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Programa EcoCafés. Novembro de 07

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Programa EcoCafés

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1. Equipa

Francisco Ferreira (Supervisão) Ana Rita Antunes (coordenação) Sara Ramos

(Eng. do Ambiente) Patrícia Sá Santos

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Índice

1. Equipa 2 Índic e 3 2. Resumo Executivo 4 3. Introdução 6 4. Objectivos 8 5. Metodologia 9

5.1. Fases d e des en vo lvimento 9

5.2. Eq uipame ntos Ut iliz ados 9

5.3. Diag nóstic o 10

6. Implementação 12

6.1. Selecçã o dos Eco Ca f és 12

6.2. Vis itas a os Ec oCaf és 12

6.3. Reco lh a de d ados 12

7. Resultados 15

7.1. Caracter iza ção d os Eco Caf és 15

7.2. Eq uipame ntos e léctr icos e Ilum ina ção 15

7.2.1. Caf é 17

7.2.2. Frio 19

7.2.3. Outros 20

8. Análise de consumos globais 22

8.1. Ele ctric id ade 22

8.2. Gás 23

8.3. Cons umo energ ético g lobal 24

8.4. Ág ua 25

9. Emissões de GEE vs Consumo de Energia 27

10. Avaliação do potencial de poupança 28

11. Recomendações 30

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2. Resumo Executivo

O prog rama EcoCaf és f oi desen vo lvido pela Quercus – Associação Nac ion al da Con ser va ção da Nature za, a Câmara Mun icipa l de Oeir as e a OEINERG E, ag ência de energ ia do mesm o conce lh o .

Este prog rama te ve como object ivo s prin cip ais a a valiaç ão d o poten cial de poup ança no s ector da resta uraçã o , pe la al tera ção de c ompo rtamentos e a promoção da ef iciên cia do con sumo ene rg ético n o se ctor d a restaura ção. Para este projecto, f oram selecciona dos e acompa nhad os 1 0 caf és – os Eco Caf és – do concelho de Oeiras.

A a valia ção do co mportamento e nerg ético do s E coCaf é s f oi ef ectuada através d a med içã o real dos c onsumo s dos eq u ipame ntos, bem como d os háb itos de ut ilizaçã o dos mesmos. Re correu -se também à medição d os n íveis de t emperatu ra e hum id ade dos estabe le cime ntos e aná lise das suas c aracter ística s. Foram ig ualme nt e ef ectuadas as le ituras dos contad ores de e lectric ida de, g ás e ág ua.

O prog rama Eco Caf és, com dur ação d e 6 mese s (Fe vere iro a Ju lh o de 2007), co ns istiu n a caracter iza ção e monitor ização d os cons umos energ ético s , e a va liação d o poten cial de reduç ão d os me smos. Foram ide ntif icad as áreas de a ctuaçã o a n íve l c omportamenta l, q ue p ermit em uma d iminu ição d o s cons umos de energ ia . A a va liaçã o f ina l do prog rama teve por ba se os c o mportamentos ver if ic ados e a a va liaçã o d o potenc ia l d e poup ança. O aco mpanhame nto no t erreno f oi f eito mensa lmente , conseg u ind o -se med ir 18% dos eq uip ame ntos.

Dos da dos rec olhido s e ana lisad os po de af irmar -se q ue o consumo de energ ia est á asso cia do ao tip o de activid ade de sen volvida no

estabe lec iment o.

Verif ico u -se também a existê ncia d e co mportamentos corre ctos, do ponto de vist a de ef iciênc ia energ étic a, nos E coCaf és, tendo -s e identif ica do um potenc ia l de re duç ão de co nsumos , p or alteraç ão de c o mportamentos, inf erior ao e xpect á vel.

Ass im, os Eco Caf és já aplicam as s eg uin tes medid as:

Utilizaçã o pre dominante d e lâmpa das f luores centes compactas, se ndo a s lâmpa das d e ha lo g éneo, ape nas, ut iliza das nos ba lcõ es e e xpos itores em q ue estas já vêm integ rada s;

Apen as um esta b ele cime nto (0 1LV) poss ui lâmpa das inc ande scent es na zo na da sa la, no e n tanto, estas enc on tram -se em menor número e têm uma baixa potên cia (25W );

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Apes ar da ma ioria dos esta be lec imento pos su ir eq uipame ntos d e c limatizaçã o (apar elh os de ar con dicion ado), a utilizaçã o é rea lizad a ape n as q uand o ne cessár io;

A utilizaçã o cont ín ua de eq uipament os f az -se, ape nas, naq ueles em q ue é necess ário, como a s arcas cong elador a s e os f rig oríf icos. A ma ior ia do s eq uip a mentos prese ntes nestes estabe lec iment os é des lig ada dura nte o per íodo em q ue o caf é se encontra f echa do, c omo máq uinas r eg is tadoras, máq uin as d e caf é, entre outros.

