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Relatório e Contas Consolidadas

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Academic year: 2021

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(1)

PT- Multimédia – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, SGPS, S.A.

Sociedade Aberta

Sede: Av. 5 de Outubro, n.º 208, Lisboa Capital Social: 30.909.682,80 Euros

Número de matrícula na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa e de Pessoa colectiva: 504.453.513

Relatório e Contas

(2)

DESTAQUES FINANCEIROS ...2

ÓRGÃOS SOCIAIS...3

ESTRUTURA SIMPLIFICADA DA PT MULTIMEDIA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 ...4

RELATÓRIO DE GESTÃO...5

Eventos de 2006 e Desenvolvimentos Recentes ... 5

Mercado de Capitais ... 8

Evolução dos Negócios ... 9

Análise dos Resultados Consolidados ...14

Perspectivas Futuras...25

CONTAS CONSOLIDADAS... 27

DOCUMENTOS DE APRECIAÇÃO DAS CONTAS CONSOLIDADAS... 73

Relatório e Parecer do Fiscal Único ...74

Certificação Legal das Contas Consolidadas ...76

Relatório de Auditoria Elaborado por Auditor Registado na CMVM...78

RELATÓRIO DE GOVERNO DA SOCIEDADE ... 80

(3)

DESTAQUES FINANCEIROS

Receitas de Exploração 666,5 628,5 6,1%

TV por Subscrição e Internet Banda Larga 591,1 553,0 6,9%

Custos Oper. Excl. Amortizações 455,4 433,2 5,1%

EBITDA (1) 211,1 195,3 8,1%

Resultado Operacional (2) 108,6 133,4 (18,6%)

Resultado Líquido 71,1 111,7 (36,3%)

Capex (3) 132,8 185,5 (28,4%)

Capex em % das Receitas 19,9% 29,5% (9,6pp)

EBITDA menos Capex 78,3 9,8 n.s.

Dívida Líquida 226,8 170,6 32,9%

Margem EBITDA (4) (%) 31,7% 31,1% 0,6pp

Dívida Líquida / EBITDA (x) 1,1 0,9 0,2x

EBITDA / Juros Líquidos (x) 25,2 31,8 (6,5x)

2005 ∆ 06/05

Milhões de euros 2006

(1) EBITDA = Resultado Operacional + Amortizações

(2) Resultado operacional = Resultado antes de Resultados Financeiros e Impostos + Custos com Redução de Efectivos + Imparidade do Goodwill ± Mais/Menos valias na Alienação de Imobilizado ± Outros Custos/Ganhos

(3) Capex = Investimento em Imobilizado Corpóreo e Incorpóreo (excluindo goodwill) (4) Margem EBITDA = EBITDA / Receitas de Exploração

Receitas de Exploração totalizaram 666 milhões de euros em 2006, um aumento de 6,1%, reflectindo essencialmente o crescimento das receitas de TV por Subscrição e Internet de Banda Larga. No quarto trimestre de 2006, as receitas operacionais aumentaram 12,4% em relação ao período homólogo do ano anterior, impulsionadas pelo crescimento da base de clientes de TV por Subscrição (29 mil adições líquidas vs 6 mil adições líquidas negativas no 4T05) e Internet de Banda Larga (13 mil adições líquidas vs 7 mil adições líquidas no 4T05) e pelo aumento do ARPU (+7,4%).

EBITDA atingiu 211 milhões de euros em 2006, um aumento de 8,1%, equivalente a uma margem operacional de 31,7%. Resultado Líquido ascendeu a 71 milhões de euros em 2006, o que compara com 112 milhões de euros em 2005. O resultado líquido de 2005 incluiu uma mais-valia, líquida do efeito fiscal, de 18 milhões de euros relativa à alienação da Lusomundo Media. Em 2006, o resultado líquido foi negativamente afectado por: (1) ajustamento dos impostos diferidos activos, no montante de 8 milhões de euros, em consequência da redução da derrama de 10% da colecta para 1,5% da matéria colectável para efeitos de IRC a partir de Janeiro de 2007; e (2) custo não recorrente, líquido do efeito fiscal, de 4 milhões de euros relativo ao ajuste do valor contabilístico de certos activos.

Capex foi de 133 milhões de euros em 2006, um decréscimo de 28,4%. O investimento efectuado em 2006 compreendeu a preparação do lançamento do serviço telefónico, a cablagem de casas adicionais, a aquisição de direito de utilização de capacidade de transmissão suportada numa arquitectura fiber-to-the-hub de modo a permitir maior largura de banda, a aquisição de direitos de utilização de um transponder de satélite adicional, a compra de equipamento terminal no âmbito do programa de digitalização e a aquisição de um catálogo português de filmes.

(4)

ÓRGÃOS SOCIAIS

Membros da Mesa da Assembleia Geral

1

Presidente Jorge Luís Seromenho Gomes de Abreu Secretário Nuno Maria Macedo Alves Mimoso

Membros do Conselho de Administração

2

Presidente Henrique Manuel Fusco Granadeiro3

Comissão Executiva

Presidente Zeinal Bava

Vogais Manuel Francisco Rosa da Silva4

Francisco José Meira Silva Nunes5

Duarte Maria de Almeida e Vasconcelos Calheiros Pedro Humberto Monteiro Durão Leitão

Vogais Não Executivos

Manuel Fernando Moniz Galvão Espírito Santo Silva

António Domingues

José Pedro Sousa de Alenquer Joaquim Aníbal Brito Freixial de Goes Luís João Bordalo da Silva

Fiscal Único

Efectivo Ascenção, Gomes, Cruz & Associado – SROC, Representada por Mário João de Matos Gomes

Suplente Pedro Matos Silva, Garcia Júnior, P. Caiado & Associados – SROC, Representada por Pedro João Reis de Matos Silva

1

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Sociedade, Jorge Luís Seromenho Gomes Abreu foi nomeado na Assembleia Geral Anual de 2006, que ocorreu no dia 19 de Abril de 2006, na sequência da renúncia do anterior Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Dr. Miguel Galvão Teles. Entretanto, em virtude da superveniência de incompatibilidades previstas no artigo 414.º-A do Código das Sociedades Comerciais, que importaram a caducidade do cargo de Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Dr. Jorge Luís Seromenho Gomes Abreu e de Secretário da mesa da Assembleia Geral do Dr. Nuno Maria Macedo Alves Mimoso, serão propostas, à Assembleia Geral Anual a realizar em 2007 as substituições dos actuais Presidente e Secretário da mesa da Assembleia Geral da Sociedade.

2

Em 2006, renunciaram às respectivas funções os administradores Miguel António Igrejas Horta e Costa, Luís Miguel da Fonseca Pacheco de Melo, José Manuel de Morais Briosa e Gala, José Augusto Castelhano Nunes Egreja e Carlos Alpoim Vieira Barbosa.

3

Face à renúncia ao cargo de Presidente do Conselho de Administração apresentada pelo Administrador Miguel António Igrejas Horta e Costa, o Conselho de Administração deliberou que as funções de Presidente do Conselho de Administração passassem a ser interinamente asseguradas pelo Administrador Henrique Manuel Fusco Granadeiro até à eleição de novo Presidente, a qual deverá ocorrer na próxima reunião de Assembleia Geral de Accionistas.

4

Este administrador foi cooptado por substituição do anterior administrador Luís Miguel da Fonseca Pacheco de Melo.

5

(5)

ESTRUTURA SIMPLIFICADA DA PT MULTIMEDIA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006

TV Cabo Portugal 100% Cabo TV Açoreana 83,82% Cabo TV Madeirense 71,00% PT-Conteúdos Lisboa TV Sport TV Portugal 100%

PT Multimedia

TV por Subscrição

e

Internet de Banda Larga

Lusomundo Audiovisuais 100%

Audiovisuais

40,00% 50,00%

Exibiç

ão

Cinematogr

á

fica

Lusomundo Cinemas 100% TV Cabo Portugal 100% Cabo TV Açoreana 83,82% Cabo TV Madeirense PT-Conteúdos Lisboa TV Sport TV Portugal 100%

PT Multimedia

TV por Subscrição

e

Internet de Banda Larga

(6)

RELATÓRIO DE GESTÃO

Eventos de 2006 e Desenvolvimentos Recentes

Remuneração Accionista

ƒ Em 17 de Maio de 2006, a PT Multimedia procedeu ao pagamento de um dividendo em dinheiro de 27,5 cêntimos por acção referente ao exercício de 2005, conforme deliberação da Assembleia Geral de accionistas realizada no dia 19 de Abril de 2006.

