• Nenhum resultado encontrado

Principais manifestações patológicas em edificações residênciais de um loteamento popular de Santa Rosa - RS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Principais manifestações patológicas em edificações residênciais de um loteamento popular de Santa Rosa - RS"

Copied!
69
0
0

Texto

(1)

RIO GRANDE DO SUL – UNIJUÍ

ALVARO BIANCHINI SOARES

PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM

EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS DE UM LOTEAMENTO

POPULAR EM SANTA ROSA - RS

Santa Rosa 2014

(2)

PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM

EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS DE UM LOTEAMENTO

POPULAR EM SANTA ROSA - RS

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao curso de Engenharia

Civil da Universidade Regional do

Noroeste do Estado do Rio Grande do

Sul - UNIJUÍ, como parte dos

requisitos para obtenção do título de

Bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: Éder Claro Pedrozo

Santa Rosa 2014

(3)

PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM

EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS DE UM LOTEAMENTO

POPULAR DE SANTA ROSA

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de BACHAREL EM ENGENHARIA CIVIL, e aprovado em sua forma final pelo

professor orientador e pelo Curso de Graduação em Engenharia Civil da Universidade Regional do Noroeste do Estado do rio Grande do Sul - UNIJUÍ.

Santa Rosa, 11 de dezembro de 2014

Prof. Éder Claro Pedrozo Mestre em Engenharia Civil – UFSM - Orientador Coordenador do Curso de Engenharia Civil / UNIJUÍ

BANCA EXAMINADORA

Prof. Éder Claro Pedrozo (UNIJUÍ) Mestre em Engenharia Civil – UFSM

Prof. Marcelle Engler Bridi (UNIJUÍ) Mestra em Engenharia Civil – UFRGS

(4)

Dedico este trabalho a minha família que mesmo sabendo que não poderia estar ao lado deles por muitas noites e madrugadas estavam sempre torcendo pela minha vitória.

(5)

A Deus, por me dar forças para trilhar esse caminho.

À minha família, em especial minha esposa Daiani Finatto Bianchini, que sempre me incentivou e me deu suporte tanto emocional como intelectual se dedicando na troca de conhecimentos em nossa “sala de estudos”, sempre rodeados de livros para nos auxiliar. Ao nosso filho Gabriel que é a razão da minha vida. A minha sogra Neida, a quem podíamos contar sempre que precisávamos principalmente cuidando do Gabriel.

Aos meus colegas, e grandes amigos Régis Gabriel Sá e Tiago Aguiar Pimentel, que durante todo o curso, nos encontrávamos para além de estudar, e estudar muito no nosso grupo de estudo, aproveitávamos o tempo para fazer planos para o nosso futuro como Engenheiros Civis.

Ao meu professor orientador Éder Claro Pedroso, pela dedicação no auxilio de minhas dúvidas e colaboração ao longo do trabalho.

A minha co-orientadora, Professora Marcelle Engler Bridi, pela dedicação, incentivo e principalmente pelo apoio no desenvolvimento de meu trabalho.

Ao colega Elói Bedendo Junior, pela parceria no desenvolvimento do questionário, planejamento da pesquisa, e aplicação em campo. Também aos colegas do curso que nos auxiliaram na coleta de dados e aplicação do questionário.

A todos os professores da Universidade incentivadores da busca por mais conhecimentos.

Aos demais colegas do curso, pelo empenho em tornar o nosso curso reconhecido regionalmente.

(6)

"A madrugada é altamente produtiva, para os que podem e gostam de utilizá-la para trabalhar, criar e ESTUDAR. Afinal, enquanto alguns sonham, outros realizam."

(7)

SOARES, Alvaro Bianchini. Principais Manifestações Patológicas em Edificações Residenciais de um Loteamento Popular em Santa Rosa – RS. 2014. Trabalho de Conclusão de Curso – Departamento de Ciências Exatas e Engenharias, DCEEng, UNIJUÍ, Santa Rosa, 2014.

Este estudo busca identificar as principais manifestações patológicas presentes em edificações de um loteamento popular no município de Santa Rosa – RS, conhecendo os fatores que motivaram o surgimento de tais patologias, as consequências para a edificação, e também possíveis soluções reparadoras, as quais servirão de parâmetros para as futuras construções. Para tanto, foi desenvolvido uma pesquisa qualitativa explicativa, com a obtenção dos dados através da aplicação de um questionário em 67

residências de um total de 83

do loteamento, onde a partir das informações coletadas, e um arquivo fotográfico, foi possível identificar as patologias, categorizá-las através do referencial teórico, relacionando-as a fatores que contribuíram para seu surgimento. Desta forma, foram propostas algumas ações de correção nas unidades prontas, e para os futuros empreendimentos.

(8)

SOARES, Alvaro Bianchini. Principais Manifestações Patológicas em Edificações Residenciais de um Loteamento Popular em Santa Rosa – RS. 2014. Trabalho de Conclusão de Curso – Departamento de Ciências Exatas e Engenharias, DCEEng, UNIJUÍ, Santa Rosa, 2014.

This study seeks to identify the main pathological manifestations present in buildings of a popular allotment in the municipality of Santa Rosa-RS, knowing the factors that motivated the emergence of such pathologies, the consequences for the edification, and also possible remedial solutions, which will serve as benchmarks for future constructions. It was developed a qualitative research explanatory, with getting the data through the application of a questionnaire in 67 homes out of a total of 83 of the allotment, where from the information collected, and a photographic archive, it was possible to identify pathologies, categorize them through the theoretical reference, relating them to factors that have contributed to their emergence. In this way, some actions were proposed to fix the units ready, and for future endeavors.

(9)

Figura 1: Distribuição Relativa da Incidência de Manifestações Patológicas ... 19

Figura 2: Trincas, Rachaduras e Fissuras ... 21

Figura 3: Destruição da Pintura pela Eflorescência de Sais ... 22

Figura 4: Manchas Superficiais ... 23

Figura 5: Descolamento do Revestimento ... 23

Figura 6: Bolhas ... 24

Figura 7: Umidade devido a infiltração próximo ao peitoril ... 24

Figura 8: Etapas da Produção e Uso das Obras Civil ... 25

Figura 9: Localização do Loteamento ... 27

Figura 10: Fórmula do Cálculo da Amostra ... 28

Figura 11: Grupo de Pesquisadores e Entrevistadores ... 29

Figura 12: Panfleto de Comunicado a Comunidade ... 30

Figura 13: Entrega dos Panfletos ... 30

Figura 14: Aplicação do Questionário Piloto... 31

Figura 15: Delineamento da Pesquisa ... 32

Figura 16: Gráfico da Apresentação de Fissuras ... 33

Figura 17: Apresentação de Fissuras ... 34

Figura 18: Fissuras com Maior Espessura ... 34

Figura 19: Gráfico do Tempo de Surgimento das Fissuras (Meses) ... 35

Figura 20: Gráfico do Surgimento de Infiltrações ... 35

Figura 21: Localização das Infiltrações ... 36

Figura 22: Infiltração nas Janelas ... 36

Figura 23: Gráfico do Tempo de Surgimento das Infiltrações (Meses) ... 37

(10)

Figura 26: Mofo Próximo ao Forro ... 38

Figura 27: Gráfico do Tempo de Surgimento do Mofo (Meses) ... 39

Figura 28: Gráfico do Aparecimento de Goteiras ... 39

Figura 29: Goteira na Haste de Energia ... 40

Figura 30: Gráfico do Tempo de Surgimento das Goteiras (Meses) ... 40

Figura 31: Gráfico dos Reparos ... 41

Figura 32: Gráfico do Estufamento da Tinta ... 41

Figura 33: Estufamento da Tinta ... 42

Figura 34: Locais do Estufamento da Tinta ... 42

Figura 35: Tempo de Surgimento do Estufamento da Tinta (Meses) ... 43

Figura 36: Gráfico do Surgimento de Outras Patologias ... 44

Figura 37: Desnível do Piso ... 44

Figura 38: Cerâmicas Quebradas ... 45

Figura 39: Piso do Banheiro Cedeu ... 45

Figura 40: Outras Patologias ... 46

Figura 41: Gráfico do Percentual de Fissuras ... 47

Figura 42: Tabela de Limites de Deslocamentos ... 48

Figura 43: Locais de Infiltração ... 49

Figura 44: Percentual Mofo ... 50

Figura 45: Lateral na Divisa... 51

Figura 46: Casas Unidas ... 51

Figura 47: Aste de Energia e Antena ... 52

Figura 48: Casas com Goterias ... 53

Figura 49: Planta do Loteamento ... 55

(11)

