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Capítulo 5
Integrais
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5.5
Regra de Substituição
Nesta seção, nós aprenderemos: Substituir uma nova variável no lugar de uma
expressão já existente de uma função.
INTEGRAIS
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Por causa do Teorema Fundamental, é importante sermos capazes de encontrar primitivas.
Porém, nossas fórmulas de primitivação não mostram como calcular as integrais do tipo
2
2 1
x
x dx
³
INTRODUÇÃO Equação 1
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Para encontrar essa integral usamos a estratégia de resolução de problemas de
introduzir alguma coisa extra.
Aqui o “alguma coisa extra” é uma nova variável; mudamos da variável x para uma nova variável u.
INTRODUÇÃO
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Suponha que façamos u igual à quantidade sob o sinal de raiz em (1), u = 1 + x². Então a diferencial de u é du = 2x dx . Observe que se dx na notação de integral for interpretada como uma diferencial, então a diferencial 2x dx ocorrerá em (1);
INTRODUÇÃO
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Portanto, formalmente, sem justificar nossos cálculos, podemos escrever
2 2 3/ 2 2 3 2 3/ 2 2 3
2 1
1
2
(
1)
x
x dx
x
x dx
udu
u
C
x
C
³
³
³
INTRODUÇÃO Equação 2Mas agora podemos verificar que temos a resposta correta usando a Regra da Cadeia para derivar a função final da Equação 2:
2 3 2 3 2 1 2 2 2 3 3 2 2
(
1)
(
1)
2
2
1
d
x
C
x
x
dx
x x
ª
º
¬
¼
INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO Equação 3
Em geral, esse método funciona sempre que temos uma integral que possa ser escrita na forma f(g(x))g’(x) dx.
Observe que se F’ = f, então
F’(g(x))g’(x) dx = F(g(x)) + C
pois, pela Regra da Cadeia,
>
( ( ))@
'( ( )) '( )d
F g x F g x g x dx
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Se fizermos a “mudança de variável” ou “substituição” u = g(x), então da Equação 3 temos
'( ( )) '( )
( ( ))
( )
'( )
F g x g x dx
F g x
C
F u
C
F u du
³
³
INTRODUÇÃO© 2010 Cengage Learning. Todos os direitos reservados. Escrevendo F’ = f , obtemos
f(g(x))g’(x) dx =
f(u) du
Assim, demonstramos a regra a seguir.
INTRODUÇÃO
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REGRA DA SUBSTITUIÇÃO Equação 4 Se u = g(x) for uma função derivável cuja imagem é um intervalo I e f for contínua em I , então
f(g(x))g’(x) dx = f(u) du
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Observe que a Regra da Substituição para a integração foi demonstrada usando a Regra da Cadeia para a derivação. Note também que se u = g(x), então
du = g’(x) dx, portanto uma forma de se
recordar a Regra da Substituição é imaginar
dx e du em (4) como diferenciais.
REGRA DA SUBSTITUIÇÃO
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Assim, a Regra da Substituição diz que:
é permitido operar com dx e du após sinais de integração como se fossem diferenciais.
REGRA DA SUBSTITUIÇÃO
© 2010 Cengage Learning. Todos os direitos reservados. Encontre x3cos(x4 + 2) dx
Solução: Fazemos a substituição u = x4+ 2
porque sua diferencial é du = 4x³ dx, que, à parte do fator constante 4, ocorre na integral. REGRA DA SUBSTITUIÇÃO EXEMPLO 1
Assim, usando x³ dx = du/4 e a Regra da Substituição, temos
Observe que no estágio final retornamos para a variável original x.
REGRA DA SUBSTITUIÇÃO EXEMPLO 1
A ideia por trás da Regra da Substituição é substituir uma integral relativamente complicada por uma mais simples.
Isso é obtido mudando-se da variável original x para uma nova variável u, que é uma função de x. Dessa forma, no Exemplo 1 substituímos a
integral x3cos(x4+ 2) dx pela mais simples
¼ cos u du. REGRA DA SUBSTITUIÇÃO
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O desafio principal no uso da Regra da
Substituição é descobrir uma
substituição apropriada.
Você deve tentar escolher u como uma função no integrando cuja diferencial também ocorra (exceto por um fator constante).
Foi isso que aconteceu no Exemplo 1. REGRA DA SUBSTITUIÇÃO
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Se isso não for possível, tente escolher u como alguma parte complicada do integrando.
Achar a substituição correta tem algo de artístico. É normal errar na escolha da substituição; se sua
primeira tentativa não funcionar, tente outra substituição.
