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Rev. adm. empres. vol.14 número2

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Academic year: 2018

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(1)

Um modelo de otimização aplicada em setor produtivo e resultados

(2)

a) tratar as variáveis relevantes do problema iso-ladamente e não como funções integradas;

c) tratar o problema de modo semelhante ao de outra empresa.

Para suprir as falhas devidas à intuição hu-mana, principalmente em situações complexas, re-corremos à pesquisa operacional.

b) não conseguir distinguir e quantificar as va-riáveis controláveis mais importantes;

Figum

Faça experimentos para selecionar o melhor alternativa

Crie um modelo

pode representativo do problema (o Que implica estabelecer os limites das alternativas)

Decisão

Tabela 1

Método de Método de Facilidade de Facilidade de Modelo

predição otimização Custo comunicação comunicoção Limitações técnica não-técnica

1. Descritivo (em [ln- pobre [perece boa. não é possivel

repe-guagem coloquial) Julgamento Subjetivo baixo pobre mas frequentemente tir o processo de pre-é incompreendida) dição.

2. Fisico Manipulação fisica Ensaio e erro alto bom bom não pode

represen-126

tar processos

infor-mativos.

3. Simb61ico Matem6tico Matem6tico baixo bom pobre precisa uma

estru-Aproximação nu- Matem6tico médio tura matem6tica

en-mérica terior.

4. Simulador Simulação Ensaio e erro alto raz06vel bom as conseqüAncias ge-rais não são f6cil-mente dedutiveis do modelo.

Revista de Administração de Empresas

(3)

2. OBTENÇAO DE DADOS

Antes de obter os dados montamos um esquema simplificado do setor produtivo para poder corre-lacioná-lo com o restante da empresa.

Insumos

pessoas matéria-pri ma

informações sobre especificações do produto aca-bado

espaço físico máquinas

número de turnos de trabalho

Limitações de âmbito:

administrativo legal-trabalhista orçamentário

mercado de mão-de-obra mercado de produto acabado

Processamento do setor produtivo

execução e controle de qualidade

Resultados

produto acabado

B-L--do_se_to_r P_ro_du_ti_V0....J

Resultados

Detalharemos, a seguir, essas variáveis, colocan-do-as na classificação de:

controláveis (C)

parcialmente controláveis por ação administrati-va (PC)

incontroláveis (I)

Insumo pessoas

capacidade de produção média por hora em cada tipo de máquina (PC)

custo (salário fixo) por pessoas (PC)

número de pessoas presentes diariamente (PC)

Insumo matéria-prima

custo por unidade (PC)

padrões mínimos de qualidade (C)

Insumo informações sobre o produto acabado de-sejado

volume (I)

tipo de produto acabado desejado (I)

Insumo espaço fisico

área necessária (PC) custo da área (PC)

Insumo máquinas

número de máquinas (c) custo das máquinas (PC) tipo das máquinas (PC)

Insumo numere de turnos de trabalho

número de turnos (PC) duração dos turnos (PC)

tempo de admissão de pessoal custo de admissão de pessoal

tempo de instalação e/ou retirada de máquinas tempo de reparo de máquinas

tipo de remuneração (mensal/fixa)

127

As limitações são, obviamente, incontroláveis:

Ambito administrativo

Ambito legal-trabalhista

duração máxima dos turnos duração reduzida da hora noturna remuneração de hora noturna remuneração de horas extras

(4)

Ambito orçamentário e financeiro

máximo custo do setor máximo de salários pagos

máximo de pessoas (quadro de pessoal) tempo de processamento da matéria-prima

Ambito mercado de mão-de-obra

relação entre capacidade produtiva por pessoa/ salário de mercado

Ambito mercado de produto acabado

relação entre custo/produto de mesma qualidade

Resultados

volume de produto acabado (PC) qualidade do produto acabado (C) custo do produto acabado (PC)

Montagem do modelo

Para tornarmos um modelo de PO exeqüível a curto prazo, efetuamos simplificações:

a) desprezando as seguintes variáveis, ou por se-rem estáveis, ou por tese-rem variações mínimas:

qualidade mínima da matéria-prima (C) custo da matéria-prima (PC)

tempo de admissão de pessoal (I)

custo de admissão de pessoal (I)

tempo de instalação e retirada de máquinas (I)

tempo de reparo de máquinas (I)

qualidade de produto acabado (C)

128

b) combinando e fixando as variáveis a priori por considerações de ordem socioeconômica e pelos dados obtidos no levantamento.

