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A produção de gênero através do body modification

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Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008

A produção de gênero através do body modification

Josiane Vian Domingues1 Méri Rosane Santos da Silva2

Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG) Modificações corporais; masculinidades; feminilidades ST 67 - Gênero e práticas corporais e esportivas

Análises preliminares

Uma indagação pode ser feita ao iniciarmos essa escrita: de que forma podemos analisar o corpo na contemporaneidade? Pensar nesse período é não excluir nenhuma possibilidade de estudo, seja na área das ciências sociais, naturais e humanas, o corpo pode ser – e é – estudado/trabalhado. A biologia tem sido a área privilegiada de estudos sobre o corpo, sob o argumento que ele é puramente vida. Contudo, não pode ser visto/tratado como um componente biológico que executa tarefas mecânicas. O corpo é produto e produtor do meio, nele estão inscritas as marcas bio-histórico-culturais de cada sociedade. É preciso compreender que o corpo tem uma história, é dotado de linguagem, por isso, fala e exprime seus anseios de forma bastante significativa.

Na contemporaneidade, podemos afirmar que as pessoas vêm cultuando os corpos bronzeados, magérrimos, musculosos, tatuados e repleto de adornos, querendo, cada vez mais, interferir de alguma forma sobre e sob a superfície, nem que para isso, se submetam a violentas cirurgias. O corpo passou a ser visto como uma estrutura a ser modificada, ou para muitos, uma “vitrine ambulante”. Segundo Le Breton (2006), para fugir do senso comum os indivíduos “tomam posse” do corpo, fazendo dele um objeto no qual as pessoas fazem o que desejam. Para o autor, o corpo é liberto, “sem que saibamos bem o que acontece com o homem -seu mestre?- a quem o corpo dá a extensão e a aparência.

Para Couto (apud STERLARC 2003, p. 174):

O corpo não é mais visto como um sujeito, mas como um objeto – não um objeto de desejo, mas um objeto de projeto. O período psicossocial foi caracterizado pelo corpo que girava em torno de si mesmo, orbitava ao redor de sí, iluminava e inspecionava a si mesmo por meio de estímulos físicos e de contemplação metafísica. Mas, tendo confrontado sua imagem de obsolescência, o corpo é traumatizado para se separar do domínio da subjetividade e considerar a necessidade de reexaminar e, possivelmente, reprojetar a sua própria estrutura. Alterar a arquitetura do corpo resulta em ajustar e estender sua consciência do mundo.

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Em outras palavras, com as sucessivas transformações sociais, os indivíduos procuram se apoiar em signos para que, de alguma forma, construam as suas identidades, seja desgastando seus corpos diante dos exercícios físicos seja deixando-os completamente nus ou até mesmo adornando-os por completo. Tudo isso porque o corpo também é visto como um local “de rompimento e da diferenciação individual” (LE BRETON, 2006, p. 11).

A partir disso, na escrita que se segue visamos observar de que forma as pessoas vêm remodelando os seus corpos, a partir de práticas do body modification, e mais do que isso, de que forma os adeptos se utilizam de determinadas técnicas para demarcar a sua masculinidade e a sua feminilidade. Para isso, dividimos esse texto em três momentos: no primeiro, descrevemos o que é e quais as práticas mais utilizadas pelos adeptos do body modification; no segundo, buscamos delimitar quais as práticas mais utilizadas por homens e por mulheres. No terceiro momento, analisamos como a dor é fator determinante para que exista uma relação de poder entre os praticantes das modificações corporais, demarcando, a partir destes pressupostos, os atributos de feminilidade e masculinidade.

Corpo mutante: corpo Frankenstein

Pensar em corpo mutante é pensar na imagem daquele ser que faz parte da literatura mundial: Frankenstein. Com seu corpo totalmente irregular, montado com diversas partes, como um quebra cabeça e com o objetivo de formar um “homem perfeito”. Ainda hoje, existe essa obsessão pela busca desse corpo perfeito, através de determinadas remodelagens executadas pelos indivíduos, seja através de implantes, cirurgias plástica ou através de uma prática bem delimitada e que foi denominada de body modification.

O body modification é um método que unifica as questões relacionadas à imagem e ao corpo, sendo que suas práticas permitem que o sujeito “invente a si próprio”, fazendo com que o ser humano seja um pouco Deus. Pires (2005, p. 77) afirma que o termo body modification “reporta-se ao uso de técnicas que possibilitam ao indivíduo adquirir características não similares às inatas, aplicadas ao corpo por meio de perfurações, cortes, queimaduras e cirurgias”. A autora sustenta ainda que “podemos agrupar os elementos resultantes das técnicas as características que surgem como reação do organismo a determinados procedimentos, tais como as cicatrizes”.

