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Aplicação de check-list em uma obra de execução de valas para assentamento de tubulações de água, esgoto e drenagem urbana

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL

ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

LUIZ FABIANO ALVES SALGADO

APLICAÇÃO DE CHECK-LIST EM UMA OBRA DE EXECUÇÃO DE VALAS PARA ASSENTAMENTO DE TUBULAÇÕES DE ÁGUA, ESGOTO E DRENAGEM

URBANA

MONOGRAFIA - ESPECIALIZAÇÃO

CURITIBA 2016

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LUIZ FABIANO ALVES SALGADO

APLICAÇÃO DE CHECK-LIST EM UMA OBRA DE EXECUÇÃO DE VALAS PARA ASSENTAMENTO DE TUBULAÇÕES DE ÁGUA, ESGOTO E DRENAGEM

URBANA

Monografia apresentada para obtenção do título de Especialista no curso de Pós Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Departamento Acadêmico de Construção Civil, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, UTFPR.

Orientador: Prof. Dr. Rodrigo Eduardo Catai

CURITIBA 2016

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LUIZ FABIANO ALVES SALGADO

APLICAÇÃO DE CHECK-LIST EM UMA OBRA DE EXECUÇÃO

DE VALAS PARA ASSENTAMENTO DE TUBULAÇÕES DE

ÁGUA, ESGOTO E DRENAGEM URBANA

Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do título de Especialista no Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, pela comissão formada pelos professores:

Banca:

_____________________________________________ Prof. Dr. Rodrigo Eduardo Catai (orientador)

Departamento Acadêmico de Construção Civil, UTFPR – Câmpus Curitiba.

________________________________________ Prof. Dr. Adalberto Matoski

Departamento Acadêmico de Construção Civil, UTFPR – Câmpus Curitiba.

_______________________________________ Prof. M.Eng. Massayuki Mário Hara

Departamento Acadêmico de Construção Civil, UTFPR – Câmpus Curitiba.

Curitiba 2016

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DEDICATÓRIA

“ Minha família, meus amigos

vocês são tudo que eu tenho nesta vida;

Quando eu preciso são vocês que me amparam, Obrigado, amo vocês! ”

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RESUMO

Sempre houve uma necessidade grande de otimização do tempo e atenuação nos custos, deixando a questão de segurança do trabalho em segundo plano. Devido à preocupação com a saúde e integridade dos trabalhadores, foi realizado um estudo de caso em uma obra de execução de valas para assentamento de tubulações de água, esgoto e drenagem, na região metropolitana de Curitiba, aplicando uma lista de verificação - check list - para apontar os principais itens em desacordo com a legislação vigente. O check list foi elaborado com base na Norma Regulamentadora número 18. Apesar de não haver aplicabilidade de muitos itens, devido a abrangência da lista de verificação contemplar tanto escavação de valas quanto fundações, a obra teve um índice de 85% de conformidade com a norma vigente, excluindo os casos em que não houve aplicabilidade, evidenciando que a obra está comprometida com a legislação em vigor.

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ABSTRACT

There has always been a great need for time optimization and mitigation of costs, leaving the issue of work security in the background. Because of the concern for health and safety of the workers, a case study was carried out in a execution work of ditch for laying water pipes, sewage and drainage, in the metropolitan region of Curitiba, applying a checklist to point out the main items in violation of current legislation. The checklist was based on the Regulatory Standard No. 18. Although there is no applicability to many items, because the scope of the checklist cover both digging ditches as foundations, the work had a rate of 85 % compliance of the current regulations, excluding the cases where there was no applicability, providing evidence that the work is committed to the current legislation.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01 – Instalações Sanitárias ... 23

Figura 02 – Vestiário ... 24

Figura 03 – Escavações e Fundações ... 28

Figura 04 – Escadas e Rampas ... 30

Figura 05 – Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversos ... 32

Figura 06 – Sinalização ... 35

Figura 07 – Disposições Finais ... 38

Figura 08 – Gráfico Geral ... 39

Figura 09 – Gráfico Geral, excluindo itens Não Aplicáveis ... 39

Figura 10 – Remoção do solo até a cota especificada em projeto ... 40

Figura 11 – Escavação em solo instável ... 41

Figura 12 – Escoramento comum contínuo, chamado de Gaiola... 41

Figura 13 – Talude estável, sem necessidade de estrutura de contenção ... 42

Figura 14 – Execução de lastro de brita para assentamento da tubulação ... 43

Figura 15 – Movimentação de material, com auxílio da retroescavadeira... 43

Figura 16 – Encaixe manual da tubulação ... 44

Figura 17 – Tubulação próxima de encaixe com caixa de captação ... 45

Figura 18 – Colocação da manta geotêxtil para sistema de filtração ... 45

Figura 19 – Emassamento do corpo da caixa de captação com a tubulação ... 46

Figura 20 – Tubos e caixas de ligações prontos para seres aterrados ... 47

Figura 21 – Recobrimento da vala ... 47

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Ambiente de Trabalho ... 20

Tabela 02 – Instalações Sanitárias ... 21

Tabela 03 – Vestiários ... 23

Tabela 04 – Escavações e Fundações ... 25

Tabela 05 – Escadas e Rampas ... 29

Tabela 06 – Máquinas, Equipamentos e Ferramentas diversas ... 31

Tabela 07 – Equipamentos de Proteção Individual - EPI ... 33

Tabela 08 – Sinalização ... 33

Tabela 09 – Treinamento ... 35

Tabela 10 – Ordem e Limpeza ... 35

Tabela 11 – Tapumes e Galerias ... 36

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CNAE – Classificação Nacional de Atividades Econômicas EPC - Equipamento de Proteção Coletiva

EPI - Equipamento de Proteção Individual MPS –Ministério da Previdência Social MTE – Ministério do Trabalho e Emprego NR – Norma Regulamentadora

PCMAT – Programa de Condições e Meio Ambiente na Industria da Construção PCMSO – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 11 1.1 Objetivos ... 12 1.1.1 Objetivo Geral ... 12 1.1.2 Objetivos Específicos ... 12 1.2 Justificativa ... 12 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 13 2.1 Abordagem Histórica ... 13

2.2 Características do Setor Civil ... 13

2.3 Acidentes do trabalho ... 14 2.4 Tipos de Riscos ... 14 2.4.1 Riscos Mecânicos ... 15 2.4.2 Riscos Físicos ... 15 2.4.3 Riscos Químicos ... 15 2.4.4 Riscos Biológicos ... 16 2.4.5 Riscos Ergonômicos ... 16 2.4.6 Riscos Sociais ... 16

2.5 NR-18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na indústria da Construção ... 16 3 METODOLOGIA ... 18 3.1 Descrição da Obra ... 18 3.2 Check List da NR-18 ... 19 3.3 NBR 9061 e NBR 12266 ... 19 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES... 20 4.1 Ambiente de Trabalho ... 20 4.2 Área de vivência ... 21 4.3 Escavações e Fundações ... 24 4.4 Escadas e Rampas ... 29

4.5 Máquinas, Equipamentos e Ferramentas diversas ... 31

4.6 EPI, Sinalização, Treinamentos e Ordem e Limpeza ... 33

4.7 Tapumes e Galerias ... 36

4.8 Disposições Finais ... 37

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5 CONCLUSÕES ... 49 REFERÊNCIAS ... 50

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1. INTRODUÇÃO

Que o trabalho é fonte de lesões, adoecimento e morte é fato conhecido desde a antiguidade. Além dos acidentes de trabalho, nos quais a relação com a atividade laboral é mais direta, também existem descrições sobre doenças provocadas pelas condições especiais em que o trabalho era executado (CHAGAS, 2011). Atualmente a incidência de lesões nos trabalhos de construção civil é elevado, pois mesmo com toda a tecnologia existente, leis trabalhistas e exigências de condições cada vez mais seguras, a negligência por parte do empregador e a desinformação ou relaxo do empregado são os principais causadores de acidentes.