Tabela 1: Exigências de Durabilidade relacionadas à fissuração e a proteção da armadura, em função das classes de agressividade ambiental, adaptada por Soares (2014). ... 20

(12)

IPT – Instituto de Pesquisa e Tecnologia

MCMV – Minha Casa Minha Vida

NBR – Norma Brasileira

PAR – Programa de Arrendamento Residencial

RS – Rio Grande do Sul

TCC – Trabalho de Conclusão de Curso

(13)

1

INTRODUÇÃO ... 15

1.1 PROBLEMA DA PESQUISA ... 16 1.1.1 Objetivos da Pesquisa ... 16 1.1.2 Objetivo Geral ... 16 1.1.3 Objetivo Específico ... 16 1.2 DELIMITAÇÕES ... 17

2

REVISÃO DA LITERATURA ... 18

2.1 VIDA ÚTIL, DURABILIDADE E DEFEITOS NAS EDIFICAÇÕES. ... 18

2.2 PATOLOGIAS DAS EDIFICAÇÕES ... 19

2.2.1 Sintomas ... 19 2.2.1.1 Fissuras ... 20 2.2.1.2 Eflorescência ... 21 2.2.1.3 Manchas Superficiais ... 22 2.2.1.4 Outras Manifestações ... 23 2.2.2 Origem ... 25

3

METODOLOGIA ... 26

3.1 DETALHAMENTO DA PESQUISA. ... 26

3.1.1 Seleção do Conjunto Habitacional ... 26

3.1.2 Seleção da Amostra ... 28

3.2 PLANEJAMENTO DA COLETA DE DADOS ... 29

4

APRESENTAÇÃO

DOS

RESULTADOS

DO

LEVANTAMENTO ... 33

4.1 ELEMENTOS PATOLÓGICOS ... 33

(14)

4.1.3 Mofo ... 37

4.1.4 Goteiras ... 39

4.1.5 Estufamento da Tinta ... 41

4.1.6 Outras Patologias ... 43

5

CONSIDERAÇÕES SOBRE OS RESULTADOS ... 47

5.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS RESULTADOS DA COLETA DE DADOS POR ELEMENTOS CONSTRUTIVOS ... 47

5.1.1 Fissuras, Trincas e Rachaduras ... 47

5.1.2 Infiltração ... 49

5.1.3 Mofo ... 50

5.1.4 Goteiras ... 52

5.1.5 Estufamento da Tinta ... 53

5.1.6 Outras Patologias ... 54

5.1.7 Considerações sobre o Loteamento ... 55

6

CONSIDERAÇÕES FINAIS... 57

6.1 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS: ... 57

REFERÊNCIAS ... 59

ANEXO I – QUESTIONÁRIO DE ENTREVISTA ... 61

ANEXO II – PLANTA DE SITUAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DO LOTEAMENTO ... 65

ANEXO III – PLANTA BAIXA DAS EDIFICAÇÕES ... 66

ANEXO IV – MEMORIAL DESCRITIVO DAS EDIFICAÇÕES E DO LOTEAMENTO ... 67

(15)

1

I N T R O D U Ç Ã O

A implantação de políticas públicas na área de habitação vem causando uma grande expansão na construção de conjuntos habitacionais populares (D’Amico, 2011). A procura por um imóvel popular, que até então, era uma situação vivenciada apenas nas grandes cidades, em função do crescimento populacional ou estimulado pela migração, se tornou uma realidade em cidades de pequeno e médio porte.

D’Amico (2011) destaca que o déficit habitacional é considerado um dos principais problemas sociais, que estão diretamente ligados ao desenvolvimento de um país. Com base neste contexto, programas governamentais vêm sendo elaborados a fim de minimizar o déficit habitacional.

Várias medidas foram adotadas ao longo dos anos para se tentar abrandar o problema da habitação, entre eles a criação de um Plano Nacional da Habitação, PNH, a implantação de programas habitacionais com o incentivo de políticas públicas como “Minha Casa, Minha Vida - MCMV”, Programa de Arrendamento Residencial – PAR, entre outros.

Se por um lado, tais programas cumprem seu papel social de amenizar os problemas relacionados a moradia, tornando-as mais dignas e possibilitando o acesso a toda população, por outro lado tornam-se evidentes as carências da área da construção civil para atender esta grande demanda. Dificuldades com a mão de obra especializada e acompanhamento técnico permanente, acrescidos dos rigorosos prazos para execução das obras, são fatores que podem contribuir para o surgimento de patologias nas construções.

No caso dos conjuntos habitacionais populares, foco principal desta pesquisa, a população beneficiada não tem condições de efetuar reparos regularmente, ocasionando em um curto intervalo de ocupação, a degradação da moradia, aumentando desta forma as estatísticas de problemas da construção civil.

(16)

Nesta pesquisa busca-se conhecer a realidade de um loteamento populacional popular, construído recentemente no município de Santa Rosa, observando quais os tipos de patologias construtivas são destacadas pelos moradores.

A partir do referencial teórico busca-se as principais motivações para o aparecimento destas patologias e sua forma de reparo.

1.1 PROBLEMA DA PESQUISA

A partir do exposto, foram formuladas as seguintes questões de pesquisa:

Questão principal:

Quais são as principais manifestações patológicas que ocorrem em edificações residências de um loteamento popular do município de Santa Rosa?

Questões secundárias:

Quais as consequências que as patologias identificadas trazem para as edificações?

Que fatores podem ter influenciado na incidência dessas Patologias?

Quais precauções podem ser tomadas para que não ocorram essas patologias em futuras edificações?

1.1.1 Objetivos da Pesquisa

Os objetivos da pesquisa estão classificados em geral e específico e são descritos a seguir.

1.1.2 Objetivo Geral

Identificar as principais manifestações patológicas ocorridas em residências de um loteamento popular de Santa Rosa.

1.1.3 Objetivos Específicos

(17)

- Verificar a existência de fatores que possam ter influenciado a incidência destas patologias.

- Apresentar propostas para que futuras construções não apresentem as mesmas patologias encontradas.

1.2 DELIMITAÇÕES

A pesquisa delimita-se a analisar as principais manifestações patológicas ocorridas em uma amostra das edificações residenciais de um loteamento popular de Santa Rosa.

(18)

2

R E V I S Ã O D A L I T E R A T U R A

O presente capítulo de revisão literária aborda conceitos sobre Vida Útil, Durabilidade, Defeitos nas Edificações e também conceitos e definições sobre Patologias nas Edificações.

2.1 VIDA ÚTIL, DURABILIDADE E DEFEITOS NAS EDIFICAÇÕES.

Desde os primórdios da civilização existe uma preocupação com que as construções de estruturas sejam adaptadas às necessidades da população, sejam elas habitacionais (casas e edifícios), laborais (escritórios, indústrias, etc.), ou de infraestrutura (pontes, barragens, etc.) (SOUZA,1998).

Segundo Souza (1998), é inevitável a associação dos conceitos de vida útil ao de durabilidade, pois o tempo de resposta que o material dará a construção é definido como parâmetro da durabilidade a aplicação deste a uma determinada função, definindo então a vida útil da mesma.

Uma estrutura só poderá ser considerada durável se a sua vida útil for pelo menos igual à vida útil para a qual foi projetada, garantindo não apenas a sua estabilidade, mas todas as suas funções (BERTOLINI, 2010).

De acordo com Geyer (2007), toda intervenção ou manutenção de um produto após a sua entrega pode ser entendida como uma não conformidade, e toda a não conformidade detectada que não venha a ser tratada poderão acarretar em uma ou mais manifestações patológicas numa edificação.

(19)

2.2 PATOLOGIAS DAS EDIFICAÇÕES

Para Helene (1988) a Patologia pode ser entendida como a parte da Engenharia que estuda os sintomas, o mecanismo, as causas e as origens dos defeitos das construções civis.