Estas seriam as variações fixadas:

tipo de remuneração (mensal/fixa) duração dos turnos

horário dos turnos

Restariam, pois, a serem colocadas no modelo, as seguintes variáveis e respectivas nomencla-turas:

Revista de Administração de Empresas

~.

I

E eficiência de horas disponíveis - horas úteis por mês (absenteísmo e férias) (PC)

V volume de informações - em unidades deman-dadas, mensais (I)

VI produção média na máquina do tipo 1, em unidades por homem/hora (PC)

V2 produção média na máquina do tipo 2, em unidades por homem/hora (PC)

FI número de pessoas, em máquina do tipo

1(PC)

F2 número de pessoas, em máquina do tipo

2 (PC)

Ml número de máquinas, em máquina do tipo

1(PC)

M2 número de máquinas, em máquina do tipo

2 (PC)

M número de máquinas (C)

Ka área necessária por máquina (igual para as duas máquinas), em m2 (PC)

A área total necessária para todas as máquinas, em m2 (PC)

Kh disponibilidade de horas mensais por pessoa do setor (PC)

FI número de pessoas lotadas no primeiro tur-no (C)

F2 número de pessoas lotadas no segundo tur-no (C)

F3 número de pessoas lotadas no terceiro tur-no (C)

F4 número de pessoas lotadas no quarto tur-no (C)

F5 número de pessoas lotadas no turno de hora extra (C)

KFl salário médio por pessoa, no primeiro turno, em cruzeiros (PC)

KF2 salário médio por pessoa, no segundo turno, em cruzeiros (PC)

KF3 salário médio por pessoa, no terceiro turno, em cruzeiros (PC)

KF4 salário médio por pessoa, no quarto turno, em cruzeiros (PC)

KF5 salário médio por pessoa, no turno de hora extra, em cruzeiros (PC)

Kca custo do m2 de aluguel mensal de área (PC)

Ca custo total da área necessária, em cruzeiros (PC)

Kml custo de aluguel mensal por unidade de máquina tipo I, e.n cruzeiros (PC)

Km2 custo de aluguel mensal por unidade de má-quina tipo 2, em cruzeiros (PC)

(5)

Cm2 custo total do aluguel mensal das máquinas tipo 2, em cruzeiros (PC)

Cm custo total do aluguel mensal de todas as máquinas, em cruzeiros (PC)

CFI custo total dos salários do primeiro turno, em cruzeiros (PC)

CF2 custo total dos salários do segundo turno, em cruzeiros (PC)

CF3 custo total dos salários do terceiro turno, em cruzeiros (PC)

CF4 custo total dos salários do quarto turno, em cruzeiros (PC)

CF5 custo total dos salários do turno de horas extras, em cruzeiros (PC)

CF custo total dos salários em cruzeiros (PC) CT custo total (custo da área

+

custo das má-quinas

+

custo dos salários) em cruzeiros (PC)

G~áfico I - Unidades demandadas X tempo

o

gráfico I mostra a variação de V no tempo. As demais variações foram levantadas ao lon-go dos cinco meses e, no caso de terem variações insignificantes, foram consideradas pelo valor médio.

As variáveis controláveis são:

FI F2 F3 F4 F5 M

Foi observado o seguinte:

KFI = KF2 ~ KF3 ~ KF4 ~ KF5

VI

<

V2

Em104unidOdes---;--.---;---_---;- _

300

250

200

150

100

50

Novembro 1972 Dezembro Joneiro 1973 Fevereiro

A função avaliadora do desempenho foi o custo Se CF = CFI

+

CF2

+

CF3

+

CF4

+

CF5 e seria uma função do seguinte tipo: e se

CT = f (V, .... , demais variáveis, ••• )

Detalhadamente, temos:

CT = Cm

+

Ca

+

CF

ou seja:

Se Ca

=

Kca X A e A=MxKa

teremos:

Ca

=

M X Ka X Kca

CFI = KFI X FI CF2 = KF2 X F2 CF3 = KF3 X F3 CF4 = KF4 X F4 CF5 = KF5 X F5

129

teremos:

