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O espaço da geomorfologia no ensino de geografia: concepções aplicadas ao livro didático.

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA – UEPB PRÓ-REITORIA DE ENSINO E GRADUAÇÃO – PROEG COORDENAÇÃO INSTITUCIONAL DE PROGRAMAS ESPECIAIS - CIPE CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA A DISTÂNCIA. FRANCILENE PEREIRA CARNEIRO. O ESPAÇO DA GEOMORFOLOGIA NO ENSINO DE GEOGRAFIA: Concepções aplicadas ao livro didático. CATOLÉ DO ROCHA - PB 2012.

(2) FRANCILENE PEREIRA CARNEIRO. O ESPAÇO DA GEOMORFOLOGIA NO ENSINO DE GEOGRAFIA: Concepções aplicadas ao livro didático. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Licenciatura em Geografia na modalidade a Distância (Prolicenciatura) da Universidade Estadual da Paraíba, como requisito para a obtenção do título de Graduada em Geografia, em cumprimento às exigências legais. Orientador: Alexandre Wállace Ramos Pereira. CATOLÉ DO ROCHA - PB 2012.

(3) FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL – UEPB. C289e. Carneiro, Francilene Pereira. O espaço da geomorfologia no ensino de geografia [manuscrito]: concepções aplicadas ao livro didático. /Francilene Pereira Carneiro. Catolé do Rocha– 2012. 19 f.: il. Digitado. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Geografia) – Universidade Estadual da Paraíba, Coordenação Institucional de Projetos Especiais - CIPE, 2012. “Orientação: Prof. Esp. Alexandre Wállace Ramos Pereira, Departamento Ciências Humanas”. 1. Geomorfologia. 2. Ensino médio. 3. Geografia. 4. Livro didático. I. Título. 21. ed. CDD 551.4.

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(5) Aos meus pais, irmãos, tios, colegas, amigos, em especial ao meu esposo e filho, com os quais amo partilhar as experiências da vida..

(6) AGRADECIMENTOS. A Deus, a quem atribuo toda força que concedeu a execução desse trabalho.. Aos mestres do Curso de Licenciatura em Geografia, pois com empenho contribuíram na minha transformação em uma profissional crítica reflexiva. Especial ao meu orientador o professor – Alexandre Ramos, pela dedicação e força empenhada.. Como não poderia deixar de citar aqui os colegas, pelas conversas e ideias que tivemos, e acima de tudo pela amizade construída nesse período.. Agradeço profundamente a Isaac, meu querido esposo, pelas palavras sempre nas horas certas e ao meu amado filho que é minha inspiração.. Ao meu querido filho, minha mãe, meu pai, meus irmãos que são os melhores presentes de Deus na minha vida.. A todos os irmãos da igreja, pelas orações que me deram forças de me reerguer nos momentos difíceis.. A todos os meus familiares, amigos, colegas e alunos que me deram força e torceram pelo meu sucesso, contribuindo de forma grandiosa, muito obrigada..

(7) O ESPAÇO DA GEOMORFOLOGIA NO ENSINO DE GEOGRAFIA: Concepções aplicadas ao livro didático. FRANCILENE PEREIRA CARNEIRO. RESUMO Tendo como base as prescrições teóricas relativas à geomorfologia, este estudo busca investigar, o espaço da geomorfologia nas aulas de geografia, as prescrições e concepções aplicadas ao real do livro didático utilizado na instituição de pesquisa – considerando as atividades sugeridas e o perfil de estratégias e práticas fundamentais no conceito do campo da geomorfologia. Tendo como base a ideia de que o estudo da geomorfologia faz parte de um campo capaz de transmitir um vasto acervo de informações pertinentes sobre as atividades humanas; como tal deve constar nas propostas de ensino das escolas brasileiras na sociedade atual, em virtude da relevância apresentada. A investigação foi realizada na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Daniel Carneiro, voltada para o ensino médio, na intenção de averiguar a ligação entre o ensino da geomorfologia e a aplicabilidade no livro didático de geografia utilizado no ano em curso. Palavras-chave: Geomorfologia; Ensino médio; Geografia; Livro Didático..