No enta nto, ver if ica m-se ain da a e xistê n cia d e alg umas s itua ções de utilizaçã o in ef icie nte de eq uip amentos:

As arcas c ong elador as estarem com g elo , o q ue aumenta cons idera v e lmente o consumo d este eq uipamento;

T er a porta aberta q uand o se está a utilizar o ar cond ic io nad o. Para se pod er rea lizar uma a va liaçã o mais comp let a do consumo de energ ia n este se cto r, e do seu potenc ial d e redu ção, é ne cessár io h a ver mais inf ormação sobre as c aracte r ísticas do s eq uipamentos . A reg ulamentaç ão da sua ef iciênc ia e nerg ética ir ia co ntribu ir para a percepç ão dos cons umos do s eq uipame ntos e da e xistênc ia de a ltern ativas mais ef icientes.

Este estud o id entif ic ou uma consc ie nc ia lizaç ão e le va da par a a prática de comportamentos en erg eticamente ef icie ntes , por p arte dos proprietários dos Ec oCaf és , q ue poderá est ar rela cion ada com do is f actore s:

 o peso d a f actura da electr ic ida de no s eu orçamento, e/ou

 a pró-a ctivid ade da s autor ida des loca is na sens ib ilizaç ão para as q uestões amb ienta is .

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3. Introdução

Portugal tem uma elevada dependência energética exterior. Em 2005 a importação de combustíveis fósseis era cerca de 87,2%.

Em relação à produção de energia eléctrica, a produzida através de fontes renováveis é maioritariamente hídrica, havendo por isso uma elevada dependência do nível de pluviosidade1.

Em Portugal, entre 2000/2005 o consumo de energia final sofreu um aumento de 12,0%, tendo o consumo de electricidade neste período sofrido um aumento de 19,2% (MEI, 2008). O consumo de electricidade tem crescido aproximadamente 5,7% ao ano (média de três anos do crescimento do consumo anual, 2002-2005).2 Em 2007,este crescimento foi de 2,8%.

O sector dos serviços é já responsável por 13% da energia final consumida, ficando em quarto lugar, logo atrás do sector doméstico (Figura 1).

28,4% 35,4% 16,5% 13,4% 6,3% Industria Transportes Doméstico Serviço Outros

F i g u r a 1 – Peso do con sumo dos p rincipa is se ctores d e acti vi dade ec onómica r e l a t i v a m e n t e a o c o n s u m o f i n a l d e e n e r g i a ( D G E G , 2 0 0 5 )

O consumo energético do sector da restauração, hotelaria e similares, entre os anos de 2000 e 2005, cresceu na ordem dos 9 %. Nesta análise temos de ter em consideração a elevada heterogeneidade das actividades deste sector que resulta numa procura de energia muito diversificada nos vários edifícios, consoante se trate de um pequeno comércio ou de um hotel (Figura 2)3. No ano de 2005, este sector foi responsável por um consumo de 4,7% do total de energia produzida4.

1 C a r a c t e r i z a ç ã o E n e r g é t i c a N a c i o n a l , D i r e c ç ã o G e r a l d e E n e r g i a e G e o l o g i a ( D G E G ) - w w w . d g g e . p t 2 R e d e E l é c t r i c a N a c i o n a l , 2 0 0 6 . D a d o s T é c n i c o s – w w w . r e n . p t e 3 E f i c i ê n c i a E n e r g é t i c a n o s E d i f í c i o s , D G E ( a c t u a l D G E G ) , F e v e r e i r o d e 2 0 0 2 4 D G E G - w w w . d g g e . p t

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F i g u r a 2 - C o n s u m o s e s p e c í f i c o s d e e n e r g i a p o r t i p o d e e d i f í c i o d e s e r v i ç o s ( D G E , 1 9 9 4 )

Atend end o ao el e vado aument o de consumos no se ctor serviços , a Quercus em parc eria com a Câmara Municipa l d e Oe iras e a OEI NE RGE criaram o prog rama Eco Caf és.