CF = KFI X FI

+

KF2 X F2

+

KF3 X F3

+

+

KF4 X F4

+

KF5 X F5

Se Cm = MI X Kml

+

M2 X Km2

e se

(6)

Ml M X V e M2

=

M-Ml teremos:

(VI

+

V2)

em

=

(Vl~V2)X (Kml X V2

+

Km2 X VI )

o

número total de pessoas dedicadas às tarefas nos equipamentos tipo 1 e 2 é de:

F V

Kh

x

(V~

+

V~)

1,1833 X

A fórmula e a constante foram obtidas

simpli-ficando-se o somatório:

F=

v

V

V

Kh X VI

+

Kh X V2

+

12 X Kh X Vl

+

V

+

0,1 X V

+

0,1 X V

12XKhXV2 KhXVl KhXV2

onde os fatores do tipo:

V

KhX VI dão o número de pessoas efetivas para a

130

produção.

V

12X KhX VI dão o número de pessoas que

re-põem as que estão em férias.

O,IXV

KhX VI dão o número de pessoas que devem

repor o giro e absenteísmo do pessoal.

e:

obrigatório termos simultaneamente:

F = FI

+

F2

+

F3

+

F4

+

F5 F/5:::;; M :::;; F

FI :::;; M F2 :::;; M F3 :::;;M

F4 :::;;M

F5 :::;; M

o

modelo matemático fez-se por aproximação numérica, em computador, e calculou-se a função objetivo-custo para várias combinações das variá-veis:

V, E, V1

e

V2

A alocação das pessoas nos turnos foi feita considerando-se preferencial o turno de custo me-nor.

3. ANALISE DOS RESULTADOS

Obtivemos, para dados dentro de limites reais, re-sultados que são apresentados em forma de famí-lias de curvas (figura 2), que permitem a tomada de decisão gerencial (mínimo custo) e imediata para as condições de momento das variáveis in-controláveis.

Conseguimos, então, responder às seguintes per-guntas:

a) Quais são os recursos necessários para um mês futuro, conhecendo-se a priori: previsão da demanda, eficiência de pessoal, produção média de cada máquina?

b) Qual é o custo mínimo do setor produtivo para essas condições?

c) Qual o espaço físico necessário?

d) Qual é o acréscimo de custo no setor produ-tivo, se alguma variável controlável ocorrer fora da previsão?

Com a aplicação do modelo exposto, consegui-mos reduzir os custos do setor produtivo de, apro-ximadamente, Cr$ 40 mil mensais.

(7)

e a partir de uma análise de sensibilidade das mesmas, os pontos de mínimo custo podem ser

adotados como valiosos elementos de referência

para a gerência. O

Figura 2 - Custo X volume de producôo para' V, =400 unid./homem-horo, V2=540 unid.lhomem-horo, Ef=O,90

Custo{$Imilhores--- ~ __ --- __

400

300

200

'00

5500000 unidoel••

de demanda

I

I I I I I I I I I

I

I I I I I I I I

I

I I I I I I I I I

I

I I I I I I I I I

I

I I I I I I I I I

I

I I I I I I I I I

I

I I I I I I I I I

I

N!demáquinos

CO 20 30 40 50 60 70

voríocõo de VI ou V2 (em unidades/homem-hora) para: V=3000000 unidadesmensais, Ef=O,80

Custo($)milhares--- _

400

300

200

240

Tabeladeequival~ncia

VI V2

240 329

260 356

280 384

300 411

320 438

340 466

360 493

380 521

400 548

I1 I I I I I I I II1 I I I I I I I II1 I I I I I I I II1 I I I I I I I II1 I I , , , , , ,I1 , I I I , , I II" I I , , , I I II' , I , , I , , IN!demáquinas

ro 20 30 40 50 60 70

Variaç;ãode eficiência X custo

Custo($)milhares--- _

131

280

240

200

V • 2500000-unidades/m~

VI' 300-unidades/homem-horo V2'4tt-unidades/homem-hora

I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I

I

I I I I I I , , ,

I

I I I , , I I I I

I

I I IN2demáquinas

10 20 30 40 50

Modelo de otimização

(8)

_---BIBLIOGRAFIA

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1970.

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