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Academic year: 2021

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POLÍTICA DE INVESTIMENTO 2018-2022

PLANO DE BENEFÍCIOS BRTPREV

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SUMÁRIO

1. Introdução ... 4

2. O Plano de Benefícios ... 4

3. Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado (AETQ) e Administrador Responsável pelo Plano de Benefícios (ARPB) ... 5

4. Diretrizes para Alocação de Recursos e Limites por Segmento de Aplicação.. 5

a) Segmento de Renda Fixa ... 7

b) Segmento de Renda Variável ... 8

c) Segmento de Investimentos Estruturados ... 8

d) Segmento de Investimento no Exterior ... 8

e) Segmento de Imóveis ... 9

f) Segmento de Operações com Participantes ... 9

5. Prestação de garantias ... 9

6. Meta de Rentabilidade para cada Segmento de Aplicação ... 10

7. Utilização de Instrumentos Derivativos ... 10

8. Apreçamento de Ativos ... 10

9. Metodologia e os Critérios de Avaliação de Riscos ... 11

a) Risco de Crédito: ... 11

(3)

c) Risco de liquidez: ... 12

d) Risco Operacional e Legal: ... 12

e) Risco Sistêmico: ... 13

10. Contratação de Terceiros Administradores, Gestores Externos e Instituições Custodiantes e Controladoras ... 13

11. Princípios de Responsabilidade Socioambiental ... 14

(4)

1.

Introdução

A Fundação Atlântico de Seguridade Social é uma entidade fechada de previdência complementar (EFPC) com diversos patrocinadores e planos. Nosso objetivo é administrar e executar planos de benefícios previdenciários para os empregados e dirigentes de seus patrocinadores. Nossa governança é liderada pelo Conselho Deliberativo. Somos supervisionados pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC), sendo a Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) n.º 3.792/2009, e atualizações posteriores, uma das principais normas a que estamos submetidos.

2.

O Plano de Benefícios

O plano BrTPREV é um plano de benefícios fechado a novas adesões, instituído na modalidade de Contribuição Variável (CV). Sua finalidade é conceder benefícios assemelhados aos da Previdência Social a seus participantes, tendo empresas do grupo OI como patrocinadoras. O Plano conta com aproximadamente 4,5 mil participantes e assistidos; cerca de 96% de seus recursos são relativos a benefícios já concedidos.

A taxa mínima atuarial do plano BrTPREV é INPC + 5,5% a.a..

A gestão dos recursos garantidores do plano BrTPREV é segregada com base nas características dos compromissos na modalidade de Benefício Definido (BD) e na modalidade de Contribuição Definida (CD).

A modalidade BD é aquela em que o valor do benefício está previamente determinado, com base nas regras do regulamento do Plano. Já a modalidade CD é aquela em que os benefícios serão obtidos em função do saldo acumulado de (i) contribuições mensais e extraordinárias de seus participantes, (ii) de seu patrocinador, e (iii) do resultado líquido dos investimentos por nós realizados.

A gestão dos investimentos da parcela BD é realizada, em grande parte, através da aquisição de títulos públicos federais. Estas aquisições, em sua maioria, ocorrem por indicação de estudos de gestão de ativos e passivos (Cash Flow Matching). Estes estudos, por sua vez, buscam adequar os investimentos às obrigações do plano. Complementam as indicações do estudo acima investimentos em títulos de empresas e instituições financeiras, desde que de baixo risco de crédito.

Os demais investimentos da parcela BD do plano BrTPREV são geridos de forma unificada junto às parcelas BD dos demais planos administrados pela Fundação - através de uma carteira denominada UNIFUNDO BD - permitindo obter ganhos significativos de escala e diversificação. Podem vir a compor essa carteira ativos de crédito do setor privado corporativo e financeiro e, ainda, investimentos em outros segmentos, estes com menor exposição, como fundos multimercados, de participações e de renda variável.

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Há também um segmento de empréstimos a participantes, gerido de forma individualizada para cada um dos planos.