De acordo com Ministério da Previdência Social juntamente com o Ministério do Trabalho e Emprego (MET), em seu Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho, de 2013, houve 717.911 acidentes do trabalho, sendo 35.076 de trabalhadores da construção civil e com registro de comunicação de acidente de trabalho. Em casos que não houve comunicação foram registrados 158.830 acidentes, com 6.478 casos da construção civil. Se somados o setor da construção civil tem um índice de 8,96% de ocorrências sobre todos os acidentes do trabalho no país.

Segundo o MTE, em 2015 foram feitas 1.733 ações fiscais entre janeiro e outubro de 2016 contemplando 5 ementas de Normas Regulamentadoras (NR) e 2.075 ações fiscais que contemplam pelo menos uma NR, no mesmo período citado anteriormente. Apesar da fiscalização alcançar um número alto de trabalhadores, o número de notificações não condiz com o trabalho de fiscalização, uma vez que para setores com volume de ações fiscais semelhantes receberam muito mais notificações. Ainda segundo o MTE, com referência a divisão feita pela CNAE, com 98 tipos de atividades econômicas, as obras de infraestrutura estão entre as 5 com maior índice de acidentes analisados e embargos, mas não fica nem entre as 15 quando se trata a notificações por parte da fiscalização do MTE.

Analisando o resultado consolidado por setor econômico, a construção civil lidera no número de acidentes pelo sistema federal de inspeção do trabalho, embargos e autuações, mas neste setor está contido a construção de edifícios, parte da construção civil líder em acidentes analisados, embargos, autuações, notificações e ações fiscais. Essa liderança distorce dados de outros tipos de serviços dentro da construção civil, pois as fiscalizações em construções de edifícios são demasiadamente altas quando

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comparadas com serviços como obras de infraestrutura, tema abordado neste estudo de caso.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1. Objetivo Geral

Verificar quanto ao cumprimento da NR-18 os trabalhos de Obras de Arte Corrente, para avaliar as condições de segurança do trabalho em que os trabalhadores estão sujeitos.

1.1.2 Objetivo Específico

Caracterizar o trabalho das pessoas envolvidas nos serviços analisados, determinando as condições de segurança e verificando quanto à conformidade, segundo a NR-18, indicando orientação para causas em desacordo com a regulamentação atual.

1.2 JUSTIFICATIVA

A indústria da construção civil está sempre nas primeiras colocações quanto as péssimas condições de segurança do trabalho. Isso ocorre devido a fatores como falta de treinamentos, redução de custos, condições precárias de trabalho, falta de mão de obra especializada, negligência e, principalmente, pela não aplicabilidade das NR’s.

Neste estudo foi feito o acompanhamento dos trabalhos de obras de arte corrente confrontando as atividades com uma lista de verificação baseada na NR-18 a fim de conhecer as condições do meio ambiente de trabalho.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 ABORDAGEM HISTÓRICA

Historicamente a construção civil é uma indústria de grande representatividade econômica e é a rota de desenvolvimento de uma nação. Este desenvolvimento é muitas vezes desenfreado, em que a procura por uma maior rentabilidade financeira compromete fatores importantes como produtividade e qualificação profissional. Esse comprometimento é evidente quanto se trata de Higiene e Segurança do Trabalho.

Cabe a Higiene e Segurança do Trabalho, juntamente a outros conhecimentos afins (ergonomia, saúde ocupacional e saúde do trabalhador), identificar os fatores de riscos que levam a ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais, avaliar seus efeitos na saúde do trabalhador e propor medidas de intervenção técnica a serem implementadas nos ambientes de trabalho. A prevenção se faz pela identificação e pela avaliação dos fatores de riscos e cargas de trabalho com origem no processo de trabalho e na forma de organização adotados, e da implantação de medidas para eliminação ou minimização desses fatores de riscos e cargas (MATTOS, 2011).

A expansão da construção civil leva ao surgimento de novas legislações e de serviços com o intuito de proteger o ser humano, de condições insalubres de trabalho.

2.2 CARACTERÍSTICAS DO SETOR CIVIL

A construção civil é o ramo de atividades que apresenta uma diversidade muito grande de riscos devido à variedade de serviços e materiais envolvidos variando também de acordo com o tipo da obra a edificar, com isso, é grande a probabilidade de acidentes de trabalho (MARTINS, 2010). Muito mais que tipos de obras a edificar, toda atividade da construção civil apresenta algum tipo de risco e cabe ao profissional de segurança do trabalho ser o gestor destes riscos, para proporcionar uma melhoria da segurança e saúde dos trabalhadores.

A área de construção civil é antiga e envolve todas as atividades de produção da obra, desde a parte de planejamento e concepção das ideias, desenvolvimentos de projetos e execução do mesmo. Toda construção tem uma Vida Útil que é tempo que seu sistema se presta a atividade concebida, dado o correto uso e manutenção, e uma

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Vida Útil de Projeto que é o período teórico de tempo, estimado pelo projetista para qual a construção tem que durar.

2.3 ACIDENTES DO TRABALHO

Segundo a legislação trabalhista brasileira Lei nº 6.367, acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Também se enquadram, segundo a lei (BRASIL, 1999):

- Doença profissional ou do trabalho, inerente ou peculiar, a determinado ramo de atividade e constante de relação organizada pelo Ministério da Previdência e Assistência Social.

- Acidente que, ligado ao trabalho, tenha contribuído diretamente para a morte, perda, ou redução da capacidade para o trabalho.

- Acidente sofrido pelo empregado no local e no horário do trabalho, por ato de sabotagem, terrorismo, ofensa física, imprudência, negligência, imperícia, desabamento, inundação, incêndio, entre outros.

- Doença proveniente de contaminação acidental de pessoal de área médica, no exercício de sua atividade.

- Acidente sofrido pelo empregado ainda que fora do local e horário de trabalho, mas na realização de serviço sob a autoridade da empresa ou ainda no percurso da residência para o trabalho ou deste para aquela.

Entende-se que o acidente de trabalho é um evento não desejado ou inesperado, que interfere nas atividades levando a uma serie de ocorrências indesejadas. E para Zocchio (2002), não é necessário saber quanto custa os acidentes para compreender que sua prevenção compensa. Para isso é necessário, todavia, perceber como eles afetam o custo global das empresas, com suas diversas modalidades de interferência.

2.4 TIPOS DE RISCOS

Segundo a Norma Regulamentadora 09 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos

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existentes nos ambientes de trabalho que, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador (BRASIL, 2015). Para Mattos (2011), não existe uma forma única de classificar os riscos, mas a apresentação que segue, distingue fatores casuais distintos e considera situações presentes no ambiente de trabalho.

2.4.1 Riscos Mecânicos

Os riscos mecânicos são aqueles provocados pelos agentes que demandam o contato físico direto com a vítima para manifestar sua nocividade, por exemplo materiais cortantes, material aquecido, perfuro cortantes, materiais em movimento, energizados, dentre outros (MATTOS, 2011).

No serviço de escavação, as valas e aberturas executadas podem ser considerados riscos mecânicos, pois umas quedas nesses locais podem gerar lesões.

2.4.2 Riscos Físicos

Riscos físicos são ocasionados por agentes podem modificar as características físicas do meio ambiente. Como exemplos temos a iluminação; calor; vibrações; radiações (ionizantes ou não); pressões anormais, entre outros (MATTOS, 2011). Também o uso mecânico, como retroescavadeiras, para abertura de valas, provoca elevados ruídos que incide sobre os ouvidos dos operários, podendo gerar danos no aparelho auditivo.

2.4.3 Riscos Químicos

Os agentes químicos são substâncias compostas ou produtos que podem penetrar no organismo humano pela via respiratória na forma de gases e vapores, poeiras, fumos, névoas, neblinas, ou que pela natureza da atividade de exposição possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo humano através da pele ou por ingestão (PEIXOTO, 2011).

Por exemplo o uso de tintas à base de chumbo ou fabricação de telhas ou outros que contenham amianto, pois a inalação dessas substâncias pode ocasionar doenças.