Desenvolvimentos Corporativos

ƒ Em 7 de Fevereiro de 2006, a Sonaecom, SGPS, SA e Sonaecom-BV (abreviada e conjuntamente designadas por ‘‘Sonaecom’’) anunciaram preliminarmente uma Oferta Pública de Aquisição não solicitada (abreviadamente designada por ‘‘OPA’’) sobre o capital da PT Multimedia. A contrapartida oferecida era de 9,03 Euros (nove Euros e três cêntimos) por cada Acção, ficando o lançamento da Oferta sujeito: (i) à obtenção do registo prévio da Oferta junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários; (ii) à obtenção das aprovações e autorizações administrativas exigíveis nos termos da lei portuguesa ou de legislação estrangeira aplicável; (iii) a ser lançada a Oferta Pública de Aquisição sobre as acções representativas do capital social da Portugal Telecom, SGPS, no seguimento do anúncio preliminar publicado pela Sonaecom em 6 de Fevereiro de 2006, a verificarem-se todas as condições a que essa oferta ficou sujeita e que, por via disso, passassem a ser imputáveis à Sonaecom mais de 50% dos votos inerentes ao capital social da PT Multimedia.

ƒ Em 6 de Março de 2006, a PT Multimedia divulgou o relatório do Conselho de Administração sobre a OPA anunciada preliminarmente pela Sonaecom. Neste relatório, o Conselho de Administração da PT Multimedia, após ter analisado cuidadosamente o projecto de anúncio de lançamento e o projecto de prospecto (”Documentos da Oferta”), expressou a sua convicção de que a OPA subavaliava a Empresa, não reflectindo a sua excelente posição estratégica e perspectivas futuras, não promovendo desse modo o melhor interesse dos Accionistas. Assim, o Conselho de Administração da PT Multimedia recomendou aos seus Accionistas que não aceitassem a OPA com base nos seguintes argumentos: i) A OPA da Sonaecom subavaliava a PT Multimedia e não propunha aos seus Accionistas um valor justo pelas suas acções; (ii) A Sonaecom qualificou a Oferta como sendo obrigatória, no entanto evitou pagar o preço mínimo legalmente exigido nos termos do Código dos Valores Mobiliários, o qual é expectável que seja mais elevado que o preço da Oferta; e iii) a Sonaecom, nos Documentos da Oferta, não apresentou uma estratégia, nem objectivos e metas para a PT Multimedia.

(7)

Novos Serviços

ƒ Em 15 de Março 2006, a PT Multimedia reforçou as funcionalidades da Powerbox com o lançamento de um serviço que disponibiliza 13 estações de rádio. Este novo serviço vem complementar a oferta digital da TV Cabo, a qual já inclui serviços como Multicâmaras, Multijogos, Canal de Acolhimento, Guia, Barra de Programação, Pay per View e Replay nos Canais Lusomundo.

ƒ Em 10 Abril de 2006, a PT Multimedia e a TMN lançaram em parceria um serviço de mobile TV, permitindo aos clientes da TMN o acesso a 21 canais fornecidos pela PT Multimedia, os quais abrangem temáticas como informação, música e desporto.

ƒ Em 25 de Maio de 2006, a PT Multimedia lançou em parceria com a TMN, a funcionalidade de push mail permitindo aos clientes Netcabo acederem aos seus e-mails em tempo real no seu Smartphone ou Pocket PC. A PT Multimedia foi o primeiro ISP a lançar esta funcionalidade em Portugal.

ƒ Em 30 de Junho de 2006, a PT Multimedia lançou em parceria com a TMN e pela primeira vez em Portugal o serviço mobile ticketing. Este serviço permite aos clientes receberem os bilhetes de cinema por SMS directamente no seu telemóvel.

ƒ Em 20 de Setembro de 2006, a PT Multimedia reforçou a sua posição como o ISP mais inovador em Portugal, tendo sido o primeiro ISP a operar no país a retirar os limites de tráfego aos seus produtos de 4Mbps e 8 Mbps.

ƒ Em 10 de Novembro de 2006, a PT Multimédia lançou um produto de acesso à Internet com uma velocidade downstream de até 24Mbps, posicionando a Netcabo como o serviço de banda larga mais rápido do mercado português. Simultaneamente, actualizou o portfolio de produtos de acesso à Internet lançando uma solução com velocidade downstream de até 1Mbps e duplicando para até 8Mbps a velocidade de acesso do serviço standard Netcabo (“Netcabo Mega Plus”).

ƒ Em 23 de Janeiro de 2007, a TV Cabo lançou o seu serviço telefónico, afirmando-se como um operador integrado triple-play. A oferta integrada lançada - “3 Play” - compreende serviços de televisão por subscrição, Internet de banda larga e voz. O up-selling do serviço de voz para os clientes de banda larga actuais deverá permitir à TV Cabo continuar a aumentar o ARPU, aumentar a penetração da banda larga, reduzir o nível de desligamentos e melhorar a segmentação das suas ofertas para satisfazer melhor as necessidades dos seus clientes.

Capital Social

ƒ Em 11 de Maio de 2006 e dando cumprimento à deliberação tomada pela Assembleia Geral Anual de accionistas realizada dia 19 de Abril, a PT Multimedia procedeu à outorga da escritura pública de aumento do seu capital social no montante de 173.094.223,68 euros, por incorporação de prémios de emissão, reservas legais e reserva especial de cancelamento de acções próprias, passando o seu capital social a ser de 250.368.430,68 euros. Este aumento foi efectuado mediante o aumento do valor nominal em todas as acções representativas do capital social da PT Multimedia, no montante de 56 cêntimos de Euro, passando o valor nominal de cada a acção a ser de 81 cêntimos de euro.

(8)

reservas livres nesse montante, passando o capital social da PT Multimedia a ser de 30.909.682,80 euros. A referida redução de capital foi efectuada mediante a redução do valor nominal em todas as acções representativas do capital social da PT Multimedia, passando o valor nominal de cada a acção a ser de 10 cêntimos de euro.

Órgãos Sociais

ƒ Em 19 de Abril de 2006, a Assembleia Geral de Accionistas da PT Multimedia elegeu Jorge Luís Seromenho Gomes de Abreu para Presidente da Mesa da Assembleia Geral, para completar o mandato em curso correspondente ao triénio 2004/2006.

ƒ Em 19 de Abril de 2006, a Assembleia Geral Anual de Accionistas da PT Multimedia aprovou a redução do Conselho de Administração para 13 membros.

ƒ Em 17 de Maio de 2006, a PT Multimedia informou sobre alterações na composição do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da PT Multimedia que passaram a ser as seguintes:

Conselho de Administração

Presidente: Henrique Manuel Fusco Granadeiro Vogais: Zeinal Bava

Manuel Rosa da Silva Francisco Nunes

Duarte Calheiros

Pedro Leitão

Manuel Fernando Espírito Santo Silva

António Domingues

José Pedro Sousa de Alenquer Joaquim Freixial de Goes Luís Bordalo da Silva Comissão Executiva

Presidente Zeinal Bava Vogais Manuel Rosa da Silva

Francisco Nunes

Duarte Calheiros

(9)

Mercado de Capitais

Remuneração aos Accionistas

Desde 2003, a PT Multimedia tem procurado privilegiar a remuneração dos seus accionistas, através de dividendos e programas de share buyback, de forma a proporcionar ao accionista um retorno ao nível dos mais altos no mercado português.

A PT Multimedia remunerou os seus accionistas através de dividendos pela primeira vez em 2004. Em 2005, a PT Multimedia distribuiu dividendos no total de 77,3 milhões de euros e reforçou a sua remuneração accionista através da realização de um programa de recompra de acções próprias, que representou um total de 91,5 milhões de euros.

Em 2006 foram distribuídos a título de dividendos 85 milhões de euros, correspondentes a 27,5 cêntimos por acção e representando um incremento de 10% relativamente ao montante distribuído no ano anterior.

O favorável desempenho financeiro e operacional, bem como as animadoras perspectivas futuras, permitem à PT Multimedia reforçar o seu compromisso de uma política de dividendos progressiva. Desta forma, o Conselho de Administração deliberou propor na próxima Assembleia Geral Anual relativa ao exercício de 2006, a distribuição de um dividendo de 30 cêntimos por acção, o que corresponde a um crescimento de 9% face ao dividendo relativo ao exercício de 2005.

Performance das Acções da PT Multimedia

A cotação das acções da PT Multimedia era de 9,76 euros em 30 de Dezembro de 2006, o que representa uma subida de 1,14% durante o ano, tendo a cotação das acções da PT Multimedia registado uma valorização significativa no início de 2007. Em 16 de Março de 2007, a cotação das acções da PT Multimedia era de 10,92 euros, o que representa uma subida de 11,9% face ao final de 2006.

Em 2006, a PT Multimedia negociou um total de 46 milhões de acções, equivalente a uma média de cerca de 177 mil acções por sessão.