A gestão dos investimentos referente à parcela CD do plano BrTPREV é realizada de forma unificada junto às parcelas CD dos demais planos administrados pela Fundação - através de uma carteira denominada UNIFUNDO CD - permitindo ganhos significativos de escala e diversificação. Compõem essa carteira, em grande parte, títulos públicos federais, complementados por títulos emitidos por empresas e instituições financeiras de baixo risco de crédito, fundos multimercados e ativos de renda variável.

3.

Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado (AETQ) e Administrador

Responsável pelo Plano de Benefícios (ARPB)

Marcio de Araújo Faria, Diretor de Investimentos, é o Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado (AETQ), sendo o responsável pela gestão, alocação, supervisão, controle de risco e acompanhamento dos recursos para todos os segmentos de aplicação, bem como pela prestação de informações relativas aos mesmos, sem prejuízo da responsabilidade solidária dos demais administradores.

Evandro Couceiro Costa Júnior, Diretor de Seguridade, é o Administrador Responsável pelo Plano de Benefícios (ARPB), sendo dele a responsabilidade pela administração e execução do Plano, acompanhamento das hipóteses biométricas, demográficas, econômicas e financeiras utilizados na sua avaliação atuarial, bem como pela prestação de informações relativas ao mesmo junto à PREVIC.

4.

Diretrizes para Alocação de Recursos e Limites por Segmento de Aplicação

A gestão dos ativos da parcela BD do plano BrTPREV é segregada da gestão dos ativos da parcela CD do plano. Com esta segregação é possível fazer uma gestão mais direcionada às especificidades e características, BD ou CD, dos compromissos de cada plano.

Os recursos administrativos, ou seja, aqueles necessários para a cobertura das despesas administrativas da Fundação, também são geridos de forma segregada dos demais investimentos, sendo contemplados na Política de Investimento do Plano de Gestão Administrativa (PGA).

Realizamos periodicamente, inclusive através de consultorias independentes, estudos de gestão de ativos e passivos e assemelhados, que fornecem cenários e indicações relativas a cada segmento de aplicação. Os relatórios frutos desses estudos ficam sob a guarda da Diretoria de Investimentos e estão a disposição para consulta dos órgãos de governança e controle da Fundação.

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A partir destes estudos e considerações revisamos periodicamente nossa estratégia e nossa alocação de recursos, e a refletimos no mínimo anualmente na Política de Investimentos. Nela estabelecemos limites mínimos e máximos de alocação de recursos por segmento, compatíveis com o horizonte de longo prazo que norteia nossa gestão.

*Os dados sobre alocação atual acima se referem a alocação em mai/17.

Tendo em vista a segregação na gestão dos ativos, e atendendo as melhores práticas da indústria de Fundos de Pensão, praticamos limites distintos para os segmentos de aplicação referentes à parcela BD e à parcela CD do Plano, conforme abaixo.

Resolução CMN nº

3792 Alocação

Limite Superior Atual* Limite Inferior

Limite Superior

Renda Fixa 100 93 37 100

Títulos Publicos Federais 100 82 37 100

Outros ativos de Renda Fixa 80 11 0 80

Debêntures, CDB, RDB, DPGE e LF 80 10 0 80

CRI / CCI 20 0 0 20

FIDC / FICFIDC 20 1 0 20

NP / CCB / CCCB / CPR /CDCA / CPA / WA / NCE / CCE 20 0 0 20

Outros títulos de CIAs abertas e Securitizadoras 20 0 0 20

Renda Variável 70 1 0 15

Novo Mercado da BOVESPA 70 0 0 15

Nível 2 da BOVESPA 60 0 0 15

BOVESPA Mais 50 0 0 15

Nível 1 da BOVESPA 45 0 0 15

Ações de OUTRAS Companhias abertas 35 1 0 15

Cotas de fundos de índices referenciados em cesta de ações 35 0 0 15

Títulos de emissão de SPEs 20 0 0 15

Outros Ativos de renda variável 3 0 0 3

Investimentos Estruturados 20 4 0 20

FIP 20 2 0 20

FMIEE 20 0 0 20

FII 10 0 0 10

Cotas em FIM e FICFIM 10 2 0 10

Investimentos no Exterior 10 0 0 5

Imóveis 8 1 0 8

Empreendimentos Imobiliários 8 0 0 8

Aluguel e Renda 8 1 0 8

Outros Imóveis 8 0 0 8

Operações com Participantes 15 1 0 15

Empréstimos 15 1 0 15

Financiamentos Imobiliários 15 0 0 0

Segmentos de Aplicação

Margem de Alocação (%)

