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História Pública, História Pública Digital e Ensino de História

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Academic year: 2022

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HISTÓRIA PÚBLICA DIGITAL E ENSINO DE HISTÓRIA: AS AUDIÊNCIAS DE CONTEÚDOS HISTÓRICOS NA PLATAFORMA YOUTUBE EDU

Osvaldo Rodrigues Junior Universidade Federal de Mato Grosso osvaldo.rjunior@gmail.com

Introdução

Este trabalho apresenta resultados parciais de pesquisa vinculada ao projeto

“História Pública e Ensino de História: os passados e os seus públicos” em desenvolvimento no Departamento de História da Universidade Federal de Mato Grosso. O objetivo foi analisar as audiências de conteúdos históricos disponibilizados nos canais Nerdologia e Descomplica no Youtube Edu. Criada em 2013 por meio de uma parceria entre a Google e a Fundação Leman, a plataforma está dedicada aos conteúdos educacionais. Dessa forma, os produtores de conteúdo que desejarem participar da plataforma devem encaminhar os vídeos que são analisados pela curadoria.

O grupo de avaliadores analisa apenas o conteúdo dos vídeos, que podem ser aprovados ou reprovados.

Os objetivos específicos foram: 1) refletir sobre a relação entre História Pública, História Pública Digital e Ensino de História; 2) investigar e selecionar vídeos com conteúdos históricos no Youtube Edu; 3) analisar os comentários dos vídeos selecionados. Teoricamente a pesquisa se sustentou nos debates sobre História Pública, História Pública Digital e Ensino de História. Ainda nas discussões das Humanidades Digitais e História Digital. Metodologicamente o trabalho se sustentou na análise de conteúdo e mineração de textos utilizando ferramentas digitais.

Para isso, o texto será dividido em duas sessões. Na primeira debateremos as relações entre a história pública, a história pública digital e o ensino de História. Na segunda apresentaremos o processo de coleta e análise de dados, bem como os resultados da pesquisa.

História Pública, História Pública Digital e Ensino de História

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De acordo com Newel (2013) o termo public history foi originalmente cunhado por Robert Kelley da Universidade da Califórnia em Santa Barbara em 1976.

Polissêmico, o conceito é compreendido enquanto campo, abordagem ou movimento da História. Neste texto adotaremos a ideia de movimento por considerarmos que é a que melhor se adequa a pluralidade e internacionalização da História Pública.

A origem do movimento é bastante debatida por um conjunto de autores que identificam a crise empregatícia vivida pelos historiadores estadunidenses e a tradição de reflexão sobre os usos públicos do passado como potenciais elementos explicativos.

A partir de sua criação, o movimento passou por um processo de institucionalização representado pela criação de cursos de graduação em História Pública, do periódico The Public Historian e do Conselho Nacional de História Pública. Foi justamente no primeiro número do periódico que Kelley (1978) afirmou que “a História Pública se refere à atuação de historiadores e à aplicação de métodos históricos fora da academia”

(KELLEY, 1978, p. 16).

De lá para cá o movimento passou por um processo de internacionalização (CAUVIN, 2019), ampliação e diversificação (LIDDINGTON, 2011; NEWELL, 2013).

A expansão abrangeu inicialmente o Reino Unido e a Austrália, passou por Canadá, África do Sul chegando posteriormente a diversas partes do globo, incluindo o Brasil.

Esse processo resultou na abertura da public history as demandas nacionais e locais em relação a história. Assim, Newel (2013) observa que, “A história pública pode ser caracterizada mais como uma atitude ou percepção sobre o uso e valor da história do que um campo distinto da história” (NEWELL, 2013, p. 476).

Outra transformação que impactou o movimento da public history foi resultado da chamada “virada digital” (NOIRET, 2015). De acordo com Noiret (2015) esse processo provocou mudanças epistemológicas na História. Tais mudanças estão representadas pela ascensão da digital history estadunidense e da storiografia digitale italiana (LUCCHESI, 2014).