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2.4.4 Riscos Biológicos

Riscos biológicos são aqueles introduzidos nos processos de trabalho pela utilização de seres vivos como parte integrante do processo produtivo, tais como vírus, bacilos, bactérias e que são potencialmente nocivos ao ser humano (MATTOS, 2011).

No trabalho de escavação de fossas e valas, esse tipo de risco é decorrente não somente pela deficiência na higienização do ambiente de trabalho, mas pelo descaso por parte dos funcionários em não trabalhar com Equipamentos de Proteção Individual (EPI), ou a falta de fornecimento por parte dos superiores.

2.4.5 Riscos Ergonômicos

Para Mattos (2011) riscos ergonômicos são aqueles causados por agentes inadequados as limitações de seus usuários. Por exemplo, a realização do assentamento da tubulação de águas pluviais, atividade do qual se faz necessário um esforço muito grande do operário e segundo Mattos (2011) pode vir a provocar problemas lombares, cervicais entre outros.

2.4.6 Riscos Sociais

O emprego de turnos de trabalho alternados, divisão excessiva do trabalho, jornada e intensificação do ritmo de trabalho são exemplos citados por Mattos (2011) e classificados como riscos sociais, que podem causar doenças de fundo nervoso e mental.

Ainda segundo Mattos (2011), cumpre destacar que a tipologia anteriormente apresentada visa simplesmente mostrar as diversas formas pelas quais o trabalho pode gerar prejuizos à saúde das pessoas, para assim facilitar o processo de identificação de riscos nas situações reais de trabalho.

2.5 NR-18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

O ministério do trabalho aprovou as NR’s com o intuito de fiscalização e penalidades, buscando preservar o a saúde e a integridade dos trabalhadores, bem como

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a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. Com o objetivo de implementar procedimentos de aspecto preventivo relacionados às condições de trabalho na construção civil, foi elaborada a NR-18.

Os principais itens observados na NR-18 são (BRASIL, 2015):

- Exigência da criação do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção – PCMAT.

- Documentos adicionais como Programa de Proteção contra Riscos Ambientais (PPRA) e Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).

- Certificado de Aprovação de Instalação (CAI) e comunicação prévia à Delegacia Regional do Trabalho (DRT).

- Exigência de layout inicial e atualizado do canteiro de obras e/ou frente de trabalho.

- Exigência de que obras tenham, de acordo com o tamanho da obra ou número de trabalhadores, áreas de vivência, instalações sanitárias, lavatórios, vasos sanitários, mictórios, chuveiros, vestiário, alojamento, local para refeições, cozinha, lavanderia e área de lazer.

- Detalha exigências em trabalhos como escavação e fundações, transportes de cargas e materiais, operação com gruas e cremalheiras, armazenagem e estocagem de materiais.

- Exigência de um canteiro de obras limpo e sinalizado.

- Todos os empregados devem receber treinamentos admissional e periódico. - Descarte de lixo.

- Quanto a utilização de produtos químicos, contato com material biológico e riscos físicos.

- Proteção individual e coletiva.

- Exigência de oferta de Equipamento de Proteção Coletiva (EPC).

- Exigência em que a responsável pela obra tem que constituir uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).

- Estabelece que é responsabilidade do empregador monitorar os empregados para verificar o cumprimento da legislação e dos treinamentos.

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3 METODOLOGIA

Neste estudo de caso foi aplicado uma lista de verificação, check-list, dos itens expostos na NR-18, de acordo com a fase em que a obra se encontra. Com os dados obtidos, procurou-se verificar as condições atuais da obra e evidenciar itens em que há não conformidade. O presente trabalho se restringe à NR-18, dada a extensão das normas de segurança do trabalho, do MTE.

Para a avaliação, foram verificados os itens do check-list no ANEXO A. As atividades estavam ou não em conformidade com a NR. Pode-se apurar que certos itens não tinham destino para o serviço especificado ou não tinham aplicabilidade, situações essas que ficam dispensáveis de verificação.

O check-list foi elaborado de acordo com as recomendações da norma vigente e é importante sua aplicação para detecção de possíveis problemas que podem ocorrer durante o serviço.

A obra do estudo presente é a execução de valas para assentamento de água, esgoto ou drenagem urbana, regida pela NBR 12266/1992 e classificada como obras de arte corrente.

3.1 DESCRIÇÃO DA OBRA

A empresa, com sede em Curitiba, está executando a duplicação da rodovia que liga a cidade de Pinhais com Piraquara, com implantação de ciclovia e passeio e construção de obras de arte especiais entre trincheiras, pontes e viadutos.

Os estudos aqui observado refere-se à escavação de valas para bueiros e galerias, assentamento de caixas de ligação e captação, todas do tipo Bueiro Simples Tubular de Concreto e reaterro com apiloamento manual e mecânico. Se necessário, a empresa faz a instalação de rampas de acesso, barreiras de proteção e corrimãos, mas só executam a montagem, sendo terceirizado o corte das peças.

Em visita a obra, foi constatado que a empresa desenvolve os trabalhos de aplicação e dobra de barras de aço, execução de lastro de brita, execução de corpo de bueiro simples tubular de concreto com e sem berço, escavação de bueiros, reaterros, montagem de formas, escoramento de cavas de fundação, assentamento de caixas de captação e ligação, instalação de tubulação de concreto, montagem de armaduras de obras de arte especiais. Os serviços acompanhados durante a elaboração deste trabalho

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foram contemplaram todos, com exceção dos trabalhos com aço, (dobra e montagem de armaduras) e trabalhos com madeiras (montagem de formas e escoramento de cavas).

3.2 CHECK-LIST DA NR-18

Foi verificado quanto a conformidade da NR-18, um check-list adaptado, ANEXO A, das tarefas da obra na fase em que se encontra, baseado no check-list disponível no site do MPT da Bahia, Procuradoria Regional do Trabalho da 5ª Região, ANEXO B.

3.3 NBR 9061 e NBR12266

O cumprimento da NR-18 não desobriga o cumprimento das Normas Técnicas Brasileiras. Referência em processos normativos e qualidade, a ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas é uma organização sem fins lucrativos com o objetivo de prover um conhecimento sistematizado. Segundo a ABNT, a norma brasileira 9.061, de 1985, fixa condições de segurança na elaboração de projetos e execução de escavações de obras a céu aberto. Já a 12.266, de 1992, cita os projetos e execução de valas para assentamento de tubulação de água, esgoto ou drenagem urbana, também esclarecendo critérios para o posicionamento da vala na via urbana, inclusive com o dimensionamento do escoramento. Com base nestas duas normas que foram verificados os aspectos da obra deste estudo.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para as avaliações foram usados como critério três opções seguintes: “S” para sim, itens em conformidade com a NR; “N” para não, itens em desacordo com as exigências da NR e “NA” para não aplicável, situações em que são dispensáveis de verificação.

4.1 AMBIENTE DE TRABALHO

Existem várias maneiras de se criar e implantar programas de verificação e gerenciamento de riscos, porém todos necessitam de muita pesquisa, pois com o resultado das mesmas, pode-se visualizar de forma mais clara qual o ponto de partida para corrigir muitos problemas, entre eles os de segurança que possam estar associados a qualidade da atividade ou serviço a executar.

A Tabela 01 a seguir apresenta o questionário inicial do check-list, que mostra se foi elaborado PCMAT, um programa que, por meio de ações preventivas, visa garantir a integridade física e saúde de todos os envolvidos nos trabalhos realizados.

Tabela 01 - Ambiente de Trabalho – Fonte: O autor, 2016.

AMBIENTE DE TRABALHO S N NA

Tem mais de 20 trabalhadores na obra? Se sim, foi elaborado PCMAT?

(18.3.1) X

O PCMAT é mantido no estabelecimento à disposição da fiscalização?