(8) 1. INTRODUÇÃO No processo de construção do conhecimento, torna-se imprescindível que os sujeitos envolvidos atuem de forma consciente, e que sejam capazes de absorver a influência do meio ao passo que assimilam e recriam, estabelecendo relações manifestadas através de conhecimentos, experiências, valores, crenças, modos de agir, técnicas, costumes acumulados por muitas gerações e transmitidos, por outras gerações. No contexto atual, mais do que nunca, as ciências naturais e suas aplicações são fundamentais ao desenvolvimento (UNESCO, 2003, p.50). Diante dessa realidade a geografia enquanto ciência e disciplina possui um papel importantíssimo por viabilizar possíveis formas de compreensão relacionadas ao sistema da Terra. A integração entre os conteúdos que compõem a disciplina de Geografia é um desafio para o ensino na atualidade, a compreensão das diversas temáticas ligadas à disciplina, dentre estas a geomorfologia, apresenta-se como ferramenta essencial no entendimento e ocupação das diversas áreas do planeta, por possibilitar a avaliação da potencialidade dos recursos e das fragilidades dos ambientes naturais. O estudo focalizado pela geomorfologia possibilita a acumulação de habilidades cognitivas pertinentes que proporcionam uma inter-relação entre o homem e o espaço, ao ponto de lhe atribui a capacidade de diagnosticar problemas de cunho ambiental. Para Carvalho (2004), os conteúdos escolares da Geomorfologia propiciam uma das formas de compreensão da superfície terrestre, possibilitando ao aluno inferir a dinâmica das vertentes, com as suas variações de forma, processos, evolução, área, altitude, inclinação, orientação, entre outras, que integrariam e complementariam a aprendizagem da espacialização dos fenômenos naturais e humanos. Colaboraria também para educar o aluno na valoração estética cultural. Desta forma o ensino da geomorfologia deve contribuir para a aquisição de novos valores humanos diante dos usos dos recursos da natureza, e ainda a valorização do meio ambiente em seus vários aspectos. Neste sentido, justifica-se o interesse em analisar o espaço da geomorfologia no ensino de geografia; como motivação pessoal para realização desta pesquisa destaca-se ainda, a atuação como futura professora de geografia. As inquietações.

(9) em torno de uma análise que proporcione resultados positivos a partir do tema proposto são também motivos que justificam pesquisar sobre o referido assunto. Portanto, este trabalho tem por objetivo analisar o espaço da geomorfologia no ensino de geografia: concepções aplicadas ao livro didático, no ensino médio da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Daniel Carneiro na cidade de Riacho dos Cavalos. Partindo do pressuposto de que a escola deve além de um ensino sistemático proporcionar aos aprendizes o aprimoramento de sua formação. E como objetivos específicos: investigar como a geomorfologia é estudada no campo de estudo da Geografia e avaliar como os seus conceitos tem sido propostos nos livros didáticos adotados pela escola pesquisada.. 2. METODOLOGIA. Segundo Moraes (1999, p. 9) a análise de conteúdo constitui-se de uma metodologia de pesquisa utilizada na descrição e interpretação de documentos e textos das mais diversas classes. Através de descrições sistemáticas, ela ajuda o pesquisador a reinterpretar as mensagens e atingir. Com base no exposto, para a efetivação da proposta, optou-se pela realização de um estudo sobre a análise do conteúdo apresentado, e as prescrições que aparecem nos livros didáticos de Geografia do ensino médio 2009.. 2.1 Campo de realização da pesquisa. A unidade onde se trabalhou a pesquisa foi a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Daniel Carneiro. A mesma está localizada na zona urbana, na rua Dr. Antônio Carneiro nº 60- centro, da cidade de Riacho dos Cavalos-PB. Tendo como entidade mantenedora a rede Estadual. A referida escola atende a alunos de Ensino Infantil, Fundamental e Médio. Na escola há uma diretora geral, um diretor adjunto e dois secretárias, que se revezam durante os três turnos, manhã, tarde e noite. A diretora geral fica nos turnos tarde e noite juntamente com um dos secretários. O diretora adjunto fica responsável pelo turno da manhã juntamente com a outra secretária. Não há.