O projecto Ec oCaf és é um proje cto p ion eiro ond e se preten de co nhec er e ava liar se há pot enc ia l de po upa nç a en erg ética pe la alter ação de comportamentos nos caf és.

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4. Objectivos

O prog rama EcoCaf és f oi def inido c om os seg uintes o bjectivo s princ ip ais: - Ava liar o pote ncial de poupa nça no s e ctor de hotelaria pe la alteraç ão de comportamentos ;

- Promo ver a ef iciên cia d o cons umo en erg ético no se ctor da r estauraç ão. Para co nhec er o pot enc ia l de po upa nça destes e st abe lec ime ntos f oi necess ário, em prim eiro lug ar, conh ecer os cons umos en erg éticos e caracter izá - los. Por isto, outro dos o bject ivos f oi o d a caracte rizaç ão dos consumos energ étic os. No ent anto, nã o é pretens ão dest e pr og rama caracter izar os co ns umos de e n erg ia do sector de resta uraçã o.

Este prog rama ino v ador co ntou a co la b oração vo luntár ia d e 10 c af és, no conce lh o de Oe iras.

Ating ir uma red ução de consumos p ela ef iciên cia energ étic a , através do acons elhamento de alteraç ões de c omp ortamento d os co la b or adores sem interf erir , na me did a do poss íve l, com o f uncio namento d os estabe lec iment os f oi a meto do log ia ad op tada. A pro cura de eq uipame ntos mais ef icie ntes do ponto de vista e nerg ético f e z tamb ém parte dos objectivos de ste est udo .

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5. Metodologia

O prog rama Eco Caf és d esen vo lveu -s e entre F e vere iro e J ulh o d e 2 007, realiza ndo -s e uma visita mens al a c ada e stabe lec imento .

5.1. Fases de desenvolvimento

- Selec ções d os caf és – seleccionaram-se os estabelecimentos de acordo com a loc alização d o s mesmos.

- Fase de d iag nóst ico – caracterização e monitorização dos consumos energ ético s e a va lia ção do p otenc ia l de reduçã o dos mesmo s .

A f ase de diag nóstico cons istiu na car acterização d os caf és , em q ue se f ez:

 ava liação d e cons u mos electr ic ida de, g ás e ág ua , pela a nális e dos dados dos res pect ivos conta dores;

 mediç ão de eq u ipam entos e léctr icos , ut iliza ndo ap are lho s de mediçã o espec íf icos ;

 mediç ão de temp er atura e hum ida de , através de um eq u ipame nto espec íf ico ;

 ava liação d a tensã o q ue passa a n ível dos d if erentes disjuntor es, utilizand o pinças amperim étr icas .

5.2. Equipamentos Utilizados

No Prog rama Ec o Caf és f oram utilizado s a pare lhos p ara a med içã o de consumos eléctric os e reg isto de va lor es de temperatura e hu midad e, dentro de c ada e sta belec imento . A seg u ir descre vem -se o s a pare lhos utilizado s.

Energ y Ch eck (F ig u ra 3) – Permite a leitura de consumos eléctricos em

cada tomad a, para u m ou mais ap arelhos ; capac ida de de le itu ra e reg isto até 99 d ias, com arm azenag em de d ados.

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F i g u r a 3 – Ene rgy Chec k utiliz ado na mediçã o e regist o de co nsumo de energi a e l é c t r i c a d e e q u i p a m e n t o s

Pinça s amperimétri cas (multimétricas) (Fig ura 4) – Permitem medir da tensão em ca da d isj unto r, atra vés d e um disp os itivo q ue a bra ça o

condut or.

F i g u r a 4 – P inça Amper imétrica (mult imét rica) utiliz ada na medição

5.3. Diagnóstico

No dec orrer das vis itas, de per iodicidade me nsa l , realizou - se a caracter izaç ão e mo nitor izaç ã o dos con sumos e nerg ético s dos Eco Caf és. Para esta a va liaç ão recorreu -se a eq uipa mentos d e med iç ão, bem como ao preenc hime nto d e u ma check- list q ue in clu ía os eq u ipame nt os e xistent es e o tempo apro ximad o de utilizaç ão. Ef ect uaram -se, também, as le ituras do s contad ores de e lectric ida de, g ás e ág ua.

Medição de c ons umo de equi pame ntos. Atra vés d e apare lho s de mediç ão de co nsum os elé ctric os – Energy Check – realizaram-se medições no ma ior n úmer o pos s íve l de eq uip amentos existe ntes nos estabe lec iment os.