(18.3.1.2) X

O PCMAT foi elaborado e é executado por profissional legalmente habilitado

em segurança do trabalho? (18.3.2) X

- Os seguintes documentos integram o PCMAT? (18.3.4)

a) memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho, com riscos de

acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas preventivas X b) projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas

de execução da obra X

c) especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem

utilizadas X

d) cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT X e) layout inicial do canteiro de obras, contemplando, inclusive, previsão de

dimensionamento das áreas de vivência X

f) programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e

doenças do trabalho, com carga horária X

(22)

Pode-se verificar que não foi elaborado o PCMAT na obra. Na realidade a empresa tem 18 funcionários que estão habilitados a trabalhar na obra, mas não ficam todos ao mesmo tempo, tendo um pico máximo de 13 funcionários trabalhando, no dia de maior movimento, em 3 frentes de serviço com 4 funcionários cada e um encarregado, que passa em cada frente de serviço, para instruir os trabalhos e verificar todas as condições de segurança.

4.2 ÁREA DE VIVÊNCIA

Devido a obra contar apenas com trabalhadores locais, que moram na cidade ou na região, segundo o item 18.4.1.1, não há necessidade de alojamento, lavanderia e área de lazer. Referente a cozinha, a empresa estabeleceu um contrato com um restaurante próximo ao local da obra, manifestando-se em arcar com custos maiores, para proporcionar maior conforto para os trabalhadores. Segundo o SINDUSCON, Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná, o auxilio alimentação mensal tem um custo fixo de R$ 355,00 (trezentos e cinquenta e cinco reais). A empresa também fornece café da manhã no restaurante citado anteriormente.

A Tabela 02 mostra as condições que as instalações sanitárias estão sujeitas quanto a construção.

Tabela 02 - Instalações Sanitárias – Fonte: O Autor, 2016.

INSTALAÇÕES SANITÁRIAS S N NA

Há lavatório na proporção de 1 para 20 trabalhadores? (18.4.2.4 ) X Há mictório na proporção de 1 para 20 trabalhadores? (18.4.2.4 ) X Há vaso sanitário na proporção de 1 para 20 trabalhadores? (18.4.2.4 ) X Há chuveiro na proporção de 1 para 10 trabalhadores? (18.4.2.4 ) X - Sobre as instalações sanitárias: (18.4.2.3)

a) estão em perfeito estado de conservação e higiene? X

b) há portas de acesso que impeçam o devassamento? X

c) há paredes de material resistente e lavável (podendo ser de madeira)? X d) há pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento antiderrapante X e) não faz ligação direta com os locais destinados às refeições X

f) há separação por sexo? X

g) há instalações elétricas adequadamente protegidas? X

h) há ventilação e iluminação adequadas? X

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Tabela 02 - Instalações Sanitárias (Continuação) – Fonte: O Autor, 2016.

INSTALAÇÕES SANITÁRIAS S N NA

j) há deslocamento superior a 150m do posto de trabalho aos sanitários (Se

sim, marcar como N, de não conformidade)? X

- Os lavatórios devem: (18.4.2.5.1)

a) ser individual ou coletivo, tipo calha; X

b) possuir torneira de metal ou plástico; X

c) ficar a uma altura de 0,90m; X

d) ser ligados diretamente à rede de esgoto, quando houver; X e) ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável; X f) ter espaçamento mínimo entre as torneiras de 0,60m, quando coletivos; X g) dispor de recipiente para coleta de papéis usados. X - Os vasos sanitários: (18.4.2.6)

a) o local destinado ao vaso tem, pelo menos, 2m²? X

b) o gabinete sanitário possui porta com trinco e borda inferior de, no máximo,

0,15m de altura? X

c) ter divisórias com altura mínima de 1,80m; X

d) ter recipiente com tampa, para depósito de papéis usados, sendo obrigatório

o fornecimento de papel higiênico. X

- Mictórios (18.4.2.7.1)

a) ser individual ou coletivo, tipo calha; X

b) ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável; X c) ser providos de descarga provocada ou automática; X

d) ficar a uma altura máxima de 0,50m do piso; X

e) ser ligado diretamente à rede de esgoto ou à fossa séptica, com interposição

de sifões hidráulicos. X

Há respeito sobre a área mínima de utilização de 0,8m² e 2,1m de altura?

(18.4.2.8.1) X

Os pisos dos locais onde forem instalados os chuveiros devem ter caimento que assegure o escoamento da água para a rede de esgoto, quando houver, e ser de material antiderrapante ou provido de estrados de madeira. (18.4.2.8.2)

X Os chuveiros devem ser de metal ou plástico, individuais ou coletivos,

dispondo de água quente. (18.4.2.8.3) X

Deve haver um suporte para sabonete e cabide para toalha, correspondente a

cada chuveiro. (18.4.2.8.4) X

Os chuveiros elétricos estão aterrados adequadamente? (18.4.2.8.5) X

Itens Mensurados 32 3 0

A Figura 01 mostra a representação da Tabela 02 em forma de gráfico, mostrando que há apenas 9% de itens em desacordo com a norma regulamentadora.

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Figura 01 - Instalações Sanitárias – Fonte: O Autor, 2016.

A tabela seguinte mostra as condições em que se encontra o vestiário da obra.

Tabela 03 - Vestiário – Fonte: O Autor, 2016.

VESTIÁRIO S N NA

O vestiário está localizado próximo à obra? (18.4.2.9.2) X Sobre os vestiários: (18.4.2.9.3)

a) há paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente? X b) há pisos de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente? X

c) há cobertura que proteja contra as intempéries? X

d) a área de ventilação correspondente a 1/10 de área do piso? X

e) há iluminação natural e/ou artificial? X

f) há armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado? X

g) os vestiários têm pé-direito mínimo de 2,50m? X

h) são mantidos em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza? X i) há banco em número suficiente para atender aos usuários, com largura

mínima de 0,30m? X

Itens Mensurados 8 2 0

A seguir, a Figura 02 traz o gráfico dos resultados da tabela 03.

91% 9%

0%

INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

(25)

Figura 02 - Vestiário – Fonte: O Autor, 2016.

Verificamos que há itens em não conformidade com a NR-18. Não há ventilação suficiente e iluminação adequada nas instalações sanitárias e este é um problema comum nestas instalações, pois são provisórias. Mas justamente por se tratar de espaços de higiene, precisam de atenção para não sofrerem de bolor, mal odor e aspecto visual negativo.

Pelo fato da obra de execução de valas vencer distâncias de até 20m em um único dia de serviço, os sanitários ficam cada vez mais longes. No caso do trabalho, passou de 400m o deslocamento necessário para acesso ao banheiro da obra, razão pela qual a empresa dispõe de um funcionário que fica na equipe de apoio e a cada 30 minutos passa com um veículo para verificar os trabalhos e fazer o deslocamento do pessoal de cada frente de serviço, levando os necessitados para a higiene pessoal. As equipes também dispõem de rádio para comunicação.

4.3 ESCAVAÇÕES E FUNDAÇÕES

O processo de escavação de valas pode ser executado em solo ou rocha, com profundidades variantes, definidas em projeto e todo serviço deve atender o disposto na NR-18. A Tabela 04, a seguir mostra o check-list preenchido para verificação dos serviços de escavação e fundações:

80% 20%

0%

VESTIÁRIO

(26)

Tabela 04 - Escavações e Fundações – Fonte: O Autor, 2016.

