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TRANSPORTE RODOVIÁRIO: FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR NO TRANSPORTE DE MERCADORIAS RESUMO

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III ENCONTRO CIENTÍFICO E SIMPÓSIO DE EDUCAÇÃO UNISALESIANO

Educação e Pesquisa: a produção do conhecimento e a formação de pesquisadores

Lins, 17 21 de outubro de 2011

TRANSPORTE RODOVIÁRIO: FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR NO TRANSPORTE DE MERCADORIAS

RESUMO

A logística envolve armazenagem, transporte e distribuição de mercadorias. O transporte de mercadorias é a principal função logística e representa a maior parte dos custos logísticos de uma empresa. O transporte feito através do modal rodoviário é um dos mais utilizados pelo fato de garantir entregas rápidas e seguras de mercadorias. O modal rodoviário apresenta fatores que podem influenciar no transporte, como pedágios, condições das rodovias, fretes, frotas e combustível. Esses fatores estão diretamente ligados aos custos e são elementos importantes no transporte de cargas. Para garantir ainda mais segurança, qualidade e rapidez nesse tipo de transporte podem ser implementados sistemas de rastreamento de frotas e sistemas de otimização de rotas. O transporte rodoviário é o mais expressivo transporte de cargas no Brasil e são demonstrados no artigo os fatores que podem influenciá-lo.

Palavras-chave: Logística do transporte, transporte rodoviário, custos de transportes, custos do transporte rodoviário.

1 INTRODUÇÃO

Transportar mercadorias da origem até o detino final e garantindo que o produto seja entregue no local, hora e quantidade certa nada mais é que logística de transporte. A logística trata de plenejar e organizar a armazenagem, transporte e distribuição de mercadorias. O transporte de mercadorias é o fator que representa uma parcela significativa dos custos logísticos e por isso é considerado a mais importante função logística, podendo ocorrer através de diversos modais, como rodoviário, ferroviário, aquaviário ou aéreo. O modal mais utilizado hoje em diversos países, principalmente no Brasil, é o rodoviário, que possibilita o transporte de cargas em variadas distâncias e oferece entregas rápidas e confiáveis.

O transporte rodoviário apresenta custos e fatores que podem influenciá-lo e deve ser constantemente analisado para encontrar as possibilidades de redução desses custos. Os custos fixos não variam com o transporte, como por exemplo, o seguro do veículo; já os variáveis mudam de acordo com a movimentação, que é o caso do combustível, que varia conforme a distância percorrida. Esse meio pode ser influenciado pela condição das rodovias, pelo pedágio, pelo frete, pelo combustível e pela frota. A precariedade das rodovias é um fator que pode encarecer muito os custos com manutenção de veículos e combustível e para pavimentá-las é

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necessário arrecadação de fundos, tendo como bom exemplo a cobrança de pedágios. Muitas rodovias do Brasil já estão com obras concluídas ou sendo executadas, o que aumenta ainda mais a utilização do modal rodoviário.

O valor elevado dos combustíveis também determina boa parte desses custos, já que o veículo é totalmente dependente dele para movimentar-se, por isso, como forma de reduzir esses custos, alguns combustíveis renováveis já estão surgindo em substituição aos fósseis utilizados.

A eficiência da frota no transporte rodoviário é importante fator na determinação de custos, já que os mesmos dependem da movimentação de mercadorias. A empresa não necessariamente precisa possuir grande quantidade de veículos, basta que possa fornecer qualidade no serviço. Para melhorar ainda mais o serviço de frotas, e consequentemente o serviço de transportes rodoviários, podem ser criados e implementados sistemas de otimização de rotas e rastreamento de frotas, fazendo com que permaneça no transporte a garantia de segurança e rapidez nas entregas.

Os custos relacionados ao transporte rodoviário podem ser representados nesse artigo de forma exemplificada e explicativa, abordando pontos fundamentais que influenciam para que ocorra a movimentação de produtos de um local para outro. O artigo foi elaborado através de pesquisas realizadas em obras específicas que relatavam sobre o assunto abordado, sendo citados autores como Bertaglia(2003), Alvarenga e Novaes(2000), Vendrame(2011) e Pozo(2007).

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Logística do Transporte de Mercadorias

Chopra e Meindl (2003), definem transporte como a movimentação de produtos de um local ao outro, deslocando-se a mercadoria com destino ao cliente. O transporte tem papel importante porque raramente os produtos são fabricados e consumidos no mesmo local e também representa significativa parcela dos custos contraídos pela maioria das cadeias de suprimentos.

