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Academic year: 2021

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TÍTULO: VACINAÇÃO CONTRA HPV EM INDIVÍDUOS DO SEXO MASCULINO E A INFECÇÃO PELO PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV)

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO

CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE

ÁREA:

SUBÁREA: Biomedicina

SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO(ÕES): CENTRO UNIVERSITÁRIO AMPARENSE - UNIFIA

INSTITUIÇÃO(ÕES):

AUTOR(ES): FRANCIELE FERRARINI

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ALINE GRITTI RODRIGUES, JOYCE BEIRA MIRANDA DA SILVA, DANIELA VASCONCELOS DINI DA CRUZ PIRES

ORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): ANDRESSA MACIEL PEREIRA, CAINÃ TONHOLI DE GODOY, LARISSA APARECIDA MOREIRA, SÍLVIA CAROLINE BATISTA

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RESUMO: O Papiloma vírus humano (HPV) está ligado diretamente ao câncer de colo de útero e a outros tipos de cânceres de região genital, anal e oral, constituindo atualmente uma das principais infecções sexualmente transmissíveis (IST) em circulação. No homem, existem poucos estudos sobre a infecção, porém este apresenta papel importante na disseminação do vírus, podendo desenvolver também o câncer peniano. Sua disseminação é eficiente e estima-se que a grande maioria das pessoas sexualmente ativas já foram expostas ou estão infectadas pelo vírus. Seu desenvolvimento para feridas ou para o câncer depende de cofatores do hospedeiro, tais como multiplicidade de parceiros sexuais, início precoce de atividades sexuais, não circuncisão no caso dos homens, imunidade comprometida, além de tabagismo. Sua detecção se torna difícil principalmente no homem, que apresenta na maioria das vezes lesões subclínicas atreladas a falta de sintomatologia. As vacinas tetravalentes estão sendo oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil para meninas de 9 a 14 anos e para meninos de 11 a 14 anos de idade.

INTRODUÇÃO: O HPV é responsável por aproximadamente 99% dos casos de câncer de colo uterino, sendo relativamente associado a cânceres na região anogenital (90%), vaginal, da vulva (40%), do escroto, peniana e atualmente, associa-se a casos de câncer na região da boca (3%) e orofaringe (12%). Seu local de instalação está relacionado ao tropismo por células epiteliais, causando lesões na pele, além de mucosas (11,14).

Os indivíduos do sexo masculino atuam como vetores na transmissão, uma vez que a principal via de disseminação desse agente etiológico é o contato direto com a pele ou mucosa infectada, sendo associado imprescindivelmente a uma infecção sexualmente transmissível (IST). As lesões intraepiteliais nestes indivíduos são mais subclínicas se comparado as mulheres. Isso se deve à existência do exame preventivo Papanicolau, capaz de evidenciar lesões precursoras de câncer no colo do útero, diminuindo assim a sua capacidade de ocasionar maiores lesões (4,10). Pesquisas indicam que existe cerca de 60% a 80% de chance de contaminação a partir de único contato com o HPV, porém a ação do vírus no organismo do hospedeiro depende de cofatores, tais como: gravidez, doenças crônicas, uso de drogas imunossupressoras, stress, iniciação sexual precoce, multiplicidade de parceiros sexuais e predisposição genética. Ou seja, muitas pessoas infectadas