ESCAVAÇÕES E FUNDAÇÕES S N NA

A área de trabalho deve ser previamente limpa, devendo ser retirados ou escorados solidamente árvores, rochas, equipamentos, materiais e objetos de qualquer natureza, quando houver risco de comprometimento de sua estabilidade durante a execução de serviços. (18.6.1)

X

Muros, edificações vizinhas e todas as estruturas que possam ser afetadas pela

escavação devem ser escorados (18.6.2). X

Quando existir cabo subterrâneo de energia elétrica nas proximidades das escavações, as mesmas só poderão ser iniciadas quando o cabo estiver desligado. (18.6.4)

X Taludes instáveis com profundidade superior a 1,25m devem ter sua

estabilidade garantida por meio de estruturas dimensionadas para este fim. (18.6.5)

X As escavações com mais de 1,25m de profundidade devem dispor de escadas

ou rampas, colocadas próximas aos postos de trabalho. (18.6.7) X Os materiais retirados da escavação devem ser depositados a uma distância

superior à metade da profundidade, medida a partir da borda do talude. (18.6.8)

X Taludes com altura superior a 1,75m devem ter estabilidade garantida. (18.6.9) X Quando houver possibilidade de infiltração ou vazamento de gás, o local deve

ser devidamente ventilado e monitorado. (18.6.10) X

O monitoramento deve ser por sistema de alarme sonoro e visual em caso de

vazamento, enquanto o trabalho estiver sendo realizado. (18.6.10.1) X Escavações realizadas em vias públicas ou canteiros de obras devem ter

sinalização de advertência, inclusive noturna, e barreira de isolamento em todo o seu perímetro. (18.6.11)

X Os acessos de trabalhadores, veículos e equipamentos às áreas de escavação devem ter sinalização de advertência permanente. (18.6.12) X É proibido o acesso de pessoas não-autorizadas às áreas de escavação e

cravação de estacas. (18.6.13) X

O operador de bate-estacas deve ser qualificado e ter sua equipe treinada.

(18.6.14) X

Os cabos de sustentação do pilão devem ter comprimento para que haja, em qualquer posição de trabalho, um mínimo de 6 (seis) voltas sobre o tambor. (18.6.15)

X Na execução de escavações e fundações sob ar comprimido, deve ser

obedecido o disposto no Anexo no 6 da NR 15 - Atividades e Operações Insalubres. (18.6.16)

X

Na operação de desmonte de rocha a fogo, fogacho ou mista, deve haver um blaster, responsável pelo armazenamento, preparação das cargas, carregamento das minas, ordem de fogo, detonação e retirada das que não explodiram, destinação adequada das sobras de explosivos e pelos dispositivos elétricos necessários às detonações. (18.6.17)

(27)

Tabela 04 - Escavações e Fundações (Continuação) – Fonte: O Autor, 2016.

ESCAVAÇÕES E FUNDAÇÕES S N NA

A área de fogo deve ser protegida contra projeção de partículas, quando

expuser a risco trabalhadores e terceiros. (18.6.18) X

Nas detonações é obrigatória a existência de alarme sonoro. (18.6.19) X Na execução de tubulões a céu aberto, aplicam-se as disposições constantes no

item 18.20 - Locais confinados. (18.6.20) X

Toda escavação somente pode ser iniciada com a liberação e autorização do Engenheiro responsável pela execução da fundação, atendendo o disposto na NBR 6122:2010 ou alterações posteriores. (18.6.20.1)

X Os tubulões a céu aberto devem ser encamisados, exceto quando houver projeto elaborado por profissional legalmente habilitado que dispense o encamisamento. (18.6.21)

a) sondagem ou estudo geotécnico local, para profundidade superior a

3metros; X

b) todas as medidas de proteção coletiva e individual exigidas para a atividade devem estar descritas no Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT, bem como plano de resgate e remoção em caso de acidente, modelo de check-list a ser aplicado diariamente, modelo de programa de treinamento destinado aos envolvidos na atividade contendo as atividades operacionais, de resgate e noções de primeiros socorros, com carga horária mínima de 8 horas;

X

c) as ocorrências e as atividades sequenciais das escavações dos tubulões a céu aberto devem ser registradas diariamente em livro próprio pelo engenheiro responsável;

X d) é proibido o trabalho simultâneo em bases alargadas em tubulões

adjacentes, sejam estes trabalhos de escavação e/ou de concretagem; X

e) é proibida a abertura simultânea de bases tangentes. X

f) a escavação manual só pode ser executada acima do nível d'água ou abaixo dele nos casos em que o solo se mantenha estável, sem risco de desmoronamento, e seja possível controlar a água no interior do tubulão.

X g) o diâmetro mínimo para escavação de tubulão a céu aberto é de 0,80m. X h) o diâmetro de 0,70m somente poderá ser utilizado com justificativa técnica

do Engenheiro responsável pela fundação. X

O equipamento de descida e içamento de trabalhadores e materiais utilizado na execução de tubulões a céu aberto deve ser dotado de sistema de segurança com travamento, atendendo aos seguintes requisitos para a sua operação: (18.6.22)

a) liberação de serviço em cada etapa (abertura de fuste e alargamento de base)

registrado no livro de registro diário de escavação de tubulões a céu aberto; X b) dupla trava de segurança no sarilho, sendo uma de cada lado; X c) corda de cabo de fibra sintética que atenda às recomendações do item 18.16

da NR-18, tanto da corda de içamento do balde como do cabo-guia para o trabalhador;

(28)

Tabela 04 - Escavações e Fundações (Continuação) – Fonte: O Autor, 2016.

ESCAVAÇÕES E FUNDAÇÕES S N NA

d) corda de sustentação do balde deve ter comprimento para que haja, em

qualquer posição de trabalho, no mínimo de 6 (seis) voltas sobre o tambor; X e) gancho com trava de segurança na extremidade da corda do balde; X f) sistema de ventilação por insuflação de ar por duto, captado em local isento

de fontes de poluição, e em caso contrário, adotar processo de filtragem do ar; X g) sistema de sarilho fixado no terreno, fabricado em material resistente e com

rodapé de 0,20 m em sua base, dimensionado conforme a carga e apoiado com no mínimo 0,50 m de afastamento em relação à borda do tubulão;

X h) depositar materiais afastados da borda do tubulão com distância

determinada pelo estudo geotécnico; X

i) cobertura translúcida tipo tenda, com película ultravioleta, sobre montantes

fixados no solo; X

j) possuir isolamento de área e placas de advertência; X

k) isolar, sinalizar e fechar os poços nos intervalos e no término da jornada de

trabalho; X

l) impedir o trânsito de veículos nos locais de trabalho; X m) paralisação imediata das atividades de escavação dos tubulões no início de

chuvas; X

n) utilização de iluminação blindada e a prova de explosão. X Quanto à escavação, fundação e desmonte de rochas: (18.36.3)

a) antes de ser iniciada uma obra de escavação ou de fundação, o responsável deve procurar se informar a respeito da existência de galerias, canalizações e cabos, na área onde serão realizados os trabalhos, bem como estudar o risco de impregnação do subsolo por emanações ou produtos nocivos;

X

b) os escoramentos devem ser inspecionados diariamente; X c) quando for necessário rebaixar o lençol d'água (freático), os serviços devem

ser executados por pessoas ou empresas qualificadas; X

d) cargas e sobrecargas ocasionais, bem como possíveis vibrações, devem ser levadas em consideração para determinar a inclinação das paredes do talude, a construção do escoramento e o cálculo dos elementos necessários;

X e) a localização das tubulações deve ter sinalização adequada; X f) as escavações devem ser realizadas por pessoal qualificado, que orientará os operários, quando se aproximarem das tubulações até a distância mínima de 1,50m;

X g) o tráfego próximo às escavações deve ser desviado e, na sua impossibilidade, reduzida a velocidade dos veículos; X h) devem ser construídas passarelas de largura mínima de 0,60m, protegidas

por guarda-corpos, quando for necessário o trânsito sobre a escavação; X i) quando o bate-estacas não estiver em operação, o pilão deve permanecer em

(29)

Tabela 04 - Escavações e Fundações (Continuação) – Fonte: O Autor, 2016.

ESCAVAÇÕES E FUNDAÇÕES S N NA

j) para pilões a vapor, devem ser dispensados cuidados especiais às mangueiras e conexões, devendo o controle de manobras das válvulas estar sempre ao alcance do operador;

X k) para trabalhar nas proximidades da rede elétrica, a altura e/ou distância dos

bate-estacas deve atender à distância mínima exigida pela concessionária; X l) para a proteção contra a projeção de pedras, deve ser coberto todo o setor

(área entre as minas, carregadas) com malha de ferro de 1/4" a 3/16", de 0,15m e pontiada de solda, devendo ser arrumados sobre a malha pneus para formar uma camada amortecedora.