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Limites por Segmento de Aplicação para Parcela BD:

Limites por Segmento de Aplicação para Parcela CD:

Além destes, a Fundação adota limites de alocação por emissor para os investimentos em crédito privado, financeiro e não-financeiro, mais rigorosos que aqueles previstos na legislação. Esses limites constam de documentos específicos, aprovados e revistos pela Diretoria Executiva e Conselho Deliberativo da Fundação Atlântico.

Os limites de concentração por emissor e por Investimento seguem aqueles estabelecidos pela Resolução CMN n. 3.792, e atualizações posteriores.

a) Segmento de Renda Fixa

Dadas as características do plano BrTPREV, priorizamos este segmento, com destaque na aquisição de títulos do Tesouro Nacional, que apresentam segurança, liquidez e rentabilidade.

Os recursos da parcela BD estão majoritariamente investidos nos títulos denominados Notas do Tesouro Nacional série B (NTNs-B), cuja rentabilidade é composta pelo indexador IPCA mais juros reais, pois apresentam aquelas características mencionadas e são corrigidos pela inflação. Estes investimentos são realizados, principalmente, através de um ou mais fundos de investimento exclusivos, que objetivam atender as necessidades futuras de desembolsos do plano BrTPREV. Também podemos investir em NTNs-B como estratégia de investimentos.

Resolução CMN nº 3792

Limite Superior Limite Inferior Limite Superior Renda Fixa 100 37 100 Renda Variável 70 0 15 Investimentos Estruturados 20 0 20 Investimentos no Exterior 10 0 5 Imóveis 8 0 8

Operações com Participantes 15 0 15

Segmentos de Aplicação

Margem de Alocação (%)

Resolução CMN nº 3792

Limite Superior Limite Inferior Limite Superior Renda Fixa 100 50 100 Renda Variável 70 0 10 Investimentos Estruturados 20 0 20 Investimentos no Exterior 10 0 5 Imóveis 8 0 0

Operações com Participantes 15 0 15

Segmentos de Aplicação

Margem de Alocação (%)

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Os recursos da parcela CD do plano BrTPREV também podem ser investidos nesses títulos, porém o fazemos em conjunto com as parcelas CDs dos demais planos.

Ainda neste segmento destacam-se os fundos de investimento exclusivos em renda fixa voltados à negociação de títulos públicos federais, alternando, porém, entre posições pré-fixadas, pós-fixadas e indexadas a índice de preços. Esses fundos buscam usufruir de oportunidades de mercado para obter liquidez e rentabilidade.

O segmento de renda fixa é ainda complementado por investimentos de crédito do setor privado, mediante operações denominadas “compromissadas” e através da aquisição de Certificados de Depósito Bancário, Letras Financeiras, Debêntures e estruturas de securitização. Estas aplicações buscam rendimentos superiores aos dos títulos públicos, com reduzido risco de crédito, face a limites rigorosos de investimento e acompanhamento constante.

b) Segmento de Renda Variável

Em ambas as modalidades – BD e CD - investimos neste segmento através de participações societárias inclusive no Grupo OI, patrocinador dos planos de benefícios administrados pela Fundação.

Adicionalmente, visando trazer diversificação e complementar a rentabilidade destes investimentos, aplicamos também em fundos de ações exclusivos ou em condomínio com outros investidores.

Por fim, também podem fazer parte deste segmento os investimentos em ações através dos fundos multimercados.

c) Segmento de Investimentos Estruturados

Em ambas as modalidades – BD e CD - investimos em fundos multimercado, assim denominados pois podem aproveitar as oportunidades que diferentes mercados proporcionam.