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apresentam o vírus na forma latente e quando este ocasiona lesões, a chance de cura espontânea se torna alta, existindo indícios confirmatórios de que em cerca de 2 anos há negativação viral através de exames moleculares. Nos homens, a não circuncisão, idade jovem e tabagismo também se tornam cofatores importantes, sendo o uso de cigarro o principal (associado a persistência de atividade do agente, progressão ou mesmo recidiva viral) apesar de tratamento correto, pois o a nicotina e a cotinina inibem a resposta imunológica, ocasionando replicação viral e infectando consequentemente células adjacentes. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada dez pessoas se encontra infectada pelo vírus, sendo que a mesma se torna mais fácil de homem para mulher (3,13,15). O HPV é pertencente ao gênero Papillomavirus; família papovaviridae. Não é envelopado e apresenta seu DNA em fita circular dupla. Existem aproximadamente 200 tipos de HPV’s, porém cerca de 100 puderam ser identificados com genomas inteiros e sequenciados completamente, sendo divididos em dois grupos de acordo com o seu grau de malignidade: os oncogênicos (capazes de provocar alterações celulares, ocasionado lesões e possuindo alto grau de malignidade) e os não oncogênicos, que não causam alterações celulares, levando, porém, a formação de verrugas. Os representantes dessa classe são principalmente o HPV 6 e o HPV 11, enquanto da classe dos oncogênicos os mais comumente encontrados são o HPV 16 e o HPV 18. Existe ainda a classificação de acordo com seu tropismo. Ou seja: o vírus mucosotrópico associa-se ao aparecimento de verrugas genitais, enquanto o vírus cutaneotrópico afeta áreas não genitais, sendo associado a verrugas benignas (5,11).

O potencial oncogênico do HPV é mediado por duas oncoproteínas de seu genoma: E6 e E7, capazes de inativar os genes supressores de tumor p53 e pRb, ocasionando a proliferação de células mutantes. A diferenciação dos HPV’s também pode ser demonstrada a partir da sua ação na célula hospedeira, uma vez que os não oncogênicos, ao invadirem a mesma, mantêm o DNA viral íntegro, enquanto as formas oncogênicas sofrem deleção e integram o seu material genético ao da célula hospedeira (12).

O vírus pode apresentar duas atividades distintas nas células do hospedeiro. Na atividade epissomal ocorre o acompanhamento viral da diferenciação celular pelas camadas epiteliais. Ou seja: as células superficiais possuem cópias do HPV a serem

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transmitidas as células adjacentes, ocorrendo proliferação celular com hiperplasia epitelial, papilomatose, além de aumento do número de capilares nas papilas dérmicas, gerando condilomas acuminados. A segunda atividade ocorre a partir da produção de proteínas capazes de alterar a atividade celular do hospedeiro, ocasionando proliferação celular e apoptose. Se associada a cofatores oriundos do mesmo, apresenta capacidade de gerar lesões oncogênicas (13,15).

Vários estudos continuam em andamento a respeito da eficácia das vacinas produzidas, bem como sua duração. Neste caso, necessitou-se desenvolver uma combinação entre duas proteínas presentes no capsídeo viral: L1 e L2, gerando estrutura morfológica semelhante aos vírius, porém livres de DNA. Estas foram denominados de Vírus-like particles (VLP) e induzem a resposta imunológica sem causar qualquer infecção ao paciente, não gerando, portanto, processos neoplásicos. A vacina se torna uma combinação de poucos VLP’s, escolhidos de acordo com a incidência de infecção global, sendo o HPV 16 mais comum (presente em 50% dos casos) e o HPV 18 (presente em 15% dos casos), principais responsáveis pela forma oncogênica, constituindo a vacina bivalente. A vacina tetravalente compreende além destes, o HPV 6 e o HPV 11, responsáveis pela formação de 90% das verrugas genitais. São compostos por 20 µg de HPV 6, 40 µg de HPV 11, 40 µg de HPV 16 e 20 µg de HPV 18, juntamente com hidroxisulfato de alumínio. No Brasil a profilaxia bivalente foi aprovada em 2009 e apresentou eficácia adicional contra quase todos os HPV’s do tipo 51, 33 e 45. A administração ocorria em 3 doses, sendo a forma bivalente nos meses 0, 2 e 6 e a quadrivalente nos meses 0, 1 e 6, respeitando rigorosamente o intervalo de 4 semanas entre a primeira e a segunda dose, 12 semanas entre a segunda e a terceira dose e 24 semanas entre a primeira e última dose (15).