Segundo Vendrame (2011), uma das principais funções da logistica é o transporte de mercadorias. Além de apresentar significativa importância no desempenho de diversas dimensões do serviço ao cliente e representar a maior parte dos custos logisticos de uma empresa, o transporte é fundamental para que o produto certo seja entregue na quantidade, hora e lugar certo, no menor custo possível, atingindo o principal objetivo logistico. Entre os tipos de transporte de cargas existem basicamente cinco:

a) aéreo; b) aquaviário; c) dutoviário; d) ferroviário; e) rodoviário. 2.2 Transporte Rodoviário

De acordo com Vendrame (2011), o serviço rodoviário transporta produtos semi-acabados e acabados e oferece uma entrega razoavelmente rápida e confiável possuindo vantagem no mercado de carregamentos pequenos.

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O transporte rodoviário é o mais independente dos transportes, uma vez que possibilita movimentar uma grande variedade de materiais para qualquer destino, devido à sua flexibilidade, sendo utilizado para pequenas encomendas, e curtas, médias ou longas distâncias, por meio de coletas e entregas ponto a ponto. Ele faz a conexão entre os diferentes modos de transporte e seus respectivos pontos de embarque e desembarque. (BERTAGLIA, 2003, p. 283)

Bertaglia (2003), afirma que o meio rodoviário é o mais expressivo no transporte de cargas no Brasil.

Gráfico 1 - Matriz de Transporte no Brasil

63% 20%

13% 4% 0%

Matriz de transporte no Brasil

Rodoviário Ferroviário Aquaviário Dutoviário Aéreo

2.2.1 Custos de Transporte Rodoviário

Segundo Arantes (2005), a movimentação de determinado produto desde a origem até o destino final gera despesas consideradas custos de transporte. O custo de transporte tem grande relevância no preço final do produto sendo considerado um dos maiores custos logísticos, podendo ser influenciado por fatotes relacionados ao produto e ao mercado, como por exemplo, a densidade do produto e a facilidade do seu manuseio ou a localização do mercado de destino do produto.

Custo de Transporte envolve as despesas com fretes, todas as despesas relacionadas à movimentação de materiais fora da empresa, depreciação dos veículos, pneus, combustíveis, custo de oportunidade dos veículos, manutenção, seguros, impostos etc. (POZO, 2007)

2.2.1.1 Custos Fixos e Variáveis

Vendrame (2011), enfatiza que os custos variáveis são aqueles que variam com serviços ou volume, e os custos fixos são aqueles que não variam e se considerar um período de tempo longo ou um grande volume todos os custos podem variar.

O custo do transporte rodoviário de cargas é formado por diversos elementos. Alvarenga e Novaes (2000), abordam custos fixos e variáveis que influenciam nesse tipo de transporte, como por exemplo, o custo de combustível e as depesas com

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pneus, que são custos variáveis, e o custo de capital e o seguro do veículo, que são custos fixos.

Tabela 1 - Estrutura de custo no modal rodoviário

Custo fixo baixo (rodovias estabelecidas e construídas com fundos públicos).

Rodoviário

Custo variável alto (combustível, manutenção, etc). Fonte: Vendrame (2011)

2.2.1.2 Condições das Rodovias

De acordo com Bertaglia (2003), a precariedade dos estados das rodovias nacionais provoca um encarecimento dos custos de transporte. As privatizações e investimentos em rodovias no Brasil são feitos para reduzir o consumo de combustível e gastos com manutenção de veículos.

Para melhorar as condições das estradas, duplicá-las e pavimentá-las, é necessária a arrecadação de fundos e, para isso criam-se os pedágios que encarecem ainda mais o produto final. Os custos do transporte rodoviário precisam ser reduzidos para aumentar a competitividade com os países vizinhos. As trocas comerciais entre os diferentes países somente serão viáveis com custos mais competitivos. (BERTAGLIA, 2003, p. 284)

Tabela 2 - Extensão de Rodovias: Comparação com alguns países País Extensão de Rodovias Pavimentadas (Km) Extensão de Rodovias Não Pavimentadas (Km) Extensão Total de Rodovias (Km) Pavimentadas/ Extensão Total % EUA 3.903.360 2516.640 6.420.000 60,80 Índia 1.517.077 1.802.567 3.319.644 45,70 Austrália 353.331 559.669 913.000 38,70 México 94.248 157.752 252.000 37,40 Rússia 336.000 612.000 948.000 35,44 Canadá 246.400 665.800 912.200 27,01 Argentina 47.550 160.800 208.350 22,82 China 271.300 938.700 1.210.000 22,42 Chile 11.012 68.788 79.800 13,80 Brasil 184.140 1.795.860 1.980.000 9,30 Fonte: Bertaglia (2003)

Conforme Alvarenga e Novaes (2000), com a pavimentação das principais rodovias no Brasil, o meio rodoviário, devido sua expansão, domina amplamente o transporte de mercadorias no país.

