Profa. Flávia Jorlane/ Química / IFBA
Campus de Paulo Afonso-BA
Os
elementos não-metálicos
não tendem a formar
cátions monoatômicos, pois suas E.I são muito
altas.
A natureza das ligações entre átomos de não-metais
desconcertou os cientistas até 1916, quando Lewis
encontrou uma explicação.
Com intuição brilhante, e antes que qualquer um
conhecesse a mecânica quântica ou os orbitais,
Lewis
propôs que uma
ligação covalente
é um par
de elétrons
compartilhado
por dois átomos.
A
estabilidade
da ligação covalente provém do
decréscimo da energia do par de átomos que se
ligam.
A energia liberada resulta da aproximação
entre os elétrons de um átomo e os núcleos dos
outros para os quais eles também são atraídos.
Além das
forças atrativas
entre os elétrons e ambos os
núcleos, existem
forças repulsivas
entre os elétrons e
os núcleos nos dois átomos.
A distância que separa os átomos na ligação, após
esta ter sido formada, é controlada pelo equilíbrio
entre essas forças atrativas e repulsivas, e os dois
átomos seriam mantidos juntos como resultado da
Os
elementos
não-metálicos
existem
como
moléculas diatômicas ou poliatômicas, tais como as
espécies H
2, O
2, F
2, P
4, e S
8.
Os elementos próximos à fronteira entre os metais e
não metais podem formar sólidos com uma rede de
átomos extensa, tais como o grafite, diamante ou os
compostos orgânicos
.
A ligação covalente pode existir entre:
Ametal + ametal
Ametal + hidrogênio
Na formação de uma ligação covalente, os átomos
completam seus octetos pelo compartilhamento de
elétrons
(regra do octeto)
; uma estrutura de Lewis
mostra o arranjo dos elétrons como
traços
(pares
ligados) e
pontos
(pares isolados).
As ligações poderão ser simples, dupla ou tripla.
Podem existir compostos com a camada de valência
expandida (exceções à regra do octeto). Ex: BeCl2, SF6, XeF4.
A ordem de ligação é o número de ligações que une um par
No
modelo
VSEPR
(valence-shell
electron-pair
repulsion model)
consideramos o átomo central
cercado de átomos com elétrons ligantes e pares
isolados que irão se posicionar tão longe quanto
possível um do outro, para minimizar a repulsão.
A
teoria da ligação de valência (TLV)
foi desenvolvida
em
1927
por
Heitler
e
London
como
uma
interpretação da teoria de Lewis sob o ponto de vista
da mecânica quântica, ou seja, ela descreve a
formação
de
pares
de
elétrons
de
valência
compartilhados através dos orbitais atômicos, sem
que ocorra, no entanto perda das características
individuais destes.
Considere a formação da molécula de hidrogênio. Dois átomos que possuem um orbital com um elétron desemparelhado, aproximam-se até que ocorra uma
sobreposição, ou interpenetração, destes orbitais, gerando uma ligação σ (sigma). Então, é gerada uma região entre os núcleos na qual a densidade de probabilidade de encontrar-se os elétrons é muito alta. Desta maneira, os dois elétrons passam a ocupar simultaneamente os dois orbitais atômicos.
Pode também ocorrer ligações envolvendo outros tipos de orbitais, como por exemplo, na molécula do flúor (F2). Neste caso, o orbital que possui um elétron desemparelhado, e, portanto o que participará da ligação, é o 2pz . Como no caso anterior, irá ocorrer a interpenetração destes orbitais formando uma região de alta densidade eletrônica entre os núcleos. Na figura abaixo, a ligação a molécula do flúor é esquematizada mostrando-se apenas os orbitais envolvidos na ligação.
Em moléculas como a do oxigênio (O2), existe a necessidade de ocorrerem duas ligações, como poderá ser facilmente visualizado utilizando as estruturas de Lewis. Neste caso, irá ocorrer primeiro uma sobreposição de orbitais que se aproximam frontalmente
(ligação σ ) , com os eixos alinhados.
Portanto, como nos casos anteriores, será gerada uma região de alta densidade eletrônica entre os núcleos. A segunda ligação
ocorre então pela sobreposição de dois orbitais que se aproximam paralelamente (ligação π) , gerando duas regiões de alta densidade eletrônica, acima e abaixo do eixo de ligação.