Para obter êxito nas definições desses problemas, necessitamos de um diagnóstico adequado e completo que esclareça todos os aspectos (HELENE, 1988).

2.2.1 Sintomas

O Instituto de Pesquisa e Tecnológica – IPT define sintomas como formas de manifestação, de degradação ou anomalias apresentadas por uma estrutura.

Os sintomas mais comuns, de maior incidência nas estruturas de concreto, podem ser as fissuras, as eflorescências, as flechas excessivas, as manchas no concreto aparente, a corrosão de armaduras e ninhos de concretagem (HELENE, 1988).

Como demonstra a figura 1, certas manifestações tem elevada incidência:

Figura 1: Distribuição Relativa da Incidência de Manifestações Patológicas

Fonte: Helene (1988).

Dentre as principais incidências elencadas Manchas superficiais aparecem em 22% dos casos estudados e Fissuras ativas e passivas em 21%, acompanhados da Corrosão das Armaduras e Ninhos (segregação) com 20% cada uma delas.

Manchas Superficiais 22% Corrosão das Armaduras 20% Fissuras Ativas e Passivas 21% Ninhos 20% Flechas Excessivas 10% Degradação Química 7%

(20)

2.2.1.1 Fissuras

Geyer (2007) destaca que em todas as construções, que tem suas estruturas executadas em concreto, podem ocorrer fissuras.

O termo fissura é utilizado para designar a ruptura ocorrida no concreto sobre ações mecânicas e/ou físico-químicas. Para a Norma Brasileira - NBR 6118 de 2007, as fissuras são consideradas agressivas quando a sua abertura na superfície do concreto ultrapassa os valores apresentados na Tabela 1:

Tabela 1: Exigências de Durabilidade relacionadas à fissuração e a proteção da armadura, em função das classes de agressividade ambiental, adaptada por Soares (2014).

Tipo de concreto estrutural Classe de Agressividade Ambiental (CAA) e tipo de protensão Exigências relativas à fissuração Combinação de ações em serviços a utilizar Concreto

Simples CAA I a CAA IV Não Há --

Concreto Armado

CAA I ELS-W wk≤ 0,4mm

Combinação Frequente CAA II e CAAIII ELS-W wk≤ 0,3mm

CAA IV ELS-W wk≤ 0,2mm

Fonte: NBR 6118 - (2007).

A norma ainda define para concreto armado as fissuras em relação às dimensões (em milímetros) apresentadas e o meio ao qual ele está inserido:

0,2mm – para peças expostas a meio agressivo e forte; 0,3mm – para peças expostas a meio moderado e forte; 0,4mm – para peças expostas a meio agressivo fraco;

Para o concreto simples não há relação da fissuração com as classes de agressividade e dimensões das fissuras.

(21)

Wanatabe (2000) define que as trincas em geral, são ocorrências muito comuns em casas e prédios, surgindo em função de muitas causas diferentes e são conhecidas também como fissuras ou rachaduras. A figura 2 mostra um detalhamento dessas patologias:

Figura 2: Trincas, Rachaduras e Fissuras

Fonte: http://www.ebanataw.com.br/roberto/trincas/index.php

Cada uma dessas definições apresenta uma diferença conceitual:

Fissuras (2): são geralmente superficiais, e não implicam necessariamente em diminuição de componentes estruturais;

Trincas (1) (3) (4) (5) (7) (8): por representarem uma ruptura de algum elemento, podem diminuir a segurança dos componentes estruturais;

Rachadura: apresentam aberturas que trazem interferências indesejáveis, e devem ser analisadas caso a caso antes de serem tratadas e fechadas.

O fato de ser muito comum em edificações a ocorrência desse tipo de patologia, não significa que ela possa ser considerada normal. Muitas vezes podem ser sintomas de que algo grave está acontecendo com a estrutura de sua edificação.

2.2.1.2 Eflorescência

Verçosa apud Braga (2010) considera as eflorescências, os deslocamentos, o bolor, as fissuras e as vesículas como as anomalias mais comuns em concreto e define esse aparecimento como formações salinas causadas por sais de cálcio, de

(22)

sódio, de potássio, de magnésio ou de ferro na superfície dos materiais ou que até mesmo por muitas vezes são encontrados como parte integrante dos materiais de construção.

A figura 3 mostra a ação da eflorescência na pintura de uma edificação.

Figura 3: Destruição da Pintura pela Eflorescência de Sais

Fonte:

http://3.bp.blogspot.com/_CETERcYBhLY/TMNvDS1kfCI/AAAAAAAADSw/dlM0tT8si3Q/s1600/PATO LOGIAS+EM+PINTURA.bmp.

Verçosa apud Braga (2010), explica que a eflorescência representada na figura 3 apresenta juntamente com o aparecimento de bolhas na alvenaria um material esbranquiçado com propriedades idênticas a cloreto de sódio (sal).

2.2.1.3 Manchas Superficiais

Helene (1988) ressalta que uma das mais frequentes manifestações patológicas decorrentes de umidade do terreno nas fachadas dos andares térreos é o aparecimento de manchas superficiais.

Os fatores que influenciam o surgimento de manchas superficiais são a adesão de partículas contaminantes às superfícies verticais, que acontece segundo a natureza do material do substrato e de acordo com as condições ambientais (SOUZA, 1998).

(23)

As manchas além de causarem uma aparência desagradável, podem com o tempo ocasionarem a propagação de odores. A figura 4 descreve manchas superficiais:

Figura 4: Manchas Superficiais

Fonte: http://www.ebanataw.com.br/infiltracoes/caso33.htm

2.2.1.4 Outras Manifestações

Manifestações Patológicas na Alvenaria: a água é uma das responsáveis pelos problemas que afetam a alvenaria. Mas maior parte das estruturas que apresentam patologia foi por outro defeito, como por exemplo, uma fissura que fez com que a umidade passasse, ou fissuras entre tijolos e argamassa. (BRAGA apud ARAUJO, 2001). A figura 5 mostra um descolamento do revestimento.

Figura 5: Descolamento do Revestimento

(24)

Manifestações Patológicas na Pintura: a não adequação às condições de uso, a falta de qualidade do produto empregado, segundo Braga (2010) são características de patologias envolvendo a Pintura, conforme demonstra a figura 6 com o surgimento de bolhas.

Braga (2010) ainda ressalta que falhas da própria constituição da tinta, e erros na superfície podem ser causar patologias.

Figura 6: Bolhas

Fonte: GEYER, A.L.B, Patologia nas Edificações (2007) (p.63)

Manifestações Patológicas nas Esquadrias: segundo Pina (2013), vários são os problemas detectados com relação às esquadrias, dentre elas a falta de segurança (portas e janelas que não trancam) em virtude da má colocação, portas e janelas empenadas, facilitando a entrada de agua.

Figura 7: Umidade devido a infiltração próximo ao peitoril

(25)

2.2.2 Origem

Helene (1988) divide a construção em cinco grandes etapas: planejamento, projeto, fabricação de materiais e componentes fora do canteiro, execução propriamente dita e uso.

Figura 8: Etapas da Produção e Uso das Obras Civil

Fonte: Helene (1988).

Conforme Helene (1988) a manifestação dos problemas patológicos dão início após a execução, tendo uma incidência maior na etapa de uso. Certos problemas podem levar anos para serem detectados.

Braga apud Piancastelli (2008) ressalta a importância de ter um conhecimento aprofundado para poder diagnosticar as formas de manifestação e principalmente definir os agentes que provocam esse processo.

Segundo Pina apud Olivari (2013) as ferramentas fundamentais para reduzir as patologias são medidas preventivas que devem ser tomadas na fase de projetos e execução, que representaram em relação à recuperação um diferencial econômico. P ro je ti s ta P ro je to E x e c u ç ã o C o n s tr u to r Satisfazer o Usuário Fabricante Fabricação de Materiais e componentes industrializados

Produção (Aprox. 2 anos) Uso (Maior ou igual a 50 anos)

(26)

3

M E T O D O L O G I A

Neste capítulo é apresentado a natureza da pesquisa e o contexto investigativo para a produção dos dados. Descreve-se o processo metodológico planejado assim como os critérios escolhidos e os materiais utilizados para esta produção.