Na modalidade BD investimos também em fundos de investimento em participações (FIPs), assim denominados pois podem investir e participar da gestão de empresas e projetos em estágio inicial. Nesses casos atuamos em conjunto com outros investidores institucionais, objetivando diversificação e rentabilidade a longo prazo.

d) Segmento de Investimento no Exterior

Investimos, a partir de avaliações periódicas, nos mercados internacionais, visando identificar oportunidades que proporcionem diversificação à nossa carteira e que apresentem um nível atraente de relação risco/retorno, também sendo considerados os riscos relativos ao câmbio.

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e) Segmento de Imóveis

Neste segmento nossa política tem sido de redução da vacância existente e manutenção dos bons inquilinos em nossos imóveis. Eventualmente vendemos aqueles cuja perspectiva de rentabilidade ou liquidez não mais satisfaça nossos objetivos.

Também podemos investir no segmento imobiliário por meio de fundos imobiliários ou CRIs - certificados de recibos imobiliários. Apesar de relativos a imóveis, estes ativos se enquadram formalmente, pelas normas vigentes, nos segmentos de investimentos estruturados e renda fixa respectivamente.

Poderemos ainda adquirir ou manter terrenos, desde que, destinados à realização de empreendimentos imobiliários ou construção de imóveis para aluguel, renda ou uso próprio.

Independente de sua natureza, todos os fundos em que investimos, exclusivos ou não, são registrados junto à CVM – Comissão de Valores Mobiliários.

f) Segmento de Operações com Participantes

Oferecemos empréstimos aos Participantes do plano, os quais totalizam cerca de 1,1 mil contratos em vigor. As taxas cobradas são sempre estabelecidas acima de nossas necessidades atuariais. As características dessas operações e os controles por nós praticados permitem que a inadimplência seja historicamente baixa.

Não oferecemos financiamento imobiliário.

5.

Prestação de garantias

(10)

6.

Meta de Rentabilidade para cada Segmento de Aplicação

As metas de rentabilidade para cada segmento são:

Segmento de Aplicação Meta de Rentabilidade

Renda Fixa INPC+5,50% a.a.

Renda Variável IBOVESPA

Investimentos Estruturados INPC+6,50% a.a. Investimentos no Exterior INPC+6,50% a.a.

Imóveis INPC+5,50% a.a.

Operações com Participantes INPC+5,50% a.a.

Essas metas são definidas considerando a taxa atuarial mínima do plano, os custos envolvidos na gestão dos investimentos e a relação risco versus retorno desejável em cada segmento de aplicação.

7.

Utilização de Instrumentos Derivativos

As operações com derivativos, quando ocorrem, são realizadas exclusivamente por terceiros gestores profissionais e apenas na medida em que venham a acrescentar rentabilidade, proteção ou liquidez aos nossos investimentos, sem acrescentar riscos desnecessários e observando a regulamentação em vigor. Exercemos estrito acompanhamento sobre sua utilização, além dos controles realizados por parte dos próprios gestores, administradores, custodiante qualificado e consultor independente de risco. Em particular instruímos nosso custodiante a monitorar nossa exposição em derivativos e igualmente zelar pela adequação das operações às restrições legais e regulamentares.

Nosso monitoramento interno relativo ao eventual uso de derivativos é efetuado através do acompanhamento diário das operações realizadas, observando a exposição, a margem e os prêmios envolvidos.

8.

Apreçamento de Ativos

Nossa instituição custodiante, além da guarda, é a principal responsável pela política de apreçamento (atribuição de valor a cada investimento), possuindo independência e notória reputação nesta atividade. Sua metodologia está disponível em manual de precificação e segue as melhores práticas de apreçamento existentes.

Nossos investimentos em renda fixa são precificados nas modalidades “títulos para negociação” (a mercado) ou “títulos mantidos até vencimento” (na curva). Esta segunda forma de apreçamento, somente praticada na parcela BD, reduz a variação de preços destes ativos e pode vir a ser aplicada tanto em títulos públicos federais de vencimento de médio e longo prazo (acima de 12

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meses), quanto em títulos de crédito corporativo ou financeiro, desde que considerados de baixo risco de crédito.