Medi ção d a corr ent e eléctrica . Utilizaç ão de pinças amper imétric as q ue permitem med ir a co rrente q ue passa n o f io condutor.

Regist o dos con s umos glob ais de energia. Os con sumos g lob ais monitor izaram -se através das le ituras dos cont adore s e d a aná lise da s f act uras de e lectr ic ida de e g ás. Reg is taram -se, também as leit uras d e consumo de ág ua, por terem imp licaçã o d irecta no con su mo de energ ia, pela nec ess ida de de aq uecimento.

Le va ntamento dos hábitos d e con su mo. Através de um q uestionár io desen vo lvido p ara c arac terizaçã o dos h ábito s de co nsumo f oi solicit ado aos res pon sá ve is p elo s Ec oCaf és q ue ide ntif icass em q ual o per ío do d e utilizaçã o de c ada e q uipamento cons umidor de e nerg ia, b em como tempos

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de ut ilização e ide ntif icaçã o de perman ê ncia ou não dos eq u ipame ntos em stand-b y.

Os le va ntamentos e medições descr it os f oram ef ectuados atra vés das vis itas dos técn ico s, a c ada Ec o Caf é. Na T abe la 1 resume-se o delin eamento pre vist o para as vis itas a os EcoCaf és.

T a b e l a 1 – Delineame nt o pre vis to pa ra a mon it oriz ação do s consumo s energé ticos e m c a d a E c o C a f é Monitorização Forma de Monitorização Periodicidade Número de aparelhos previsto Consumos globais de

electricidade, gás e água Leitura de contadores Mensal -

Consumos dos equipamentos eléctricos e consumos em Stand-by

Energy checks 1 Equipamento/mês 1/Estabelecimento

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6. Implementação

6.1. Selecção dos EcoCafés

A rea lizaçã o d este projecto te ve como parce iros a Câmar a Mun ic ip al de Oeiras e a Ag ênc ia Mun ic ip al de Energ ia de Oeiras (OEINE RGE). Por este motivo, os estab ele cime ntos se lecc ion ados e nco ntram -se, na sua totalida de, neste c on celho.

Os caf és f oram sele cciona dos d e a cordo com a s ua loca lizaç ão e pro xim ida de entre eles.

Após s elecçã o a am ostra f icou const itu ída por 4 caf és em Linda -a-V elha, 4 em Alg és e 2 em Mir af lores.

6.2. Visitas aos EcoCafés

No per ío do d o estud o, Fe vere iro a Ju lho de 200 7, rea lizara m -se 7 vis itas aos Eco Caf és . No decorrer d as vis itas , rea lizou-se a mon itorizaçã o d os consumos de en erg ia dos esta be lec imen tos, como descr ito n a T abela 2.

T a b e l a 2 – Carac teriz aç ão do tip o de mo nito riz ação re aliz ad o em cada vis ita.

Data Forma de monitorização

Leitura de contadores Consumos dos equipamentos Hábitos de consumo

09-02-2007 X 16-02-2007 X X 23-03-2007 X X X 30-04-2007 X X X 10-05-2007 X X X 19-06-2007 X X X 31-07-2007 X X X

6.3. Recolha de dados

Com o descr ito no ca p ítu lo 5, a rec o lha d e da dos ef ectuou -se com o a u xílio de eq uipamento s de mediç ão E nergy Check , T ermohig róme tros e p inça s amperimétr icas, e t ambém pe lo reg isto dos co ntador es de electr ic ida de, g ás e ág ua.

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O número de eq uip amentos med id os n este project o f oi muito inf erior ao espera do (F ig ura 5) , tendo-se c onseg u ido med ir 18% do s eq uipame ntos . Este f acto de ve -se princ ip alme nte a co ndicionant es d e ord em técn ica: a potênc ia má xima q u e os En ergy Ch eck permitem med ir é 3 000W , e pela maior ia d os eq uipam entos est arem lig ad os ao s istema eléctr ico ou lig ad os em tomadas de dif íc il ac esso . Ass im, f ico u de f ora a pos sibilidade de me dir vár io s eq uipame nto s espec íf icos de ste sector de activ ida de, como máq uinas d e caf é, f ornos, tostadeira s e torrade iras ind ustria is. Este s eq uipame ntos sã o o s q ue têm maior c on tributo para o cons u mo de en erg ia dos Ec oCaf és.