A História Pública também foi afetada pelo surgimento das narrativas históricas digitais. Foster (2014) ao refletir sobre os impactos da web 2.0 na História Pública destaca a possibilidade de as pessoas comuns interagirem e se conectarem com a

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história (FOSTER, 2014, p. 2). Noiret (2015) propõe a distinção do que ele chama de história pública digital, entendida como as histórias em formato digitais mediadas pelo historiador profissional.

Sobre o papel dos historiadores e professores de História Noiret (2015) explica que,

Educadores e historiadores públicos têm o dever de interpretar criticamente a narrativa falsamente “objetivante”. E não apenas a narrativa da historiografia celebrativa nacional mencionada acima, mas, sobretudo, aquela virtual e viral mais insidiosa, que promove memórias coletivas alternativas a assim chamada história “oficial”, e retoma – ou inventa por inteiro – novas “legendas nacionais”.

Exatamente como acontece com a paródia europeia de Wikipédia, a Metapédia, com suas narrativas nacionalistas, racistas e revisionistas, e a sua vontade de plasmar a “linguagem” pública e acadêmica europeia para descobrir “verdadeiros” passados e memórias coletivas nacionais (NOIRET, 2015, p. 40).

No Brasil, o trabalho precursor de Dilton Maynard (2011) destaca os potenciais e riscos da relação entre História e Internet. Analisando justamente o portal Metapedia, o pesquisador demonstra como a extrema-direita ocupou as redes para difundir narrativas negacionistas sobre o passado. Dessa forma, o autor chama a atenção para a importância dos historiadores lidarem com fontes digitais e compreenderem os movimentos de produção de informação e conhecimento nas redes (MAYNARD, 2011, p. 12).

No mesmo ano de lançamento da obra de Maynard (2011) foi organizado o 1º Simpósio Internacional de História Pública, realizado na Universidade de São Paulo em 2011, evento que marca a origem do movimento no Brasil. No ano seguinte foi criada a Rede Brasileira de História Pública. Por aqui, o movimento ganhou diferentes formas de engajamento: a história feita para o público (relacionada a ampliação das audiências), a história com o público (de caráter colaborativo e compartilhado), a história feita pelo público (formas não institucionais e as memórias no espaço público) e a história e o público (reflexão e autorreflexão sobre o próprio campo) (SANTHIAGO, 2016, p. 28).

Também ganhou forma no Brasil o diálogo da história pública com o ensino de História. Autores como Fernando Penna, Renata Aquino da Silva (2016), Sonia

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Wanderley (2016; 2018) e Rodrigo de Almeida Ferreira (2018) permitem observar as aproximações e potencialidades deste diálogo. Em análise da literatura produzida pelo movimento no Brasil, Ferreira (2018) destaca o espaço crescente de artigos e capítulos de livros dedicados a refletir sobre esse diálogo. Essa literatura, permite observar que,

“[...] em menos de uma década é notável o crescente interesse dos professores do ensino básico e superior pela discussão” (FERREIRA, 2016, p. 37).

Considerando o caráter polissêmico da expressão, as mudanças provocadas pelo digital e as possibilidades do diálogo com o ensino de História, este trabalho teve como intenção compreender a forma como o conhecimento histórico é consumido nas plataformas digitais. Para isso, tomamos o Youtube Edu enquanto espaço empírico de investigação.

Os conteúdos históricos na plataforma YouTube Edu

Parte do processo de constituição da chamada web 2.0, entendida como um segundo momento de serviços disponibilizados pela internet, caracterizado pela interação (PRIMO, 2008), o YouTube é uma plataforma de compartilhamento de vídeos criada em 2005. No ano seguinte a sua criação, a plataforma foi vendida para a Google ocupando atualmente o segundo lugar no ranking Alexa de websites mais visitados do mundo. De acordo com Burgess e Green (2009) o YouTube promoveu uma revolução nas formas de comunicação e circulações de conteúdos caracterizando a chamada

“cultura da participação”.