Nossos investimentos em renda variável são precificados na modalidade “a mercado”. Apenas eventuais investimentos em empresas sem ações negociadas ou de liquidez reduzida em bolsa são apreçados pelo seu valor patrimonial, também em cumprimento à legislação vigente.

Os investimentos em ações de empresas realizados através de fundos de investimento em participações (FIPs) seguem metodologia de avaliação específica, neste caso decorrente das disposições definidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Os demais investimentos destes fundos seguem as regras das instituições controladoras responsáveis pelo apreçamento dos ativos de cada fundo.

Por fim, para avaliação do preço de mercado dos investimentos diretos em imóveis contratamos regularmente empresas avaliadoras especializadas, seguindo parâmetros e regras definidas pela legislação.

Independente do objetivo, a modalidade de apreçamento adotada ocorre sempre em obediência à legislação.

9.

Metodologia e os Critérios de Avaliação de Riscos

Acompanhamos e gerenciamos o risco e o retorno esperado dos nossos investimentos com o uso de modelo próprio que limita a probabilidade de perdas. Este acompanhamento assenta-se em modelos, procedimentos internos e equipe própria, e é complementado por monitoramento permanente exercido por parte de administradores terceiros, formalmente responsáveis junto à CVM, pelo custodiante qualificado e por consultor independente de risco. Continuamente avaliamos, monitoramos e controlamos os riscos de crédito, de mercado, de liquidez, operacional, legal e sistêmico. A descrição das metodologias de avaliação dos riscos e dos procedimentos internos de controle e monitoramento estão formalmente documentadas e as evidências do cumprimento do modelo próprio são obtidas e mensalmente arquivadas. A seguir estão descritos os critérios adotados:

a) Risco de Crédito: gerenciamos este risco em momentos e de formas distintas: antes de cada

aquisição, analisando as características da emissão e a capacidade de solvência do emissor; e ao final de cada mês analisando em conjunto todos os títulos de crédito privado em carteira.

A análise que precede as aquisições é realizada de forma distinta para títulos de crédito emitidos por instituições financeiras e empresas não financeiras. No caso de operações diretas com emissores financeiros, consideramos exclusivamente instituições de primeira linha; nossa avaliação fundamenta-se nos ratings de agências classificadoras e na análise das informações disponibilizadas pelo Banco Central. Os limites são periodicamente atualizados por nosso Comitê de Investimentos e submetidos à aprovação da Diretoria Executiva e do Conselho Deliberativo, conforme política de limites e alçadas.

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As aquisições de títulos de crédito de emissão de empresas não financeiras ocorrem basicamente através de fundos exclusivos e são analisadas a partir de recomendação fundamentada do gestor e ratings de agências classificadoras, sendo também submetidas ao Comitê de Investimento do respectivo fundo.

No caso de eventual investimento direto em debêntures ou outros títulos de crédito, nossa avaliação fundamenta-se nos ratings de agências classificadoras e na análise econômico-financeira da emissora. Nesses casos, cabe ao Comitê de Investimento da Fundação a recomendação do investimento, o qual é submetido à aprovação da Diretoria Executiva e do Conselho Deliberativo. Além das análises que precedem as aquisições, ao fim de cada mês é realizado um estudo do risco conjunto de todos os títulos de credito privado já adquiridos.

b) Risco de mercado: Gerenciamos o risco de mercado através de duas ações: do estabelecimento

de orçamento de risco para os veículos de investimentos e dos percentuais alocados em cada classe de ativo – macro-alocação.

Praticamos orçamento de risco nos fundos exclusivos, onde impomos aos gestores terceiros limites específicos de tolerância a risco de acordo com o mandato e com o objetivo de retorno do fundo, sendo alguns expressos em valores absolutos e outros em relação ao descolamento do seu benchmark. O monitoramento deste risco é realizado diariamente através da ferramenta VaR (Value at Risk), testes de estresse e expected shortfall. Periodicamente reavaliamos estes limites de risco e os comparamos com o objetivo de rentabilidade do investimento.