Resumindo...
Uma ligação simples é uma ligação σ.
Uma ligação dupla é uma ligação σ mais uma ligação π.
A TLV não pode interpretar ligações de moléculas poliatômicas, como a do CH4, nem predizer seus ângulos de ligação.
Devemos visualizar os orbitais s e p como ondas de densidade eletrônica centrada no núcleo do átomo. Como ondas na água, os orbitais interferem entre si formando novos arranjos, às vezes diferentes do teoricamente previstos.
O átomo de carbono é encontrado em um número muito
grande de compostos na natureza formando quatro
ligações covalentes. Veja-se, por exemplo, a molécula do
metano
, onde o carbono está ligado a quatro átomos de
hidrogênio.
A distribuição eletrônica do carbono é:
Têm-se, portanto, quatro elétrons na camada de valência:
dois no orbital 2s, um nos orbitais 2px e 2py e nenhum no
2pz .
No entanto, é impossível aplicar a TLV a esta molécula, uma vez que os quatro elétrons do carbono estão formando ligações e, como visto na distribuição eletrônica, apenas 2 deles estão desemparelhados e, portanto, aptos a realizar ligações.
Pode-se supor então que, para formar a molécula do metano, um dos elétrons que ocupam o orbital 2s receba energia suficiente para pular até o orbital p z vazio, alterando a configuração eletrônica para a mostrada abaixo.
Desta maneira, os quatro elétrons tornam-se aptos a
realizar ligações, podendo ocorrer interpenetração dos
orbitais 1s dos quatro hidrogênios envolvidos com os
orbitais
2s, 2px , 2py e 2pz
do carbono.
Esta operação leva então a uma molécula onde existem
três ligações C-H com ângulos de ligação de 90
oentre si
(aquelas que utilizam os orbitais p do carbono) e uma
quarta (formada com o orbital s do carbono) que estaria o
mais afastada possível das outras três de forma a
Se este modelo estivesse correto, esta molécula deveria
então possuir dois tipos distintos de ligações. Porém, medidas experimentais mostram que no metano, as quatro ligações
são perfeitamente iguais, mantendo cada uma um ângulo de 109,5o com as outras três.
A solução para este problema é relativamente simples: deve-se imaginar que orbitais de subníveis com energias parecidas possam se misturar formando novos orbitais.
No caso da molécula do metano, a soma dos 3 orbitais p com o orbital s do carbono leva a formação de quatro novos
Muitas moléculas e íons poliatômicos não devem ser representados adequadamente por uma única estrutura de Lewis. Para esses casos, Pauling introduziu o conceito de ressonância. Considere o exemplo do íon nitrato (NO3-).
1ª Etapa: arranjar os átomos periféricos simetricamente ao redor do átomo central.
2ª Etapa:
N (grupo 15): 5 elétrons de valência;
3 x O (grupo 16): 3 x 6 elétrons de valência; + 1 elétron da carga do ânion.
Total: 24 elétrons de valência (ou 12 pares de elétrons).
4ª Etapa: completar o octeto dos átomos periféricos.
5ª Etapa: Todos os 12 pares de elétrons já foram usados e o octeto do nitrogênio ainda está incompleto. É necessária a formação de
uma ligação dupla N-O, mas com qual átomo de oxigênio, se os três são equivalentes?
Existe, portanto, a possibilidade de três estruturas de Lewis equivalentes para o íon NO3-:
Todas as estruturas são válidas, e todas têm exatamente a mesma energia. Entretanto, medidas de comprimento de ligação em íons nitrato mostram que nenhuma estrutura sozinha é a estrutura correta.
Uma ligação dupla entre dois átomos é mais curta que uma ligação simples. Logo, se uma das estruturas fosse a correta, esperaríamos 2 ligações simples mais longas, e uma dupla mais curta.
Porém, a evidência experimental é que os comprimentos de ligação no íon nitrato são todos iguais. Sendo 124 pm, elas são mais
longas que uma ligação dupla N=O (120 pm), e mais curtas que uma ligação simples N─O (140pm).
As ligações no íon nitrato têm características intermediárias entre uma ligação simples pura e uma covalente pura.
Como as três ligações são idênticas, o melhor modelo para o íon nitrato é uma mistura chamada de híbrido de ressonância. Os elétrons envolvidos em estruturas de ressonância são
ditos deslocalizados, o que significa que o compartilhamento de um par de elétrons é distribuído sobre diversos pares de átomos.