Em cas os mu ito p ontua is os r espo n sá ve is dos caf és selecc ion ados dif icu ltaram o ace s so ao s eq u ipame nto s. E mbora os caf és partic ip antes f ossem todos vo lun tários e esta situ a ção te nha oc orrid o em p eq ueno número, dif icu ltaram em alg umas situ açõ es o traba lho.

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 C a fé C lim a ti za ç ã o C o zi n h a E n tr e te n im e n to F ri o M á q u in a s d e la v a r O u tr o s N º d e e q u ip a m e n to s Categoria Equipamentos Existentes Equipamentos Medidos

F i g u r a 5 – Núm ero de e quipamentos existen te s vs medidos

Para co lmatar a impossibilida de d e mediç ão do s eq uip amentos com potênc ia s uper ior a 3000W , realizar am -se med içõe s com pinç as amperimétr icas para obter o co nsumo instantân eo destes eq uipame ntos . No enta nto, e sta a va liaçã o re ve lou -s e im poss íve l por vário s motivos:

 Cond utores (c a bo o u f io) de dif ícil ac esso ;  Disju ntores ma l iden tif icados;

 Disju ntores n ão iden tif icados.

Outra dif iculdad e en contrada f oi a ba ixa f iabilid ade d os va lo res, dado q ue as med içõ es f oram rea lizad as n u m p er ío do de tempo r edu zido , nã o correspo nde ndo a o perf i l norma l de co n sumo.

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7. Resultados

7.1. Caracterização dos EcoCafés

A maioria dos Ec oCaf és ser ve r ef eições c onf eccio nad a s no pró prio estabe lec iment o ( T a bela 3). De not ar q ue um dos Ec oCaf és tem f abrico próprio de p as te laria (02LV) .

T a b e l a 3 – Carac teriz aç ão dos Eco Cafés EcoCafé Área total (m2) Número de lugares sentados Restauração/Bebidas/ Misto Confecção de refeições/Fabrico de Pastelaria

01LV 60 32 Misto Confecção de refeições

02LV 160 30 Misto

Confecção de refeições/Fabrico de Pastelaria

03LV 150 58 Misto Confecção de refeições

04LV 100 38 Misto Confecção de refeições

05ª 60 16 Misto Confecção de refeições

06ª 50 22 Bebidas -

07ª 25 12 Bebidas -

08ª 110 41 Misto Refeições confeccionadas noutro local

9M 32 12 Misto Refeições confeccionadas noutro local

10M 60 22 Misto Confecção de refeições

7.2. Equipamentos eléctricos e Iluminação

Como ref erid o no ca p í tu lo da meto do log ia , realizou -se uma c aracterizaçã o dos eq uipamento s existe ntes n os vár ios estab elec imento s, tendo s ido ide ntif icad os 42 eq uipame ntos dif erente s. Como era de es perar, e xistem eq uipame ntos comu ns a todo s os caf és, como a máq uin a e moin ho d e caf é, e os ba lcõe s f rig oríf icos , entre o utros. A ma ioria d os e stabe lec imentos possu i ap are lho s de ar con diciona d o (70%) , arcas d e g elado s e cong ela doras (7 0%), f orno (80%) e microondas (9 0%) (Fig ura 6).

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0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 A p a re lh o d e a r c o n d ic io n a d o A p a re lh a g e m A rc a c o n g e la d o ra A rc a d e g e la d o s B a la n ç a C o m p re s s o r d e c e rv e ja F o rn o B a lc ã o f ri g o ri fic o L e ite ir a L iq u id ifi c a d o r M á q u in a d e c a fé M á q u in a d e g e lo M á q u in a d e la v a r lo iç a M á q u in a d e t a b a c o M á q u in a r e g is ta d o ra In s e c to c u to re s M ic ro o n d a s M o in h o d e c a fé T o rr a d e ir a T o s ta d e ir a T e le v is ã o Equipamento Pe rc e n ta g e m

F i g u r a 6 – Taxa de pre sença dos equ ipament os nos Eco Cafés

Os eq uipamento s id entif icad os f oram agrupado s nas s eg uint es categ oria s: Caf é, Climatização, Co zinh a, Entrete nim ento, Fr io, Máq u inas de la var e Outros ( T abela 4).