Evolução das Cotações da PT-Multimédia

(Ano de 2006) 6,00 7,00 8,00 9,00 10,00 11,00 12,00 13,00

30-Dez 28-Fev 29-Abr 28-Jun 27-Ago 26-Out 25-Dez

0 400.000 800.000 1.200.000 1.600.000 2.000.000 2.400.000 2.800.000 fecho quantidade Preço de Fecho Quantidade Transaccionada

(10)

Evolução dos Negócios

Televisão por Subscrição e Internet de Banda Larga

(1) Os números apresentados referem-se ao número total de clientes do serviço básico da TV Cabo, incluindo as plataformas de cabo e satélite. A TV Cabo oferece vários serviços básicos, suportados em diversas tecnologias, direccionados para diferentes segmentos de mercado (doméstico, imobiliário e hotelaria), com distinto âmbito geográfico (Portugal Continental, Açores e Madeira) e com um número variável de canais em cada pacote. (2) Os números apresentados incluem produtos em regime de promoção temporária (p.e., promoções do tipo “Try and Buy”), ligações em redes comerciais e contratos com promotores imobiliários ainda não activos.

Em 2006, a TV Cabo fortaleceu o posicionamento e a notoriedade das suas marcas de TV por Subscrição e Internet de Banda Larga, “TV Cabo” e “Netcabo”, respectivamente, com o sucesso das campanhas publicitárias lançadas ao longo do ano e especialmente no terceiro e quarto trimestres de 2006. A TV Cabo registou um forte crescimento no quarto trimestre de 2006, reforçando a sua posição competitiva nos mercados portugueses de TV por Subscrição e Internet de Banda Larga.

A TV Cabo continuou a investir na expansão e upgrade da sua rede de cabo em 2006. A implementação da arquitectura “fibre to the hub” na zona da grande Lisboa foi concluída, entrando ao serviço, ainda em 2006, os cinco anéis ópticos de elevada capacidade que constituem esta estrutura. Para 2007 está prevista a implementação da arquitectura “fibre to the hub” na zona do grande Porto. Quando concluída, esta nova arquitectura da rede abrangerá cerca de 75% da base actual de clientes da TV Cabo.

Em 2006, o número de casas passadas aumentou 7,0% para 2.852 mil. Actualmente, 97,1% das casas passadas dispõem de bidireccionalidade, estando aptas a suportar serviços interactivos e de Internet de banda larga, mais de 90% acedem a TV Digital e 80% estão preparadas para VoIP. A PT Multimedia concluiu a digitalização dos canais Premium, tendo o número instalado de set top boxes com acesso a serviços digitais (powerboxes) alcançado as 682 mil unidades no final de Dezembro de 2006.

O serviço de TV por Subscrição atingiu 1.480 mil clientes no final de Dezembro de 2006, com mil adições líquidas no ano. Em 2006, a evolução do número de clientes foi negativamente afectada pela conjuntura económica e pelas perspectivas menos favoráveis de evolução futura que se traduziram numa redução efectiva da procura dos serviços de TV por Subscrição. A partir do terceiro trimestre de 2006 verificou-se uma recuperação sustentada do número de clientes, reflectindo não só um decréscimo significativo dos desligamentos, essencialmente decorrente das medidas anti-pirataria implementadas ao longo de 2006, mas também, a melhoria significativa dos níveis da qualidade de serviço da TV Cabo.

Casas Passadas ('000) 2.852 2.666 7,0%

Com capacidades Interactivas 2.770 2.547 8,7%

Clientes TV por Subscrição (12) ('000) 1.480 1.479 0,1%

Adições Líquidas TV por Subscrição ('000) 1 30 n.s.

Subscrições Premium(2) ('000) 780 774 0,7%

Rácio Pay to Basic (%) 52,7% 52,4% 0,4pp

Acessos Banda Larga ('000) 362 348 3,9%

Adições Líquidas Banda Larga ('000) 14 43 n.s.

ARPU Global (euro) 29,1 27,6 5,7%

(11)

Adições Líquidas TV por Subscrição [Milhares]

O pacote de 65 canais de TV digital (“TV Cabo Funtastic Life”), lançado em Maio de 2005, tem continuado a registar uma boa aceitação por parte dos clientes e a contribuir para o aumento do ARPU. No final de Dezembro de 2006, o pacote digital contava com 270 mil clientes, o que representou 160 mil adições líquidas em 2006 (48 mil adições líquidas no quarto trimestre).

Adições Líquidas Pacote Digital [Milhares] Penetração Pacote Digital [% Clientes TV por Subscrição]

As subscrições de serviços premium alcançaram 780 mil no final de Dezembro de 2006, equivalente a um rácio pay-to-basic de 52,7%. A evolução do número de subscrições dos canais Premium de cinema continua a ser negativamente afectada pelas condições macroeconómicas adversas. As subscrições do canal Sport TV registaram uma boa evolução em 2006, com 64 mil adições líquidas (38 mil adições líquidas no quarto trimestre), aumentando o número de subscrições para 474 mil no final de Dezembro de 2006. Esta evolução reflecte a qualidade e variedade da oferta Sport TV, bem como o impacto positivo da implementação de medidas anti-pirataria. Actualmente, os canais Sport TV 1 e Sport TV 2 transmitem as principais ligas europeias de futebol: portuguesa, inglesa, espanhola, italiana e francesa. Estes canais contam ainda com a transmissão da Liga dos Campeões e disponibilizam uma gama alargada de outros desportos, nomeadamente, basquetebol (NBA), andebol, voleibol, ténis, rugby e desportos motorizados. Em 2007, a oferta de conteúdos da Sport TV será ainda mais enriquecida com a transmissão em exclusivo para Portugal do Campeonato Mundial de Fórmula 1.

Adições Líquidas Sport TV [Milhares] Penetração Sport TV [% Clientes TV por Subscrição]

(12)

Os clientes de Internet de Banda Larga (Netcabo) aumentaram 3,9% em 2006, para 362 mil, com aumentos sucessivos das adições líquidas, as quais totalizaram 13 mil clientes no quarto trimestre de 2006. Ao longo do ano de 2006, a PT Multimedia investiu significativamente no seu serviço de banda larga tendo aumentado as velocidades, os limites de tráfego e as funcionalidades adicionais disponibilizadas.

Adições Líquidas Banda Larga [Milhares]

Os serviços de TV por Subscrição e Internet de Banda Larga geraram um ARPU de 29,1 euros em 2006, o que corresponde a um aumento de 5,7% em relação ao ano anterior. Numa base trimestral, o ARPU global atingiu 29,5 euros no quarto trimestre de 2006, um aumento homólogo de 7,4%, reflectindo o sucesso do serviço digital “TV Cabo Funtastic Life” e o aumento de subscrições do canal Sport TV.

Contribuição para o crescimento do ARPU Global [euros/mês]

Em 23 de Janeiro de 2007, a TV Cabo lançou o seu serviço telefónico, afirmando-se como um operador integrado triple-play, o que permitirá continuar a aumentar o ARPU, aumentar a penetração da banda larga, reduzir o nível de desligamentos, e melhorar a segmentação das suas ofertas com o objectivo de satisfazer as necessidades dos seus clientes.

O serviço telefónico será disponibilizado aos Clientes que, para além do serviço de televisão por subscrição, também subscrevam um serviço de Internet de Banda Larga com assinatura mensal. Inicialmente, a comercialização deste serviço será especialmente direccionada para os Clientes do serviço de Internet de banda larga de até 8 Mbps (“Netcabo Mega Plus”). O preço do serviço telefónico para estes Clientes será de €9,99 (com IVA) por mês e incluirá chamadas ilimitadas para qualquer rede fixa nacional.

7 3 -8 5 13 4T05 1T06 2T06 3T06 4T06 29,5 27,5 1,2 1,0 -0,1 0,0

Básico Premium Banda Larga Equipamento Terminal 4T05 4T06 29,5 27,5 1,2 1,0 -0,1 0,0

Básico Premium Banda Larga

Equipamento Terminal

(13)
(14)

Audiovisuais e Exibição Cinematográfica

Após o decréscimo de 6,1% no ano 2005, as receitas de bilheteira nos Estados Unidos subiram 4,2% em 2006, em resultado por um lado da estreia de alguns filmes de elevadíssimo potencial (“Código Da Vinci” e “Piratas das Caraíbas 2”), e, por outro lado, pelo lançamento de um conjunto mais consistente de filmes secundários: o 50º filme no ranking de bilheteira de 2006 rendeu 59,9 milhões de dólares, face a 53,4 milhões de dólares gerados pelo filme que ocupou essa mesma posição em 2005.

Em Portugal, e segundo os dados do ICAM, as receitas de bilheteira que tinham descido 6,3% em 2005, registaram um acréscimo de 3% em 2006, reflectindo um aumento de 4% do número de bilhetes vendidos. Este crescimento de 3% corresponde a um acréscimo das receitas de bilheteira de 2 milhões de euros, dos quais cerca de 0,8 milhões de euros são conseguidos pelos três filmes mais vistos (“Código Da Vinci”, “Piratas das Caraíbas 2” e “Idade do Gelo 2”). O aumento do número de filmes lançados por parte dos distribuidores (284 em 2006 versus 267 em 2005), visando o alargamento da oferta e a captação de públicos mais variados, também contribuiu para o crescimento verificado.

