que investem mais tempo na sua formação e registam, por isso, uma taxa de participação mais fraca. Ao longo dos últimos 20 a 30 anos, a taxa de actividade dos homens recuou em muitos grupos etários.

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A promoção de uma abordagem do trabalho assente no ciclo de vida, bem como do envelhecimento activo, ajuda à permanência dos mais idosos no mercado de trabalho. Na verdade, o aumento mais acentuado das taxas de actividade verifica-se nas pessoas com idade igual ou superior a 50 anos, o que reflecte a tendência geral de prolongamento da vida profissional e, eventualmente, a apreensão respeitante à reforma e a neces- sidade de trabalhar durante mais tempo.

Análise das tendências identificadas

Ainda que os resultados globais apontem para um quadro relativamente encorajador pode-se, contudo, recear, que a actual crise económica subverta as tendências históricas previstas correndo-se, assim, o risco de comprometer a melhoria constante observada nos perfis de qualificação nos últimos decénios. Um impacto, a curto prazo, da crise actual poderá ser uma participação acrescida nas actividades de ensino e de formação: os indivíduos optam por retardar a entrada num mercado de trabalho em retracção, pensando que a obtenção de qualificações superiores lhes oferecerá melhores perspectivas após a retoma. Contudo, a longo prazo, os constrangimentos financeiros poderão desencorajar o investimento em capital humano. Os decisores políticos devem tomar medidas destinadas a preservar a melhoria contínua das qualificações e a manter o investimento na qualificação inicial, na formação contínua e na educação de adultos. Com o enve- lhecimento da população, a reconversão e a actualização dos adultos será, ainda, de grande importância.

Em direcção a um sistema europeu de previsão de competências

As previsões da oferta de competências, do mesmo modo que as previsões anteriores de necessidades de competências, constituem um elemento chave para um sistema de previsões

SITES

http://www.career.fsu.edu/t echcenter/

Center for Study of Techonoly in Counseling and Career Development

http://ncda.org

National Career Develop- ment Association (NCDA)

http://coe.fgcu.edu/faculty /sabella/cerc

The Counselor Education Resource Center

http://www.careersonline.co m.au/

Careers Online

http://www.acinet.org/acine t/explore.asp

Career Exploration

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regular e completo da oferta e da procura de competências, tal como previsto pela iniciativa Novas Competências para Novos Empregos, lançada pela Comissão Europeia, em 2008. O CEDEFOP prossegue os seus trabalhos, no sentido de pôr em acção um tal sistema europeu de previsões. A partir de 2010, o CEDEFOP publicará regularmente os resultados de previsões actualizadas sobre a oferta e a procura de competências na Europa.

Sob os auspícios da iniciativa Novas Competências para Novos Empregos da Comissão Europeia e do Conselho, o CEDEFOP continuará as suas actividades de investigação e de desenvolvimento no quadro da identificação precoce e da antecipação da evolução de competências. Em complemento às avaliações regulares da oferta e da procura de competências prosseguir-se-ão, igualmente, trabalhos de análise de potenciais desequilíbrios no mercado de trabalho e investi- gações sobre a inadequação de competências.

EVENTOS

- VII Simpósio Nacional Investigação em Psico- logia

4,5,6 Fevereiro 2010

Braga-Universidade do Minho – Campus de Gualtar

www.iep.uminho.pt/xgp/

FORMAÇÃO

- Técnicas de Recru- tamento e Selecção 22 Janeiro a 12 Fevereiro 2010

Lisboa -Instituto Superior de Psicologia Aplicada www.ispa.pt

- Workshop - Relatórios de Avaliação Psicológica 16 Janeiro 2010

Odivelas – Reflexos – Gabinete de Psicologia, Psicoterapia e Ludo- terapia

www.reflexos- psicologia.com

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Referências

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