As vacinas alcançam os vasos linfáticos e estimulam maior produção de anticorpos do que em uma infecção por HPV. São divididas em dois grupos, sendo eles profiláticos e terapêuticos. As vacinas profiláticas estimulam a resposta imune humoral, com liberação de anticorpos na mucosa genital a partir da combinação das proteínas L1 e L2, enquanto a forma terapêutica provém das proteínas E6 e E7, estimulando células imunocompetentes ao combate. Um obstáculo a ser vencido além do custo elevado é a quantidade de doses necessárias para efetiva imunização, sendo que muitos adolescentes não acompanham corretamente as datas e doses. Estudos indicam que a aplicação da forma bivalente em homens

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heterossexuais não é significativa, pois estes dificilmente desenvolvem câncer genital pelo HPV, enquanto a forma profilática é indicada para o grupo masculino, evitando assim a formação de verrugas genitais (3).

Nos meninos com idades entre 9 e 15 anos já se comprovou eficácia na imunogenicidade, porém a mesma ainda não pode ser comprovada em homens adultos. Estima-se que a vacinação desse grupo possa diminuir em cerca de 10% a procura por mulheres aos consultórios clínicos de IST’s. Algumas contraindicações existem para a aplicação, como em casos de presença de quadros febris, ou reações de hipersensibilidade do paciente ao levedo. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil (ANVISA) regulamentou a comercialização das vacinas no ano de 2006 (3,7).

A OMS investiu na distribuição das vacinas no ano de 2014 a partir do Programa Nacional de Imunização, sendo estas fornecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) primeiramente com o intuito de prevenção de câncer de colo de útero (que se encontrava em terceiro lugar no câncer mais frequente em mulheres), e consequentemente diminuição dos gastos com o tratamento da patologia. Porém por pouco conhecimento populacional a respeito das causas e efeitos da doença, os números atingidos de vacinação não compreenderam os dados estimados. No mesmo ano a vacina era ofertada para meninas de 11 a 14 anos, sendo a meta de imunização estabelecida a 80% dessa população. Após levantamento, verificou-se que a taxa populacional imunizada foi de apenas 58%. A partir dos resultados obtidos, formou-se parceria entre Secretaria da Saúde e Secretaria da Educação a fim de conscientizar e vacinar adolescentes estudantes de escolas municipais e particulares em todos os estados brasileiros (6,9).

Atualmente, a vacina oferecida pelo SUS é a quadrivalente, para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos de idade. Tal idade foi estipulada, pois é preconizado que a vacinação ocorra antes do início da atividade sexual dos adolescentes, aumentando a imunogenicidade desta (1,2,8).

OBJETIVOS: Realizar revisão de literatura a respeito de infecções pelo HPV em indivíduos do sexo masculino, explicitando a importância da detecção precoce deste tipo de infecção em tal população, bem como o tratamento adequado, obtendo concomitantemente dados referentes à vacinação contra o HPV no Sistema Único de Saúde dos municípios do interior paulista e Monte Sião – MG.

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METODOLOGIA: Revisão bibliográfica feita a partir de artigos científicos nacionais e internacionais, encontrados nos sites das bibliotecas virtuais em saúde, além da utilização de livros textos de virologia e citopatologia para complementação bibliográfica. Obtenção de dados sobre a vacinação de jovens do sexo feminino e masculino no ano de 2017 através de contato com a vigilância epidemiológica das cidades de Amparo (SP), Monte Sião (MG), Pinhalzinho (SP), Serra Negra (SP) e Socorro (SP) para o confrontamento de dados através de gráficos gerados em planilhas Excel.

