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Considera-se praticado o crime no momento do resultado.

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Academic year: 2021

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TEMPO DO CRIME

TEORIA DA ATIVIDADE TEORIA DO RESULTADO TEORIA MISTA / UBIQUIDADE Considera-se praticado o crime no

momento da conduta (A/O) – teoria adotada pelo CP (art. 4°).

“Art. 4º C.P. - Considera-se pratica-do o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o mo-mento do resultado.”

Considera-se praticado o crime no momento do resultado.

Considera-se praticado o crime no momento da conduta (A/O) ou do resultado.

LUGAR DO CRIME

TEORIA DA ATIVIDADE TEORIA DO RESULTADO TEORIA MISTA / UBIQUIDADE O crime considera-se praticado no

lugar da conduta.

O crime considera-se praticado no lugar do resultado.

o crime considera-se praticado no lugar da conduta ou do resultado. Adotada.

“Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em par-te, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado (a circunstância alheia à vontade do agente que impediu o resultado deve ocorrer no território nacio-nal).”

CRIME

TEORIA TRIPARTITE TEORIA BIPARTITE

Crime = fato típico + ilicitude + culpabilidade Crime = fato típico + ilicitude

* Culpabilidade como pressuposto para aplicação da pena

CONDUTA

TEORIA CAUSALISTA (CAUSAL-NATURALISTA/

CLÁSSICA/NATURALÍSTICA/MECANICISTA)

Idealizada por Von Liszt, Beling, Radbruch. Início do século XIX.

Marcadas pelos ideais positivistas.

Segue o método empregado pelas ciências naturais Crime: (Teoria tripartite) - Fato típico (conduta), Ilici-tude e Culpabilidade

Conduta: movimento corporal voluntário que produz uma modificação no mundo exterior, perceptível pelos sentidos.

Experimentação

TEORIA NEOKANTISTA

(CAUSAL-VALORATIVA/NEOCLÁSSICA/NORMATIVISTA)

Idealizada por Edmund Mezger.

Desenvolvida nas primeiras décadas do século XX. Tem base causalista

Fundamenta-se em uma visão neoclássica, marcada pela superação do positivismo, introduzindo a raciona-lização do método

Valoração

Conduta: Comportamento humano voluntário causador de um resultado.

TEORIA FINALISTA

Criada por Hans Welzel.

Meados do século XX (1930 – 1960).

Percebe que o dolo e a culpa estavam inseridos no substrato errado (não devem integrar a culpabilidade). Conduta: Comportamento humano voluntário

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psiquica-TEORIA FINALSITA (ÔNTICO-FENOMENOLÓGICA)

mente dirigido a um fim (toda conduta é orientada por um querer).

OBS: Para Welzel, toda consciência é intencional. OBS: Retira do dolo seu elemento normativo (consciên-cia da ilicitude).

OBS: Culpabilidade formada apenas por elementos nor-mativos (potencial consciência da ilicitude, exigibilida-de exigibilida-de conduta diversa, imputabilidaexigibilida-de).

OBS: Dolo normativo (consciência da ilicitude) passa a ser dolo natural/valorativamente neutro (dolo sem consciência da ilicitude).

Dica: supera-se a cegueira do causalismo com um fina-lismo vidente.

TEORIA SOCIAL DA AÇÃO

Desenvolvida por Wessels, tendo como principal adepto Jescheck.

A pretensão desta teoria não é substituir as teorias clássica e finalista, mas acrescentar-lhes uma nova di-mensão, qual seja, a relevância social do comporta-mento.

Conduta: Comportamento humano voluntário psiquica-mente dirigido a um fim, socialpsiquica-mente reprovável. ATENÇÃO: para esta teoria, o dolo e a culpa integram o fato típico (finalismo), mas são novamente analisados no juízo da culpabilidade (causalismo).

FUNCIONALISMO (TEORIAS FUNCIONALISTAS)

Ganham força e espaço na década de 1970, discutidas com ênfase na Alemanha.

Buscam adequar a dogmática penal aos fins do Direito Penal.

Percebem que o Direito Penal tem necessariamente uma missão e que seus institutos devem ser compreen-didos de acordo com essa missão – (edificam o Direito Penal a partir da função que lhe é conferida).

Conclusão: a conduta deve ser compreendida de acor-do com a missão conferida ao direito penal.