X

Itens Mensurados 12 2 40

A seguir, a Figura 03 traz o respectivo gráfico da Tabela 04, evidenciando o alto índice de itens não aplicáveis.

Figura 03 - Escavações e Fundações – Fonte: O Autor, 2016.

Boa parte dos trabalhos desta parte da lista de verificação fazem menção a parte de fundações, principalmente do tipo tubulão. Nesta obra não houve necessidade de tais trabalhos e, portanto, não são cabíveis de verificação. Mas houve 16 itens listados e apenas duas não conformidades. A primeira faz referência a necessidade de escadas em escavações com mais de 1,25m de profundidade, para numa eventual emergência, o trabalhador possa sair rapidamente. Devido a declividade e a necessidade de a máquina

22%

4%

74%

ESCAVAÇÕES E FUNDAÇÕES

(30)

ter que entrar próximo a vala, há rampas de acesso natural. Também há uma não conformidade no item 18.6.13, onde recomenda a proibição de pessoas não autorizadas às áreas de escavação. Ora, por se tratar de via pública, sempre há curiosos que vão próximo as escavações, para observar o que está acontecendo. Há sinalização de advertência, cones e fitas para isolar o local, mas isso não afasta completamente este pessoal. A empresa recomenda, quando há muitos curiosos, a diminuir o ritmo do trabalho e até parar com a atividade, se for o caso, mas esta medida pode comprometer os trabalhadores e pôr em risco todos a volta.

4.4 ESCADAS E RAMPAS

Escadas e rampas são usados de forma provisória, fabricados em madeira e eventualmente de outro material. Sofrem com o desgaste, seja pelo uso ou pela qualidade dos materiais utilizados na confecção das peças. É preciso de atenção, pois sempre necessitam de substituição ou manutenção. A Tabela 05 apresenta a situação em que escadas e rampas foram encontradas na obra.

Tabela 05 - Escadas e Rampas – Fonte: O Autor, 2016.

ESCADAS E RAMPAS S N NA

A madeira das escadas/ rampas/ passarelas são de boa qualidade, sem nós e

rachaduras? (18.12.1) X

As escadas de uso coletivo/rampas/passarelas são de construção sólida e

dotadas de corrimão e rodapé? (18.12.2 ) X

Há escadas ou rampas na transposição de pisos com diferença de nível superior

a 0,40m? (18.12.3) X

Escadas provisórias de uso coletivo têm: largura mínima de 0,80m e patamar a

cada 2,90m de altura? (18.12.5.1) X

Escadas de mão têm até 7m de extensão e o espaçamento entre os degraus

varia entre 0,25m a 0,30m?( 18.12.5.3) X

É vedado o uso de escada de mão com montante único? (18.12.5.4) X É proibido colocar escada de mão (18.12.5.5):

a) nas proximidades de portas ou áreas de circulação? X b) onde houver risco de queda de objetos ou materiais? X

c) nas proximidades de aberturas e vãos? X

A escada de mão (18.12.5.6):

a) ultrapassa em 1,00m (um metro) o piso superior? X b) é fixada nos pisos inferior e superior ou é dotada de dispositivo que impeça

o seu escorregamento? X

(31)

Tabela 05 - Escadas e Rampas (Continuação) – Fonte: O Autor, 2016.

ESCADAS E RAMPAS S N NA

d) é apoiada em piso resistente? X

Quanto às escadas (18.36.5):

a) as escadas de mão portáteis e corrimão de madeira apresentam farpas,

saliências ou emendas? X

b) as escadas fixas, tipo marinheiro, são presas no topo e na base? X c) as escadas fixas, tipo marinheiro, de altura superior a 5,00m são fixadas a

cada 3,00m? X

A escada de abrir é rígida, possui trava para não fechar e o comprimento

máximo é de 6m (fechada)? (18.12.5.8) X

A escada extensível tem dispositivo limitador de curso ou, quando estendida,

há sobreposição de 1m? (18.12.5.9) X

A escada de marinheiro com 6m ou mais de altura tem gaiola protetora a 2m

da base até 1m do topo? (18.12.5.10) X

Na escada marinheiro, para cada lance de 9, há patamar intermediário com

guarda-corpo e rodapé? (18.12.5.10.1) X

As rampas/passarelas provisórias são construídas e mantidas em condições de

uso e segurança? (18.12.6.1) X

As rampas provisórias são fixadas no piso inferior e superior e não ultrapassam

30º de inclinação? (18.12.6.2) X

Nas rampas provisórias (inclinação superior a 18º) são fixadas peças

transversais espaçadas em 0,40m? (18.12.6.3) X

Itens Mensurados 13 2 8

A Figura 04, a seguir, mostra a Tabela 05 em representação gráfica.

Figura 04 - Escadas e Rampas – Fonte: O Autor, 2016.

56% 9% 35%

ESCADAS E RAMPAS

CONFORME NÃO CONFORME NÃO APLICÁVEL

(32)

Neste tópico, apenas foi tomado conhecimento por haver escada na obra, mas não houve necessidade de utilização, durante o estudo. Por relatos dos funcionários, conclui que foi usado a escada de mão com montante único uma única vez e que ela não estava apoiada em piso resistente, pois foi utilizada dentro da vala.

4.5 MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DIVERSAS

Máquinas são equipamento que fazem a diferença no andamento da obra. Se bem utilizadas são eficientes e facilitadores de trabalho. Mas para isso, é necessário verificar se estão em conformidade com a Tabela 06.

Tabela 06 - Máquinas, Equipamentos e Ferramentas diversas – Fonte: O Autor, 2016. MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DIVERSAS S N NA As partes móveis e perigosas das máquinas ao alcance dos trabalhadores são

protegidas? (18.22.2) X

As máquinas e os equipamentos que ofereçam risco são providos de proteção

adequada? (18.22.3) X

Máquinas e equipamentos de grande porte devem proteger adequadamente o operador contra a incidência de raios solares e intempéries. (18.22.4) X O abastecimento de máquinas e equipamentos com motor a explosão deve ser realizado por trabalhador qualificado, em local apropriado, utilizando-se de técnicas e equipamentos que garantam a segurança da operação. (18.22.5)

X Em operação de máquinas e equipamentos com tecnologia diferente da que o operador estava habituado a usar, deve ser feito novo treinamento, de modo a qualificá-lo à utilização dos mesmos. (18.22.6)

X Os condutores elétricos das ferramentas não sofrem torção, ruptura nem

obstruem o trânsito de trabalhadores? (18.22.19) X

Quanto às máquinas, equipamentos e ferramentas diversas: (18.36.2)

a) os protetores removíveis só podem ser retirados para limpeza, lubrificação,

reparo e ajuste, e após devem ser, obrigatoriamente, recolocados; X b) os operadores não podem se afastar da área de controle das máquinas ou

equipamentos sob sua responsabilidade, quando em funcionamento; X c) nas paradas temporárias ou prolongadas, os operadores de máquinas e equipamentos devem colocar os controles em posição neutra, acionar os freios e adotar outras medidas com o objetivo de eliminar riscos provenientes de funcionamento acidental;

X

d) inspeção, limpeza, ajuste e reparo somente devem ser executados com a máquina ou o equipamento desligado, salvo se o movimento for indispensável à realização da inspeção ou ajuste;

(33)

Tabela 06 - Máquinas, Equipamentos e Ferramentas diversas (Continuação) – Fonte: O Autor, 2016.

MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DIVERSAS S N NA e) quando o operador de máquinas ou equipamentos tiver a visão dificultada

por obstáculos, deve ser exigida a presença de um sinaleiro para orientação do operador;

X f) as ferramentas manuais não devem ser deixadas sobre passagens, escadas, andaimes e outras superfícies de trabalho ou de circulação, devendo ser guardadas em locais apropriados, quando não estiverem em uso;

X g) antes da fixação de pinos por ferramenta de fixação a pólvora, devem ser

verificados o tipo e a espessura da parede ou laje, o tipo de pino e finca-pino mais adequados, e a região oposta à superfície de aplicação deve ser previamente inspecionada;

X

h) o operador não deve apontar a ferramenta de fixação a pólvora para si ou

para terceiros. X

Itens Mensurados 10 2 2

A seguir, a Figura 05 representa a Tabela 06, em formato gráfico,

Figura 05 - Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversos – Fonte: O Autor, 2016.

Também com duas não conformidades, a primeira é o item a, do artigo 18.36.2, e diz que os protetores removíveis só podem ser retirados para limpeza, lubrificação, reparo e ajuste, e após devem ser, obrigatoriamente, recolocados. Acontece que muitas vezes esses protetores são perdidos ou atrapalham o manuseio da máquina e acontece de

72% 14%

14%

MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS

DIVERSAS

(34)

trabalhar sem algumas proteções. Na continuação do artigo da NR, item f, recomenda que as ferramentas manuais não devem ser deixadas sobre passagens, escadas, andaimes e outras superfícies de trabalho ou de circulação, devendo ser guardadas em locais apropriados, quando não estiverem em uso. Mas em uma obra, é mais cômodo deixar o martelo que foi utilizado e será utilizado novamente, próximo. Para tanto, acontece de deixar algumas ferramentas pelo caminho, que certamente pode provocar um acidente, visto que são classificadas como um risco.

4.6 EPI, SINALIZAÇÃO, TREINAMENTOS E ORDEM E LIMPEZA

Equipamentos de proteção individual, EPI, devem estar de acordo com a Norma Regulamentadora 06, de acordo com sua última publicação em 16 de abril de 2015, que faz as exigências referente aos EPI’s, seja pelos trabalhadores, pelos empregadores ou pelos fabricantes. A tabela a seguir faz menção aos EPI’s.

Tabela 07 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI – Fonte: O Autor, 2016.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI S N NA A empresa fornece aos trabalhadores, gratuitamente, EPI adequado ao risco e

em perfeito estado de conservação e funcionamento? (18.23.1) X O cinto de segurança tipo abdominal somente é utilizado em serviços de

eletricidade para limitar a movimentação? (18.23.2) X

O cinto de segurança tipo paraquedista é utilizado em atividades a mais de

2,00m de altura do piso? (18.23.3) X

O cinto de segurança é dotado de dispositivo trava-quedas e é ligado a cabo de

segurança independente da estrutura do andaime? (18.23.3.1) X

Itens Mensurados 1 0 3

A sinalização de obra tem que ser clara e objetiva, podendo se utilizar de imagens para facilitar seu entendimento. Para as Obras de Arte Corrente, muitas vezes já existem manuais com padronização de sinalização e placas. A Tabela 08 apresenta aspectos da sinalização da obra.

Tabela 08 - Sinalização – Fonte: O Autor, 2016.

SINALIZAÇÃO S N NA

O canteiro de obras deve ser sinalizado com o objetivo de (18.27.1):

a) identificar os locais de apoio que compõem o canteiro; X

(35)

Tabela 08 - Sinalização (Continuação) – Fonte: O Autor, 2016.

SINALIZAÇÃO S N NA

c) manter comunicação através de avisos, cartazes ou similares; X d) advertir contra perigo de contato ou acionamento acidental com partes

móveis das máquinas e equipamentos. X

e) advertir quanto a risco de queda; X

f) alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, específico para a atividade executada, com a devida sinalização e advertência próximas ao posto de trabalho;

X g) alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de

materiais por grua, guincho e guindaste; X

h) identificar acessos, circulação de veículos e equipamentos na obra; X i) advertir contra risco de passagem de trabalhadores onde o pé-direito for

inferior a 1,80m. X

j) identificar locais com substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis,

explosivas e radioativas. X

É obrigatório o uso de colete ou tiras refletivas na região do tórax e costas quando o trabalhador estiver a serviço em vias públicas, sinalizando acessos ao canteiro de obras e frentes de serviços ou em movimentação e transporte vertical de materiais. (18.27.2)

X

A sinalização de segurança em vias públicas deve ser dirigida para alertar os motoristas, pedestres e em conformidade com as determinações do órgão competente. (18.27.3)

X

Itens Mensurados 6 4 2

A Figura 06, a seguir, mostra os resultados do check-list preenchido da Tabela 08, em gráfico.

(36)

Figura 06 - Sinalização – Fonte: O Autor, 2016.

O treinamento tem como finalidade educar o trabalhador e aumentar sua percepção quanto a segurança do trabalho. A Tabela 09 mostra se a empresa cumpre as exigências da NR-18 sobre esse tema.

Tabela 09 - Treinamento – Fonte: O autor, 2016.

TREINAMENTO S N NA

Todos os empregados devem receber treinamentos admissional e periódico.

(18.28.1) X

O treinamento periódico deve ser ministrado: (18.28.3)

a) sempre que se tornar necessário; X

b) ao início de cada fase da obra. X

Nos treinamentos os trabalhadores devem receber cópias dos procedimentos e operações a serem realizadas com segurança. (18.28.4) X

Itens Mensurados 4 0 0

A NR-18 faz exigência de se ter uma obra limpa, organizada e que a executante dê o destino correto para os entulhos e lixos. A Tabela 10 lista estas exigências.

Tabela 10 - Ordem e Limpeza – Fonte: O autor, 2016.

ORDEM E LIMPEZA S N NA

O canteiro de obras deve apresentar-se organizado, limpo e desimpedido.

(18.29.1) X

50%

33% 17%

SINALIZAÇÃO

(37)

Tabela 10 - Ordem e Limpeza (Continuação) – Fonte: O autor, 2016.

ORDEM E LIMPEZA S N NA

O entulho e quaisquer sobras de materiais devem ser regulamente coletados e

removidos. (18.29.2) X

É proibida a queima de lixo ou qualquer outro material no interior do canteiro

de obras. (18.29.4) X

É proibido manter lixo ou entulho acumulado ou exposto em locais

inadequados do canteiro de obras. (18.29.5) X

Itens Mensurados 3 0 1

Sobre os EPI’s, Treinamentos, Ordem e Limpeza, a empresa analisada segue na íntegra as recomendações da NR-18.

Com relação à sinalização, o espaço é muito grande para cerca-lo, mas ainda assim, faltam muitas sinalizações e alertas quanto a possibilidade de risco de queda, indicação de saídas, alerta quanto a área de circulação de pedestres e veículos e alerta para a obrigatoriedade do uso de EPI’s.

4.7 TAPUMES E GALERIAS

Tapumes são uma exigência para impedir o acesso de pessoas estranhas a obra. Também para garantir a segurança aos que não estão nelas, pois impõe o limite das atividades. Galerias são uma espécie de tapumes utilizadas na cobertura, como um telhado, para proteção coletiva contra queda de materiais, entre outros. A Tabela 11é sobre esse tipo de proteção.

Tabela 11 - Tapumes e Galerias – Fonte: O Autor, 2016.

TAPUMES E GALERIAS S N NA

É obrigatória a colocação de tapumes ou barreiras sempre que se executarem atividades da indústria da construção, de forma a impedir o acesso de pessoas estranhas aos serviços. (18.30.1)

X Os tapumes devem ser construídos e fixados de forma resistente, e ter altura

mínima de 2,20m em relação ao nível do terreno. (18.30.2) X Nas atividades da indústria da construção com mais de 2 pavimentos a partir

do nível do meio-fio, executadas no alinhamento do logradouro, é obrigatória a construção de galerias sobre o passeio, com altura interna livre de no mínimo 3,00m. (18.30.3)

(38)

Tabela 11 - Tapumes e Galerias (Continuação) – Fonte: O Autor, 2016.