3.1 DETALHAMENTO DA PESQUISA.

O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa aplicada qualitativa explicativa. Segundo Silva (2005, p.20) uma pesquisa é aplicada quando “objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática e dirigidos à solução de problemas específicos. Envolvem verdades e interesses locais”, desta forma a busca por patologias em um loteamento do nosso município, caracteriza-se por uma pesquisa aplicada. Esta mesma autora define pesquisa qualitativa como sendo aquela que não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas sendo que o ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. É, portanto uma pesquisa descritiva. Para complementar, define-se nossa pesquisa como explicativa porque segundo Silva (2005, p.21) este tipo de pesquisa visa identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos, aprofundando o conhecimento da realidade porque explica a razão, o porquê das coisas.

3.1.1 Seleção do Conjunto Habitacional

Tratando-se de uma pesquisa aplicada-qualitativa-explicativa e tendo como objetivo principal realizar um levantamento das principais manifestações patológicas em edificações residenciais de um loteamento popular, a primeira ação foi tomar conhecimento dos loteamentos existentes na cidade. Para a escolha do conjunto habitacional a ser investigado, foram escolhidos alguns critérios que atendem os

(27)

objetivos propostos e que fornecem dados para a organização e identificação das patologias:

(a) Período da Construção: loteamento com unidades construídas há menos de 05 anos, e com tempo de ocupação maior que um ano.

(b) Localização da Construção: localização geográfica da construção, orientação solar e cota referencial com o pavimento. Buscou-se um loteamento construído em terreno com declividade, pois esta característica pode contribuir para o surgimento de patologias.

Com base nos critérios expostos foi efetuada uma pesquisa na Secretaria do Planejamento, setor de habitação, da Prefeitura do município de Santa Rosa, sendo selecionados dois loteamentos com os quesitos elencados. Devido a questões burocráticas, apenas um dos loteamentos, Figura 9, foi disponibilizado para a pesquisa. Deste loteamento foi possível ter acesso às seguintes informações: Planta de Localização do Loteamento (Anexo II), Planta Baixa das edificações (Anexo III), Memorial descritivo (Anexo IV).

Figura 9: Localização do Loteamento

Fonte: Google Maps (2014) editado pelo autor.

O loteamento selecionado para o desenvolvimento da pesquisa está situado no bairro Cruzeiro e é composto por 83 residências, entregues a população no 1º semestre de 2012.

Situado em uma área pertencente à Prefeitura Municipal, apresenta grandes desníveis, fazendo com que a fundação seja um ponto relevante na sua construção.

(28)

3.1.2 Seleção da Amostra

Com o loteamento e o número de residências pertencentes a este empreendimento fixados, o método que definimos para essa identificação é a visitação e a coleta de dados. Para isto, foi utilizado um questionário (Anexo I), que teve sua aplicação nas habitações definidas utilizando uma amostragem estatística.

Segundo Fricke (2009), a amostragem é o processo pelo qual, se estabelece critérios de seleção, e análise da fração da população, que servirá para o estudo.

Fricke (2009) ainda define população como sendo a totalidade dos itens, objetos ou pessoas com determinadas características em comum, e amostra parte dessa população em análise.

Será utilizada uma amostragem probabilística, onde todos os elementos da população apresentam um percentual de chance de ser escolhidos. Para a amostragem probabilística existe a amostragem sistemática, que consiste em selecionar as unidades elementares da população em intervalos pré-fixados. Inicialmente, faz-se uma seleção aleatória do primeiro elemento em um intervalo pré-definido. Após a seleção do primeiro elemento, os demais são selecionados de forma periódica.

Primeiramente havia sido definido que seria visitada uma casa sim e outra não, de ambos os lados das vias, e por uma questão operacional, seria limitado o número de visitas por residência em uma. Este fato não se concretizou, pois o número da amostra foi muito próximo da totalidade da população (67 de um total de 83 residências).

Na figura 10 descrevemos o cálculo da amostra segundo FRISKE, 2006:

Figura 10: Fórmula do Cálculo da Amostra

(29)

Onde:

n - tamanho da amostra calculada N – tamanho da população

Z - é uma constante que corresponde ao valor crítico da distribuição Normal (número de desvios a contar da média)

p – é a proporção e - erro amostral

Com o tamanho da população conhecido, 83 residências, o erro amostral de 5%, e o nível de confiança da amostra de 95%, encontrou-se uma amostra n igual a 67 residências.

3.2 PLANEJAMENTO DA COLETA DE DADOS

A coleta de dados foi realizada por uma equipe de 12 entrevistadores, acadêmicos do curso de Engenharia Civil da UNIJUI, campus Santa Rosa, conforme a fig. 11. Como exposto anteriormente, por se tratar de um número total de residências muito pequeno, a amostra ficou grande. A forma utilizada para a seleção da amostra foi aleatória, tendo em vista que algumas casas mantinham-se fechadas durante o horário da realização das entrevistas. Assim, os entrevistadores visitaram cada uma das residências onde havia moradores, até completar o número pretendido da amostra.

Figura 11: Grupo de Pesquisadores e Entrevistadores

(30)

Para proceder à coleta de dados, foram observados alguns itens:

- Foram feitos contatos prévios com a prefeitura, e com os moradores do loteamento para informar que os pesquisadores estariam passando nas residências para efetuarem uma pesquisa com fins acadêmicos, sendo que foi entregue em todas as residências um panfleto explicativo conforme as fig. 12 e 13, informando da realização da pesquisa e sobre a identificação dos pesquisadores.

Figura 12: Panfleto de Comunicado a Comunidade

Fonte: Autoria Própria Figura 13: Entrega dos Panfletos

(31)

- Aplicação de um questionário “Piloto”, conforme a fig. 14. Este questionário contribuiu para o ajuste de algumas questões inicialmente elaboradas. As questões apresentavam problemas de ordem interpretativa relacionada a termos técnicos o que poderia dificultar o tratamento dos dados ou distorcer os resultados da pesquisa.

Figura 14: Aplicação do Questionário Piloto

Fonte: Elaborado pelo autor.

- Outro fator que justificou a aplicação do questionário piloto foi o número de residências (população) que deveriam ser visitadas e o tempo empreendido nesta visitação. A aplicação do questionário foi cronometrada, dando uma proximidade real do tempo que seria necessário para finalização da coleta dos dados.

- Depois de efetuada a aplicação do questionário “Piloto” fez-se uma análise das perguntas e respostas elencadas pelos moradores, sendo que foram efetuadas algumas alterações para dar uma maior clareza nas informações e facilitar a tabulação dos dados, encaminhando assim a finalização do questionário (Anexo I). Com a duração da aplicação de cada questionário, e o quantitativo de pesquisadores, podemos estimar o tempo que seria utilizado para finalização da coleta de dados.

- Foi realizado um treinamento da equipe de coleta de dados, constituído pela apresentação da pesquisa (justificativa, questão, objetivos, caracterização do

(32)

loteamento, métodos e etapas da pesquisa), da ferramenta de coleta de dados e instruções gerais sobre o procedimento de aplicação dos questionários;

- as entrevistas eram realizadas em duplas sendo que um entrevistador era responsável pelas perguntas e o outro pelo preenchimento do questionário, bem como fazia observações completares, e eventualmente efetuava o registro fotográfico.

Por se tratar de um loteamento popular procuramos utilizar um vocabulário e definições mais usuais para questionar sobre as patologias, evitando assim deixar dúvidas sobre o assunto.

O processo investigativo trabalhado está esquematicamente representado na figura 15.

Figura 15: Delineamento da Pesquisa

(33)

4

A P R E S E N T A Ç Ã O

D O S

R E S U L T A D O S

D O

L E V A N T A M E N T O

A partir da finalização da coleta de dados, passamos para a tabulação das informações fornecidas pelos moradores onde podemos obter resultados referentes às patologias que foram encontradas em cada residência do loteamento.

4.1 ELEMENTOS PATOLÓGICOS

Optou-se por elencar em nossa pesquisa algumas patologias consideradas mais comuns e que são facilmente encontradas nesse modelo de edificações, porém foi proporcionado que outras patologias diferentes das selecionadas fossem descritas pelos respondentes.