No Brasil, o YouTube se transformou em um espaço não apenas de entretenimento, mas também de compartilhamento de vídeos educacionais. Diante dessa realidade foi criada em 2013 a plataforma YouTube Edu, dedicada aos conteúdos educacionais. Essa plataforma contribuiu para o fenômeno dos chamados “edutubers”1 professores que produzem conteúdos educacionais para divulgação na plataforma.

1 Sobre o fenômeno dos edutubers ver: https://6minutos.uol.com.br/cultura-e-viagem/professores- youtubers-atraem-milhoes/ Acesso em 1 de mar. de 2021.

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Dentre esses professores, identificamos a presença de um conjunto deles que se dedicam aos conteúdos de História.

Inicialmente nos dedicamos a analisar a plataforma. Identificamos no momento de escrita do trabalho quatrocentos e setenta mil inscritos e mais de vinte e cinco milhões de visualizações. A plataforma conta ainda com noventa e seis canais dedicados as disciplinas escolares. Tendo como objetivo identificar os canais que produzem conteúdos de História analisamos todos os noventa e seis canais. Alguns deles apresentavam na aba “sobre” as informações relativas as temáticas abordadas, em outros foi necessário acessar o canal e verificar os vídeos disponibilizados. Dessa forma, chegamos ao número de treze canais:

Tabela 1: Canais do YouTube Edu que produzem conteúdos de História CANAL DATA DE INSCRIÇÃO INSCRITOS Descomplica 6 de mar. de 2009 3,57 milhões

Nerdologia 15 de ago. de 2010 3,15 milhões Me Salva 13 de set. de 2010 2,06 milhões Aula De 19 de ago. de 2013 1,58 milhões

ProEnem 8 de abr. de 2014 1,27 milhões

Aula Livre 9 de set. de 2011 1,13 milhões

Stoodi 17 de mai. de 2013 1,3 milhões

Poliedro Educação 26 de nov. de 2008 257 mil

TV Oficina 28 de out. de 2008 211 mil

Novo Telecurso 4 de set. de 2012 206 mil História Online 11 de jul. de 2006 177 mil HistoriAção 24 de set. de 2007 115 mil Prof. Charles Camilo 24 de mai. de 2013 18 mil

Fonte: pesquisa do autor (2021)

O critério utilizado para selecionar os canais analisados foi o de número de inscritos. Dessa forma, foram analisados os canais Descomplica e Nerdologia. Juntos os

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canais contam com mais de seis milhões de escritos. No entanto, as trajetórias de desenvolvimento se diferenciam.

O canal Descomplica foi criado pelo professor de Física Marco Fishben e está direcionado a produção de conteúdos para o ENEM. Desde a sua criação, o Descomplica expandiu as suas atividades contando atualmente com cursos livres, de graduação, pós-graduação e até uma instituição de Ensino Superior, compreendendo um conglomerado educacional.

Por sua vez, o canal Nerdologia nasceu da iniciativa de Alexandre Ottoni de Menezes e Deive Pazos Gerpe de criarem um blog para falar inicialmente de Star Wars.

Dessa iniciativa nasceu o blog Jovem Nerd em 2002. O Nerdologia é o canal de YouTube vinculado ao site e conta com uma coluna de ciências apresentada pelo biólogo Atila Iamarino e uma de história apresentada pelo historiador Filipe Figueiredo.

Ao analisarmos os vídeos mais visualizados publicados pelos canais chegamos aos seguintes:

Tabela 2: Vídeos de História mais visualizados

VÍDEO CANAL VISUALIZAÇÕES

Paródia Bella Ciao – Revolução Industrial Descomplica 1.959.454 Era Vargas: resumo para o ENEM Descomplica 1.731.552

Oriente Médio Nerdologia 1.616.402

Como construíram as pirâmides? Nerdologia 1.594.646 Revolução Industrial: resumo para vestibular Descomplica 1.562.964

A Peste Negra Nerdologia 1.462.924

Fonte: pesquisa do autor (2021)

Considerando o objetivo de analisar vídeos educacionais em formato aproximado de “vídeo-aulas”, em que os conteúdos são trabalhados a partir de parâmetros mais próximos daqueles vinculados ao conhecimento científico, optamos pela análise do vídeo Era Vargas do canal Descomplica e pelo vídeo Oriente Médio do canal Nerdologia.