DESENVOLVIMENTO: Se torna perceptível que as complicações referentes a infecção pelo HPV em homens são menores se comparadas com as mulheres, com o câncer de colo de útero. Porém mesmo que em quantidades reduzidas, o índice de mortalidade nos homens pelo câncer peniano se faz existente. Este apresenta maior incidência nos pacientes com idade avançada, causando alta taxa de mortalidade. No Brasil apresenta cerca de 2% do total de cânceres em indivíduos do sexo masculino, com maior frequência nas regiões norte e nordeste. Vários fatores são atribuídos à instalação da patologia, entre eles a fimose e sua não circuncisão, má higienização, idade jovem, além da presença do HPV (em cerca de 40% dos casos), sendo este geralmente o subtipo 16. É comprovado que cerca de 44% a 85% dos pacientes com câncer peniano possuem fimose, sendo que a circuncisão diminui significativamente as chances de instalação de doenças, bem como reduz a persistência do vírus, porém ainda sem comprovação efetiva. Para os casos de carcinoma peniano, como tratamento se faz necessária a penectomia parcial ou total. Mesmo com a pequena parcela deste tipo de câncer, sua probabilidade se faz aumentada de duas a três vezes em pacientes que sejam HIV positivos (2,9,11). Os homens muitas vezes apresentam quadros assintomáticos ou mesmo lesões decorrentes que quando visíveis passam desapercebidas, tornando difícil a detecção. Em muitos casos, médicos que diagnosticam mulheres com lesões ocasionadas pelo HPV, solicitam exames em seus parceiros, principalmente em casos de recidivas destas. Cerca de 37% dos casais heterossexuais no ano de 2005 se encontravam infectados com o mesmo subtipo de HPV. Além disso, homens com histórico de verrugas anogenitais possuem risco aumentado de 5 a 6 vezes para desenvolvimento de carcinoma celular escamoso. O HPV está presente em áreas úmidas, sendo no homem os principais locais: glande, frênulo, corona e prepúcio (7, 11).

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A peniscopia, desenvolvida no ano de 1984 por Levine é amplamente utilizada para diagnóstico de lesões subclínicas, juntamente com o uso de ácido ácetico e posterior visualização com colposcópio em aumento de 13 vezes. Consiste na aplicação do ácido acético a 5% em toda região peniana embebido em gaze, que deve permanecer no local por cerca de 5 minutos. O ácido acético tem a função de coagular e precipitar proteínas intracelulares de lesões subclínicas, revelando áreas acetobrancas. O diagnóstico final (em 30% a 60% dos casos) muitas vezes precisa ser confirmado a partir de biópsia e análise histopatológica (11).

Estudos sugerem que além de homens apresentarem a cura espontânea em muitos casos, a uretra pode atuar como reservatório, porém as lesões uretrais são muito raras (0,5% a 5% dos casos). Nessas situações, o exame citológico da região uretral se faz necessário, sendo realizado com cotonete ou escova e corado com a técnica de Papanicolau. Porém na maioria das vezes o material se encontra pobre em células, além de evidenciar presença de artefatos que dificultam a leitura, tornando o exame inconclusivo. O exame citológico para a detecção de lesões causadas por HPV é de suma importância, uma vez que permite a identificação de vacúolos perinucleares geralmente associados a células escamosas: a coilocitose (4,13). O diagnóstico a partir de biologia molecular é eficiente para casos em que o vírus se faz presente no período de latência, se encontrando na fase epissomal, ou seja: se replicando uma vez a cada ciclo celular, sem atividade. Os principais exames realizados são o PCR (com primers genéricos) e a captura hibrida, apresentando alta sensibilidade e especificidade. Ainda não se sabe ao certo quanto tempo pode permanecer esse período de latência no hospedeiro, sabe-se apenas que referido tempo depende de seu sistema imunológico. A análise histopatológica é considerada o padrão ouro na detecção do câncer peniano por HPV, pois proporciona a visualização microscópica do efeito do vírus nas células teciduais (4,11).

Ainda não existe tratamento específico. Deve-se, portanto, eliminar as lesões clínicas e subclínicas a partir de ressecções, vaporizações ou cauterizações e estimular a resposta imunológica do paciente (13).

RESULTADOS

Os dados a respeito das vacinações ocorridas no ano de 2017 entre os meses de janeiro a outubro nas cidades contempladas no estudo foram conseguidos diretamente pela Vigilância Epidemiológica de cada cidade. Os mesmos não

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puderam ser coletados com distinção entre os sexos. Sabe

homem se iniciou gratuitamente pelo SUS apenas no ano de 2017, portanto estima se que a maior parcela das vacinas ainda tenha sido aplicada nas meninas, visto que houve pouca divulgação e informação gerada a respeito das mudanças geradas.