(10) supervisor e /ou coordenador pedagógico. Ao todo a escola conta com 44 (quarenta e quatro) funcionários, 04 (quatro) auxiliares de serviço (limpeza, merenda), 02 (dois) porteiros, 02 (dois) secretários, 36 (trinta e dois) professores em sala de aula e 911 (novecentos e onze) alunos matriculados. Segundo a direção da instituição, os professores que trabalham na escola não são selecionados levando-se em conta a formação acadêmica que possuem, por conta disso, parte desses professores, possuem formação em uma área e lecionam em outra. Isso ocorre porque as contratações destes são feitas geralmente através de arranjos políticos, fato que pode comprometer a qualidade do ensino. Segundo comentários de Freitag (1987, p.72), a revalorização da profissão de magistério deve começar pelos cuidados com a formação do professor. Com base nesse pressuposto é relevante afirmar que os profissionais de licenciatura devem possuir uma compreensão sistematizada do processo de ensinoaprendizagem, a fim de que o trabalho pedagógico tenha um crescimento que ultrapasse o senso comum e se torne realmente uma atividade produtiva e prazerosa ao alcance dos objetivos e resultados propostos. A carga horária dos professores varia entre 28 e 40 horas, trabalhando de segunda a sexta-feira, com folga aos sábados e domingos, férias 2 vezes ao ano (15 dias no meio do ano e 1 mês e meio no final do ano), após o término do ano letivo. Nesse sentido, os professores têm sempre de seguir e respeitar o horário estipulado pela escola, assim como os períodos com folga, como manda o calendário escolar. O seguimento dessas normas é determinante para a organização do cotidiano escolar, conforme afirma Veiga (1995, p.29): O tempo escolar é um dos elementos constitutivos da organização do trabalho pedagógico. O calendário escolar ordena o tempo: determina o início e o fim do ano, prevendo os dias letivos, as férias, os períodos escolares, em que o ano se divide, os feriados [...] O horário escolar, que fixa o número de horas por semana e que varia em razão das disciplinas constantes na grade curricular, estipula também o número de aulas por professor [...].. De acordo com as informações fornecidas pela direção da escola todos os professores da escola observada são habilitados para ensinar, ou seja, a grande maioria possui uma graduação. O projeto pedagógico da referida instituição foi elaborado coletivamente pelos professores diretores e demais funcionários da.

(11) escola, visando atender as necessidades encontradas, e corroborando com a ideia de Veiga (op.cit, p. 13): O Projeto político pedagógico tem assim uma significação indissociável. Neste sentido é que se deve considerar o projeto político pedagógico como um processo permanente de reflexão e discussão dos problemas da escola, na busca de alternativas viáveis à efetivação de sua intencionalidade. [...]. Levando em conta o pressuposto acima, o projeto encontram-se distribuídos em quatro grandes blocos, demarcados da seguinte forma: primeiro, foca a escola em seu contexto histórico; segundo articula-se os objetivos diante as necessidades de realização de metas e o desejo de solucionar os problemas; terceiro, discute a missão da escola a qual impregna-se de todas as ações da escola e direção do paradigma. do Desenvolvimento Humano, na elaboração. de um trabalho. cooperativo; quarto, refere-se aos atos: situacional, referencial e operacional, onde se definiu as diretrizes gerais do projeto para a realização de suas ações. Considerando ainda a necessidade de estudos articulados de base legal e dinâmica, que viabiliza o processo da escola como um todo. Nesse sentido a proposta pedagógica mostra ser fundamental promover discussões sobre os principais problemas que afetam a comunidade escolar e desenvolver propostas com relação às possíveis soluções, buscando saídas, contextualizando temas e promovendo a integração escolar, visando assim alcançar uma melhoria na qualidade do ensino oferecido pela instituição.. 3. GEOMORFOLOGIA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES. A relação que se estabelece entre a dinâmica antropófica e a natural, é refletida nos padrões de organizações espaciais, sendo pertinente compreender os diversos fenômenos existentes resultante dessa interação. A. geomorfologia. apresenta-se. como. um. conhecimento. específico,. sistematizado, que se detém em analisar as formas do relevo, na intenção de entender os processos antigos como também atuais, implicado em um conhecimento da evolução que o relevo apresenta, através do estudo das formas e das sucessivas deposições de materiais preservados, resultantes dos diferentes.