Algumas das atividades que estão inseridas no body modification são as tatuagens, os

piercings, as nulificações, as bifurcações de língua, os brandings, as escarificações, os implantes e

outras. Para a execução dessas práticas os procedimentos são cirúrgicos, bastante dolorosos e, em praticamente todos os casos, com as marcas irreversíveis.

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Podemos fazer uma relação entre a moda com as modificações corporais. Essas remodelagens passaram a ser classificadas como uma espécie de “segunda pele”, isto é, uma roupagem que poderia ser agregada ao corpo de cada um de seus praticantes. Assim, a noção de que o corpo pode ser moldado, modificado, adornado, demarcado, ou seja, tornado algo único em relação àquilo que passa pela sociedade, ostenta o princípio da transitoriedade ou noção da presença.

As marcas inscritas nos corpos pela vinculação à moda, de acordo com Le Breton (2007, p. 40), implicam em “uma vontade de atrair o olhar, de fabricar uma estética da presença, mesmo se o jogo permanece possível de acordo com os locais de inscrição, estejam elas permanentemente sob o olhar dos outros ou somente daqueles cuja cumplicidade se busca”. Neste sentido o body modification como moda pode ser pensado enquanto indicativo de uma forma de estar no mundo, elemento de expressão de grupos, de uma sociedade e/ou de uma época.

Hoje, pelo fato de fazermos parte de um tempo no qual a toda hora surgem inúmeras novidades e o interesse pela renovação se torna inevitável, Pires (2005) afirma que tudo pode ser transformado e na nossa sociedade, e, diante disso, quase ninguém tem o interesse de continuar com a mesma aparência. Nesse sentido, as remodelagens corporais se tornaram práticas comuns, plenamente reconhecidas e, para inúmeras pessoas, até mesmo desejadas.

Body modification: pele de homem-pele de mulher

Podemos perceber que as questões de gênero permeiam as práticas do body

modification. A partir desse enfoque, podemos construir um estudo organizando as técnicas de

acordo com seus adeptos. Neste sentido, é fundamental esclarecer que, neste contexto, existem remodelagens corporais específicas para o gênero masculino e o feminino.

Em princípio, é possível perceber que as práticas mais comuns do body modification – as tatuagens, os piercings e as escarificações – são realizadas tanto por homens quanto por mulheres. No que se refere especificamente às tatuagens, de acordo com Sabino e Luz (2006), que, ao estudarem os tipos de tatuagens realizadas entre os freqüentadores das academias de musculação, identificaram que elas se dividem em femininas, masculinas e unissex. Para eles:

mulheres tendem a tatuar determinadas figuras, como rosas e flores em geral, estrelas, borboletas, lua, sol, personagens femininas de histórias em quadrinhos, beija-flores, gatos e fadas. Ideogramas, desenhos tribais, palavras e frases em letra gótica, símbolos da computação, códigos de barra, corações, duendes, deuses ou deusas mitológicos são símbolos inscritos tanto na pele de homens quanto de mulheres. Águias, cruzes, panteras, tigres, dragões, demônios, caveiras, armas, arame farpado, sereias, mulheres nuas, tubarões, esqueletos com foice e capuz e, principalmente, cães da raça pitbull, são tatuagens masculinas. (SABINO E LUZ, 2006, p. 254-255)

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Para os homens se sobressai outro elemento: a realização de tais práticas busca também demarcar a masculinidade, pela demonstração de coragem e de resistência, pois sua escolha visa não só a aparência, mas também a expressão da dor e a sua própria resistência a ela, havendo até uma certa disputa para saber quem é o mais “forte”. Para Sabino e Luz (2006), as tatuagens mais comuns entre o universo masculino são aquelas que expressam força, autoridade e poder, relacionando-se diretamente à virilidade.