REGRA DA SUBSTITUIÇÃO
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REGRA DA SUBSTITUIÇÃO EXEMPLO 2 Calcule
Solução 1: Seja u = 2x + 1. Então du = 2 dx, logo
dx = du/2. Nesse caso, a Regra da Substituição dá
2
x
1
dx
³
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Solução 2: Outra substituição possível é Então,
portanto, du = u du
Ou observe que u2= 2x + 1, logo 2u du = 2 dx. Assim
2 1 u x 2 1 dx du x 2 1 dx x
REGRA DA SUBSTITUIÇÃO EXEMPLO 2
© 2010 Cengage Learning. Todos os direitos reservados. Encontre Seja u = 1 – 4x2. Então, du = -8x dx. Portanto, x dx = -1/8 du e 2 1 4 x dx x
³
1 2 1 1 8 8 2 2 1 1 8 4 1 1 4 (2 ) 1 4 x dx du u du u x u C x C³
³
³
REGRA DA SUBSTITUIÇÃO EXEMPLO 2
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A resposta do Exemplo 3 pode ser verificada por derivação, mas em vez disso vamos verificá-la graficamente.
REGRA DA SUBSTITUIÇÃO
Na figura usamos um computador para fazer o gráfico do integrando
e de sua integral indefinida (escolhemos o caso C = 0). 2 ( ) / 1 4 f x x x 2 1 4 ( ) 1 4 g x x REGRA DA SUBSTITUIÇÃO
Observe que g(x) decresce quando f (x) é negativa, cresce quando ƒ(x) é positiva e tem seu valor mínimo quando f (x) = 0.
Portanto, parece razoável, da evidência gráfica, que g seja uma primitiva de f.
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e
5xdx
Solução: Se fizermos u = 5x, então du = 5 dx. Portanto, dx = 1/5 du. Dessa forma,
5 1 5 1 5 5 1 5 x u u x e dx e du e C e C
³
³
REGRA DA SUBSTITUIÇÃO EXEMPLO 4
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Solução: Uma substituição apropriada fica mais evidente se fatorarmos x5como x4 .x.
Seja u = 1 + x².
Então du = 2x dx, consequentemente x dx = du/2. 2 5
1 x x dx
³
REGRA DA SUBSTITUIÇÃO EXEMPLO 5
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Também temos, x2= u – 1; então, x4= (u – 1)2:
2 5 2 4 2 2 1 2 5/ 2 3/ 2 1/ 2 1 2 7 / 2 5/ 2 3/ 2 1 2 2 2 2 7 5 3 2 7 / 2 2 5/ 2 1 2 7 5 2 3/ 2 1 3 1 1 ( 1) 2 ( 2 1) ( 2 ) ( 2 ) (1 ) (1 ) (1 ) du x x dx x x x dx u u u u u du u u u du u u u C x x x C
³
³
³
³
³
REGRA DA SUBSTITUIÇÃO EXEMPLO 5
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tg x dx
Solução: Vamos escrever primeiro a tangente em termos de seno e cosseno:
Isso sugere que devemos substituir u = cos x, visto que du = - sen x dx e, portanto, sen x dx = - du: REGRA DA SUBSTITUIÇÃO EXEMPLO 6
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Uma vez que –ln |cos x| = ln(|cos x|-1) = ln(1/|cos x|)
= ln|sec x|,
o resultado do Exemplo 6 também pode ser escrito como
tg x dx = ln |sec x| + C
REGRA DA SUBSTITUIÇÃO Equação 5
© 2010 Cengage Learning. Todos os direitos reservados. INTEGRAIS DEFINIDAS
Existem dois métodos para se calcular uma integral definida por substituição.
Um deles consiste em se calcular primeiro a integral indefinida e então usar o Teorema Fundamental.
Por exemplo, usando o resultado do Exemplo 2, temos 4 4 0 0 4 3 2 1 3 0 3 2 3 2 1 1 3 3 26 1 3 3 2 1 2 1 (2 1) (9) (1) (27 1) x dx x dx x º ¼ º ¼
³
³
INTEGRAIS DEFINIDASOutro método, geralmente preferível, consiste em se alterar os limites de integração ao se mudar a variável. INTEGRAIS DEFINIDAS
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Outro método, geralmente preferível, consiste em se alterar os limites de integração ao se mudar a variável.
Se g’ for contínua em [a, b] e f for contínua na imagem de u = g(x), então ( ) ( )
( ( )) '( )
( )
b g b af g x g x dx
g af u du
³
³
REGRA DA SUBST. PARA INTEGRAIS DEFINIDAS
© 2010 Cengage Learning. Todos os direitos reservados. Seja F uma primitiva de f.
Então, por (3), F(g(x)) é uma primitiva de
f (g(x))g’(x); logo, pela Parte 2 do Teorema
Fundamental, temos
@
( ( )) '( ) ( ( )) ( ( )) ( ( )) b b a a f g x g x dx F g x F g b F g a³
REGRA DA SUBST. PARA INTEGRAIS DEFINIDAS
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Mas, aplicando uma segunda vez o TFC2, também temos
@
( ) ( ) ( ) ( )( )
( )
( ( ))
( ( ))
g b g b g a g af u du
F u
F g b
F g a
³
REGRA DA SUBST. PARA INTEGRAIS DEFINIDAS
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Calcule usando a Equação 6.
Solução: Usando a substituição da Solução 1 do Exemplo 2, temos u = 2x + 1 e dx = du/2.