Na cidade de Amparo –

anos é de aproximadamente 4701 indivíduos, segundo o último censo de 2010. A quantidade de doses da vacinação quadrivalente ap

foi de 448 doses. Na cidade de Monte Sião doses da vacina contra o HPV, em uma 1552 indivíduos entre 10 à 14 anos

doses e a população entre 10 à 14 anos é de aproximadamente 1060 indivíduos Serra Negra – SP foram aplicadas 240 doses defronte

etária em questão, segundo o censo de 2010

aplicadas 619 doses e a população entre 10 à 14 anos é de aproximadamente 2541 indivíduos. Segundo esses dados, estima

HPV nestas cidades corresponde

Pinhalzinho, 11% em Serra Negra e 20% em Socorro.

Figura 1- Doses aplicadas nas regiões supracitadas comparadas com a soma da população total entre todas as cidades envolvidas. Número populacional de acordo com o Censo 2010.

Nas cidades de Monte Sião obtenção de dados referentes

puderam ser coletados com distinção entre os sexos. Sabe-se que a imunização no homem se iniciou gratuitamente pelo SUS apenas no ano de 2017, portanto estima

e a maior parcela das vacinas ainda tenha sido aplicada nas meninas, visto que houve pouca divulgação e informação gerada a respeito das mudanças

SP, a população de habitantes na faixa etária entre 10 à 14 amente 4701 indivíduos, segundo o último censo de 2010. A quantidade de doses da vacinação quadrivalente aplicada na população em questão Na cidade de Monte Sião – MG, é evidenciado a aplicação de 591 doses da vacina contra o HPV, em uma população estimada em aproximadamente 1552 indivíduos entre 10 à 14 anos. Na cidade de Pinhalzinho, foram aplicadas 444 doses e a população entre 10 à 14 anos é de aproximadamente 1060 indivíduos

foram aplicadas 240 doses defronte 1879

, segundo o censo de 2010. Na cidade de Socorro

aplicadas 619 doses e a população entre 10 à 14 anos é de aproximadamente 2541 . Segundo esses dados, estima-se que a população vacinada contra o V nestas cidades corresponde à: 9% em Amparo, 28% em Monte Sião, 30% em Pinhalzinho, 11% em Serra Negra e 20% em Socorro.

Doses aplicadas nas regiões supracitadas comparadas com a soma da população total entre todas as cidades envolvidas. Número populacional de acordo com o Censo 2010.

Nas cidades de Monte Sião – MG e Serra Negra - SP, também foram possíveis obtenção de dados referentes às primeiras e segundas doses aplicadas.

se que a imunização no homem se iniciou gratuitamente pelo SUS apenas no ano de 2017, portanto

estima-e a maior parcestima-ela das vacinas ainda testima-enha sido aplicada nas mestima-eninas, visto que houve pouca divulgação e informação gerada a respeito das mudanças

SP, a população de habitantes na faixa etária entre 10 à 14 amente 4701 indivíduos, segundo o último censo de 2010. A licada na população em questão MG, é evidenciado a aplicação de 591 população estimada em aproximadamente Na cidade de Pinhalzinho, foram aplicadas 444 doses e a população entre 10 à 14 anos é de aproximadamente 1060 indivíduos. Em indivíduos da faixa Na cidade de Socorro - SP, foram aplicadas 619 doses e a população entre 10 à 14 anos é de aproximadamente 2541 a população vacinada contra o à: 9% em Amparo, 28% em Monte Sião, 30% em

Doses aplicadas nas regiões supracitadas comparadas com a soma da população total entre todas as Fonte: Autores. SP, também foram possíveis à e segundas doses aplicadas.

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Figura 2- Comparação da primeira e segunda dose da vacinação nas cidades de Monte Sião e Socorro. Fonte: Autores.

Discussão: Através dos resultados obtidos relacionados à vacinação nas cidades do interior paulista – incluindo a cidade de Monte Sião (MG), fica evidenciada uma baixa adesão dos habitantes em relação a vacinação, como observado na figura 1. Isso se deve a falta de interatividade da comunidade com os serviços de saúde e vice-versa, bem como o baixo nível de informação sobre o assunto.