4.1.1 Fissuras, Trincas e Rachaduras

O aparecimento de Fissuras, Trincas e Rachaduras foram evidenciados em 23 dentre as 67 residências que responderam a pesquisa conforme demonstrado na Fig. 16.

Figura 16: Gráfico da Apresentação de Fissuras

Fonte: Autoria Própria 66% 34% 0 10 20 30 40 50 NÃO SIM

(34)

As 23 residências que apresentaram tal patologia, em sua totalidade relataram que estas se concentram nas paredes externas, conforme nos mostra a fig. 17.

Figura 17: Apresentação de Fissuras

Fonte: Autoria Própria

As fissuras eram distribuídas em todas as paredes das residências. Em algumas delas, a manifestação da patologia era em pequenas quantidades, porém havia moradias onde o grande número e as espessuras da fissura chamavam atenção por se tratar de construções recentes. É o que mostra a figura 18.

Figura 18: Fissuras com Maior Espessura

Fonte: Autoria Própria

Quando questionado sobre o tempo de aparecimento das patologias muitos moradores relataram conforme a figura 19, que perceberam o surgimento entre um a dois meses após a ocupação do imóvel.

(35)

Figura 19: Gráfico do Tempo de Surgimento1 das Fissuras (Meses)

Fonte: Autoria Própria

Apenas três residências que apresentaram fissuras efetuaram reparos, sendo estes descritos pelos entrevistados como apenas tratamento superficial das fissuras e pintura da parede.

4.1.2 Infiltração

A figura 20 mostra que dentre as 67 residências entrevistadas 10 relataram o aparecimento de infiltrações.

Figura 20: Gráfico do Surgimento de Infiltrações

Fonte: Autoria Própria

1

Tempo de Surgimento - Ao analisar cada tipo de patologia, referiu-se ao tempo de surgimento. Este ‘tempo’ se refere ao período em que cada morador percebeu a patologias em sua residência.

2 2 4 1 13 1 0 2 4 6 8 10 12 14 6 12 18 20 24 26

Tempo de surgimento das fissuras

57 10 0 10 20 30 40 50 60 NÃO SIM

Residências que Apresentaram

Infiltrações

(36)

Conforme nos mostra a fig. 21, as janelas das residências foram citadas como os locais que apresentam o surgimento de infiltrações.

Figura 21: Localização das Infiltrações

Fonte: Autoria Própria

Na Fig. 22, evidenciou-se o relato dos entrevistados. Nesta imagem percebe-se que as aberturas, em especial as janelas, aprepercebe-sentavam infiltrações.

Figura 22: Infiltração nas Janelas

Fonte: Autoria Própria

As infiltrações, assim como as fissuras, começaram a surgir logo após a ocupação do imóvel relataram os moradores, conforme o Figura 23.

2 1 4 2 1 0 1 2 3 4 5 Janelas Janelas e Banheiro Janelas e Portas Janelas s/ pingadeiras Partedes do quarto

Locais de aparecimento das Infiltrações

(37)

Figura 23: Gráfico do Tempo de Surgimento2 das Infiltrações (Meses)

Fonte: Autoria Própria

Quanto aos reparos efetuados, apenas um morador informou que efetuou a troca de algumas aberturas e a colocação de pingadeiras nas janelas.

4.1.3 Mofo

O mofo foi citado pelos entrevistados como sendo uma patologia que apareceu em 21 residências das 67 visitadas, conforme fig. 24.

Figura 24: Gráfico da Apresentação de Mofo

Fonte: Autoria Própria

Conforme o relato dos entrevistados, os quartos são os ambientes em que há maior manifestação de mofos (paredes internas). As figuras abaixo demonstram esta manifestação patológica.

2

Tempo de Surgimento - Ao analisar cada tipo de patologia, referiu-se ao tempo de surgimento. Este ‘tempo’ se refere ao período em que cada morador percebeu a patologias em sua residência.

1 2 6 1 0 1 2 3 4 5 6 7 12 18 24 26

Tempo de surgimento das Infiltrações

68,66% 31,34% 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% Não Sim

(38)

Figura 25: Mofo nos Quartos

Fonte: Autoria Própria

A figura 26 mostra a infiltração na parte superior da parede do quarto, sendo que todas as residências que apresentaram o mofo tinham características idênticas.

Figura 26: Mofo Próximo ao Forro

Fonte: Autoria Própria

O tempo de aparecimento do mofo em muitas das residências visitadas, são descritas na figura 27.

(39)

Figura 27: Gráfico do Tempo de Surgimento3 do Mofo (Meses)

Fonte: Autoria Própria

O reparo citado pelos morados para este tipo de patologia foi a limpeza. Cabe destacar, que menos de 50% dos morados realizaram este modo de reparo, sendo que os demais não realizam nenhuma intervenção na manifestação patológica. Das residências que citaram a limpeza como forma de minimizar o problema, apenas em uma o problema retornou em menos de seis meses.

4.1.4 Goteiras

O aparecimento de goteiras foi citado por 36 das 67 residências pesquisadas conforme apresenta a Fig. 28

Figura 28: Gráfico do Aparecimento de Goteiras

Fonte: Autoria Própria

3

Tempo de Surgimento - Ao analisar cada tipo de patologia, referiu-se ao tempo de surgimento. Este ‘tempo’ se refere ao período em que cada morador percebeu a patologias em sua residência.

3 9 2 7 0 2 4 6 8 10 6 12 18 24

Tempo de surgimento do Mofo

46,27% 53,73% 42,00% 44,00% 46,00% 48,00% 50,00% 52,00% 54,00% 56,00% NÃO SIM

(40)

A haste de energia fig. 29, que faz a ligação do poste de entrada de luz até a residência foi o local mais citado entre os entrevistados como sendo um dos pontos de goteira das residências.

Figura 29: Goteira na Haste de Energia

Fonte: Autoria Própria

Na maioria das residências o surgimento de goteiras foi constatado em poucos meses da ocupação conforme fig. 30.

Figura 30: Gráfico do Tempo de Surgimento das Goteiras (Meses)

Fonte: Autoria Própria

2 1 3 4 4 22 0 5 10 15 20 25 2 3 6 12 18 24

(41)

Conforme a Figura 31 as residências que efetuaram reparos no telhado, foram menos de 50% das residências visitadas. Das 36 residências com goteiras, apenas 16 se preocuparam em sanar o problema.

Figura 31: Gráfico dos Reparos

Fonte: Autoria Própria

4.1.5 Estufamento da Tinta

A figura 32 mostra que o Estufamento da Tinta foi citado pelos moradores em 17 residências das 67 que entrevistadas.

Figura 32: Gráfico do Estufamento da Tinta

Fonte: Autoria Própria

O estufamento da tinta pode ser observado tanto nas paredes internas como externas das 17 residências que apresentaram essa patologia. A figura 33 ilustra a patologia na parte interna.

20 16 55,56% 44,44% N S 50 17 0 10 20 30 40 50 60 NÃO SIM

Residências que Apresentaram

Estufamento da Tinta

(42)

Figura 33: Estufamento da Tinta

Fonte: Autoria Própria

A figura 34 apresenta os locais indicados pelos entrevistados onde o estufamento da tinta era evidente.

Figura 34: Locais do Estufamento da Tinta

Fonte: Autoria Própria

O surgimento da patologia, segundo os entrevistados, pôde ser notado nos primeiros meses de ocupação do imóvel e durante o primeiro ano, conforme demonstrado na figura 35. 1 3 1 2 5 3 2 0 1 2 3 4 5 6

(43)

Figura 35: Tempo de Surgimento do Estufamento da Tinta (Meses)

Fonte: Autoria Própria

Dentre as 17 residências que apresentaram o estufamento da tinta, apenas uma residência efetuou reparos. O procedimento utilizado foi a limpeza da parede e posterior pintura.

4.1.6 Outras Patologias

O questionário utilizado na entrevista dos moradores questionava também a respeito de outras patologias não destacadas nas questões fechadas. Os moradores citaram algumas delas que serão descritas abaixo:

O desnível do piso foi uma das grandes reclamações dos moradores, sendo relatado pelos entrevistados conforme fig. 36.