Exercício: escreva a estrutura de Lewis contribuintes para o híbrido de ressonância do ozônio e do benzeno.
A Teoria do Orbital Molecular (TOM) é uma alternativa para se ter uma visão da ligação covalente. De acordo com este enfoque, todos os elétrons de valência têm uma influência na estabilidade da molécula (elétrons das camadas inferiores também podem contribuir para a ligação, mas para muitas moléculas simples, o efeito é demasiado pequeno).
A TOM considera que os orbitais atômicos da camada de valência dos dois átomos ligantes deixam de existir quando a molécula se forma, sendo substituídos por um novo conjunto de níveis energéticos que correspondem a novas distribuições da nuvem eletrônica.
Estes dois novos níveis são chamados orbitais moleculares. Dois orbitais atômicos se combinam para formar dois orbitais moleculares. As funções de onda dos orbitais atômicos são combinadas matematicamente para produzir as funções de onda dos orbitais moleculares resultantes.
Para que o processo de formação dos orbitais moleculares seja realmente efetivo é necessário que os orbitais atômicos tenham energias comparáveis e que eles se sobreponham de maneira significativa. A combinação das funções de onda dos orbitais atômicos consiste em uma subtração e uma adição das funções de onda.
A primeira equação ψs representa uma possibilidade simétrica de combinação e leva a formação de um OM com densidade eletrônica entre os dois núcleos, contribuindo então efetivamente para a ligação entre os átomos. Desta maneira, este OM é chamado de
orbital ligante. J
Já a segunda ψa constitui a probabilidade antissimétrica, originando um OM que não inclui a região entre os núcleos, tendo-se então um orbital de antiligação, ou simplesmente antiligante.
• O orbital molecular formado pela adição das funções de onda de dois orbitais s é representado por σs e o orbital atômico formado pela subtração
das funções de onda é representado por σs*.
• Há obviamente um aumento da densidade eletrônica de carga entre os núcleos no orbital σs e um decréscimo na mesma região no orbital σs*. Por essa razão, o orbital σs é chamado orbital ligante e o orbital σs*, orbital antiligante.
• O primeiro tende a estabilizar a ligação, enquanto o segundo tende a desestabilizá-la. Ambos são chamados orbitais σporque estão centrados e são simétricos ao redor do eixo de ligação.
• A combinação de dois orbitais p pode produzir resultados diferentes, dependendo de quais orbitais p são usados. Se o eixo x é o eixo de ligação, então os dois orbitais 2px podem se sobrepor apropriadamente se eles se aproximam segundo um único eixo.
• Os orbitais moleculares resultantes constituem, como antes, um orbital ligante (σx) com carga eletrônica acumulada, e um orbital antiligante (σx*) com decréscimo de carga entre os núcleos.
• Esses orbitais também são classificados como σ porque são simétricos ao redor do eixo de ligação. O índice subscrito x é usado para indicar que eles originaram de orbitais px.
• Quando dois orbitais 2py e 2pz se sobrepõem para formar orbitais moleculares, eles o fazem lado a lado. Em cada caso, o resultado é um orbital antiligante com quatro lóbulos e um orbital ligante com dois lóbulos.
• Esses orbitais não são simétricos em relação ao eixo de ligação. Em vez disso, eles possuem duas regiões, em lados opostos ao eixo de ligação, nas quais a densidade da nuvem eletrônica é alta. Isso é característico de um
orbital π.
• Observe que, como antes, o orbital ligante permite uma alta concentração da carga eletrônica na região entre os núcleos, enquanto o orbital antiligante mostra uma diminuição da densidade de carga nessa região.
A energia do orbital molecular antiligante é sempre
maior do que a do orbital ligante. No caso de uma
molécula diatômica homonuclear, isto é, formada por
dois átomos iguais, a relação de energias dos
orbitais moleculares entre os orbitais atômicos 1s e
os orbitais moleculares resultantes
σ
se
σ
s* pode ser
mostrada pelo diagrama a seguir:
Na distribuição eletrônica dos AO os elétrons são adicionados um a um ao diagrama de energia desses orbitais, com o objetivo de se construir a configuração eletrônica dos átomos. Usaremos agora uma técnica semelhante para preencher os orbitais moleculares.