(12) processos morfogenéticos. Dessa forma, faz parte da incumbência dessa ciência à responsabilidade de conter informações que expliquem as causas das formas de determinados tipos de relevo, analisando os agentes (internos e externos) do relevo em questão. Nesse vasto universo de conhecimento se faz necessário estudar com atenção e interpretar a relação entre atmosfera, biosfera e hidrosfera. Ross (2006) argumenta que: A Geomorfologia é a disciplina das ciências da Terra mais diretamente utilizada e proporciona suporte absoluto as atividades humanas. Nesse sentido, destaca-se que o relevo da superfície terrestre é o “piso”, o „‟chão‟, onde a humanidade constrói e desenvolve suas atividades, produz, organiza e reorganiza seus espaços territoriais. A Geomorfologia ajuda a explicar como os espaços territoriais terrestres se organizam por meio das ações humanas. (p.9). Diante do exposto, pode se afirmar que o estudo da geomorfologia, transmite informações pertinentes, que podem contribuir para a diminuição dos impactos ambientais, uma vez que o conhecimento sobre o solo pode prevenir uma série de problemas provenientes da ação humana. Pois contribui significativamente para a compreensão da relação entre o social e o natural, sendo que na superfície terrestre se consolidam e se materializam atividades e produções de espaços humanizados. O relevo terrestre não é homogêneo (Figura 1.0), todas as partes do planeta apresentam saliências e depressões oriundas das eras geológicas passadas. Dentre essas distinções e depressões aparecem as montanhas, planaltos, planícies e depressões, e em menores escalas as chapadas, as cuestas e depressões periféricas. São os fatores internos (tectonismo, vulcanismo e abalos sísmicos) do relevo os responsáveis pelo rebaixamento ou elevação da superfície; enquanto que os externos (intemperismos, vento, águas correntes, gelo, mar, seres vivos, entre outros) causam transformações nessa superfície. Entender todo esse processo significa estabelecer uma relação entre o social e o natural, levando em consideração o fato de que na superfície terrestre se consolidam atividades e produção dos espaços humanizados. Para Orellana (1981) a função do geógrafo é: [...] ampliar as informações que permitam a ele estudar a combinação das RELAÇÕES que conformam as várias regiões da terra. É investigar as relações entre as características físicas e culturais das áreas, é explicar as razões das diferenças e similaridades que existem entre locais e áreas da terra. (p. 9)..

(13) A autora mencionada ainda afirma que esse caráter peculiar se dá pelos fundamentos de conceito e metodologia, ou seja, o aprendiz deve ser conduzido a identificar, através destas relações, as determinações de ocupação espacial e temporal. Desse modo, é impossível negligenciar a existência visível das inúmeras formas de relevo de deve ser analisadas de acordo com o manejo e utilização do solo, a fim se estabelecer uma relação de cuidado e respeito com o relevo.. Figura 1. As grandes unidades do relevo Fonte: Florenzano, 2008.. 4. AS CONCEPÇÕES DA GEOMORFOLOGIA APLICADAS AOS LIVROS DIDÁTICOS. O Livro é um instrumento que pode ser utilizado de formas divergentes, conformes os objetivos e possibilidades que o professor tenha, pode ser um excelente complemento a aula abrindo um leque de informações pertinentes a professores e alunos; desde que atenda ao objetivos da disciplina estudada. Castrogiovanni e Goulart (1999) mencionam alguns aspectos que consideram essencial na escolha do livro didático, tais como: Cartográfica, a abordagem que valoriza a realidade, onde ocorram interpretações a partir do cotidiano e de suas vivências, o estímulo à criatividade, sem aquelas idéias prontas, fechadas ou limitadas, a correta apresentação, o enfoque do espaço enquanto uma totalidade, vinculando a sociedade e a natureza..