Esta evolução positiva verificada em 2006 ainda poderia ter sido superior caso tivessem sido estreados em 2006 alguns filmes que, em circunstancias normais o teriam sido (“Apocalypto” e “Babel”) os quais geraram receitas significativas e implicaram que as receitas de bilheteira em Janeiro de 2007 fossem anormalmente altas, sendo superiores em 18,3% face a 2006.

Na área da distribuição, a PT Multimedia reforçou a sua posição no mercado, subindo a sua quota de 46,3% em 2005 para 50% em 2006, fundamentalmente devido ao lançamento de um conjunto significativo de filmes de elevado potencial (em 2006 a PT Multimedia teve 13 filmes no Top20 dos filmes mais vistos, contra 10 filmes em 2005) e ao incremento do número de filmes estreados (122 filmes em 2005 versus 95 estreias em 2006).

Na área da exibição, a PT Multimedia prosseguiu a sua política de análise criteriosa do mercado, procurando oportunidades de expansão e de rentabilização do seu negócio. Assim, procedeu-se ao encerramento de 4 salas de cinema não rentáveis e à abertura de 23 novas salas em zonas de elevada densidade populacional. No final de 2006, o circuito de cinemas da PT Multimedia era formado por 86 complexos, com um total de 195 salas.

A acção da PT Multimedia na área de exibição pautou-se pela melhoria constante da qualidade dos seus serviços: foram renovados três complexos, introduziram-se melhorias nos sistemas de marcação de bilhetes, inovando-se com o lançamento do M-Ticket em colaboração com a TMN, e abriu-se a primeira sala de cinema em Portugal preparada para exibição digital em 3D, respeitando as mais recentes normas mundiais sobre exibição digital.

Em 2006, o número de bilhetes vendidos em Portugal pela PT Multimedia registou um acréscimo de 10,7%, tendo atingido 8.026 mil bilhetes. Em termos de receitas de exibição, a PT Multimedia reforçou a sua posição de liderança, aumentando a sua quota de mercado relativamente a 2005 em 1,8 pp para 48,6% em 2006.

O mercado de “home vídeo” nacional decresceu aproximadamente 9% em 2006, segundo o relatório do GFK Group. Contudo, no quarto trimestre de 2006, as vendas ao consumidor final decresceram apenas 3% em termos homólogos. Com base no mesmo relatório, as vendas ao consumidor final do portfolio de vídeo da PT Multimedia aumentaram 8% no quarto trimestre de 2006 face a igual período de 2005. Este aumento reflecte os fortes títulos lançados no período: “Piratas das Caraíbas: O Cofre do Homem Morto”, “Carros”, “Missão Impossível: 3”, “A Pequena Sereia: Edição Especial” e “O Natal do Ruca”.

(15)

Análise dos Resultados Consolidados

A análise efectuada em seguida deverá ser lida em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas e as correspondentes notas anexas.

Desde 1 de Janeiro de 2005, as demonstrações financeiras consolidadas da PT Multimedia foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro adoptadas na União Europeia (“IFRS”), conforme normativo aplicável às empresas cotadas em bolsas de valores da União Europeia, tendo sido aplicado para o efeito o “IFRS 1 – First-Time Adoption of International Financial Reporting Standards”, e sendo a data de transição para efeitos de apresentação destas demonstrações financeiras 1 de Janeiro de 2004.

Na sequência da decisão de venda da Lusomundo Serviços (negócio de media da PT Multimedia) em 2005, este segmento de negócio foi apresentado nas demonstrações financeiras consolidadas, até à data efectiva de alienação (em 25 de Agosto de 2005), como uma operação descontinuada, de acordo com as normas dos IFRS.

(16)

Resultados Consolidados

Receitas de Exploração 666,5 628,5 6,1%

TV por Subscrição e Internet de Banda Larga 590,9 551,7 7,1%

Audiovisuais 31,8 35,0 (9,1%)

Exibição Cinematográfica 43,4 40,1 8,2%

Outras 0,4 1,7 (77,8%)

Custos Operacionais Recorrentes, Excluindo Amortizações 454,0 432,4 5,1%

Custos com o Pessoal 40,0 43,9 (9,0%)

Custos Directos 203,0 201,3 0,8%

Custos de Programação 149,0 138,3 7,7%

Outros Custos Directos 54,0 63,0 (14,2%)

Custos das Mercadorias Vendidas 16,8 13,2 27,3%

Marketing e Publicidade 18,3 20,3 (9,8%)

Serviços de Suporte 54,2 40,3 34,5%

Fornecimentos e Serviços Externos 105,6 102,2 3,3%

Provisões e Ajustamentos 13,6 9,9 36,9%

Imposto Indirectos 1,3 0,8 62,5%

Outros Custos Operacionais 2,5 1,2 n.s.

Resultado Operacional antes de Amortizações (EBITDA) 211,1 195,3 8,1%

Amortizações 102,5 61,9 65,5%

Resultado Operacional 108,6 133,4 (18,6%)

Outros Custos / (Proveitos) (2,4) (1,6) 46,8%

Custos com Redução de Efectivos 1,3 0,0 n.s.

Mais Valias na Alienação de Activos, líquidas 0,4 0,1 n.s.

Outros Ganhos não Recorrentes, líquidos (4,1) (1,7) n.s.

Resultado Antes de Resultados Financeiros e Impostos 110,9 135,0 (17,8%)

Outros Custos / (Ganhos) Financeiros Líquidos 7,8 0,8 n.s.

Juros Líquidos 8,4 6,1 36,1%

Perdas / (Ganhos) em Activos Financeiros, Líquidos (0,4) 0,7 n.s.

Perdas / (Ganhos) em Empresas Participadas, Líquidos (0,4) (3,5) n.s.

Outros Custos / (Proveitos) Financeiros, Líquidos 0,2 (2,5) n.s.

Resultados Antes de Impostos e Interesses Minoritários 103,2 134,2 (23,1%)

Imposto Sobre o Rendimento (29,1) (35,2) (17,4%)

Resultado das Operações Continuadas 74,1 99,0 (25,1%)

Resultado das Operações Descontinuadas 0,0 14,1 n.s.

Interesses Minoritários (3,0) (1,4) n.s.

Resultado Consolidado Líquido 71,1 111,7 (36,3%)

2005 ∆ 06/05

Milhões de euros 2006

(1) EBITDA = Resultado Operacional + Amortizações

(2) Resultado Operacional = Resultado antes de Resultados Financeiros e Impostos + Custos com Redução de Efectivos + Imparidade do Goodwill ± Mais/Menos valias na Alienação de Imobilizado ± Outros Custos/Ganhos

(3) Margem EBITDA = EBITDA / Receitas de Exploração

(17)

Receitas de Exploração Consolidadas

As receitas de exploração aumentaram 6,1% para 666 milhões de euros em 2006, reflectindo sobretudo o crescimento das receitas do negócio de TV por Subscrição e Internet de Banda Larga.

Em 2006, a actividade de TV por Subscrição e Internet de banda larga representou 88,7% do total de receitas da PT Multimedia. As receitas de TV por Subscrição e Internet de banda larga aumentaram 6,9% para 591 milhões de euros em 2006, com as vendas de serviços a crescerem 6,4% para 571 milhões de euros e as vendas de equipamentos a aumentarem 23%, para 19 milhões de euros. O aumento das vendas de equipamentos decorreu da centralização do processo de compra de set-top-boxes para o serviço de TV por Satélite de modo a permitir um controlo acrescido do processo logístico.

Em 2006, as receitas operacionais do negócio de Audiovisuais totalizaram 53 milhões de euros, permanecendo constantes relativamente a 2005. Esta evolução deve-se essencialmente ao incremento das receitas de direitos de exibição e de transmissão que mais do que compensou a redução das vendas de DVDs.

As receitas da área de exibição cinematográfica cresceram 8,9% em 2006, para 44 milhões de euros, devido ao aumento de 10,7% do número de bilhetes vendidos, o qual resultou em parte da abertura de novos cinemas mas também da estreia de um maior número de filmes, de uma maior adequação das campanhas de marketing e do aumento da gama de serviços disponibilizados.

A diferença na taxa de crescimento das receitas operacionais da actividade de Audiovisuais e a contribuição dessa área para as receitas consolidadas está relacionada com o decréscimo das vendas de DVDs que ao nível do reporte por área de negócio é compensado por um incremento das receitas intragrupo, essencialmente receitas de direitos de exibição e de transmissão.