Belchior (2010), coordenadora do PAC (Programa de Aceleramento do Crescimento), relata em matéria publicada no site DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) que mais de 6 mil quilômetros de rodovias foram concluídos nos últimos quatro anos e mais de 5 mil quilômetros de duplicação,

adequação, construção e

pavimentação de pistas estão em

andamento, citando a duplicação da

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2.2.1.3 Pedágios

A Lei nº 791 de 27 de agosto de 1969 institui cobrança de pedágio para os condutores de veículos automotores que utilizam vias públicas do sistema rodoviário federal. Anualmente, as tarifas de pedágio são estabelecidas mediante proposta do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem e aprovada pelo Ministro do Transporte no Conselho Nacional de Transporte. As tarifas diferenciam de acordo com a categoria dos veículos, tendo como base de cálculo o custo da construção de obras e melhorias nas rodovias e o custo dos serviços operacionais, administrativos e fiscais, visando comodidade e segurança aos usuários.

Tabela 3 - Tarifas de pedágio cobradas em algumas rodovias do Estado de São Paulo

SP Rodovia Km Pr a ça d e

Pedágio Valor Sentido Operadora

SP 300 RONDON, VIA 259,3 Km Botucatu R$3,45 Bidirecional RODOVIAS DO TIETÊ SP 300 RONDON, VIA 400,8 Km Pirajuí R$3,35 Bidirecional VIA RONDON SP 310 WASHINGTON LUIZ 282,400 Km Araraquara R$11,25 Bidirecional TRIÂNGULO DO SOL SP 310 WASHINGTON LUIZ 181,6 Km Rio Claro R$6,00 Bidirecional CENTROVIAS SP 280 CASTELLO BRANCO,

PRESIDENTE 74 Km Itu R$7,90

Interior-Capital VIA OESTE SP 280 CASTELLO BRANCO, PRESIDENTE 18 Km Osasco - expressa e marginal R$2,90

Capital-Interior VIA OESTE

Fonte: www.der.sp.gov.br

A Lei nº 10.209, de 23 de março de 2001, institui o Vale-Pedágio obrigatório, que foi criado com o principal objetivo de atender a uma das principais reivindicações dos caminhoneiros autônomos: a desoneração do transportador do pagamento do pedágio. Por esta lei, os embarcadores passaram a ser responsáveis pelo pagamento antecipado do pedágio e fornecimento do respectivo comprovante ao transportador rodoviário. (ANTT)

BR-101 no Rio Grande do Sul Fonte: www.dnit.gov.br

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Lins, 17 21 de outubro de 2011 2.2.1.4 Combustível

O combustível, como componente importante na estrutura de custos, deve ser rigorosamente monitorado. Todos os abastecimentos devem ser registrados considerando data, número de litros e quilometragem do veículo. Acordos com os postos de combustível em caso de transporte rodoviário é uma prática importante de negócio. Dessa forma, é possível medir a produtividade da frota considerando cada veículo. Em caso de existência de posto de abastecimento interno, os recebimentos e saídas devem ser controlados. (BERTAGLIA, 2003, p.292)

Segundo Vieira (2008), a variação dos preços do petróleo nos mercados internacionais influencia nos custos do transporte, pois esses gastos estão diretamente ligados ao custo do combustível.

O preço do petróleo, e por consequência o dos combustíveis, varia de acordo com fatores externos a nível mundial, logo, o custo de transporte de uma mercadoria varia conforme os preços de combustíveis. (Maisgasolina, 2009)

Uma boa medida para reduzir os custos de transporte é a utilização dos combustíveis renováveis que começam a aparecer em substituição dos combustíveis fósseis tradicionais. Um bom exemplo disso é o biodiesel. O biodiesel é um combustível renovável derivado de óleos vegetais, como por exemplo, o de girasol, sojae ainda outras oleaginosas ou de gorduras animais. Este combustível pode ser usado em todo o tipo de motoresa gasóleo e tem um custo muito inferior ao gasóleo tradicional, fator decisivo para reduzir os custos de transporte. Qualquer empresa que utilize veículos com motor a gasóleo pode optar pelo uso do biodiesel pois terá grandes reduções nos valores gastos em combustível, não terá qualquer despesa com modificações nos veículos porque não é preciso qualquer adaptação para se usar biodiesel e ainda irá contribuir para uma melhor preservação do meio ambiente. (ABC, 2005).