(14) Sem dúvida o livro didático alcança gerações, culturas, valores, lugares, dentre outros, por conta disso é um recurso que pode ser um aliado importantíssimo no processo de ensino aprendizagem nas aulas de Geografia. Para Santos (2003) na escolha de um livro deve-se considerar os aspectos pedagógicos, políticos e mercadológicos, fatores que interferem de forma direta na sua elaboração e consequentemente nas concepções construídas pelo aluno, através deste instrumento. Levando em consideração que o livro didático é um material que se encontra vinculado em todas as fases escolares é fundamental a preocupação com a composição do mesmo. Criado na década de 1980, o Programa Nacional do Livro Didático - PNDL, é responsável pela análise dos Livros Didáticos no Brasil, tanto no ensinofundamental quanto médio. A Geomorfologia é um dos conteúdos que aparecem nos Livros Didáticos de Geografia, a exemplo de outros conteúdos. Durante muitos anos a Geomorfologia foi estudada de forma isolada, desligada de outros conteúdos, no entanto, atualmente a concepção mais aceita é de que o ensino fragmentado configura-se como deficiente, os conteúdos de geomorfologia sem dúvida ajudam na formação do aluno, principalmente se estiverem de acordo com os conhecimentos atualizados da área e com os objetivos educacionais atuais da disciplina de Geografia. O livro didático é um instrumento pedagógico bastante utilizado em todas as fases do ensino, mesmo sofrendo intervenções políticas e ideológicas, ele une uma série de conhecimentos básicos das disciplinas estudadas e engloba em seu interior um vasto número de informações, configurando-se como uma grande fonte de conhecimentos para alunos e professores, exercendo, portanto, um papel relevante no meio educacional. Pois em muitas escolas é um dos únicos instrumentos que os docentes possuem a serviço da ministração das aulas. Segundo Rangel (2005, p 13), o LDG precisa levar em consideração e respeitar as noções prévias dos usuários, e ainda dispor de elementos que desenvolvam o conhecimento. Com base nessa concepção o LDG, deve apresentar uma enorme variedade de textos, acarretando também um bom número de ilustrações, que contemplem o desenvolvimento dos que o utilizam.Tendo em vista a importância do livro didático em intermediar a interação entre alunos e professores, será analisado aqui o livro didático, do ensino médio, que é utilizado na Escola Estadual de Ensino.

(15) Fundamental e Médio Daniel Carneiro, em Riacho dos Cavalos. A obra tem por título GEOGRAFIA, ensino médio, volume único, dos autores: João Carlos Moreira e Eustáquio de Sene, editora Scipione, São Paulo, 1ª edição 2009. O LDG analisado apresenta como eixo fundamental facultar ao estudante a oportunidade de refletir a respeito do espaço geográfico mundial e brasileiro, além de discutir a interação entre homem e meio ambiente ao longo de sua história. Nessa perspectiva delineia alguns objetivos, dos quais é coerente citar aqui o seguinte: . Compreender melhor o mundo em que vivemos e suas respectivas transformações, a fim de atuar como cidadão crítico consciente. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Médio (PCNEM), o. de geografia deve compor em seus objetivos, o de:. Reconhecer na aparência das formas visíveis e concretas do espaço geográfico atual a sua essência, ou seja, os processos históricos, construídos em diferentes tempos, e os processos contemporâneo, conjunto de prática dos diferentes agentes, que resultam em profundas mudanças na organização e no conteúdo do espaço.. Com base no item defendido pelos PCN o aluno terá a oportunidade de perceber e analisar as mudanças naturais, sociais, econômicas, políticas ou culturais relacionando-as com realidade que o rodeia, podendo comparar a preservação e a degradação da vida no planeta. A Geomorfologia no Livro Didático analisado apresenta – se em capítulos de forma específica e em outros de forma mais ampla, através da descrição do relevo de um determinado país, por exemplo: Na unidade 2, da obra que é intitulada Geografia Física e Meio Ambiente, apresentam-se em 6 capítulos que envolvem o campo de estudo da geomorfologia, apenas 2 desses capítulos são específicos (estrutura geológica da terra, estruturas e formas do relevo); nos demais, o estudo também inclui outros ramos de pesquisa. Sem dúvida, a geomorfologia é um campo de. conhecimentos. que. requer. informação. de. outras. áreas. geográficas,. proporcionando assim a oportunidade de se ter aulas dinâmicas e diversificadas, onde o aluno pode pesquisar, analisar e propor respostas a partir das suas próprias conclusões sobre o fenômeno estudado..