Resultados Operacionais antes de Amortizações (EBITDA)

O EBITDA aumentou 8,1% em 2006, atingindo 211 milhões de euros, sobretudo devido ao crescimento do ARPU (+5,7%) no negócio de TV por Subscrição e Internet de Banda Larga. Em 2006, o crescimento do EBITDA e respectiva margem foi condicionado pelo aumento dos custos operacionais no negócio de TV por Subscrição e Internet de Banda Larga em resultado do lançamento do novo pacote digital em 2005 e dos investimentos efectuados na melhoria da qualidade de serviço: (1) aumento da capacidade dos call centers e do back-office (2) aumento de custos de outsourcing relacionado com a entrada ao serviço dos novos sistemas de informação, e (3) aumento dos custos de servicing decorrentes da maior penetração dos serviços digitais e de Internet de Banda Larga.

TV por Subscrição e Internet de Banda Larga 591,1 553,0 6,9%

Audiovisuais 52,6 53,4 (1,5%)

Exibição Cinematográfica 43,7 40,1 8,9%

Outras e Eliminações (20,9) (18,1) 15,4%

Receitas de Exploração Consolidadas 666,5 628,5 6,1%

(18)

Custos Operacionais (excluindo Amortizações)

Custos operacionais, excluindo amortizações, totalizaram 455 milhões de euros em 2006, um aumento de 5,1% face a 2005 essencialmente decorrente do reforço efectuado em serviços de suporte e em programação.

Custos com pessoal decresceram 9,0% em 2006, totalizando 40 milhões de euros, fundamentalmente devido ao esforço de racionalização de efectivos na PT Multimedia e à transferência de colaboradores para a PT PRO (subsidiária da Portugal Telecom responsável por todas as funções de back-office do Grupo PT em Portugal). Os custos com pessoal representam 6,0% das receitas consolidadas de 2006.

Custos directos dos serviços prestados, que incluem custos de programação e outros custos directos, permaneceram estáveis em 2006, totalizando 203 milhões de euros. Esta rubrica representa 30,5% das receitas consolidadas. Os custos de programação aumentaram 7,7% para 149 milhões de euros em 2006 fundamentalmente devido: : (1) ao incremento dos custos com a Sport TV devido ao aumento de preços e ao crescimento do número de subscrições deste canal; e (2) ao lançamento de novos canais, essencialmente no segundo e terceiro trimestres de 2005, como o novo canal premium de cinema, Lusomundo Happy, e os canais adicionais do pacote digital. O decréscimo dos outros custos directos traduz fundamentalmente a diminuição dos custos com telecomunicações.

Custos das mercadorias vendidas aumentaram 27,3% para 17 milhões de euros em 2006. Este aumento reflecte o incremento de 5 milhões de euros verificado no quarto trimestre de 2006 devido ao aumento das vendas de equipamento terminal em resultado da centralização da compra dos mesmos descrita na secção “Receitas de exploração”. Os custos das mercadorias vendidas representam 2,5% das receitas consolidadas em 2006.

Marketing e Publicidade decresceu 9,8% para 18 milhões de euros em 2006, devido a um controlo rigoroso das despesas com marketing e publicidade o qual não impediu que o posicionamento e notoriedade das marcas “TV Cabo” e “Netcabo” fosse reforçado, nomeadamente com as campanhas lançadas nos terceiro e quarto trimestres. Os custos de Marketing e Publicidade representam 2,7% das receitas consolidadas em 2006.

Serviços de suporte (que incluem essencialmente os custos de outsourcing relativos a sistemas de informação, call centers e logística) aumentaram 34,5% para 54 milhões de Euros em 2006. Este aumento reflecte: (1) o investimento efectuado ao nível dos call centers de modo a suportar a aposta na melhoria da qualidade do serviço; (2) os custos com manutenção da rede decorrentes da maior penetração dos serviços digital e Internet de banda larga; (3) o aumento de custos de serviços relativos a sistemas de informação e back-office; (4) o aumento dos custos de outsourcing de serviços administrativos e contabilísticos relacionados com a transferência de colaboradores para a PT PRO, o qual foi compensando pela redução verificada nos custos com o pessoal. Os custos com serviços de suporte representaram 8,1% das receitas consolidadas em 2006.

Fornecimentos e serviços externos aumentaram 3,3% para 106 milhões de euros em 2006 e incluem essencialmente comissões, rendas, custos de manutenção e reparação e custos de instalação e desligamento. O acréscimo verificado nesta rubrica deveu-se sobretudo ao aumento dos custos com comissões em resultado da maior actividade comercial nos terceiro e quarto trimestres. Nas restantes componentes desta rubrica de custos verificou-se genericamente uma diminuição dos custos, reflectindo o esforço contínuo da PT Multimedia de controlo dos custos de estrutura. Os custos com fornecimentos e serviços externos representam 15,8% das receitas consolidadas em 2006.

(19)

Amortizações de Imobilizado Corpóreo e Incorpóreo aumentaram 65,5%, para 103 milhões de euros em 2006. O crescimento desta rubrica, que representa 15,4% das receitas consolidadas de 2006, deveu-se principalmente do aumento do capex em 2005 e no primeiro semestre de 2006 decorrente de: (1) contrato relativo ao direito de utilização de três transponders adicionais no satélite Hispasat; (2) contrato de telecomunicações de longo prazo referentes ao direito de utilização de capacidade de transmissão, incluindo a nova arquitectura de rede; (3) cablagem de casas adicionais; (4) aquisição de set-top boxes no âmbito do programa de digitalização; e (5) novos sistemas de informação.

Resultado Consolidado Líquido

Custos com redução de efectivos totalizaram 1,3 milhões de euros em 2006 e decorrem da redução de 20 efectivos efectuada durante o ano.

Outros ganhos não recorrentes, líquidos totalizaram 4 milhões de euros em 2006, o que compara com 2 milhões de euros em 2005. Em 2006, esta rubrica incluiu: (1) um ganho de 8 milhões de euros relativo à reversão da provisão associada às responsabilidades com a alienação da Lusomundo Media (18 milhões de Euros), na sequência da assinatura com o comprador dos acordos relativos à definição do valor das indemnizações estabelecidas do contrato de compra e venda deste activo, e (2) um custo extraordinário de 6 milhões de euros decorrente do ajuste do valor contabilístico de certos activos.

Juros suportados, líquidos aumentaram 2 milhões de euros, para 8 milhões de euros em 2006. Esta rubrica inclui encargos financeiros relativos aos contratos de telecomunicações referentes a direitos de utilização de capacidade de transmissão (2 milhões de euros em 2006) e aos contratos relativos aos transponders (5 milhões de euros em 2006 versus 4 milhões de euros em 2005).

Perdas em empresas participadas, líquidas foram de 0,4 milhões de euros em 2006, o que compara com 3,5 milhões de euros em 2005. Esta rubrica inclui essencialmente a proporção da PT Multimedia nos resultados da Octal TV (perda de 1 milhão de euros) e da Lisboa TV (ganho de 1,3 milhões de euros).

Imposto sobre rendimento totalizou 29 milhões de euros em 2006, o que compara com 35 milhões de euros no ano anterior. Em 2006, esta rubrica inclui um custo adicional de 8 milhões de euros relativo ao ajustamento aos impostos diferidos activos na sequência da redução da derrama de 10% da colecta para 1,5% da matéria colectável de IRC a partir de Janeiro de 2007. Adicionalmente, registou-se um ganho de 3 milhões de euros na sequência do reconhecimento, pela primeira vez, de impostos diferidos por parte da Sport TV. Excluindo estes impactos, a taxa efectiva de imposto em 2006 teria sido de apenas 23,3% devido às seguintes situações: (1) diminuição da provisão relativa a indemnizações relacionadas com a venda da Lusomundo Media, as quais são fiscalmente dedutíveis em 50%; e (2) utilização por parte da PT Multimedia de créditos fiscais gerados em anos anteriores que não tinham sido registados como imposto diferido activo em anos anteriores.

Operações descontinuadas inclui os resultados das empresas alienadas durante os períodos reportados. Tendo sido anunciada a venda da Lusomundo Media em Fevereiro de 2005, este negócio foi reportado como operação descontinuada nas demonstrações de resultados consolidados de 2005, de acordo com as regras dos IFRS. Assim, os resultados desta empresa foram incluídos nesta rubrica da demonstração de resultados até à data efectiva da sua alienação (25 de Agosto de 2005).

(20)
(21)

CAPEX

(1) Em 2006 a rubrica “Outros” inclui investimentos nos negócios de Audiovisuais e Exibição Cinematográfica, nomeadamente a compra de um catálogo português de filmes, e investimentos em equipamento administrativo, licenças de software adquiridas no período e remodelação de edifícios. Em 2005, este item incluiu também 66 milhões de euros relativos ao contrato de longo prazo de fornecimento de telecomunicações estabelecido com a PT Comunicações.

Em 2006, o capex decresceu 28,4% para 133 milhões de euros em 2006, o que correspondeu a 19,9% das receitas consolidadas da PT Multimedia (29,5% em 2005). O investimento efectuado em 2006 compreendeu: (1) investimento em infra-estruturas relacionado com o lançamento do serviço telefónico, a cablagem de casas adicionais e a aquisição de direito de utilização de capacidade de transmissão suportada numa arquitectura fiber-to-the-hub, de modo a permitir maior largura de banda; (2) aquisição de set-top boxes no âmbito do programa de digitalização; (3) aquisição dos direitos de utilização de um transponder adicional; e (4) compra de novo catálogo português de filmes.