4 5 1 1 6 0 2 4 6 8 6 12 18 21 24

Tempo do Surgimento do Estufamento

da Tinta

(44)

Figura 36: Gráfico do Surgimento de Outras Patologias

Fonte: Autoria Própria

Segundo os moradores, o desnível do piso do banheiro figura 37, fazia com que a água não escorresse para o ralo, vindo a se espalhar pelos quartos e cozinha.

Figura 37: Desnível do Piso

Fonte: Autoria Própria 17 2 1 11 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 DESNÍVEL DO PISO BANHEIRO PISOS QUEBRADOS PISO BANHEIRO CEDEU OUTROS

Surgimento de Outras Patologias

(45)

A figura 38 mostra algumas cerâmicas quebradas, fato que se estendia para a maioria dos cômodos da residência.

Figura 38: Cerâmicas Quebradas

Fonte: Autoria Própria

Em algumas residências o problema verificado em relação ao piso foi extremo. Além do desnível e fissuras do revestimento, verificou-se rachaduras no contra-piso que se estendia por todo o ambiente (banheiro) figura 39.

Figura 39: Piso do Banheiro Cedeu

Fonte: Autoria Própria

Outra reclamação apontada pelos entrevistados faz referência às aberturas internas e externas. As internas, fig. 40, apresentam fissuras entre o marco e parede

(46)

sendo que uma consequência desta patologia é que a abertura fica solta. Já nas aberturas externas a fragilidade do material e a má colocação no seu assentamento fazem com que a abertura tenha um mau funcionamento com problemas no fechamento ocasionando em alguns casos a quebra do produto.

Figura 40: Outras Patologias

Fonte: Autoria Própria

O tratamento dos dados coletados no questionário nos permitiu mapear as principais patologias presentes na construção do loteamento pesquisado. Percebe-se a prePercebe-sença de todas as patologias categorizadas no questionário e em percentuais elevados. Levando em consideração, que se trata de um loteamento novo, habitado a partir do 1º semestre de 2012, a presença destas patologias em grande número e em alguns casos de forma grave, é considerada um problema construtivo.

(47)

5

C O N S I D E R A Ç Õ E S S O B R E O S R E S U L T A D O S

No presente capítulo serão expostas algumas considerações sobre os resultados e uma análise dos dados coletados no desenvolvimento da pesquisa. Tendo como foco principal o levantamento das manifestações patológicas e possíveis medidas corretivas.

5.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS RESULTADOS DA COLETA DE

DADOS POR ELEMENTOS CONSTRUTIVOS

Todos os resultados da coleta de dados merecem atenção, pois são indicativos de imperfeições no processo construtivo, e podem indicar possíveis melhorias que devem ser implementadas nos futuros empreendimentos.

5.1.1 Fissuras, Trincas e Rachaduras

Podemos observar conforme a figura 41, que aproximadamente 35% das residências apresentaram fissuras, trincas ou rachaduras. E conforme relatos dos moradores, a ocorrência se deu poucos meses após a ocupação das casas, sendo que algumas já apresentavam fissuras antes mesmo de ser habitada.

Figura 41: Gráfico do Percentual de Fissuras

Fonte: Autoria Própria 0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% Não Sim 65,67% 34,33%

(48)

Com base na NBR 6118/2003 as fissuras analisadas são consideradas deslocamentos limites, as quais são utilizadas para verificação do estado limite de deformações excessivas da estrutura, e são caracterizadas como efeitos em elementos não estruturais, como parede, forro, etc., tendo como limite para esse deslocamento a dimensão na qual a parede se desenvolve dividido por 500 ou ainda um limite de 10mm conforme Tabela 13.2 da NBR, figura 42.

Figura 42: Tabela de Limites de Deslocamentos

Fonte: Autoria Própria

A norma ainda referencia que é inevitável o surgimento de fissuras em elementos onde se utiliza o concreto, e que as causas podem ser diversas, como retração plástica e térmica, ou devido a reações químicas internas do concreto nas primeiras idades, e que se deve ter um cuidado especial na definição do traço, para

(49)

que a probabilidade do surgimento de fissuras seja menor, visando um bom desempenho da estrutura.

Podemos observar que nas residências pesquisadas a incidência das fissuras além de causar um desconforto estético está gerando outras patologias, em virtude da água que percola por estas fissuras.

Para que se tenha um adequado funcionamento dos sistemas de recuperação das fissuras é necessário um prévio tratamento destas. As soluções utilizadas nas obras em estudo são, o fechamento puro e simples da fissura com argamassa e em alguns casos, o grampeamento das fissuras e posterior a recuperação do revestimento.

5.1.2 Infiltração

Das residências pesquisadas que relataram problemas com infiltração, na sua maioria as ocorrências se deram pelas esquadrias, portas e janelas, as quais se encontravam com fissuras no encontro com a parede, conforme mostra a figura 43.

Figura 43: Locais de Infiltração

Fonte: Autoria Própria

A infiltração inicia-se quando a água existente movimenta-se para dentro da construção ocupando os espaços vazios provocando as indesejáveis manchas de umidade e infiltrações maiores, além de deteriorar as esquadrias que são produzidas em metal.

(50)

Das causas que podemos evidenciar para o surgimento de infiltrações está o mau assentamento da janela, e também os espaços vazios entre a alvenaria e a esquadria.

A solução recomendada para este tipo de patologia é a retirada da esquadria, nivelamento da região, e o reassentamento da mesma com produto expansivo e isolante não permitindo assim a entrada de água.

5.1.3 Mofo

O mofo é uma patologia oriunda de outros problemas já existentes na residência, como vazamentos, infiltrações ocasionadas por fissuras, excesso de umidade no local e pouca ventilação.

Dentre as residências entrevistadas, 31,34% apresentaram a ocorrência de mofo em algumas paredes da residência, figura 44.

Figura 44: Percentual Mofo

Fonte: Autoria Própria

A totalidade dos entrevistados citou que o surgimento se deu em paredes dos quartos, nas quais não possuem aberturas, conforme figura 45.

68,66% 31,34% 0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% Não Sim

(51)

Figura 45: Lateral na Divisa

Fonte: Autoria Própria

Além do fato de não possuir aberturas na lateral da residência, em virtude de a casa estar na divisa do terreno, a ampliação realizada pelos moradores e pelas edificações vizinhas, conforme mostra a figura 46, pode ter contribuído para o surgimento de mofo nas referidas paredes dos quartos.

Figura 46: Casas Unidas

(52)

No caso das residências do loteamento a limpeza do ambiente e a eliminação de umidade são imprescindíveis para o não aparecimento do mofo, evitando também o odor e o surgimento de doenças respiratórias nos habitantes.

5.1.4 Goteiras

As goteiras no telhado são um problema muito comum para várias pessoas e elas acontecem justamente em um momento de difícil acesso para o conserto, nos dias de chuva. Elas podem ocorrer devido a vários fatores como, telhas quebradas, pouca sobreposição, má fixação das telhas, má fixação dos parafusos em telhas de fibrocimento e na fixação de objetos que necessitem de transpassar a telha, como é o caso do loteamento em estudo, figura 47.

Figura 47: Aste de Energia e Antena

(53)

Figura 48: Casas com Goterias

Fonte: Autoria Própria

Detectar danos no telhado mesmo em períodos secos é possível. A primeira orientação é verificar se há passagem de luz pelo telhado. Caso sim, esses locais também serão o caminho de passagem da água da chuva. Outra maneira é tentar encontrar pontos de umidade e manchas no madeiramento do telhado e no forro, pois eles também indicam que aqueles locais estão sendo molhados por goteiras quando há chuva.

Esses pontos de umidade podem causar o apodrecimento do madeiramento do telho e gerar outras patologias como o mofo. É recomendo que as telhas sejam checadas a cada três meses. Para prevenir que goteiras prejudiquem o interior do imóvel, o forro da residência e o surgimento de outras patologias.

5.1.5 Estufamento da Tinta

O estufamento da tinta normalmente está associado à outra patologia ou a falhas nos métodos construtivos, como efetuar a pintura sem aguardar o tempo de cura da alvenaria ou a não retirada do pó que se acumula na parede após lixá-la.

Os danos causados por esta patologia têm importância tanto do ponto de vista estético como funcional. No ponto de vista estético a convivência do morador com está patologia causa a sensação desagradável em relação ao visual do ambiente. Ao observarmos o aspecto funcional, a tinta tem um papel importante na proteção do concreto evitando a depreciação da alvenaria através do cobrimento da tinta.