Assim, a escolha do lugar é fundamental e, por serem locais mais sensíveis e/ou com muitas terminações nervosas, as costelas, as mãos e os pés são os considerados os mais dolorosos para a aplicação das transformações corporais. Portanto, a inserção de uma tatuagem, de determinados piercings ou de escarificações realizadas nestas partes do corpo é uma demonstração de coragem, de resistência e de determinação pessoal. Ou seja,

os locais do corpo também definem o gênero: mulheres costumam tatuar a nuca, a região lombar (principalmente as chamadas tribais), os seios, as nádegas e virilhas, às vezes omoplatas, pés e calcanhares. Já entre os homens os desenhos situam-se principalmente no bíceps (em geral na parte exterior, mas também há desenhos na parte interior), costas, deltóide, antebraço e mais raramente abdômen, panturrilhas e peito. (SABINO e LUZ, 2006, p. 255)

Além disso, a partir da imagem selecionada é possível identificar o gênero do usuário, como por exemplo, as escolhas femininas, normalmente, são constituídas de traços mais delicados e/ou com figuras tidas como graciosas e frágeis, tais como bichinhos, anjinhos etc. Por outro lado, os homens optam por uma tatuagem com traços marcantes, como a presença de desenhos diabólicos ou macabros.

É possível identificar que, normalmente, as mulheres escolhem figuras que remetem à delicadeza, à sensualidade e à submissão. Tais desenhos acentuam aquilo que tradicionalmente é considerado como feminino em nossa cultura. Essas figuras são inscritas, geralmente, em regiões específicas do corpo da mulher como quadris, ventre, seios, virilhas e nuca. Além disso, os desenhos voltados ao público feminino, freqüentemente, estão vinculados diretamente à sedução e à sensualidade.

Outra técnica que também se enquadra na mesma especificidade da tatuagem é a escarificação. Isso porque, se para algumas culturas ela servia como rito de passagem para os homens, marcando a chegada da maturidade; para as mulheres, ela estava relacionada à sedução, pois visava atrair o desejo do outro, criar um encantamento, constituindo-se um sinal de charme e de feminilidade. Nos dias de hoje a escarificação perde o sentido de representação para ser vista como mais um tipo de remodelagem corporal, possuindo o mesmo objetivo da tatuagem: transformar e demarcar o corpo.

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Existem outras remodelagens bastante direcionadas e bem definidas com relação às questões de gênero, um desses exemplos, é o piercing no umbigo, que apresenta uma característica bastante feminina, tendo por sua vez um caráter extremamente ousado, já que para expô-lo é necessário mostrar-se. Nesta mesma linha, o dilatador de orelha, é um objeto que também se mostra bastante específico, pelo fato de que a grande maioria dos usuários serem do gênero masculino.

Já as práticas mais ousadas do body modification, como as nulificações, os brandings e as bifurcações de língua, são geralmente associadas ao gênero masculino. Podemos perceber isso ao constatar que a maioria dos sites analisados e estudos realizados manifestam essas práticas, quase que exclusivamente, entre os homens. Acredita-se que essa constatação se justifica pelo fato de que as transformações extremas são vistas como mais agressivas, causando dor e exigindo bastante coragem, portanto, procurada por homens por estarem associadas a demarcadores culturalmente definidos como masculinos. Isso é sustentado por Pires (2005, p.256), quando afirma que “podemos notar que a grande maioria dos que possuem e/ou executam modificações mais radicais, as chamadas modificações extremas são do sexo masculino”.

Esta constatação recoloca em cena uma questão recorrente nestas práticas que é a questão da dor. Para problematizar esta temática, o próximo item visa discutir e aprofundar a relação entre a dor, o poder e as produções das masculinidades e das feminilidades.

A dor como dispositivo de poder

Biologicamente falando, podemos compreender a dor como sendo uma experiência subjetiva e pessoal que pode estar associada a um dano real da carne, a uma dor psíquica, ou por ambas as características. O sentir dor é caracterizado como uma experiência que não se restringe a uma sensação apenas, ela atende cada ser de uma forma distinta. Pires (2005, p. 108-109) afirma que a dor é

intrínseca à condição humana; transita entre o orgânico e o psíquico, ora determinando uma mudança de comportamento causada por uma doença ou por uma lesão, ora dando materialidade a sentimentos ainda não identificados. É ela que protege a integridade do organismo, alertando para os perigos que podem romper seus limites e denunciando os que, porventura, já o fizeram. É por seu intermédio que reconhecemos e aceitamos nossa condição de mortais.

Para os adeptos do body modification, a dor é um fator quase que continuo ao longo das práticas e é também elemento determinante para a demarcação da feminilidade e masculinidade dos adeptos, pois a inserção de objetos na pele valoriza a resistência à dor, característica tida como predominantemente masculina. Além disso, a demonstração de coragem associada a estas práticas

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busca constituir relações de poder entre os praticantes, ou seja, os mais valorizados e respeitados serão aqueles que se submeterem às práticas mais dolorosas.