FUNCIONALISMO TELEOLÓGICO / DUALISTA / MODERA-DO / DA POLÍTICA CRIMINAL / VALORATIVO

Roxin (Escola de Munique)

CRIME: fato típico (conduta), ilícito e reprovável (im-putabilidade, potencial consciência da ilicitude, exigi-bilidade de conduta diversa e necessidade da pena). OBS: Roxin busca a reconstrução do Direito Penal com base em critérios político-criminais.

Missão do Direito Penal: proteção de bens jurídicos. Proteger os valores essenciais à convivência social har-mônica.

Conduta: Comportamento humano voluntário causador de relevante e intolerável lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado.

FUNCIONALISMO SISTÊMICO / MONISTA / RADICAL

FUNCIONALISMO SISTÊMICO / MONISTA / RADICAL

Jakobs (Escola de Bonn)

CRIME: fato típico (conduta), ilícito e culpável (imputa-bilidade, potencial consciência da ilicitude e exigibili-dade de conduta diversa).

OBS: Para Jakobs, o Direito Penal deve visar primordi-almente à reafirmação da norma violada e ao fortaleci-mento das expectativas de seus destinatários.

Missão do Direito Penal: Assegurar a vigência do siste-ma.

Está relativamente vinculada à noção de sistemas soci-ais (Niklas Luhmann).

Conduta: Comportamento humano voluntário causador de um resultado violador do sistema, frustrando as

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ex-pectativas normativas.

OBS: Ação é produção de resultado evitável pelo indiví-duo (teoria da evitabilidade individual).

OBS: O agente é punido porque violou a norma e a pena visa reafirmar a norma violada.

TEORIAS DO DOLO

TEORIA DA VONTADE TEORIA DA REPRESENTAÇÃO TEORIA DO CONSENTIMENTO/ ASSENTIMENTO Dolo é a vontade consciente de

que-rer praticar a infração penal. Dolo = previsão (consciência) +

que-rer

OBS: Adotada pelo CP em relação ao dolo direto.

Fala-se em dolo sempre que o agen-te tiver a previsão do resultado como possível e, ainda assim, deci-dir prosseguir com a conduta.

Dolo = previsão ( consciência) + prosseguir com a conduta ATENÇÃO: Esta teoria acaba abran-gendo no conceito de dolo a culpa consciente.

Fala-se em dolo sempre que o agen-te tiver a previsão do resultado como possível e, ainda assim, decide prosseguir com a conduta, assumin-do o risco de produzir o evento. Dolo = previsão (consciência) +

pros-seguir com a conduta assumindo o risco do evento

OBS: Esta teoria, diferente da ante-rior, não mais abrange no conceito de dolo a culpa consciente.

OBS: Adotada pelo CP em relação ao dolo eventual.

#Quais destas teorias foram adotadas pelo Brasil? - Teoria da vontade: dolo direto

- Teoria do consentimento: dolo eventual

FASES DA TIPICIDADE INDEPENDÊNCIA

(BELING) CARÁTER INDICIÁRIO DAILICITUDE (RATIO COGNOSCENDI)

(MAYER)

ESSÊNCIA DA ILICITUDE (“RATIO ESSENDI”)

(MEZGER)

TEORIA DOS ELEMENTOS NEGATIVOS DO TIPO (ILICITUDE SEM

AUTONO-MIA)

Não há ligação do fato típico com a ilicitude e com a culpabilidade.

Ocorrendo o fato típico há um indício de ilicitude, que poderá ser afastada se ocorrer alguma de suas ex-cludentes.

Adotada pelo CP.

Todas as condutas típicas são ilícitas. Tipicidade e ilicitude não são institutos distintos.

Todas as condutas típicas são ilícitas. No entanto, para essa teoria, as causas de exclusão da ilicitude integram a tipicidade.

RELAÇÃO ENTRE TIPICIDADE E ILICITUDE TEORIA DA AUTONOMIA OU ABSOLUTA INDEPEN-DÊNCIA TEORIA DA INDICIARIEDA-DE OU RATIO COGNOS-CENDI TEORIA DA ABSOLUTA DEPENDÊNCIA OU RATIO ESSENDI

TEORIA DOS ELEMENTOS NEGATIVOS DO TIPO

VON BELING (1906). A tipicidade não tem qual-quer relação com a ilicitu-de.