Desejamos construir a configuração eletrônica de moléculas diatômicas homonucleares no estado fundamental. Como antes, adicionaremos elétrons a partir da base do diagrama para cima, para os orbitais de maior energia. A molécula mais simples é a de hidrogênio. A figura abaixo mostra o diagrama de energia para os orbitais moleculares da molécula de H2. Os dois elétrons 1s vão constituir um par (de spins opostos) no orbital ss (ligante) da molécula. Este par constitui uma ligação simples. A configuração eletrônica da molécula de hidrogênio pode ser escrita como (ss)2.
A molécula mais simples é a de hidrogênio. A figura abaixo mostra o diagrama de energia para os orbitais moleculares da molécula de H2. Os dois elétrons 1s vão constituir um par (de spins opostos) no orbital σs (ligante) da molécula.
Este par constitui uma ligação simples. A configuração eletrônica da molécula de hidrogênio pode ser escrita como
Consideremos a seguir, a molécula que poderia ser formada por dois átomos de hélio, cada um dos quais é capaz de fornecer um par de elétrons para a molécula. O total é de quatro elétrons, dois a mais que no H2, de maneira que a distribuição no orbital molecular será a da figura abaixo.
A configuração eletrônica no estado fundamental na molécula de He2 deveria ser (σs)2(σ
s*)2. Devido ao fato de que o σs* (antiligante) está agora preenchido e seu efeito desestabilizador cancela o efeito estabilizador do orbital σs, não há, realmente, não há força de atração entre os átomos de hélio devido ao número igual de elétrons ligantes e antiligantes e, assim, a molécula de He2 não existe.
Na teoria dos orbitais moleculares a ordem de ligação é definida como:
Assim, a ordem de ligação na molécula de H2 é (2-0)/2 = 1. Já na molécula hipotética de He2 a ordem de ligação é
(2-2)/2 = 0.
O valor da ordem de ligação indica o número de ligações feitas entre dois átomos.
Considerando a sequência B2, C2, N2, O2, F2 e Ne2, percorrendo assim, as demais moléculas diatômicas homonucleares do segundo período, os orbitais moleculares a serem preenchidos são os orbitais ligantes e antiligantes σ e π, representados anteriormente.
A energia relativa dos orbitais πy e πz é menor do que a do orbital σs do B2 ao N2, porém maior para o resto da sequência, de O2 até Ne2. Assim, as energias dos orbitais moleculares para B2, C2 e N2 são mostradas na figura a e para O2, F2 e Ne2 na figura b. A diferença principal nas duas figuras a e b é a energia relativa do orbital σs quando comparada com as energias dos orbitais πye πz.
A mudança na sequência de energias dos orbitais moleculares entre N2 e O2 ocorre porque πx e πx*, nesse caso, têm algum caráter s, fato que
ignoramos quando decidimos usar a simplificação, combinação de dois orbitais atômicos para formar dois orbitais moleculares. O caráter s nesses orbitais decresce à medida que a carga cresce no período. Por causa disso a energia de σx fica abaixo da energia de πye πz no O2.
B2, C2 e N2
Numa ligação covalente, o par eletrônico é compartilhado entre dois átomos, ou seja, o par é atraído simultaneamente para o núcleo de ambos os átomos, resultando numa competição pelos elétrons.
A atração exercida por um átomo sobre o par de elétrons na sua camada de valência depende da carga nuclear efetiva (a carga nuclear menos o efeito de blindagem das camadas internas) e da distância entre os núcleos e a camada de valência.
Esta atração é medida por uma quantidade chamada
eletronegatividade, que é definida como a tendência relativa
Quando os átomos ligados por covalência são idênticos não há diferença de eletronegatividade, portanto, ambos os átomos atraem o par eletrônico com a mesma intensidade. Nesse caso, dizemos que a ligação é covalente não-polar. Se houver diferença de eletronegatividade entre dois átomos, a ligação será covalente polar, pois o par eletrônico estará distribuído assimetricamente, mais próximo do átomo mais eletronegativo.
A polaridade das moléculas determina as propriedades físicas dos compostos, como o ponto de fusão e de ebulição.
