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Matérias primas alternativas para a produção de combustíveis

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Academic year: 2022

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Sociedade de Ciencias Agrárias de Portugal (SCAP)

“Matérias primas alternativas para a produção de combustíveis”

Gonçalo Barradas

Fernando Bianchi de Aguiar

ISA, 01 de junho de 2016

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RESUMO

Os detritos agroindustriais(*) podem ser matérias primas interessantes para a

produção de combustíveis alternativos, entendidos como substitutos das fontes de petróleo fóssil no fornecimento de energia para os transportes, melhorando o seu desempenho ambiental.

Apresentam-se alguns exemplos estudados na GALP Energia:

• polpa de alfarroba

• maçã de caju

• biometano

(*) na acepção do anexo III da Portaria nº 8/2012, de 04 de janeiro

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POLPA DE ALFARROBA (1/2)

FONTES:

Projeto “Alfaetílico”, projeto I&DT (QREN/PO Algarve 21), Centro de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Algarve, AGRUPA - Agrupamento de Alfarroba e Amêndoa CRL;

Projeto Ecokarat; AIDA(Associação Interprofissional para o Desenvolvimento de Produção e Valorização da Alfarroba);

Agricultores e Industriaisdo setor;

LNEG; modelo de negócio preliminar

• Portugal produz 20 a 40 kt/ano, com tendência para aumentar com a entrada em produção de pomares extremes

• 1ª transformação consiste na debulha das vagens, separação e limpeza.

• Semente tem elevado valor - indústria alimentar, farmacêutica, têxtil e cosmética

• A “polpa” é um triturado do detrito da debulha, possuindo o triturado grosso mais açucares fermentescíveis que o triturado fino

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POLPA DE ALFARROBA (2/2)

DESAFIOS A VENCER

• Elevado preço de mercado (carob powder). O “resíduo” não tem “preço residual”

• Oligopólio - muitos produtores de vagem, muito poucos transformadores

• Interlocução difusa em aspectos decisivos, como a fixação do preço

• Números díspares de rendimentos em etanol (Alfaetílico, LNEG) – matéria-prima com composição instável (fino/grosso)

• Quantidade insuficiente para investimento em destilaria – necessidade de matérias primas adicionais - logística

Foto 1 – polpa de alfarroba – triturado grosso Foto 2 – triturado fino

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MAÇÃ DE CAJÚ (1/3)

• A Guiné-Bissau tem cerca de 220 kha de cajueiros, que produzem de 100 a 125 kt de castanha de cajú, o que poderá dar (por defeito) 250 a 450 kt de maçãs

• Rendimento médio de 50% em sumo e 5% em álcool – 6 a 11 kt etanol DESAFIOS

• Distancia entre locais de produção/concentração e destilaria (Bissau)

• Ausência de mercado da maçã de cajú (quantidades e preços)

• Grande quantidade de matéria-prima a transportar na época alta (castanha) – preço de transporte muito elevado

• Reduzido período de disponibilidade de matéria-prima – destilaria com capacidade instalada sobredimensionada com elevado CAPEX

• Inexistência de matérias-primas complementares – dimensão limitada

• Sem legislação aprovada sobre produção e/ou incorporação de biocombustíveis

• Elevado custo de transporte Guiné-Bissau - Portugal

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MAÇÃ DE CAJÚ (2/3)

OBJETIVO - eliminar alguns constrangimentos que inviabilizam o modelo de negócio – a conservação da maçã por secagem ao ar - a passa de maçã de cajú

• Executados ensaios de campo in situ que demontram viabilidade da secagem ao ar:

 facilmente praticável pela população, 80-90% do peso e 80% do volume em 6 dias - steady state s/ degradação de açucares → conservação em passa

 possível re-hidratação à medida das necessidades da unidade industrial → alargado período de laboração c/ < capacidade instalada e < CAPEX

• Ensaios laboratoriais realizados no ISA demonstram potencial da maçá de caju como matéria-prima fermentescível produtora de etanol.

•Idem com a passa, mas com metodologia ainda a ser afinada.

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MAÇÃ DE CAJÚ (3/3)

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BIOMETANO (1/1)

• Interesse da UE em aumentar a componente de gás natural veicular (GNV) no setor dos transportes (blue corridors)

• Existência de potencial para crescimento do aproveitamento de resíduos orgânicos resultantes da separação e tratamento dos RSU

• Muito elevado potencial recorrendo a resíduos das pecuárias, necessitando passo prévio de biodigestão - ausente

• Biogás produzido atualmente apenas utilizado via queima direta para produção de energia elétrica

• Não existe em Portugal nenhuma unidade de purificação para biometano – consulta ao mercado especializado (estrangeiro)

• Fase de contactos para possíveis parcerias, comercialização, elaboração de modelo de negócio.

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Matérias primas alternativas para a produção de combustíveis

OBRIGADO

goncalo.barradas@galpenergia.com

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