(16) Na elaboração do manual em análise, percebe-se a presença de uma abordagem ainda ligada ao tradicional, uma vez que os conteúdos aparecem de forma compartimentada, contendo elementos como: descrições, classificações e generalizações, sem uma devida relação entre eles, que possibilitem um posicionamento. Apesar disso, é notável que os autores buscam a utilização dos conhecimentos ligados a geomorfologiatrabalhando na interação entre os sistemas natureza-sociedade, e ainda possíveis ligações entre clima, água, vegetação, solo, e outros agentes físicos. O livro analisado pode ser considerado como atual, apresenta uma linguagem clara e adequada ao nível das séries que é destinado. Inúmeras ilustrações aparecem no manual que são exemplos de uma boa utilização dos conhecimentos sobre relevo, uma vez que, essas ilustrações auxiliam na visualização e entendimento dos conteúdos tanto da Geomorfologia como dos demais. No entanto poucas são as informações relacionadas ao campo de estudo da geomorfologia, no capitulo especifico (estruturas e formas do relevo) as descrições do relevo aparecem sem nenhuma outra conexão.. 5. ATIVIDADES PROPOSTAS NOS LIVROS DIDÁTICOS. O livro didático é um subsídio extremamente relevante no processo de ensino aprendizagem, por configurar-se como um instrumento importantíssimo no desenvolvimento de saberes em sala de aula, sendo fundamental que aos professores o recebam e utilizem como material de auxílio, entre outras fontes que é pertinente que sejam utilizadas na abordagem dos conteúdos. No interior dos capítulos do livro analisado, fotografias, mapas ou imagens são utilizados para ilustrar e/ou contextualizar os conteúdos estudados, quadros explicativos são empregados, referente aos conteúdos. No término dos capítulos são sugeridas as atividades: na seção - você precisa saber, aparecem questões que proporcionam a revisão dos conteúdos trabalhados (está neste o foco principal desta pesquisa; no acervo de indicações de sites, na sessão -. pesquisa na internet,. amplia a área referente as pesquisas; a seção de vídeo - trás propostas de vídeos e filmes relacionado ao assunto. No final de cada unidade a obra apresenta um grande.

(17) número de exercícios de vestibular e o Enem, a fim de ajudar o aluno a preparar- se para tais atividades. Nestas atividades citadas, os autores buscam uma revisão do conteúdo a exemplo da proposta na página 89 do capítulo “as estruturas e formas do relevo”. Atividade (na sessão - Você precisa saber), questões como: 1- O que são e como se originam as formas do relevo? 2- Qual a diferença entre estrutura e forma de relevo? 3- Defina planalto planície e depressão? 4- Caracterize o relevo brasileiro? 5- O que é plataforma continental e qual é a sua importância econômica?. Observa-se nessas atividades uma preocupação com a exploração dos conteúdos, que permite ao aluno fixar o estudo, no entanto poderiam ser mais amplas e que remetessem um pouco mais a outros campos da pesquisa geográfica, estimulando um pensar crítico e construtivos a partir de reflexões pertinentes; uma vez que os conteúdos de geografia e principalmente o campo de estudo da geomorfologia exige conhecimentos amplos e relacionados, para a obtenção de melhores resultados; a relação homem natureza também poderia ser explorada, uma vez que grande parte das atividades desenvolvidas pelo homem são realizadas sobre alguma forma de relevo, e vez por outra agentes transformadores. No entanto para Moreira (1987), a natureza é todo o mundo natural e não inclui o homem, seu estudo faz parte da geografia física, estudo esse que envolve o clima a vegetação e o relevo.. CONCIDERAÇOES FINAIS. A realização dessa pesquisa proporcionou a discussão de algumas questões referentes ao ensino de geomorfologia e suas concepções aplicadas ao livro didático, onde procurou – se refletir sobre o seu papel no ensino da Geografia. Percebe - se que o assunto é bem focalizado no meio geográfico e suas concepções têm sido incorporadas pelo PNLD.. Esse estudo demonstrou o quanto o tema.