Momento dipolar (μ): é definido como o produto da carga q pela distância entre as cargas r, é uma medida quantitativa da polaridade de uma ligação química. Exprime-se em D (Debye) = 3,33 x 10-30 cm
Como exemplo, temos a molécula de fluoreto de hidrogênio em que se verifica um deslocamento de densidade electrónica do H para o F, pois o flúor é mais electronegativo do que o átomo de H. Existe uma separação de cargas que se pode representar por :
Moléculas diatômicas heteronucleares são moléculas polares, uma vez que possuem μ não nulo. Já as moléculas diatômicas homonucleares são apolares, pois exibem μ = 0.
Espécies poliatômicas podem ou não ser polares. A polaridade de moléculas tri e poliatômicas depende da soma vetorial dos vetores individuais (de cada ligação). Essa soma vetorial só pode ser feita após a determinação da geometria molecular.
As moléculas CO2 (geometria linear), BF3 (geometria triangular ou trigonal plana) e CCl4 (geometria tetraédrica) são apolares, embora sejam constituídas de ligações covalentes polares.
Nessas moléculas, os momentos de dipolo individuais são cancelados mutuamente em virtude das geometrias moleculares, fazendo com que o vetor momento de dipolo resultante, tenha módulo igual a zero.
• Estado Físico: os compostos covalentes podem ser
encontrados nos três estados físicos à temperatura
ambiente. Porém, em razão de suas moléculas se atraírem menos intensamente, os compostos covalentes são, em
geral, gases ou líquidos.
• Quanto maior a massa molar e quanto mais intensas forem
as forças intermoleculares, maior será a tendência para o composto ser sólido em temperatura ambiente.
• Solubilidade: são insolúveis em água os compostos
moleculares não-polares, já os polares são solúveis em água (semelhante dissolve semelhante).
• P.F. e P.E. : pelo fato de apresentarem baixa atração entre suas
moléculas, a energia necessária para separá-las e fazê-las mudar de estado de agregação é pequena, por isso seus pontos de
ebulição e de fusão são inferiores aos das substâncias iônicas. Esse fato também varia proporcionalmente com a massa molar e as
forças de intermoleculares dos compostos, ou seja, com o aumento da massa molar e da intensidade das forças intermoleculares, os pontos de fusão e de ebulição aumentam e vice-versa.
• Condutividade elétrica: na sua forma pura, a maioria das
substâncias covalentes não conduz corrente elétrica, isto é,
comporta-se como isolante. Uma exceção é a grafita, que conduz corrente elétrica por possuir ressonância nos elétrons de sua
ligação.
• Tenacidade (resistência): baixa tenacidade, sendo sólidos
Os metais exibem uma série de propriedades em comum: todos são sólidos nas condições ambientes (exceto Hg), têm brilho metálico, maleabilidade (possibilidade de se moldar em chapas), ductilidade (capacidade de formar fios), boa condutividade térmica e elétrica. Para haver condutividade elétrica, é necessário o movimento de
elétrons através do meio. A boa condutividade dos metais sugere que existam elétrons semilivres, fracamente ligados, nas estruturas
metálicas, que possam ser forçados a se mover ao longo de todo retículo.
Para compreender qualitativamente as diversas propriedades dos metais, é utilizado o modelo conhecido como “gás ou mar de
Estrutura formada
por íons positivos e
elétrons livres de
valência que
formam uma
“nuvem eletrônica”
que circula
livremente entre os
íons positivos
Alta condutividade elétrica e térmica: os
elétrons podem se mover em presença de uma
f.e.m. ou de um gradiente de temperatura.
Permitem grande deformação plástica pois as
ligações são móveis ou seja não são rígidas
como as iônicas e as covalentes
Possuem o brilho metálico, como os elétrons
são muito móveis trocam de nível energético
com facilidade emitindo fótons
No caso dos metais maleáveis (facilmente
deformáveis), como sódio, chumbo, mercúrio e outros, os elétrons livres podem se ajustar rapidamente às
mudanças na estrutura metálica provocadas por perturbações externas.
Ao bater numa lata para tirar um som não se destrói a
ligação metálica, pois, sob a influência de uma ação mecânica, um plano de átomos pode se deslizar sobre outro, mantendo as ligações entre os planos. Isso
explica as propriedades de maleabilidade e ductilidade (formação de fios) dos metais.
Quanto maior a energia envolvida na ligação
química há uma tendência de:
Maior o ponto de fusão do composto
Maior a resistência mecânica
Maior a dureza