Outro fator que interfere na adesão a vacinação se refere à dificuldade dos pais em abordar questões referentes a sexualidade com os filhos, minimizando assim a eficiência dos resultados alcançados. Os pais inconscientes e sem a informação do assunto, referem-se a vacina como uma estimulação ao início precoce da vida sexual, fato este inoportuno, uma vez que a vacina visa prevenir uma possível IST na vida adulta. Salienta-se ainda que a potencialização do efeito da vacina é associada quando esta é administrada antes do inicio da vida sexual, uma vez que o individuo ainda não entrou em contato com nenhuma cepa virulenta do HPV (8). Evidenciou-se também que em relação às doses aplicadas, a primeira dose é predominante em relação a segunda. No inicio da campanha em 2014, a aplicação da vacina foi realizada em parceria da secretaria da saúde com a secretaria da educação e a vacinação ocorreu dentro do perímetro escolar. Dessa maneira denotou-se uma alta adesão a primeira dose. No entanto, a segunda dose era oferecida apenas nos postos de saúdes, ficando os pais ou representantes legais responsáveis por levarem seus filhos para a vacinação, resultando neste cenário uma recaída da adesão à campanha. Este fato nota-se também neste estudo, representado na figura 2, onde as primeiras doses são relativamente consideráveis quando comparadas a segunda dose (6).

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Como não foi possível a obtenção de dados em relação da vacinação entre os sexos, estima-se que o número de indivíduos do sexo masculino que aderiram a vacinação seja muito inferior ao sexo feminino, uma vez que o inicio da vacinação para estes tenha uma pequena faixa de tempo (aproximadamente 6 meses). Faz-se necessária a conscientização desse sexo quanto a vacinação, uma vez que o homem é considerado como um vetor na transmissão do vírus.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que o homem apresenta importante papel na disseminação do vírus do HPV, e que este precisa ter uma maior atenção desde campanhas de vacinação até melhores diagnósticos, visto que suas lesões geralmente são assintomáticas e na maioria das vezes subclínicas. Se tratados os homens, consequentemente suas parceiras sexuais apresentarão menor chance de infecção viral, e em longo prazo haverá diminuição de câncer de colo de útero, bem como de câncer peniano, ou mesmo diminuição de verrugas ocasionadas pelos tipos de HPV não oncogênicos. Recomenda-se maior esclarecimento para a população a respeito da vacinação, suas contraindicações e seus efeitos, visto que muitos pais não permitem que ocorra imunização de seus filhos por acharem que tal fato se torne estímulo para início precoce das atividades sexuais. Ressalta-se que as vacinas oferecidas pelo SUS apresentam proteção apenas contra 4 tipos de HPV, ou seja: é de suma importância que os indivíduos, mesmo aqueles imunizados utilizem preservativos durante as relações sexuais, a fim de evitar infecções por outros subtipos do HPV, bem como outros tipos de infecções sexualmente transmissíveis. FONTES CONSULTADAS

1- ALBUQUERQUE, G.A. et Al. Saberes e práticas sexuais de adolescentes do sexo masculino: impactos na saúde. Revista de Enferm. Do Centro Oeste Mineiro, v.4, n.2, p.1146- 1160, out.-2014.

2- CARVALHO J. J. M. et Al. Câncer de pênis em jovem de 23 anos associado a infecção por HPV 62 – Relato de caso – DST. J bras. Doenças Sex Transm., v. 23, n.1, p. 44-47, jul.- 2011.

3- DERCHAIN S. F. M., SARIAN L. O. Z. Vacinas profiláticas para o HPV. Ver. Bras. Ginecol. Obstet., v.29, n.6, p. 281-4, 2007.

4- DIAS, J.M.G. Prevalência de lesões epiteliais penianas e infecção pelo papilomavírus humano (HPV) em parceiros de mulheres com lesões epiteliais

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9- OSIS, M. J. D. et Al. Conhecimento e atitude de usuários do SUS sobre HPV e as vacinas disponíveis no Brasil. Ver. Saúde Pública, v.48, n.1, p. 123-133, 2014. 10- SANTOS, N.S.O., ROMANOS, M.T.V., WIGG, M.D. Introdução à virologia humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

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12- SOLERA, M.A. HPV – Os principais tipos de câncer causados pelo papilomavírus humano em indivíduos do sexo masculino. Centro Universitário de Brasília, 2015.

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Referências

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