Infra-estrutura TV por Subscrição e Internet Banda Larga 46,0 31,2 47,5%

(22)

Free Cash Flow

EBITDA menos Capex 78,3 9,8 n.s.

Itens não monetários incluídos no EBITDA e Capex (1) (1,2) 1,5 n.s.

Variação do fundo de maneio (24,6) (1,5) n.s.

Cash flow operacional 52,5 9,7 n.s.

Alienações de participações financeiras 0,0 163,7 n.s.

Juros pagos (2) (6,5) (1,7) n.s.

Impostos Sobre o Rendimento pagos por subsidiárias (3) (3,1) (4,0) (23,2%)

Outros movimentos (4) (11,7) (11,3) 4,4%

Free cash flow 31,2 156,3 (80,1%)

Milhões de euros 2006 2005 ∆ 06/05

(1) Este item inclui essencialmente provisões não monetárias incluídas no EBITDA.

(2) Esta rubrica inclui juros relacionados com os contratos de telecomunicações referentes a direitos de utilização de capacidade de transmissão (2 milhões de euros em 2006) e aos contratos referentes aos transponders (5 milhões de euros em 2006 vs 4 milhões de euros em 2005).

(3) Esta rubrica inclui os impostos pagos pela TV Cabo Madeirense e Cabo TV Açoreana.

(4) Esta rubrica inclui um pagamento de 10 milhões de Euros, efectuado em Setembro de 2006, ao comprador da Lusomundo Media na sequência com o acordo celebrado relativo a indemnizações incluídas no contrato de compra e venda daquele activo. Em resultado deste acordo, a provisão de 18 milhões de Euros constituída no final de 2005, foi revertida e, consequentemente, foi registado um ganho de 8 milhões de euros nos resultados de 2006.

Em 2006, o cash flow operacional atingiu 53 milhões de euros, o que compara com 10 milhões de euros em 2005. Este aumento é principalmente explicado pelo crescimento do EBITDA menos capex em 68 milhões de euros, que foi parcialmente compensado pelo aumento do investimento em fundo de maneio em 25 milhões de euros em 2006. O crescimento do EBITDA menos capex em 68 milhões de Euros deveu-se ao aumento do EBITDA em 16 milhões de euros, bem como ao decréscimo do capex verificado em 2006. O aumento do investimento em fundo de maneio em 2006 decorre essencialmente de um acréscimo de 15 milhões de euros das contas a receber e de um decréscimo de 11 milhões de euros das contas a pagar.

O aumento das contas a receber em 2006 deveu-se essencialmente à alteração da data limite de pagamento da factura mensal da TV Cabo de modo a optimizar o processo de cobranças, o que adiou o recebimento de 16 milhões de euros para Janeiro de 2007. Esta alteração não terá qualquer impacto futuro negativo em provisões ou EBITDA. O decréscimo das contas a pagar foi motivado pela redução do capex em 2006 e pela diminuição da compra de equipamento terminal no quarto trimestre de 2006 face ao período homólogo do ano anterior.

(23)

Balanço Consolidado

O gearing [dívida líquida/(dívida líquida + capital próprio)] aumentou para 34,8% no final de Dezembro de 2006, face a 28,0% no final do ano anterior, enquanto que o indicador [(capital próprio + dívida de longo prazo)/total do activo] decresceu para 61,3% face a 64,1% no ano anterior. O indicador [dívida líquida/EBITDA] em 31 de Dezembro de 2006 era de 1,1 vezes, o que compara com 0,9 vezes no ano anterior. O rácio de cobertura dos encargos financeiros líquidos pelo EBITDA era de 25,2 vezes em 2006, o que compara com 31,8 vezes no ano anterior.

Activo Corrente 260,0 273,0

Caixa e Equivalentes de Caixa 38,8 76,7

Contas a Receber 161,5 136,4

Existências 14,9 19,0

Impostos a Recuperar 12,5 10,9

Custos Diferidos e Outros Activos Correntes 32,3 30,1

Activo não Corrente 715,1 727,8

Investimentos em Empresas Participadas 18,3 24,8

Activos Intangíveis 283,6 294,4

Activos Tangíveis 297,3 259,8

Activos por Impostos Diferidos 89,1 114,9

Outros Activos não Correntes 26,8 34,0

Total do Activo 975,2 1.000,8

Passivo Corrente 355,4 336,3

Dívida de Curto Prazo 91,7 44,2

Contas a Pagar 187,8 188,4

Acréscimos de Custos 51,0 43,8

Proveitos Diferidos 1,6 7,5

Impostos a Pagar 13,4 8,4

Provisões e Outros Passivos Correntes 9,8 43,9

Passivo não Corrente 195,8 225,9

Dívida de Médio e Longo Prazo 174,0 203,1

Provisões e Outros Passivos não Correntes 21,8 22,8

Total do Passivo 551,1 562,1

Capital Próprio antes de Interesses Minoritários 414,6 429,1

Capital Social 30,9 77,3

Prémio de Emissão de Acções 0,0 159,3

Acções Próprias -9,0 -8,5

Reservas e Resultados Transitados 321,6 89,4

Resultado Líquido 71,1 111,7

Interesses Minoritários 9,4 9,6

Capital Próprio 424,1 438,7

Total do Passivo e Capital Próprio 975,2 1.000,8

(24)

Dívida Líquida Consolidada

(1) Este montante diz respeito aos dividendos pagos aos accionistas minoritários da Cabo TV Madeirense e Cabo TV Açoreana.

Em 31 de Dezembro de 2006, a dívida líquida consolidada da PT Multimedia ascendia a 227 milhões de euros, um aumento de 56 milhões de euros face ao final de 2005. O free cash flow de 31 milhões de euros gerado em 2006 foi mais do que compensado pelos dividendos pagos no primeiro semestre de 2006 (85 milhões de euros).

(1) Este montante diz respeito aos equity swaps sobre acções próprias contratados em Dezembro de 2005.

Dívida de Curto Prazo 91,7 44,2 47,4

Empréstimos Bancários 14,0 4,1 9,9

Empréstimos de Accionistas 34,6 0,0 34,6

Equity swaps sobre acções próprias (1) 9,0 8,5 0,5

Locações Financeiras 1,2 1,2 (0,1)

Contratos de Longo Prazo de Telecomunicações 23,4 21,9 1,5

Transponders 9,4 8,5 0,9

Dívida de Médio e Longo Prazo 174,0 203,1 (29,1)

Empréstimos Bancários 17,5 34,6 (17,1)

Locações Financeiras 1,9 1,9 (0,1)

Contratos de longo prazo de Telecomunicações 24,0 43,8 (19,8)

Transponders 130,6 122,8 7,8

Dívida Total 265,6 247,3 18,3

Disponibilidades 38,8 76,7 (37,9)

Dívida Líquida Consolidada 226,8 170,6 56,2

Milhões de euros 2006 2005 Variação

Dívida Líquida (balanço inicial) 170,6 156,4 9,1%

Free Cash Flow (a subtrair) 31,2 156,3 (80,1%)

Dividendos pagos por subsidiárias (1) 2,4 - n.s.

Dividendos pagos pela PT Multimedia 85,0 79,1 7,5%

Put Warrants atribuídos - 91,5 n.s.

Outros - - n.s.

Dívida Líquida (balanço final) 226,8 170,6 32,9%

(25)

Capital Próprio (excluindo Interesses Minoritários)

Em 31 de Dezembro de 2006, o capital próprio excluindo interesses minoritários ascendeu a 415 milhões de euros, um decréscimo de 15 milhões de euros face ao final de 2005, devido essencialmente à distribuição de 85 milhões de euros de dividendos ocorrida no primeiro semestre de 2006, a qual superou o resultado líquido de 71 milhões de euros obtido em 2006.

(1) Este item inclui essencialmente 0,5 milhões de euros relacionados com a diferença entre o valor de mercado dos novos equity swaps contratados sobre 925 mil acções da PT Multimedia e o valor de cancelamento dos anteriores equity swaps sobre as mesmas acções.

Nos termos da legislação portuguesa, o montante de reservas distribuíveis é determinado de acordo com as demonstrações financeiras individuais da empresa, preparadas de acordo com os princípios contabilísticos portugueses. O nível das reservas distribuíveis é influenciado pelo montante: (1) de acções próprias adquiridas; (2) do resultado líquido gerado, e (3) de dividendos pagos.

(1) Este item inclui essencialmente reservas legais constituídas por algumas subsidiárias da PT Multimedia em conformidade com a legislação portuguesa.