Para os fundos de investimentos multimercados não exclusivos, estabelecemos limites máximos de risco.

O gerenciamento de risco por macro-alocação ocorre no nível consolidado dos investimentos e deve ser realizado de forma separada para os ativos da parcela CD e da parcela BD.

Tanto na carteira CD quanto na carteira BD uma alteração na macro-alocação é esperada caso o risco verificado ultrapasse o risco pré-determinado. Desta forma é possível limitar a probabilidade de perda máxima para um limite tolerável a partir da macro-alocação.

c) Risco de liquidez: O risco de liquidez é tratado a curto prazo e a longo prazo, este considerando

até o pagamento do último benefício. O risco de liquidez de curto prazo possui monitoramento mensal cujo objetivo é eliminar a incerteza referente à eventual falta de liquidez dos investimentos no momento dos resgates previdenciários. Para gerenciar o risco de liquidez de longo prazo realizamos periodicamente estudos de fluxo de caixa, que apontam as necessidades de liquidez ao longo do tempo.

Em ambos os casos este monitoramento pode gerar recomendação de reforço nos níveis de liquidez dos planos.

d) Risco Operacional e Legal: Com apoio de consultoria especializada, analisamos a eficácia dos

procedimentos de identificação, avaliação, controle e monitoramento dos riscos operacionais, visando o fortalecimento do ambiente de governança corporativa e da aderência dos controles

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e) Risco Sistêmico: monitoramos a possibilidade de um possível risco no sistema como um todo através do acompanhamento dos mercados financeiros nacional e internacional e através da análise dos efeitos de cenários de estresse elaborados pela B3 em nossas posições.

Todos os estudos relativos a risco tem sua metodologia documentada em procedimento interno e os relatórios resultantes ficam sob a guarda da Diretoria de Investimentos, à disposição para consulta dos órgãos de governança e controle da Fundação.

10.

Contratação de Terceiros Administradores, Gestores Externos e Instituições

Custodiantes e Controladoras

Utilizamos instituições especializadas na administração, custódia e controladoria dos nossos recursos.

Na gestão dos recursos, além de instituições especializadas, fazemos gestão interna de investimentos diretos em ações, em títulos de crédito de emissão de instituições financeiras e, eventualmente, de empresas consideradas de baixo risco de crédito.

Nos segmentos imóveis e empréstimos, a gestão é própria.

Na seleção de prestadores de serviços avaliamos a capacitação técnica e a existência de potenciais conflitos de interesse, requerendo ainda o registro destes junto à CVM, quando aplicável.

Cabe aos gestores externos a execução da estratégia específica dentro dos princípios gerais estabelecidos pelo Comitê de Investimentos e Diretoria de Investimentos, ratificados pela Diretoria Executiva e Conselho Deliberativo.

Avaliamos nossos gestores periodicamente através da Diretoria de Investimentos, responsável pelo acompanhamento de seu desempenho. Quando se faz necessária a seleção ou substituição dos mesmos, aquela Diretoria identifica e avalia as características que aqueles fornecedores devem possuir, considerando o histórico de risco e retorno dos recursos por eles geridos, bem como demais características desejadas, tais como atendimento, middle office, controle de risco, backoffice, volume sob gestão e reputação no mercado; estas conclusões e recomendações são submetidas à Diretoria Executiva e ao Conselho Deliberativo. Os relatórios frutos desses estudos ficam sob a guarda da Diretoria de Investimentos e estão a disposição para consulta dos órgãos de governança e controle da Fundação.

Nos processos de seleção, acompanhamento e substituição de Administradores, Instituições Financeiras Custodiantes e de Controladoria observamos, no que for aplicável, os procedimentos relativos a Gestores.

(14)

11.