CUIDADO: excluída a ilici-tude o fato permanece típico.

Ex: Fulano mata Beltrano – temos um fato típico. Comprovado que Fulano agiu em legítima defesa, exclui a ilicitude, mas per-manece o fato típico.

MAYER (1915). A existência de fato típico gera presunção de ilicitu-de.

- Relativa dependência. CUIDADO: excluída a ilici-tude, o fato permanece típico.

Ex: Fulano mata Beltrano. Comprova a tipicidade, presume-se a ilicitude. Fu-lano tem que provar que agiu em legítima defesa. Comprovando, desaparece

MEZGER (1930) A ilicitude é essência da tipicidade, numa relação de absoluta dependência. CUIDADO: excluída a ilici-tude, exclui-se o fato típi-co (tipo total injusto).

Chega no mesmo resultado da 3ª teoria, mas por outro caminho.

De acordo com essa teoria, o tipo penal é composto de elementos positivos (ex-plícitos) e elementos ne-gativos (implícitos). ATENÇÃO: para que o fato seja típico, é preciso pra-ticar os elementos positi-vos do tipo, e não prati-car os elementos negati-vos do tipo.

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a ilicitude, mas o fato con-tinua típico.

De acordo com a maioria da doutrina, o Brasil seguiu a TEORIA DA INDICIARIE-DADE, isto é, provada a ti-picidade, presume-se rela-tivamente a ilicitude, pro-vocando inversão do ônus da prova nas descriminan-tes.

Ex: matar alguém. Elemen-tos positivos: matar al-guém. Elementos

negati-vos: estado

necessidade/legítima defe-sa.

ESTADO DE NECESSIDADE TEORIA DIFERENCIADORA

CPM arts. 39 e 45 TEORIA UNITÁRIACP art. 24, §2° Estado de necessidade justificante

Exclui a ilicitude

Bem jurídico: vale + ou = (vida)

Bem sacrificado: vale – ou + (patrimônio)

Estado de necessidade justificante Exclui a ilicitude

Bem jurídico: vale + ou = (vida)

Bem sacrificado: vale – ou + (patrimônio) Estado de necessidade exculpante

Exclui a culpabilidade

Bem jurídico: vale - (patrimônio) Bem sacrificado: vale + (vida)

OBS: Para a Teoria Diferenciadora o Estado de Necessi-dade pode ser ou causa de exclusão da ilicitude ou da culpabilidade (considera a variação de valor dos bens em conflito). Para a Teoria Unitária o Estado de Neces-sidade será sempre causa de exclusão da ilicitude (es-tado de necessidade justificante).

#E no caso do bem protegido valer menos que o bem sacrificado? Pode servir como diminuição de pena.

ERRO SOBRE OS PRESSUPOSTOS FÁTICOS TEORIA LIMITADA DA

CULPABILIDA-DE

(prevalece no Brasil)

TEORIA EXTREMADA DA

CULPABILI-DADE TEORIA EXTREMADA “SUI GENERIS”DA CULPABILIDADE

O erro sobre os pressupostos fáticos deve equiparar-se a erro de tipo. Se inevitável, exclui dolo e culpa; se evitável, pune a culpa. Prevista na exposição de motivos do CP. Apesar de previso no art. 20, §1° que o agente fica isento de pena, a conse-quência será a exclusão da tipicida-de (ausência tipicida-de dolo e culpa).

Equipara-se a erro de proibição. Se inevitável, isenta o agente de pena; se evitável, diminui a pena.

De acordo com essa teoria, o art. 20, §1°, CP, reúne as duas teorias anteriores, seguindo a extremada, quando o erro é inevitável, e a limi-tada, quando o erro é evitável.

CULPABILIDADE

TEORIA PSICOLÓGICA

FRANZ VON LISZT E BELING

A culpabilidade seria constituída pelo elemento psicoló-gico – dolo ou culpa.

A imputabilidade não é elemento da culpabilidade. A imputabilidade é considerada como um pressuposto para análise da culpabilidade e não elemento constitu-tivo dela.

O dolo é normativo (consciência da ilicitude).

EDMUND MEZGER, BERTOLD FREUDENTHAL, GOLDS-CHIMITD E FRANK.

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psico-TEORIA PSICOLÓGICO-NORMATIVA

lógicos/subjetivos (dolo e culpa), além dos elementos normativos: imputabilidade e exigibilidade de condu-ta diversa.