(2) Esta rubrica refere-se à redução de capital para 30.909.682,80 euros, através da redução do valor nominal das acções da PT Multimedia para 0,10 euros, concluída em 11 de Setembro de 2006 no âmbito da reestruturação de capital aprovada pelos accionistas na Assembleia Geral de 19 de Abril de 2006.

Em 31 de Dezembro de 2006, as reservas distribuíveis da PT Multimédia totalizavam 354 milhões de euros, um aumento de 174 milhões de euros relativamente ao final de 2005, decorrente da redução de capital efectuada no terceiro trimestre de 2006 (219 milhões de euros) e do resultado líquido POC gerado em 2006 (69 milhões de euros), os quais foram parcialmente compensados pelo pagamento de dividendos efectuado no primeiro semestre de 2006 (85 milhões de euros).

Capital próprio antes de interesses minoritários (saldo inicial) 429,1

Resultado líquido 71,1

Dividendos pagos (85,0)

Outros (1) (0,6)

Capital próprio antes de interesses minoritários (saldo final) 414,6 Alteração no capital próprio antes de interesses minoritários (14,5)

Milhões de euros 2006

Reservas distribuíveis (saldo inicial) 179,7

Resultado líquido POC (95%) 65,1

Dividendos pagos (85,0)

Resultados não distribuídos por subsidiárias (1) (25,7)

Redução de capital (2) 219,5

Reservas distribuíveis (saldo final) 353,6

Variação nas reservas distribuíveis 173,9

(26)

Perspectivas Futuras

A PT Multimedia tem posições de liderança em Portugal nos mercados de TV por subscrição (#1) e Internet de banda larga (#2)

Através da TV Cabo, a PT Multimedia é o operador líder de TV por Subscrição em Portugal, com 1.480 mil clientes e uma quota de mercado de 80,6% em 30 de Setembro de 2006. Para além da sua rede de cabo, a PT Multimedia detém ainda uma plataforma Satélite em Portugal. Através destas duas plataformas, a PT Multimedia chega a 100% dos lares portugueses, sendo desta forma o operador melhor posicionado para beneficiar do potencial de crescimento que ainda existe em termos de penetração de TV por Subscrição em Portugal. Através da marca “Netcabo”, a PT Multimedia é o segundo Internet Service Provider em Portugal, com 362 mil subscritores em 2006 e uma quota de mercado de 24,9% em 30 Setembro de 2006. A PT Multimedia acredita que ainda existe um considerável potencial de crescimento no mercado de Internet de banda larga em Portugal, uma vez que a penetração de computadores pessoais em Portugal está ainda abaixo da média europeia.

A PT Multimedia tem potencial para aumentar a sua receita média por subscritor

O ARPU actual da PT Multimedia é inferior ao verificado em outros mercados Europeus. O crescimento de ARPU pode ser suportado através da migração de subscritores do pacote básico para pacotes de maior valor. Adicionalmente, a penetração de canais premium é baixa quando comparada com outros mercados, existindo margem para um crescimento significativo. O crescimento anual do ARPU da PT Multimedia no quarto trimestre de 2006 foi de 7,4%, em parte devido à migração de subscritores base para pacotes de maior valor, como o “TV Cabo Funtastic Life” (oferta digital com 25 canais adicionais e um custo extra de 5 euros por mês em relação à oferta base). O “TV Cabo Funtastic Life” alcançou 270 mil subscritores no final de Dezembro de 2006, adicionando 48 mil novos subscritores no quarto trimestre do ano.

A PT Multimedia tem potencial para alavancar o seu crescimento no mercado fixo de voz em Portugal, que apresentou uma receita total de 1,4 mil milhões de euros em 2005

Aproximadamente 80% da rede da PT Multimedia está certificada como sendo compatível com VoIP, e está previsto que mais de 90% da rede esteja certificada até final de 2007. Por outro lado, a PT Multimedia anunciou recentemente uma oferta triple-play e tem em curso testes a serviços integrados fixo-móvel. Tal irá permitir o eventual lançamento de ofertas quadruple-play assim que tal seja permitido pelos reguladores. Deste modo, existe um significativo potencial de crescimento em receitas adicionais de voz, bem como de aumentar a penetração de TV por subscrição e Internet de banda larga, e de reduzir o churn, o que permitirá à PT Multimedia aumentar ainda mais o seu ARPU.

A PT Multimedia tem uma infra-estrutura sólida para suportar a introdução de serviços inovadores de qualidade superior e a preços competitivos

O contínuo investimento em rede e tecnologias de informação, que desde 2002 já ascendeu a cerca de 450 milhões de euros, possibilita à PT Multimedia oferecer serviços de Internet de banda larga de alta velocidade e televisão digital a mais de 2,7 milhões de lares portugueses. Durante o ano 2006, a melhoria da rede através da colocação de mais fibra óptica melhorou o seu desempenho e permitiu aumentar a qualidade de serviço e o desenvolvimento de novos serviços. A PT Multimedia está bem posicionada para continuar a aumentar o seu EBITDA

(27)

A PT-Multimedia atravessa um período de boa dinâmica operacional

O número de subscritores dos negócios de TV por subscrição e Internet de banda larga recuperou no terceiro e quarto trimestre de 2006 com mais 36 mil novos subscritores de TV por subscrição e mais 18 mil novos subscritores de Internet de banda larga. Adicionalmente, o crescimento do pacote “TV Cabo Funtastic Life”, que já representa 18,3% dos clientes totais de TV, e o crescimento dos conteúdos premium de desporto, tem contribuído para a manutenção dos níveis de crescimento de ARPU.

A PT Multimedia tem um historial de remuneração accionista

A PT Multimedia tem demonstrado um forte compromisso de remuneração accionista. A PT Multimedia pagou dividendos pela primeira vez em 2004, em relação ao exercício de 2003. Em 2005, o total da remuneração accionista ascendeu a 169 milhões de euros, dos quais 91,5 milhões de euros corresponderam a um programa de share buyback através de uma emissão de put warrants. Em 2006, o pagamento de dividendos cresceu 10%, para 27,5 cêntimos de euro por acção, num total de 85 milhões de euros. A PT Multimedia dispõe de flexibilidade financeira que lhe possibilita melhorar os níveis de remuneração accionista no futuro.

Lisboa, 19 de Março de 2007

O Conselho de Administração,

Henrique Manuel Fusco Granadeiro, Presidente do Conselho de Administração

Zeinal Bava, Presidente da Comissão Executiva

Manuel Francisco Rosa da Silva, Vogal da Comissão Executiva

Francisco José Meira Silva Nunes, Vogal da Comissão Executiva

Duarte Maria de Almeida e Vasconcelos Calheiros, Vogal da Comissão Executiva

Pedro Humberto Monteiro Durão Leitão, Vogal da Comissão Executiva

Manuel Fernando Moniz Galvão Espírito Santo Silva, Vogal do Conselho de Administração

António Domingues, Vogal do Conselho de Administração

José Pedro Sousa de Alenquer, Vogal do Conselho de Administração

Joaquim Aníbal Brito Freixial de Goes, Vogal do Conselho de Administração

(28)
(29)

PT Multimédia – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, SGPS, S.A.

Demonstrações dos Resultados Consolidados

para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 (Montantes expressos em Euros)

Notas 2006 2005 OPERAÇÕES CONTINUADAS RECEITAS: Prestação de serviços 6 621.135.411 582.906.275 Vendas 6 35.796.233 34.095.138 Outras receitas 6 9.551.226 11.452.940 666.482.870 628.454.353

CUSTOS, PERDAS E GANHOS:

Custos com o pessoal 7 39.975.868 43.917.989

Custos directos 8 203.037.771 201.336.349

Custo das mercadorias vendidas 9 16.808.161 13.199.148

Marketing e publicidade 18.310.892 20.295.907

Serviços de suporte 10 54.232.116 40.317.922

Fornecimentos e serviços externos 10 108.136.065 103.392.846

Impostos indirectos 1.340.233 800.841

Provisões e ajustamentos 34 13.557.318 9.902.107

Amortizações 28 e 29 102.502.152 61.919.611

Custos com redução de efectivos 1.340.634 -

Perdas com a alienação de activos, líquidas 443.305 70.599

Outros custos e (ganhos) 12 (4.139.876) (1.675.949)

555.544.639 493.477.370

Resultado antes de resultados financeiros e impostos 110.938.231 134.976.983

Juros líquidos 8.360.958 6.143.383

Perdas e (ganhos) em variações cambiais, líquidas (423.917) 688.080

Perdas e (ganhos) em activos financeiros, líquidas 3.517 (737)

Ganhos em empresas participadas, líquidos 13 (365.944) (3.539.915)

Outros custos/(ganhos) financeiros, líquidos 180.839 (2.488.436)

7.755.453 802.375

Resultados antes de impostos 103.182.778 134.174.608

Imposto sobre o rendimento 14 (29.051.689) (35.183.210)

Resultado das Operações Continuadas 74.131.089 98.991.398

OPERAÇÕES DESCONTINUADAS

Resultado das operações descontinuadas 15 - 14.050.473

Resultado consolidado líquido 74.131.089 113.041.871

Atribuível a:

Interesses minoritários 16 2.984.083 1.372.111

Accionistas da Empresa 18 71.147.006 111.669.760

Resultado líquido por acção 18 0,23 0,36

Básico 18 0,23 0,36

Diluído 18 0,23 0,36

O anexo faz parte integrante destas demonstrações dos resultados consolidados.