Princípios de Responsabilidade Socioambiental

Buscamos, para o cumprimento adequado de nossa missão - administrar planos de benefícios, com gerenciamento eficaz dos recursos aportados - ter uma atitude e um comportamento que contribua para um ambiente sustentável. Para tal:

• Objetivamos, nas relações com os nossos Colaboradores, propiciar condições dignas e seguras de trabalho, que induzam o desenvolvimento profissional e que combatam práticas discriminatórias de emprego de qualquer natureza, sempre em observância às leis e costumes;

• Comportamo-nos, inclusive nos processos de decisão de investimento, de forma ética, repudiando práticas de corrupção ativa e passiva, privilegiando, em igualdade de condições de rentabilidade, segurança e liquidez, aqueles investimentos que apresentem melhor sustentabilidade e/ou governança corporativa. Instamos nossos Gestores, e as empresas nas quais detenhamos participação acionária, a proceder de forma análoga;

• Incluímos, nos processos de seleção, contratação e gestão dos relacionamentos com demais fornecedores e prestadores de serviços, além dos aspectos técnicos apropriados, a ética, o combate à corrupção e a contemplação, sempre que aplicável, dos aspectos sócio ambientais;

• Objetivamos, no trato e comunicação com Participantes, Patrocinadores e Entidades Representativas, respeito, transparência, diálogo e tempestividade; e

• Pautamo-nos, no relacionamento com Entidades Reguladoras e órgãos de governo em geral, por conduta ética e transparente.

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Glossário

AETQ

Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado. Pessoa Física credenciada e responsável pela gestão, alocação, supervisão e acompanhamento dos investimentos da entidade, bem como pela prestação de informações relativas às aplicações dos recursos. O AETQ responde administrativa, civil e criminalmente pelas atividades de aplicações de recursos, sem prejuízo da responsabilidade solidária dos respectivos administradores, custodiante ou Administrador Fiduciário.

ALM

Sigla em inglês de Asset Liability Management. É definido como o gerenciamento conjunto de ativos e passivos de uma instituição ou, mais especificamente, o processo de formulação, implementação, monitoramento e revisão de estratégia relacionada aos ativos e passivos, na tentativa de alcançar os objetivos financeiros a partir de diferentes níveis de riscos e retornos.

Benchmark

Expressão em inglês que significa ponto de referência ou unidades-padrão. É utilizado para que se estabeleçam parâmetros entre produtos, serviços, títulos, taxas etc. com o intuito de saber se eles se encontram acima ou abaixo do que serve como referência.

Benefício Concedido

Benefício cujo valor já foi pago ou está sendo usufruído. Benefício Definido

Significa aquele benefício cujo o valor está previamente determinado, com base nas regras do Regulamento do Plano.

Benefício em formação ou “a conceder”

Benefício ainda não concedido, estando em processo de acumulação financeira ou sendo relativo a Participantes que ainda não atingiram as condições de elegibilidade.

Compliance

Expressão em inglês. Significa aderência, ou conformidade, das práticas ao prescrito na legislação e regulamentação.

Contribuição Definida

Significa que os benefícios serão obtidos em função do saldo acumulado de (i) suas contribuições mensais, (ii) de seus Patrocinadores, e (iii) do resultado líquido dos investimentos realizados. Contribuição Variável

Um plano de contribuição variável é aquele onde os benefícios programados apresentam características tanto de Contribuição Definida (CD) quanto de Benefício Definido (BD).

EFPC

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Expected Shortfall

Expressão em inglês. É uma medida que demonstra o valor esperado da perda de um ativo ou carteira, para um determinado horizonte de tempo, condicionado a um percentil.

Ratings

Expressão em inglês. São classificações atribuídas por empresas especializadas (rating agencies) e dizem respeito à qualidade de crédito de empresas ou de países.

Teste de Estresse

Procedimento utilizado para verificar os resultados de um modelo ou estudo quando se adota premissas extremas.

VAR

Sigla em inglês de Value at Risk. É uma medida que demonstra a maior perda esperada de um ativo ou carteira, para um determinado horizonte de tempo e dada probabilidade de ocorrência.

Referências

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