4
0
2
x
1
dx
³
REGRA DA SUBST. P/ INTEGRAIS DEFINIDAS Ex. 7
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Para encontrar os novos limites de integração observamos que:
quando x = 0, u = 2(0) + 1 = 1 quando x = 4, u = 2(4) + 1 = 9
REGRA DA SUBST. P/ INTEGRAIS DEFINIDAS Ex. 7
© 2010 Cengage Learning. Todos os direitos reservados. Então, 4 9 1 2 0 1 9 3 2 1 2 2 3 1 3 2 3 2 1 3 26 3
2
1
(9
1 )
x
dx
u du
u
º
¼
³
³
REGRA DA SUBST. P/ INTEGRAIS DEFINIDAS Ex. 7
Observe que quando usamos (6) não retornamos à variável x após a integração. Simplesmente calculamos a expressão em
u entre os valores apropriados de u.
REGRA DA SUBST. P/ INTEGRAIS DEFINIDAS Ex. 7
Calcule
Seja u = 3 - 5x.
Então, du = – 5 dx, de modo que dx = – du/5. Quando x = 1, u = – 2, e quando x = 2, u = – 7. 2 2 1
(3 5 )
dx
x
³
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Assim,
REGRA DA SUBST. P/ INTEGRAIS DEFINIDAS Ex.8
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Solução: Vamos fazer u = ln x, pois sua diferencial
du = dx/x ocorre na integral. Quando x = 1, u = ln 1 = 0; quando x = e, u = ln e = 1. Assim 1
ln
ex
dx
x
³
1 2 1 1 0 0 ln 1 2 2 e x u dx u du x º » ¼³
³
REGRA DA SUBST. P/ INTEGRAIS DEFINIDAS Ex. 9
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Uma vez que a função f(x) = (ln x)/x no Exemplo 9 é positiva para x > 1, a integral representa a área da região sombreada na figura.
REGRA DA SUBST. P/ INTEGRAIS DEFINIDAS Ex. 9
© 2010 Cengage Learning. Todos os direitos reservados. SIMETRIA
O próximo teorema usa a Regra da Substituição para Integrais Definidas (6) para simplificar o cálculo de integrais de funções que possuam propriedades de simetria.
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INT. DE FUNÇÕES SIMÉTRICAS Teorema 7 Suponha que f é contínua em [–a , a].
a. Se f for par [ f (-x) = f (x)], então
b. Se f for ímpar [ f (-x) = -f (x)], então
0 ( ) 2 ( ) a a af x dx f x dx
³
³
( ) 0 a a f x dx³
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Dividimos a integral em duas:
Na primeira integral da última igualdade fazemos a substituição u = -x.
Então, du = -dx, e quando x = -a, u = a.
0 0 0 0
( )
( )
( )
( )
( )
a a a a a af x dx
f x dx
f x dx
f x dx
f x dx
³
³
³
³
³
INT. DE FUNÇÕES SIMÉTRICAS Demonst. – Eq.8
INT. DE FUNÇÕES SIMÉTRICAS Demonst.–Eq.9 Portanto,
e assim sendo a Equação 8 fica
0 0 0
( )
( )(
)
( )
a a af x dx
f
u
du
f
u du
³
³
³
( )
( )
( )
a a a af x dx
f
u du
f x dx
³
³
³
Se f for par, então f (-u) = f (u); logo, da Equação 9 segue que
0 0 0 ( ) ( ) ( ) 2 ( ) a a a a a f x dx f u du f x dx f x dx
³
³
³
³
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Se f for ímpar, então f (-u) = -f (u), e a Equação 9 nos dá que
0 0 ( ) ( ) ( ) 0 a a a a f x dx f u du f x dx
³
³
³
INT. DE FUNÇÕES SIMÉTRICAS Demonstração
© 2010 Cengage Learning. Todos os direitos reservados. O Teorema 7 está ilustrado na figura.
INTEGRAIS DE FUNÇÕES SIMÉTRICAS
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Quando f é positiva e par, a parte (a) diz que a área sob y = f (x) de a até -a é o dobro da área de 0 até a em virtude da simetria. INTEGRAIS DE FUNÇÕES SIMÉTRICAS
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Lembre-se de que uma integral
pode ser expressa como a área acima do eixo x e baixo de y = f (x) menos a área abaixo do eixo x e acima da curva.
( )
b
a
f x dx
³
INTEGRAIS DE FUNÇÕES SIMÉTRICAS
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Assim, a parte (b) diz que a integral é 0, pois as áreas se cancelam.
INTEGRAIS DE FUNÇÕES SIMÉTRICAS
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Uma vez que f (x) = x6+ 1 satisfaz
f (-x) = f (x), ela é par, e portanto
2 6 2 6 2 0 2 7 1 7 0 128 7 284 7 ( 1) 2 ( 1) 2 2 2 x dx x dx x x ª º ¬ ¼³
³
INTEGRAIS DE FUNÇÕES SIMÉTRICAS EXEMPLO 10
Já que f (x) = (tg x)/(1 + x² + x4) satisfaz
f (-x) = -f (x), ela é ímpar, e por
conseguinte