TAPUMES E GALERIAS S N NA

Em caso de necessidade de realização de serviços sobre o passeio, a galeria deve ser executada na via pública, devendo neste caso ser sinalizada em toda sua extensão, por meio de sinais de alerta aos motoristas nos dois extremos e iluminação durante a noite, respeitando-se à legislação do Código de Obras Municipal e de trânsito em vigor. (18.30.3.1)

X

As bordas da cobertura da galeria devem possuir tapumes fechados com altura

mínima de 1,00m, com inclinação de aproximadamente 45º. (18.30.4) X As galerias devem ser mantidas sem sobrecargas que prejudiquem a

estabilidade de suas estruturas. (18.30.5) X

Existindo risco de queda de materiais nas edificações vizinhas, estas devem ser

protegidas. (18.30.6) X

Em se tratando de prédio construído no alinhamento do terreno, a obra deve ser protegida, em toda a sua extensão, com fechamento por meio de tela. (18.30.7)

X

Itens Mensurados 0 0 8

Analisando a Tabela 11, nota-se que não foram encontradas irregularidades nestes quesitos.

4.8 DISPOSIÇÕES FINAIS

As Disposições Finais são itens que a NR-18 não alocou em nenhum outro item e apenas para seguir a ordem dos itens da própria norma, estes ficaram na Tabela 12.

Tabela 12 - Disposições Finais – Fonte: O Autor, 2016.

DISPOSIÇÕES FINAIS S N NA

Devem ser colocados, em lugar visível para os trabalhadores, cartazes alusivos à prevenção de acidentes e doenças de trabalho. (18.37.1) X É obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e fresca para os trabalhadores, que garanta as mesmas condições, na proporção de 1 para cada grupo de 25 trabalhadores ou fração. (18.37.2)

X Do posto de trabalho ao bebedouro, não haja deslocamento superior a 100m,

no plano horizontal e 15m no plano vertical. (18.37.2.1) X A área do canteiro de obra deve ser dotada de iluminação externa adequada.

(18.37.2.4) X

É obrigatório o fornecimento gratuito pelo empregador de vestimenta de trabalho e sua reposição, quando danificada. (18.37.3) X

(39)

Na Figura 07, pode-se observar os resultados da Tabela 12, apresentado em gráfico.

Figura 07 - Disposições Finais – Fonte: O Autor, 2016.

Como já comentado anteriormente, há deslocamentos superiores para acesso a bebedouros também, pois estão instalados próximas às instalações sanitárias. O carro de apoio, responsável por passar nas frentes de trabalho, carrega suprimentos como água e outros para os trabalhadores.

As duas figuras seguintes, apresentam os gráficos elaborados com todos os itens do check-list. Levando em consideração todos os itens verificados, a Figura 08 apresenta esses resultados:

80% 20%

0%

DISPOSIÇÕES FINAIS

(40)

Figura 08 - Gráfico Geral – Fonte: O Autor, 2016.

A Figura 09 mostra o resultado do check-list apenas entre itens conformes e não conformes.

Figura 09 - Gráfico Geral, excluindo itens Não Aplicáveis – Fonte: O Autor, 2016.

51%

9% 40%

GRÁFICO GERAL

CONFORME NÃO CONFORME NÃO APLICÁVEL

85% 15%

GRÁFICO GERAL - EXCLUINDO ITENS NÃO

APLICÁVEIS

(41)

4.9 PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO DE SERVIÇOS

Após atendidas todas as condições de segurança e obtidas as autorizações necessárias para o início dos trabalhos de escavação, é dado início aos trabalhos. A escavação pode ser do tipo manual ou mecânica. Quando da escavação mecânica, todos os danos causados à propriedade, bem como levantamento e reposição de pavimentos além das larguras especificadas, são da responsabilidade da contratada (MOS, 2012)

Primeiramente é feita a abertura da vala, mecanicamente, com remoção de material escavado até a cota especificada em projeto, conforme Figura 10.

Figura 10 - Remoção do solo até a cota especificada em projeto – Fonte: O Autor, 2016.

Após feita a abertura da vala, de acordo com a profundidade ou com a coesão do solo, faz-se necessário dispositivos para garantir a estabilidade das paredes da escavação e dar segurança aos trabalhadores, conforme Figura 11.

(42)

Figura 11 - Escavação em solo instável – Fonte: Acervo do Autor, 2016.

Quando não há estabilidade garantida, seja por solo instável ou por altura da vala superior à permitida em norma, deve-se trabalhar usando algum tipo de contenção. O equipamento mostrado na Figura 12 é um escoramento comum contínuo, mas fabricado em perfil metálico. A norma indica usar madeira para esse escoramento, mas segundo a empresa, o perfil metálico é mais resistente e tem uma vida útil maior.

Figura 12 - Escoramento comum contínuo, chamado de Gaiola – Fonte: Acervo do Autor, 2016.

(43)

Escoramento das paredes e criação de taludes inclinados, a partir da cota superior da tubulação, estão entre os meios mais usados para manter a segurança na área de trabalho. Na obra analisada, conforme Figura 13, o solo está com grau alto de compactação e não houve a necessidade usar escoramento nas paredes.

Figura 13 - Talude estável, sem necessidade de estrutura de contenção – Fonte: O Autor, 2016.

Conforme projeto, é verificado se faz necessário a execução do berço para colocação do Corpo de Bueiro Simples Tubular de Concreto. Na Figura 14, a equipe prepara o lastro de brita para receber a tubulação.

(44)

Figura 14 - Execução de lastro de brita para assentamento da tubulação – Fonte: O Autor, 2016.

Assim que executado o lastro de brita e ajustado o nível entre uma caixa de captação a outra, é iniciado o encaixe da tubulação. A Figura 15 apresenta a movimentação dos tubos. Com auxílio da retroescavadeira que iça o material, aliviando o peso, para facilitar seu encaixe.

Figura 15 - Movimentação de material, com auxílio da retroescavadeira – Fonte: O Autor, 2016.

(45)

Segundo a NBR 8890, referência a tubos de concreto de seção circular, os encaixes usados na obra são do tipo macho e fêmea, como mostra a Figura 16. A norma também permite o uso do encaixe do tipo ponta e bolsa.

Figura 16 - Encaixe manual da tubulação – Fonte: O Autor, 2016.

Concomitantemente com a colocação longitudinal da tubulação, estão as execuções das caixas de captação que receberão a tubulação. Conforme projeto, há pontos que receberão caixa de ligação, que é executada em pré-moldado de concreto, recebendo os condutos das bocas de lobo, mas diferente da caixa de captação, não são visitáveis. A Figura 17 mostra a montagem de uma caixa de captação ao fundo, onde será localizada acima dela uma boca de lobo.

(46)

Figura 17 - Tubulação próxima de encaixe com caixa de captação – Fonte: O Autor, 2016.

Depois de encaixada toda a tubulação, é feita a aplicação de uma manta geotêxtil, conforme Figura 18. A manta é um tipo de não-tecido, que facilita a permeabilização e retém a entrada de outros materiais.

(47)

Figura 18 - Colocação da manta geotêxtil para sistema de filtração – Fonte: O Autor, 2016.

A tubulação é de águas pluviais e não é colocado argamassa ou outro colante entre elas, daí o uso do geotêxtil. Já a caixa de captação tem que ser vedada com argamassa, para garantir rigidez entre ela e a tubulação, conforme Figura 19.

Figura 19 - Emassamento do corpo da caixa de captação com a tubulação – Fonte: O Autor, 2016.

A Figura 20 mostra o conjunto pronto para receber o aterro de cobertura. Entre o conjunto podemos observar uma caixa de ligação; os bueiros tubulares de concreto encaixados e alinhados; as mantas geotêxtis; ao fundo, tem-se uma caixa de captação.

(48)

Figura 20 - Tubos e caixas de ligações prontos para seres aterrados – Fonte: O Autor, 2016.

O recobrimento, conforme apresenta a Figura 21, só é executado após realização de testes de estanqueidade da tubulação. Nos primeiros 50 cm, segundo a NBR 12266/1992, o reaterro é obrigatoriamente manual.

Referências

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