46,27% 53,73%

Percentual de Residências com

Goteira

NÃO SIM

(54)

Uma das soluções utilizadas é a retirada de todo o material solto da parede, lixamento da superfície danificada. É necessário eliminar toda a poeira que esteja sobre a superfície, antes da aplicação da tinta. Também é importante que o ambiente esteja livre de umidade para proporcionar maior durabilidade.

5.1.6 Outras Patologias

Muitos relataram que suas residências apresentavam outros problemas, dentre as patologias apresentadas. Um dos problemas que foi citado pelos moradores foi o desnível do piso principalmente do banheiro, o qual não cumpria a função que era de levar a água do banho para o ralo, fazendo que ela saísse do banheiro ocupando outros cômodos da residência.

Notasse que este problema é construtivo, onde a mão de obra não soube executar o contrapiso com a planicidade necessária e os seus devidos caimentos.

Para resolução deste problema, a única alternativa seria a regularização do contrapiso, com a retirada do piso, e posterior o reassentamento.

Outro problema relatado pelos moradores, é que muitas cerâmicas estavam quebradas, ou quebravam com facilidade até mesmo com o peso dos móveis, vindo a se soltar depois de quebrados.

Como a qualidade do material não pode ser verificada sem a análise completa ou ensaios com a cerâmica utilizada na construção das residências, podemos apenas concluir que o assentamento foi executado com falhas, frente aos resultados relatados pelos moradores de quebra até mesmo com o peso dos móveis.

As esquadrias também constam no rol de reclamações dos moradores, os quais questionam a qualidade do material utilizado pela construtora. Além do mau funcionamento das portas e janelas, alguns relataram que a fragilidade do material fez com que o surgimento de problemas fosse aparente em pouco tempo de uso.

(55)

5.1.7 Considerações sobre o Loteamento

Outras considerações relevantes que podemos analisar referentes às fissuras, infiltrações, goteiras e as demais patologias é a localização das residências dentro do loteamento. As residências com altos percentuais de patologias encontram-se na Rua Pedro Madril, conforme a Figura 49 e 50.

Figura 49: Planta do Loteamento

(56)

Figura 50: Percentual de Patologia por Rua

Fonte: Autoria Própria

A figura 50 mostra que nas residências da Rua Pedro Madril, o percentual do surgimento de patologias é superior as demais ruas do loteamento. Cabe salientar que segundo informações dos moradores, a construção teve sua ordem finalizada nas residências da referida rua.

Outro dado relatado é que como o prazo de entrega da obra pela construtora estava esgotado, as últimas unidades não receberam o acabamento de forma igual aos das primeiras edificações.

66,67% 50% 50% 83,33% 0% 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00% A - Nossa Senhora Aparecida

B - Olavo Paz da Silva C - Florisbelo Borges D - Pedro Madril E - Vida Nova

(57)

6

C O N S I D E R A Ç Õ E S F I N A I S

A relevância da pesquisa junto aos moradores desse tipo de empreendimento, loteamento popular, para nós acadêmicos, é a oportunidade de conhecer de forma mais aprofundada um conteúdo específico, neste caso, manifestações patológicas da construção civil. A pesquisa oportunizou a constatação de que muitas das intervenções em áreas residenciais devem ser planejadas, de modo que se atenda o interesse dos beneficiários, e a qualidade construtiva das unidades habitacionais do empreendimento.

Desta forma, o intuito da pesquisa é que a análise das manifestações patológicas encontradas neste loteamento popular, contribua de alguma forma para a padronização de novas construções, facilitando a fiscalização no modo construtivo, utilizado por algumas construtoras.

Salienta-se que não foi objetivo deste trabalho entrar no mérito da qualificação e da atuação dos profissionais e empresas que participaram dos projetos e execução destas obras, sendo o foco único o levantamento quantitativo das patologias vistas sob a ótica da sintomatologia.

Apesar dos usuários considerarem-se satisfeitos com o imóvel com o qual foram beneficiados, tendo em vista que as famílias saíram de áreas de risco para morar em uma área segura, as significativas falhas construtivas citadas pelos moradores, geram muita insatisfação em função da má execução de alguns serviços e da má qualidade dos materiais utilizados.

6.1 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS:

A realização desta pesquisa permitiu a compreensão dos limites que um trabalho de conclusão de curso tem quando se propõe a investigar uma situação da realidade. Muitos dados foram conhecidos, mas nem todos foram devidamente

(58)

analisados e aprofundados neste estudo. Assim, elencamos algumas possibilidades ou ainda necessidades de estudos em pesquisas futuras:

Verificar os critérios de desempenho da NBR 15575 aplicados nas Residências de Loteamentos Populares;

Analisar através de ensaios e instrumentos de medição as patologias, e verificar se estão de acordo com as referidas NBRs.

Analisar se todas as etapas construtivas foram acompanhadas e desenvolvidas pelas empresas construtoras de acordo com os memoriais descritivos e contratos firmados;

Estudo sobre os custos com manutenção e recuperação das manifestações patológicas decorrentes de imperfeições do processo produtivos das edificações;

Estudo sobre alternativas de projetos e detalhes arquitetônicos que ajudem a evitar o aparecimento de patologias construtivas pós ocupação.

(59)

R E F E R Ê N C I A S

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de Estruturas de Concreto. 1 ed. Rio de Janeiro: ABNT 2007. 225p.

BERTOLINI, Luca, Materiais de Construção: Patologia, Reabilitação e Prevenção. São Paulo: Oficina de Textos, 2010. 414p.

BRAGA, Célia Cavalcanti. Manifestações Patológicas em Conjuntos Habitacionais: A Degradação das Fachadas. 2010. 158 f. Dissertação de Mestrado (Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Civil). – Universidade Católica de Pernanbuco, Recife, 2010.

CARDOSO, Adauto Luís. O programa Minha Casa Minha Vida e seus efeitos territoriais. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2013.

D’AMICO, Fabiano. O Programa Minha Casa, Minha Vida e a Caixa Econômica Federal. Curitiba, 2011.

FRICKE, R. M; BATTISTI, I. D. E; CORRENTE, A. E. Métodos Estatísticos e a Administração. Ijuí : Ed. UNIJUI, 2009, 164p.

GEYER, André Luiz Bortolacci. BRANDÃO, Rosana Melo de Lucas. Patologia nas Edificações, com até Cinco Anos de Idade, Executadas no Estado de Goiás. Goiânia, 2007, 136p.

GOOGLE MAPS. Santa Rosa – Rio Grande do Sul. Google Maps, 2014. Disponível em <https://www.google.com.br/maps/@-27.8646113,-54.4393066,16z?hl=pt-BR>. Acesso em: 19 abr. 2014.

HELENE, Paulo Roberto do Lago, Manual Prático para Reparo e Reforço de Estruturas de Concreto. São Paulo: PINI, 1988. 119p.

PINA, Gregório Lobo de. Patologia nas Habitações Populares. 2013. 102 f. Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Civil). – Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.

PMSR - PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA ROSA. Secretaria Municipal de Gestão e Planejamento PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL: estratégias de ação. Santa Rosa, 126p. 2012.

SANTOS, Glauber Eduardo de Oliveira. Cálculo amostral: calculadora on-line. Disponível em: <http://www.calculoamostral.vai.la>. Acesso em: 19 abr. 2014.

SCHÖNARDIE, Clayton Eduardo. Análise e Tratamento das Manifestações Patológicas por Infiltração em Edificações. 2009. 84 f. Monografia (Trabalho de

(60)

Conclusão de Curso de Engenharia Civil). – Universidade do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Ijui, 2009.

SILVA, Édina Lúcia da. MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da Pesquisa e elaboração de Dissertação. 4 ed. rev. atual. Florianópolis: UFSC, 2005, 138p. SOUZA, Vicente Custódio Moreira de. RIPPER, Thomaz. Patologia, Recuperação e Reforço de Estruturas de Concreto. São Paulo: PINI, 1998, 250p.

WANATABE, Roberto Massaru. Definições Sobre Patologias. Disponível em: <http://www.ebanataw.com.br/roberto/index.htm>. Acesso em: 19 abr. 2014.