Para esta segunda teoria a consciência da ilicitude es-tava embutida no dolo.

Atualmente, o dolo é o binômio consciência e vontade, sendo que a consciência não é da ilicitude, mas sim a consciência de saber o que se está fazendo.

Não rompe com o causalismo, mas é influenciada pelo neokantismo.

TEORIA NORMATIVA OU TEORIA NORMATIVA PURA

HANS WELZEL

Toda conduta humana é destinada a um fim, portanto, toda conduta humana é dolosa ou culposa, necessaria-mente.

Welzel retirou o dolo e a culpa da culpabilidade e os colocou na conduta humana, elemento do fato típico. Ao fazer isso, retira a consciência da ilicitude do dolo (aspecto normativo), para entender que culpabilidade é imputabilidade, exigibilidade de conduta diversa e a potencial consciência da ilicitude.

Este é o atual estágio da culpabilidade – culpabilidade normativa.

Dolo e culpa fazem parte da conduta humana penal-mente relevante, ao passo que a culpabilidade é consti-tuída de elementos normativos.

Dolo deixa de ser normativo e passa a ser natural.

TEORIAS SOBRE O MOMENTO DE INÍCIO DA EXECUÇÃO TEORIA DA HOSTILIDADE AO BEM

JURÍDICO/CRITÉRIO MATERIAL

TEORIA OBJETIVO-FORMAL TEORIA OBJETIVO-INDIVIDUAL

Consideram-se atos executórios aqueles que atacam o bem jurídico, criando-lhe concreta situação de pe-rigo.

Nélson Hungria.

Entende-se como ato executório aquele que inicia a realização do núcleo do tipo.

Frederico Marques.

Consideram-se atos executórios aqueles que, de acordo com o plano do agente, ocorrem no período ime-diatamente anterior ao começo da realização do núcleo.

STJ.

Maioria da doutrina moderna. Zaffaroni.

PUNIÇÃO DA TENTATIVA

TEORIA OBJETIVA/REALÍSTICA TEORIA SUBJETIVA/VOLUNTARÍSTICA/MONISTA

Observa o aspecto objetivo do delito (sob a perspectiva dos atos praticados pelo agente).

A punição se fundamenta no perigo de dano acarretado ao bem jurídico, verificado na realização de parte do processo executório.

Conclusão: por ser objetivamente incompleta, a tenta-tiva merece pena reduzida.

A tentativa é chamada de tipo manco.

Quanto maior a proximidade da consumação menor será a diminuição, e vice-versa (leva-se em conta o iter cri-minis percorrido pelo agente).

Adotado pelo CP.

Observa o aspecto subjetivo do delito (sob a perspecti-va do dolo).

Conclusão: sob a perspectiva subjetiva (dolo), a consu-mação e a tentativa são idênticas, logo, a tentativa deve ter a mesma pena da consumação, sem redução.

Regra: Teoria objetiva (pune-se a tentativa com a pena da consumação reduzida de 1/3 a 2/3).

Exceção: Teoria subjetiva (pune-se a tentativa com a mesma pena da consumação – sem redução). São os cri-mes de atentado ou empreendimento.

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CRIME IMPOSSÍVEL / QUASE-CRIME / CRIME OCO / TENTATIVA INIDÔNEA / TENTATIVA INADEQUADA / TENTATIVA INÚTIL

TEORIA SINTOMÁTICA TEORIA SUBJETIVA TEORIA OBJETIVA

Com a sua conduta, demonstra o agente ser perigoso, razão pela qual deve ser punido, ainda que o crime se mostre impossível de ser consu-mado. Por ter como fundamento a periculosidade do agente, esta teo-ria se relaciona diretamente com o direito penal do autor.

Sendo a conduta subjetivamente perfeita (vontade consciente de pra-ticar o delito), deve o agente sofrer a mesma pena cominada à tentativa, sendo indiferente os dados (objeti-vos) relativos à impropriedade do objeto ou ineficácia do meio, ainda quando absolutas. O agente deve ser punido porque revelou vontade de praticar o crime.