Como foi analisado anteriormente, nas modificações corporais mais comuns, como os

piercings, as tatuagens e as escarificações, existe uma forma de delimitar o ser feminino como um

ser ainda frágil, que não suporta sofrer; e o ser masculino como aquele que é viril, que precisa provar a sua masculinidade através da resistência a dor. Comprovamos isso ao observarmos os signos dos adornos e os locais expostos por homens e mulheres.

No entanto, entre os praticantes das modificações corporais extremas3, o sentir dor assume vários significados, inclusive, confunde-se com o sentir prazer. Para alguns, as “dores na carne não são nada se comparadas as dores da vida cotidiana”, em outras palavras, a dor da carne serve como uma “sublimação” das frustrações cotidianas. Porém, para outras pessoas, o importante não é simplesmente o resultado, mas sim o processo, ou seja, quanto mais dolorido, melhor!

Além destes, outros adeptos relatam que a dor é insuportável apenas nos primeiros momentos das incisões, pois ao longo do processo a pele adormece e a dor desaparece. Para praticantes como Fakir Musafar4, pouco importa as marcas deixadas no corpo, uma vez que “o enfrentamento da dor permite o acesso a um estado de consciência desconhecido nas sociedades ocidentais, onde tudo se faz para combater o sofrimento físico.” (LIOTARD, 2001, p. 23)

Finalizando ...

O corpo contemporâneo pode ser classificado como linguagem, ou seja, ele é expressão seja de um grupo ou de uma identidade pessoal. O corpo enquanto espaço de expressão vai dando significados às pessoas que o modificam e àquelas que são interpelados por tais intervenções. Além disso, os diferentes significados que são atribuídos às remodelagens corporais é o que dá um senso da própria constituição dos sujeitos, de quem são e de seus pertencimentos.

Neste sentido, as modificações corporais, em especial o body modification, são utilizadas para demarcar e sustentar determinadas identidades e as diferenças entre os grupos daqueles que as praticam. Entre essas identidades encontram-se as de gênero! Como já explicitado anteriormente, técnicas como pintar, cortar, furar e queimar o corpo são capazes de produzir um corpo dito feminino e/ou um tido como masculino, dependendo das técnicas e das regiões do corpo a sofrerem as intervenções.

Outro fator que também demarca essas identidades de gênero é a presença e/ou resistência à dor. Dependendo da dor produzida e da resistência a ela, algumas práticas de modificações corporais são caracterizadas como direcionadas a sujeitos masculinos ou femininos.

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Quanto mais dolorido for o processo, mais forte é a pessoa, consequentemente, associadas à masculinidade, e, quanto menos dolorida e mais delicada, mais feminina.

Referências

LE BRETON, David. A sociologia do corpo. Petrópolis: Vozes, 2006. ______. Adeus ao corpo. Campinas: Papirus, 2007.

COUTO, Edvaldo Souza. Corpos modificados: o saudável e o doente na cybercultura. In: LOURO, Guacira; Felipe, Jane; GOELLER, Silvana Vilodre. Corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo na educação. Petrópolis: Vozes, 2003.

LIOTARD, Philippe. O ideal perdido: a bricolagen corporal. In Ivan Briscoe et al. O Correio da

Unesco. São Paulo: FGV, 2001.

PIRES, Beatriz F. O corpo como suporte da arte. São Paulo: Senac, 2005.

SABINO, César e LUZ, Madel. Tatuagem, Gênero e Lógica da Diferença. In: Physis: Revista Saúde Coletiva. Rio de Janeiro: 16 (2):251-272, 2006

URBIM, G.e GRASSETTI, B. Navalhas na Carne. In: Revista Superinteressante. São Paulo: Editora Abril, mai, 2005, p. 68-71.

1 Mda. do Programa de Pós Graduação Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde; linha de pesquisa Educação

Científica: implicações das práticas científicas na constituição dos sujeitos. Financiamento CAPES.

2 Professora Adjunta do Departamento de Educação e Ciência do Comportamento (DECC) da Universidade Federal do

Rio Grande (FURG) e dos Programas de Pós Graduação Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde e de Educação Ambiental.

3 Consideramos adeptos extremos do body modification aquelas pessoas que executam práticas como a nulificação,

bifurcação de língua, suspensão e branding.

4 Fakir Musafar é considerado o precursor dos primitivos modernos, isto é, é dele que se tem o primeiro registro sobre a

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