(18) analisado está presente no cotidiano do individuo, além de sua relevância no processo de ensino-aprendizagem. Como uma feição da realidade, a geomorfologia é capaz de informar e Atribuir significados a dinâmica da Terra, um trabalho interdisciplinar possibilita ao aluno visualizar o todo, onde ele pode ser instigado a observar, analisar, ler, interpretar e aplicar o tema tratado. Além disso, a instituição, onde se coletou os dados, oferece uma proposta motivadora para que os alunos conheçam e utilizem com competência os conhecimentos diversos ligados ao campo da Geografia. Os autores discutidos, também foram unânimes em constatar que existe uma necessidade muito grande de um trabalho concreto com os conhecimentos da geomorfologia nas escolas, pois compõe um conhecimento que independente do grau de instrução, configura-se como vínculo necessário ao homem. É, sem duvida, um dos fatores essenciais para que o professor possa desenvolver o processo ensino-aprendizagem, através de suas múltiplas utilidades. No entanto, se verifica que a geomorfologia infelizmente ainda é ensinada de forma superficial, não são formulados para essa modalidade objetivos específicos, mesmo sendo extremamente importante. Nesse contexto, cabe ao professor, conscientizar – se dessa necessidade e praticar esse conhecimento em sala de aula com seus alunos, essa postura com certeza ajudará a todos a desenvolver de melhor forma os conteúdos ligados a Geografia. Caso contrário, permeará na formação do aluno uma lacuna referente aos conhecimentos geográficos e na sua formação em quanto um pesquisador teórico prático ao longo da escolarização. Sendo assim, é relevante reforçar nesse estudo a necessidade imediata de se trabalhar tais conteúdos, em virtude de um desenvolvimento necessário, sendo fundamental a realização de pesquisas que repensem conteúdos, metodologias e condições de trabalho para que o professor na sociedade atual estabeleça métodos que proporcionem uma consciência dos papéis internacionais que permeiam as atividades no campo da Geografia..

(19) ABSTRACT. Keywords: Geomorphology; Secondary Education; Geography; Textbook. Based on the theoretical prescriptions on the geomorphology, the study seeks to investigate the space of geomorphology ingeography lessons, the requirements and concepts applied to the actual textbook used in the research institution - considering the suggested activities and profile of strategies and practices fundamental concept in the field of geomorphology. Based on the idea that the study of geomorphology is part of a field capable of transmitting a large collection of relevant information on human activities and as such should include the education proposals of Brazilian schools in today's society, because of the importance given. The study was conducted in the State School of Elementary and Secondary Education Daniel Carneiro, facing the school, hoping to ascertain the link between education and the applicability of geomorphology in geography textbook used in the current year.. REFERÊNCIAS. BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio.Geografia, Brasília: MEC. (1999). CARVALHO, Alcione L. P. (2004). Necessidades na produção acadêmica em Geomorfologia Escolar. In: IV Simpósio Nacional de Geomorfologia, São Luís – MA. CASTROGIOVANNI, A. C; GOULART. M. Geografia em sala de aula: práticas e Reflexões. Porto Alegre: editora da UFRGS, 1999. FREITAG, B. As confusões conceituais de Fernando Becker. Educação e Realidade. Porto Alegre: UFRGS, v. 12, n. 2, p.90-102. Jul./Dez. 1987 FLORENZANO, T.G. Introdução a geomorfologia. Editora de textos, são Paulo 2008 MORAES, Roque. Análise de conteúdo. Revista Educação. Porto Alegre. N° 37. Março 1999. MOREIRA, João Carlos.SENE, Eustáquio. Geografia ensino médio. 1ª edição, editora Scipione. São Paulo 2009. MOREIRA, Ruy. O discurso do avesso (Para a crítica da geografia que se ensina). Rio de Janeiro: Dois Pontos, 1987. ORELLANA, Margarida Maria Penteado. A Geomorfologia no contexto social. In:.

(20) Geografia e Planejamento. São Paulo: Universidade de São Paulo – Instituto de Geografia, nº 34, 1981, p. 1-25. ROSS, J.L.S. Ecogeografia do Brasil: subsídio para planejamento ambiental. São Paulo: Oficina de Textos, 2006 SANTOS, Clézio. A cartografia nos livros didáticos de geografia: Contrapostos de uma pesquisa. Ver. Ciên. Hum. Taubaté. V.9, n.2, p.107-114, jul-dez 2003. UNESCO. (2003) A ciência para o século XXI: uma nova visão e uma base de ação.Texto baseado na Conferência Mundial sobre Ciência, Santo Domingo, março de 1999e na Declaração sobre Ciência e a Utilização do Conhecimento Científico, Budapeste,1999. ABIPTI: Brasília. 72 p. VEIGA, Ilma. Passos Alencastro. Projeto Político Pedagógico da Escola: Uma construção coletiva. In: Projeto político–pedagógico da escola: Uma construção possível. 22 edição: Campinas: Papirus, 1995, p 11- 33..

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