Crime é conduta e resultado. Este configura dano ou perigo de dano ao bem jurídico. A execução deve ser idônea, ou seja, trazer a potenciali-dade do evento. Caso inidônea, te-mos configurado o crime impossível. O agente não deve ser punido por-que não causou perigo aos bens pe-nalmente tutelados. A teoria objeti-va subdivide-se:

1) TEORIA OBJETIVA PURA: não há tentativa, mesmo que a inidoneida-de seja relativa, consiinidoneida-derando-se, neste caso, que não houve conduta capaz de causar lesão.

2) TEORIA OBJETIVA TEMPERADA OU INTERMEDIÁRIA: a ineficácia do meio e a impropriedade do objeto devem ser absolutas para que não haja punição. Sendo relativas, pune-se a tentativa. É a teoria adotada pelo Código Penal.

CONCURSO DE AGENTES TEORIA MONISTA

(UNITÁRIA OU IGUALITÁRIA) TEORIA DA CUMPLICIDADE-DELITOTEORIA PLURALISTA DISTINTO

TEORIA DA AUTONOMIA DA CON-CORRÊNCIA

TEORIA DUALISTA

O crime é único para todos os con-correntes. Regra no CP.

A pena será aplicada na medida da culpabilidade de cada agente. O juiz fixará a pena levando em considera-ção circunstâncias relacionadas ao fato, à vítima e ao agente. Segundo Luiz Regis Prado, o CP adotou a teo-ria monista de forma matizada ou temperada, já que estabeleceu cer-tos graus de participação e um ver-dadeiro reforço do princípio consti-tucional da individualização da pena.

A cada um dos agentes se atribuem conduta, razão pela qual cada um responde por delito autônomo. Ha-verá tantos crimes quanto sejam os agentes que concorrem para o fato. Cada um responde pelo seu crime. Adotada pelo CP em casos excepcio-nais.

Tem-se um crime para os executores do núcleo e outro aos que não o rea-lizam, mas concorrem de qualquer modo. Divide a responsabilidade dos autores e dos partícipes. Crime úni-co para autores principais (partici-pação primária) e outro crime único para os autores secundários/partíci-pes (participação secundária).

O CP adotou como regra a TEORIA MONISTA:

“Art. 29 C.P. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na me -dida de sua culpabilidade.”

Excepcionalmente, no que tange à infração penal, o CP adotou ora o DUALISMO, ora o PLURALISMO. Exemplo - dualismo: art. 29, §1° e §2°, CP.

Exemplos - pluralismo: no aborto, o agente provocador responde pelo art. 126, CP e a gestante pelo art. 124, CP.

AUTORIA TEORIA SUBJETIVA

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não existe distinção entre autor e partícipe.

Conclusão: todo aquele que de alguma forma con-tribui para a produção do resultado é autor.

OBS: Tem como funda-mento a teoria da equiva-lência dos antecedentes causais.

não distingue autor do partícipe, mas permite o estabelecimento de graus diversos de autoria. Conclusão: todos aqueles que concorrem para o mesmo evento são auto-res. No entanto, a depen-der da contribuição temos graus diversos de autoria. OBS: Tem como funda-mento a teoria da equiva-lência dos antecedentes causais.

Estabelece clara distinção entre autor e partícipe. Conceito restritivo de au-tor. Esta teoria divide-se em:

1. TEORIA OBJETIVO FOR-MAL:

Autor: realiza o núcleo do tipo.

Executa, total ou parcial-mente, a conduta que rea-liza o tipo.

Partícipe: concorre sem realizar o núcleo do tipo. Coautoria: conjuntamente realizam o núcleo do tipo – princípio da imputação re-cíproca.

Concepção majoritaria-mente adotada.

OBS: não explica as ques-tões que envolvem a auto-ria mediata.

2. TEORIA OBJETIVO MA-TERIAL:

Autor: contribui de forma mais efetiva para a con-corrência do resultado (sem necessariamente pra-ticar o núcleo do tipo) Partícipe: concorre de for-ma menos relevante Exposição de motivos do Código Penal – item 25 (adotou teoria objetivo formal)

OBS: na concepção de Ro-xin, o domínio do fato pode se dar de 3 formas: - Domínio da ação (autor imediato): o autor realiza pessoalmente os elemen-tos do tipo.

- Domínio da vontade (au-tor mediato): é au(au-tor aquele que domina a von-tade de um terceiro que é utilizado como instrumen-to.