2.2.1.5 Frotas

Segundo Bertaglia (2003), a gestão de frotas é importante atividade no final da cadeia de abastecimento, uma vez que a formação dos custos logísticos e a qualidade dos serviços dependem da movimentação de carga. A empresa que possui grande quantidade de veículos para transporte de mercadorias nem sempre atende ao serviço com qualidade, além de correr risco de manter custos excessivos e desnecessários. O importante é manter um bom gerenciamento das frotas para que a operação seja realizada da maneira mais eficiente. Aspectos como mão-de-obra, consumo de combustível, manutenção e estoque de peças de reposição são relevantes para gestão da frota. Muitos são os fatores que influenciam na avaliação da eficiência e desempenho da frota.

Vendrame (2011), aborda que para obter a eficiência da frota é necessário: a) programar o roteiro;

b) eliminar erros de entrega através de leitores de códigos de barras (agiliza o processo de entrega);

c) comunicar (telefones celulares, rádios, comunicações via satélites); d) incentivar a produtividade;

e) melhorar o uso dos ativos (aproveitar o transporte na ida e na volta); f) carregar adequadamente o veículo.

Bertaglia (2003), enfatiza que algumas tarefas no processo de transporte foram facilitadas por ferramentas desenvolvidas através do avanço tecnológico, como planejamento, operações, controle, segurança, manutenção e serviços.

De acordo com Vendrame (2011), existem dois tipos de frotas: própria e terceirizada. Frota própria é aquela que não garante a qualidade no atendimento e a segurança pelo fato de ser uma frota antiga (depreciada). A frota terceirizada incentiva a formação de pequenas empresas com os próprios motoristas e ajudantes, reduzindo os custos e evitando passivo trabalhista, existindo dedicação ao negócio.

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2.2.1.5.1 Sistema de otimização de rotas

Conforme Bertaglia (2003), o sistema de otimização de rotas fornece benefícios para a redução de custos e melhorias no desempenho das entregas. O trabalho feito por computador pode permitir simulações diferentes em tempo reduzido pelo fato de existirem variáveis nas atividades de coleta e entrega de produtos. Isso faz com que o usuário obtenha resultados diversos em função das restrições impostas ao processo. Algumas dessas variáveis são:

a) quantidade de clientes; b) áreas geográficas;

c) restrições de entrega ou coleta; d) veículos com capacidade diferentes;

e) variação de dias ou horário para entrega ou coleta; f) retorno do veículo com carga;

g) quantidade de plataforma de carga;

h) especificações diferenciadas de produtos em termos de cubicagem, peso e densidade, além do formato da embalagem;

i) necessidades de equipamentos específicos para carregar/descarregar o veículo;

j) entregas em pontos com plataforma ou sem plataforma de descarga; k) integração com terceiros.

Consolidação de cargas e otimização de retornos são algumas das características que podem ser agilizadas com o processo de gerenciamento de rotas. É evidente que os sistemas especializados se tornam mais importantes à medida que ficam mais acessíveis e que seja possível adquirir equipamentos mais rápidos e baratos. O suporte do computador para determinar as rotas a serem seguidas pelo veículo proporciona uma redução significativa de custos. (BERTAGLIA, 2003, p.297)

Bertaglia (2003), relata que um mapa digital é utilizado pelo roteirizador para obter informações de regiões, conversões proibidas, nomes de ruas e velocidade de tráfego. A identificação dos veículos e suas respectivas capacidades estabelecem a frota, possibilitando que o sistema maximize o tempo de disponibilidade do condutor no trânsito e as entregas de acordo com as distâncias que devem ser percorridas.

2.2.1.5.2 Sistema de rastreamento de frota

De acordo com Bertaglia (2003), o rastreamento de veículos para identificar sua posição é feito através de satélites para localizar objetos na superfície terrestre, o que permite que as empresas de transporte de produtos e materiais tenham conhecimento da posição geográfica dos seus veículos. O rastreamento define pontos de parada, tempo necessário para realização do percurso, tempo para carga e descarga, prevenção de problemas com trava de baú e engate das carretas, e supervisão da velocidade empreendida pelo condutor, planejando e otimizando bem mais as operações logísticas. O sistema de rastreamento é formado por um receptor, um sistema de comunicação e um modem. O sistema do veículo capta a informação e envia o sinal para uma estação base, que por sua vez interpreta os

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dados, criando uma saída para uma tela de computador, posicionando o veículo sobre um mapa digital da área onde se encontra.