WANATABE, Roberto Massaru. Infiltrações e Manchas. Disponível em: <http://www.ebanataw.com.br/infiltracoes/caso33.htm>. Acesso em: 19 abr. 2014. WANATABE, Roberto Massaru. Trincas, Fissuras e Rachaduras. Disponível em: <http://www.ebanataw.com.br/roberto/trincas/diftfr.htm>. Acesso em: 19 abr. 2014.

(61)
(62)
(63)
(64)
(65)

ANEXO II – PLANTA DE SITUAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DO

LOTEAMENTO

(66)
(67)

ANEXO IV – MEMORIAL DESCRITIVO DAS EDIFICAÇÕES E DO

LOTEAMENTO

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA ROSA

MEMORIAL DESCRITIVO

1 - GENERALIDADES:

1.1 - Trata-se do memorial descritivo para execução do piso cerâmico e das abas de casas populares de alvenaria, com área de 36,35 m², relativo à habitações térreas, unifamiliares, elaborado pelo Município de Santa Rosa.

2 - COBERTURA:

Os beirais terão largura de 45cm.

2.1 - Todo o madeiramento do telhado deverá receber tratamento anti-mofo e cupinicida.

3 - FORRO:

3.1 - Na parte interna, será de PVC com 7 cm de largura, devidamente encaixados, fixos nos caibros seguindo a inclinação do telhado (escondendo-se a tubulação elétrica), arrematados em seu perímetro com semalha de PVC.

3.2 - Na parte externa, o beiral do telhado receberá forro em PVC. 4 - ESQUADRIAS:

4.1 – Portas:

4.1.1 - Madeira – Serão usadas portas internas semi-ocas, com marco, batentes, guarnição em madeira maciça e fechadura cromada tipo simples de embutir. Nos quartos as portas serão de 0,70 x 2,10m e no banheiro de 0,60 x 2,10m. A fixação destas será em tacos de madeira pré-colocados.

4.1.2 - Metálica – Serão em chapa de ferro n° 18 tipo lambri, montadas em marcos em chapa dobrada nº16, dobradiças de chapa de ferro e fechadura cilíndrica cromada.

4.1.2.1 - Sala: 0,80 x 2,10m com postigo (0,70 x 0,90m) de janela basculante de ferro cantoneira 1/8” x 3/4”, vidro canelado 4mm.

4.1.2.2 - Cozinha: 0,70 x 2,10m com postigo (0,60 x 0,90m) de janela basculante de ferro cantoneira 1/8” x 3/4”, vidro canelado 4mm.

4.2 – Janelas:

4.2.1 - Nos dormitórios e sala serão metálicas de ferro do tipo correr com grade metálica interna, quadro e caixilho interno metálico e vidros lisos de 3mm. Externamente com folhas tipo venezianas metálicas nas dimensões de 1,20 x 1,00m.

4.2.2 - As demais serão metálicas de ferro cantoneira 1/8” x 3/4”, tipo basculante horizontal, com vidros canelados 3mm, de 0,80 x 0,80m na cozinha e 0,60 x 0,60m no banheiro.

4.3 - As esquadrias metálicas deverão receber fundo anticorrosivo tipo zarcão, em duas demãos, no mínimo, ou até perfeita proteção.

4.4 - Todas as esquadrias deverão ser perfeitamente colocadas obedecendo nível e prumo para evitar problemas de movimento.

5 - PISOS:

5.1 - Apiloamento: os contrapisos somente serão executados depois de estar o terreno interno perfeitamente nivelado, ou seja, terra sem detritos vegetais, colocados em camadas de 20cm aproximadamente, convenientemente molhadas,

(68)

apiloadas manual ou mecanicamente, de modo a evitar recalques futuros. Deverão ser deixadas todas as canalizações que devem passar por baixo do piso.

5.2 - A espessura do contrapiso não deverá ser inferior a 10cm, sendo 5cm de brita n°1, devidamente compactado e 8 cm de concreto ci-ar-br no traço 1:3:6, devidamente nivelado e desempenado. Adicionar impermeabilizante tipo Sika1 na água de amassamento na proporção de 1 parte p/ 25litros da água.

5.3 – Em toda casa será assentado piso cerâmico 30x30 cm de boa qualidade, assentados com argamassa colante, espaçados em 5mm e rejuntados com rejunte anti-mofo.

5.4 – Na área externa, em volta do tanque será construído contrapiso que não deverá ser inferior a 10cm, sendo 5cm de brita n°1, devidamente compactado e 8 cm de concreto ci-ar-br no traço 1:3:6, devidamente nivelado e desempenado. Adicionar impermeabilizante tipo Sika1 na água de amassamento na proporção de 1 parte p/ 25litros da água.

6 - PINTURAS:

As superfícies a pintar serão cuidadosamente limpas e convenientemente preparadas para o tipo de pintura a que se destinam.

6.1-Paredes rebocadas: Serão pintadas com uma demão de selador e duas demãos de tinta acrílica.

6.2-Esquadrias de ferro: Serão pintadas com uma demão de fundo anti-corrosivo e duas demãos de tinta esmalte brilhante.

6.3- Esquadrias de madeira: Serão pintadas com uma demão de fundo branco e duas demãos de tinta esmalte brilhante.

7 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS:

7.1 - As instalações elétricas serão executadas por profissionais habilitados, da empreiteira vencedora da licitação, de acordo com as normas técnicas. As instalações deverão ficar embutidas em eletrodutos de PVC tanto nas paredes quanto no forro. Todas as extremidades livres dos tubos serão, antes da concretagem e durante a construção, convenientemente obturadas, a fim de evitar a penetração de detritos e umidade.

7.2 - As caixas 2”x 4”de saída, ligação ou de passagem serão plásticas, sendo os interruptores e tomadas com espelhos plásticos.

7.3 - Deverá ser observado quadro de carga e projeto elétrico em anexo, para verificação, de proteção dos circuitos e fiação na bitola correta.

7.4 - Entrada de luz: quando não houver, instalar ramal de entrada monofásico, colocar caixa padrão da concessionária local de acordo com o detalhe em anexo. O ramal de ligação será em cabo multiplex 2#10,00mm². Deverá ser usado aterramento de 6,00mm², haste e conector de cobre de 2metros.

8 - INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS:

8.1 - As instalações hidrossanitárias serão executadas por profissional habilitado, da empreiteira vencedora da licitação, de acordo com as normas técnicas. Nos sanitários serão colocados os aparelhos constantes no projeto. O escoamento da bacia sanitária, em tubos de PVC esgoto, passa por caixa de inspeções 45 x 60cm e será lançado a uma fossa séptica com capacidade para 1825litros sendo que o escoamento será ligado ao sumidouro previamente dimensionado pela Prefeitura (conforme detalhes anexos). Toda rede de canalizações ficará embutida no contrapiso, ou no solo. Quando as unidades habitacionais forem implantadas em loteamentos, o sistema de escoamento sanitário

Referências

Documentos relacionados

A realização deste estudo sobre perícia em processos trabalhistas com ênfase em horas extras deu-se em virtude do aumento à procura da justiça para reivindicar seus

Atualmente, conforme registros fotográficos mostrados na figura 3, diversos prédios com estrutura em concreto armado desse ambiente de educação encontram-se com

Tendo como objetivo a realização de um estudo das principais manifestações patológicas encontradas nas edificações da Universidade Federal Rural do Semi-Árido,

Além disso, os problemas patológicos identificados com frequência intermediária no estudo são de grande relevância e acabam acarretando no surgimento de outras

Essas manifestações patológicas foram encontradas em todos os laudos analisados e praticamente em quantidades iguais (Figura 4), com exceção do prédio de 30 anos em

Neste caso particular, o presente estudo buscou avaliar as principais manifestações patológicas em revestimentos cerâmicos esmaltados de piso e paredes internas em duas edificações

Resumo – Analisando a crítica de Plutarco à produção cômica de Aristófanes tendo como paradigma a obra de Menandro, percebe ‑se que o historiador parece lançar

Diante disto, o propósito do presente trabalho é apresentar um estudo de caso realizado em um edifício garagem localizado em Belém do Pará, o qual evidencia manifestações