- Domínio funcional do fato (autor funcional): em uma atuação conjunta (di-visão de tarefas) para a realização de um fato, é autor aquele que pratica um ato relevante na exe-cução (não na fase prepa-ratória) do plano delitivo global.

#Autor: é quem controla finalisticamente o fato, ou seja, quem decide a sua forma de execução, seu início, cessação e de-mais condições.

Ex.: “Mensalão”: José Dir-ceu era quem controlava os eventos, apesar de não ter realizado os núcleos dos tipos.

#Partícipe: será aquele que, embora colabore do-losamente para o alcance do resultado, não exerce domínio sobre a ação. ATENÇÃO: Podemos afir-mar que tem o controle final do fato:

a) Aquele que, por sua vontade, executa o núcleo do tipo (autor propriamen-te dito)

b) Aquele que planeja o crime para ser executado por outras pessoas (autor intelectual)

c) Aquele que se vale de um não culpável ou de pessoa que age sem dolo ou culpa para executar o tipo (autor mediato) OBSERVAÇÃO IMPORTAN-TE: a teoria do domínio do fato tem aplicação apenas nos crimes dolosos, única forma em que se admite o controle finalístico sobre o fato criminoso. Nos crimes culposos, o autor não pos-sui o domínio do fato, pois

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não quer a produção do resultado.

PARTÍCIPE TEORIA DA

ACESSORIEDA-DE MÍNIMA TEORIA DA ACESSORIEDA-DE MÉDIA / LIMITADA (prevalece)

TEORIA DA

ACESSORIEDA-DE MÁXIMA (EXTREMADA) TEORIA DA HIPERACESSO-RIEDADE

Para punir o partícipe, bas-ta que o fato principal seja típico.

Crítica: é uma teoria injus-ta, pois se o partícipe in-duzir alguém a matar ou-trem em legítima defesa, só o partícipe será punido.

Para punir o partícipe, bas-ta que o fato principal seja típico e ilícito, indepen-dentemente da culpabili-dade e da punibiliculpabili-dade do agente.

Ex.: Fulano participa de fato praticado por menor. ATENÇÃO: Fulano é par-tícipe (e não autor media-to). Não se confunde o par-tícipe de um fato previsto com crime praticado por um menor com o autor me-diato que se vale de um menor para praticar um fato.

Para punir o partícipe, bas-ta que o fato principal seja típico, ilícito e culpável. Ex.: Fato praticado por menor com auxílio de um maior imputável, este agente não será punível.

Para punir o partícipe, o fato principal deve ser típi-co, ilícito, culpável e puní-vel.

FINALIDADES DA PENA CORRENTE ABSOLUTISTA CORRENTE

UTILITARISTA/RELATI-VAS/PREVENTIVAS CORRENTE ECLÉTICA (TEORIA MISTA)

A pena tem como objetivo retribuir o mal causado. A pena não possui nenhum fim socialmente útil. Kant e Hegel.

A pena atua como instrumento de

prevenção. A pena objetiva retribuição + pre-venção. Adotada pelo nosso CP (art. 59).

“Art. 59 - O juiz, atendendo à culpa-bilidade, aos antecedentes, à condu-ta social, à personalidade do agen-te, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, esta-belecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e pre-venção do crime.”

SISTEMA DA APLICAÇÃO DA PENA SISTEMA DO

CÚMU-LO MATERIAL SISTEMA DO CÚMU-LO JURÍDICO ABSORÇÃO EXASPERAÇÃO RESPONSABILIDADEÚNICA E DA PENA PROGRESSIVA ÚNICA Cada delito

corres-ponde a uma pena, que será somada com as demais.

É adotado pelo CP nos arts. 69

(concur-so material), 70, ca-put, 2a parte

(con-curso formal impró-prio/imperfeito) e na aplicação das

pe-nas de multa.

Não há cumulação de panas.

Aplica-se uma única pena, mas com seve-ridade suficiente para atender a gravi-dade dos crimes pra-ticados.

A pena a ser aplicada deve ser a do delito mais grave.

A pena a ser aplicada deve ser a do delito mais grave, mas au-mentada em certa quantidade.

Adotado pelo CP nos arts. 70, caput, 1a

parte (concurso for-mal próprio/perfei-to) e 71 (crime

con-tinuado).

Não há cumulação de penas, mas deve-se aumentar a responsa-bilidade do agente à medida que aumenta o número de infra-ções.

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