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PT Multimédia – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, SGPS, S.A.

Balanços Consolidados em 31 de Dezembro de 2006 e 2005

(Montantes expressos em Euros)

Notas 2006 2005

Activo Activo corrente

Caixa e equivalentes de caixa 19 38.828.011 76.716.762

Contas a receber - clientes 20 105.456.464 89.532.846

Contas a receber - outros 21 56.067.915 46.838.205

Existências 22 14.907.649 18.955.083

Impostos a recuperar 23 12.454.494 10.868.168

Custos diferidos 24 29.653.015 28.025.960

Outros activos correntes 25 2.678.161 2.055.544

Total do activo corrente 260.045.709 272.992.568

Activo não corrente

Contas a receber - outros 21 9.768.750 14.843.750

Investimentos em empresas participadas 26 18.308.648 24.729.863

Outros investimentos 27 30.867 30.867

Activos intangíveis 28 283.615.597 294.402.974

Activos tangíveis 29 297.282.365 259.775.039

Activos por impostos diferidos 14 89.118.029 114.891.618

Outros activos não correntes 25 17.007.585 19.134.216

Total do activo não corrente 715.131.841 727.808.327

Total do activo 975.177.550 1.000.800.895

Passivo Passivo corrente:

Dívida de curto-prazo 30 91.655.758 44.229.716

Contas a pagar - fornecedores 31 158.794.138 160.518.144

Contas a pagar - outros 31 29.048.207 27.879.697

Acréscimos de custos 32 50.999.975 43.794.775

Proveitos diferidos 33 1.620.232 7.538.826

Impostos a pagar 23 13.406.011 8.446.620

Provisões correntes 34 7.703.066 41.798.744

Outros passivos correntes 35 2.126.631 2.055.544

Total do passivo corrente 355.354.018 336.262.066

Passivo não corrente:

Dívida de médio e longo-prazo 30 173.964.086 203.082.651

Contas a pagar - outros 56.452 33.628

Provisões não correntes 34 4.701.407 3.580.091

Passivos por impostos diferidos 14 29.169 33.282

Outros passivos não correntes 35 17.007.586 19.134.217

Total do passivo não corrente 195.758.700 225.863.869

Total do passivo 551.112.718 562.125.935

Capital próprio

Capital social 36 30.909.683 77.274.207

Prémios de emissão de acções 36 - 159.288.231

Acções próprias 36 (9.001.900) (8.520.000)

Reserva legal 36 128.386 7.039.998

Outras reservas 36 246.543.677 1.983.104

Resultados acumulados 146.058.208 192.055.109

Capital próprio, excluindo interesses minoritários 414.638.054 429.120.649

Interesses minoritários 16 9.426.778 9.554.311

Total do capital próprio 424.064.832 438.674.960

Total do capital próprio e do passivo 975.177.550 1.000.800.895

O anexo faz parte integrante destes balanços consolidados.

(31)

PT-Multimédia – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, SGPS, S.A.

Demonstrações Consolidadas das Alterações no Capital Próprio para os Exercícios findos 31 de Dezembro de 2006 e 2005

(Montantes expressos em Euros)

Prémios de Acções

emissão de próprias Reserva Outras Resultados Interesses Capital Social acções (Nota 30) legal reservas acumulados minoritários

Saldo em 31 de Dezembro de 2004 78.448.464 159.288.231 - 1.535.803 7.397.370 251.441.557 11.198.126 509.309.551

Compra de acções próprias (i) - - (8.520.000) - - - - (8.520.000) Atribuição de put warrants aos accionistas (ii) (1.174.257) - - - (5.414.266) (88.277.806) - (94.866.329)

Dividendos atribuídos e pagos - - - - - - - -

Aplicação de resultados - - - 5.504.195 - (82.778.402) - (77.274.207)

Resultado do exercício de 2005 - - - - - 111.669.760 1.372.111 113.041.871

Outros - - - - - - (3.015.926) (3.015.926)

Saldo em 31 de Dezembro de 2005 77.274.207 159.288.231 (8.520.000) 7.039.998 1.983.104 192.055.109 9.554.311 438.674.960

Aplicação de resultados (Nota 17) - - - 5.720.124 - (90.721.751) - (85.001.627) Compra de acções próprias (i) - - (481.900) - - - - (481.900) Aumento de capital (iii) 173.094.224 (159.288.231) - (12.631.736) (1.174.257) - - - Redução de Capital (iii) (219.458.748) - - 219.458.748 - - - Lucros não atribuídos de empresas associadas - - - - 25.819.670 (25.819.670) - -

Resultados do exercício - - - - - 71.147.006 2.984.083 74.131.089

Outros ajustamentos - - - - 456.412 (602.486) (3.111.616) (3.257.690)

Saldo em 31 de Dezembro de 2006 30.909.683 - (9.001.900) 128.386 246.543.677 146.058.208 9.426.778 424.064.832 Total do capital

próprio

(i) Em 2005, a PT Multimedia contratou equity swaps sobre 925.000 acções próprias, no valor de 8.520.000 euros, os quais de acordo com o IAS 32 foram reconhecidos como uma aquisição efectiva de acções próprias, por contrapartida do reconhecimento de um passivo financeiro. Em 2006 este contrato foi renegociado tendo sido actualizado para um total de 9.001.900 euros.

(ii) No exercício de 2005, a PT Multimedia procedeu à emissão e atribuição de put warrants aos seus accionistas, que implicou a distribuição aos accionistas de 94.866.329 euros repartidos entre os put warrants exercidos financeiramente (44.441.968 euros) e os exercidos fisicamente mediante a venda de acções PT Multimedia à própria Empresa seguida do cancelamento dessas acções (50.424.361 euros).

(iii) Em 12 de Maio de 2006, a PT Multimedia procedeu a um aumento de capital no montante de 173.094.224 euros por incorporação de prémios de emissão de acções, reservas legais e reserva para acções próprias canceladas nos montantes de 159.288.231 euros, 12.631.736 euros e 1.174.257 Euros respectivamente. Em 13 de Setembro de 2006, a PT Multimedia procedeu a uma redução de capital no montante de 219.458.748 euros por transferência para outras reservas.

O anexo faz parte integrante destas demonstrações dos fluxos de caixa consolidados

(32)

PT Multimédia – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, SGPS, S.A.

Demonstrações dos Fluxos de Caixa Consolidados

para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 (Montantes expressos em Euros)

Nota 2006 2005

Actividades operacionais:

Recebimentos de clientes 755.138.649 752.062.986

Pagamentos a fornecedores (486.697.923) (465.364.264)

Pagamentos ao pessoal (38.734.380) (42.691.699)

Pagamentos do imposto sobre o rendimento (2.689.546) (4.234.122) Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional (32.882.287) (21.086.531) Fluxos das actividades operacionais (1) 194.134.513 218.686.370 Actividades de investimento:

Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 38.1 4.460.469 252.677.704

Activos tangíveis 641.268 253.569

Juros e proveitos similares 1.990.730 8.319.428

Dividendos 38.2 1.843.062 1.032.083

Outros recebimentos provenientes de actividades de investimento 358.909 72.732 9.294.438 262.355.516 Pagamentos respeitantes a: Investimentos financeiros 38.3 (1.862.172) (58.306.768) Activos tangíveis (115.925.107) (100.789.166) Activos intangíveis (13.902.101) (10.598.135) (131.689.380) (169.694.069) Fluxos das actividades de investimento (2) (122.394.941) 92.661.447 Actividades de financiamento:

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 38.4 35.014.516 138.661.908

Outros recebimentos provenientes de actividades de financiamento 2.714.960 1.908.592 37.729.477 140.570.500 Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos 38.5 (8.459.559) (210.129.697)

Amortizações de contratos de locação financeira (41.392.959) (6.199.713)

Juros e custos similares (10.146.171) (11.152.096)

Dividendos (87.356.166) (79.166.717)

Redução de capital e prestações suplementares - (94.935.059) Outros pagamentos respeitantes a actividades de financiamento - 5.427 (147.354.856) (401.577.855) Fluxos das actividades de financiamento (3) (109.625.379) (261.007.355)

Variação da caixa e seus equivalentes (4)=(1)+(2)+(3) (37.885.808) 50.340.462

Efeito das diferenças de câmbio (2.943) 71.746

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 38.6 76.716.762 26.304.554 Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 38.828.011 76.716.762

O anexo faz parte integrante destas demonstrações dos fluxos de caixa consolidados.

Referências

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