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A análise da forma dos vídeos produzidos pelos canais permitiu ainda construir a hipótese de que há uma diferença de natureza dos conteúdos produzidos pelos canais, que acaba por ser determinante na sua audiência. Esta hipótese será testada na análise dos comentários.

Uma primeira análise dos números de comentários devolveu os seguintes dados:

Tabela 3: Número de comentários

VÍDEO CANAL VISUALIZAÇÕES COMENTÁRIOS

Era Vargas: resumo para o ENEM

Descomplica 1.731.552 1.415 comentários

Oriente Médio Nerdologia 1.616.402 4.604 comentários Fonte: pesquisa do autor (2021)

Na análise dos comentários utilizamos alguns procedimentos da análise de conteúdo (BARDIN, 2001) e o software Iramuteq na organização dos dados. Para facilitar o processo de compilação dos comentários utilizamos a plataforma Youtube Data Tools, que permite extrair arquivos dos vídeos, utilizando o API do Youtube. A plataforma extrai os cometários em formato de tabela em HTML. As tabelas foram transformadas em PDF para facilitar a busca por palavras-chave. Tendo em vista o número de comentários encontrados, optamos por buscar pelas palavras-chave: ensino, história, professor e aula. Com estes parâmetros foram cento e onze comentários no vídeo do canal Descomplica e quatrocentos e oitenta e seis no vídeo Oriente Médio do canal Nerdologia.

Os comentários selecionados foram transformados em corpus textual e submetidos ao Iramuteq. Inicialmente procuramos identificar as dez formas que mais apareceram nos comentários:

Tabela 4: Formas que mais apareceram nos comentários do vídeo do canal Descomplica:

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Fonte: pesquisa do autor

Tabela 5: Formas que mais apareceram nos comentários do vídeo do canal Nerdologia:

Fonte: pesquisa do autor

Analisando as formas mais encontradas nos comentários identificamos que no vídeo do canal Descomplica aparecem elementos relacionados a cultura escolar como:

aula, professor e prova. Ainda aparecem verbos como ajudar, advérbios como muito e adjetivos como bom. Os elementos permitem identificar que os comentários parecem indicar que a audiência principal do canal é o público em fase de escolarização.

No caso do vídeo do canal Nerdologia, identificamos as formas nerdologia, vídeo e tema. Ainda podem ser observados os advérbios mais, não, e os verbos falar e historiar. Os resultados parecem indicar elementos para além da cultura escolar, mais relacionados a cultura digital de forma ampla.

Na sequência fizemos uma análise de similitude dos comentários coletados:

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Tabela 6 – Análise de similitude comentários do vídeo do canal Descomplica:

Fonte: pesquisa do autor

Tabela 7 – Análise de similitude comentários do vídeo do canal Nerdologia:

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Fonte: pesquisa do autor

No gráfico de similitude dos comentários do canal Descomplica identificamos três ramificações fundamentais: aula, história e professor. No braço aula é possível identificar os termos: estudo, ENEM, concurso e estudar. No item história observamos as formas: vestibular, gostar e cair. Por fim, no termo professor aparecem os termos:

escola, entender, explicar e aprender. Corroborando com as formas, a análise de similitude reforça a compreensão de que o vídeo do canal Descomplica parece ser consumido por estudantes em fase de escolarização ou em preparação para concursos.

No caso do vídeo do canal Nerdologia identificamos uma concentração no centro ao redor do termo história e uma pulverização de elementos vinculados aos braços: vídeo, muito e não. Não identificamos as formas professor e aula de forma preponderantes como no caso do vídeo do canal Descomplica. As formas parecem estar relacionadas mais aos conteúdos produzidos pelo canal do que a sua utilidade para a educação formal.