Segundo Giopato (2011), o rastreamento do transporte rodoviário está sendo utilizado para minimizar o roubo de cargas e atender a demanda com rapidez, eficiência e segurança, crescendo rapidamente no País.

Bertaglia (2003), aborda que melhorias no serviço prestado ao cliente, na segurança da carga e dos condutores, nas operações e na eficiência do condutor são benefícios da utilização da tecnologia de rastreamento.

2.2.1.6 Frete

Caixeta Filho et al. (2007), afirma que a distância entre a origem e o destino envolvidos são determinantes para o estabelecimento de preços de frete, sendo possível identificar variáveis que se destacam:

a) distância percorrida; b) custos operacionais;

c) possibilidade de carga de retorno; d) carga e descarga;

e) sazonalidade da demanda por transporte; f) especificidade da carga e do veículo utilizado; g) perdas e avarias;

h) vias utilizadas;

i) pedágios e fiscalização; j) prazo de entrega; k) aspectos geográficos.

No Brasil há também um viés que pode elevar o preço do frete, que advém da peculiaridade da prestação de serviços porta a porta do modal rodoviário, sendo fruto do reduzido grau de competitividade intermodal no país. De modo geral, a identificação dos determinantes dos fretes rodoviários é dependente da distância e ajustada por outros fatores. Os valores podem ser influenciados por custos operacionais, por trechos muito movimentados que apresentam valores inferiores àqueles pouco utilizados, pelo aumento de praças de pedágio e postos de fiscalização, pelas regras implementadas pelo novo Código de Trânsito Brasileiro, pela entrega do produto que ocorre antes ou depois da data programada, e pelas condições das vias utilizadas.

CONCLUSÃO

A logística é uma das principais atividades realizadas em uma empresa, pois dela depende todo processo desde a armazenagem até a distribuição dos materiais. O transporte de mercadorias é uma importante função logística e através dele o produto chega até o cliente, na hora certa, no local certo, na quantidade certa e na qualidade requerida.

Existem fatores que podem influenciar no transporte, envolvendo principalmente os custos obtidos ao movimentar mercadorias. Dentre eles pode-se destacar os pedágios, as condições das rodovias e os fretes a serem cobrados.

Diante das informações utilizadas para o desenvolvimento do artigo, conclui-se que o transporte é fundamental para a realização do processo logístico e deve ser planejado e controlado de forma que os veículos possam percorrer rotas

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adequadas e possa estar adequado a todos os fatores que venham a influenciar a entrega das mercadorias.

REFERÊNCIAS

ABC DO AMBIENTE.Disponível em

http://www.abcdoambiente.com/index.php?option=com

content&task=view&id=255&Itemid=344.Acesso em: 27/05/2011.

ALVARENGA, A. C.;NOVAES, A.G.N.Logística aplicada: suprimentos e distribuição física. 3. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2000.

ANTT (Agencia Nacional de Transportes Terrestres).Disponível em:

http://www.antt.gov.br/legislacao/Regulacao/suref/Dec-lei791-69.pdf. Acesso em:

20/05/2011.

ANTT(Agencia Nacional de Transportes Terrestres). Vale pedágio obrigatório. Disponível em: http://www.antt.gov.br/carga/pedagio/valepedagioobrigatorio.asp. Acesso em: 28/05/2011

ARANTES, A.O papel da logística na organização empresarial e na

economia.Portugal, 2005.

BERTAGLIA, P.R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2003.

CAIXETA FILHO, J.V. et al. Gestão Logística do Transporte de Cargas. São Paulo: Atlas, 2007.

CHOPRA, S. Gerenciamento da cadeia de suprimentos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003.

DER (Departamento de Estradas de Rodagem).Disponível em: http://www.der.sp.gov.br/servicos/informacoespedagio.aspx.Acesso em: 20/05/2011

DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Presidente Lula

destaca qualidade das rodovias federais brasileiras. Disponível em:

http://www.dnit.gov.br/noticias/presidente-lula-destaca-qualidade-das-rodovias-federais-brasileiras/?searchterm=presidentelula.Acesso em: 20/05/2011

MAISGASOLINA. Disponível em: http://www.maisgasolina.com/estatísticas. Acesso

em: 27/05/2011

REVISTA O CARRETEIRO. Controle à distância. Disponível em:

http://www.revistaocarreteiro.com.br/modules/revista.php?recid=912&edid=79.

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VENDRAME, F. C. Apostila Logística de Transporte. São Paulo: Unisalesiano, 2011.

VIEIRA, R. P. Famílias gastam com transporte o que gastam com a

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