Produzimos nuvens de palavras utilizando os resultados dos comentários selecionados:

Tabela 7 – Nuvem de palavras dos comentários do vídeo do canal Descomplica:

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Fonte: pesquisa do autor (2021).

Tabela 7 – Nuvem de palavras dos comentários do vídeo do canal Descomplica:

Fonte: pesquisa do autor (2021).

A nuvem de palavras com os comentários do vídeo do canal Descomplica reforçam os termos história, professor, aula, prova, vídeo. Novamente identificamos a centralidade dos elementos da cultura escolar nos comentários do canal. Em comparação, o vídeo do canal Nerdologia devolveu os termos vídeo, Nerdologia, tema e falar. Dessa forma, mais uma vez identificamos elementos próprios da natureza da produção audiovisual do canal.

Considerações finais

Conforme indicado na introdução o objetivo do trabalho foi analisar as audiências de conteúdos históricos disponibilizados nos canais Nerdologia e Descomplica no Youtube Edu. Com base nos dados coletados chegamos aos seguintes resultados:

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O número de inscritos na plataforma Youtube Edu e os dados extraídos dos vídeos permitem identificar um engajamento das audiências. Nessa direção, é possível indicar que os canais Descomplica e Nerdologia atingem públicos diversos que consomem conteúdos históricos na plataforma.

A análise dos comentários permitiu confirmar a hipótese de que os canais produzem e divulgam conteúdos com naturezas distintas. O canal Descomplica se notabiliza pela produção de conteúdos escolares em forma de resumos e sínteses.

Enquanto que o canal Nerdologia se notabiliza pela divulgação científica, preocupando- se com elementos como autoria e referências.

Dessa forma, os canais atingem audiências distintas. Os públicos do vídeo analisado do canal Descomplica parecem estar em processo de escolarização. Dessa forma, o objetivo majoritário expresso nos conteúdos é o de se preparar para provas/concursos e atividades escolares. Assim, esses comentários estão relacionados as práticas escolares.

No caso do canal Nerdologia observa-se um movimento que parece indicar públicos não apenas em fase de escolarização. O objetivo dos comentários analisados é conhecer determinados conteúdos históricos a partir dos debates científico- historiográficos. Cabe mencionar que os comentários expressam algumas tensões entre a historiografia acadêmica e os públicos, que podem ser melhor analisados em pesquisas futuras.

Por fim, considera-se com base na compreensão de história pública digital proposta por Noiret (2015), que o canal Nerdologia pode ser identificado como uma iniciativa de história pública digital. Argumentamos nessa direção considerando a formação específica do produtor e apresentador do conteúdo, mas também os procedimentos científicos utilizados na abordagem. Em outra direção, não é possível afirmar que o vídeo analisado do canal Descomplica pode ser definido como uma forma de história pública digital. Não há identificação de autoria, e os procedimentos científicos da história parece pouco privilegiados na abordagem desenvolvida.

Indicamos a necessidade de aprofundarmos os estudos que se propõem a compreender a natureza dos conteúdos históricos divulgados nas plataformas digitais,

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bem como que procurem analisar a recepção das audiências. Ainda defendemos a importância de realizar estudos com os estudantes em fase de escolarização com o objetivo de verificar o impacto desses conteúdos na sua formação histórica.

Referências

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CAUVIN, T. A ascensão da História Pública: uma perspectiva internacional. Revista NUPEM, v. 11, n. 23, p. 8–28, 2019.

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São Paulo: Letra e Voz, 2018, p. 29-48.

FOSTER, M. Online and Plugged In?: Public History and Historians in the Digital Age.

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Introdução à História Pública. São Paulo: Letra e Voz, 2011, p. 31-52.

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MAYNARD, D. C. Escritos sobre história e internet. Rio de Janeiro: Editora Multifoco, 2011.

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