T a b e l a 4 – Dist ribuiç ão dos equ ipame ntos p or categor ias

Categoria Tipo de equipamento

Café

Máquina de café Torradeira Balança comercial Tostadeira

Leiteira Liquidificador

Fiambreira Máquina de sumos

Microondas Moinho de café

Climatização

Termoventilador Ventoinha Aparelho de ar

condicionado

Cozinha

Panela de sopa Grelhador

Forno Fogão

Exaustor Estufa

Fritadeira Robot cozinha

Entretenimento Televisão Rádio

Aparelhagem de som

Frio

Balcão frigorífico Montra vertical Frigorífico Mesa refrigeradora Arca congeladora Arca de gelados Compressor de cerveja

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lavar

Outros

Máquina registadora Insectocutores Termoacumulador Depurador de água Extractor de fumos Laminador

Secador de mãos Exaustor (WC) Máquina de tabaco

7.2.1. Café

De a cordo com a d ivisã o d os e q u ipame ntos rea liza da, ide ntif icaram -se 1 0 tipos d if erentes d e eq uipame ntos perte ncentes à categ oria Caf é, na q ual se inc luem os ap arelhos esp ec íf ic os dest e sector de a ctivid ad e. ( T abela 5).

T a b e l a 5 - T i p o d e e q u i p a m e n t o s d a c a t e g o ri a C a f é p r e s e n t e s n o s E c o C a f é s

Categoria Tipo de equipamento

Café

Máquina de café Torradeira Balança comercial Tostadeira

Leiteira Liquidificador

Fiambreira Máquina de sumos

Microondas Moinho de café

Dentro d esta categ or ia f oi poss íve l me dir os cons umos dos s e g uintes eq uipame ntos: T orradeir a, T ostadeir a, Moin ho de c af é e Micr oond as. Uma ve z q ue a tosta deir a e a torrade ira t ê m f unções semelha ntes , os resulta do s s ão apr es entado s em conjunto ( Fig ura 7).

0 100 200 300 400 500 600 06A (22ls) -Tostadeira 08A(41ls) -Tostadeira 09M(12ls) - Torradeira 03LV(58ls) -Torradeira EcoCafés C ons um o (k W h/ a no) F i g u r a 7 - C o n s u m o d e t o r r a d e i r a s e t o s t a d e i r a s d o s E c o C a f é s

Pela an ális e da F ig u ra 7 verif ica -s e um a g rande discrep ânc ia no co nsumo das tostade iras n os dif erentes caf és . Este f acto justif icar -se- á pela g rande dif erença d e potê nc ias dos eq u ipame nto s em causa (c erca d e 100 0W ) , mas também pelo maior volume d e con sumido res , como é o caso d o caf é 08A.

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Re lat ivamente às tor rade iras, a s ituaç ão é seme lh ante po is t ambém e xiste alg uma d if erença de potênc ia e ntre dos eq uipame ntos (cerc a de 350 W ) de vo lume de co nsumid ores (caf é 03LV).

Os moinhos de caf é estão pres entes em t odos os c af és e é uma peça essenc ia l n o s mesmos. Neste c aso f oi s ó poss íve l rea lizar a mediçã o em 4 moinh os de c af é ( Fig ura 8).

0 10 20 30 40 50 60 70 80 10M(22ls) 02LV(30ls) 04LV(38ls) 08A(41ls) EcoCafé C ons um o (k W h/ a no) 0 100 200 300 400 500 P ot ê nc ia ( W ) Consumo (kWh/ano) Potência (W)

F i g u r a 8 – Consumo dos moinhos de café dos EcoCafés

O baixo cons umo do moinh o do Eco C af é 02LV ju stif ica -se po r se tratar de um moinh o de dic a do ao c af é desca f einado, se ndo por isso me nos utilizado .

O moinh o do Ec oCaf é 04L V tem uma potê nc ia muito e le vada comparat ivamente a os restantes c af és (q uase o dobr o) .

No cas o dos caf és 08A e 10 M, ap esa r de os moin hos te rem potênc ias idê ntic as, os c af és têm um número de lu g ares sentad os muit o d íspare s : o caf é 08A tem o dobr o do número de lug ares do 10 M.

Um das q ueixas mais f req uentes dos c lie ntes diz r espe ito a o ru íd o deste tipo d e eq uip amento. Inf elizmente o ru íd o não f az p arte d a an álise d este estudo, mas es pera mos q ue f uturamente os f abricante s também tomem em atençã o a este f actor.

(19)

0 500 1000 1500 2000 2500 0 9 M( 1 2 ls) 0 5 A(1 6 ls) 0 6 A(2 2 ls) 1 0 M( 2 2 ls) 0 8 A(4 1 ls) 0 3 L V(5 8 ls) EcoCafés C o n s u m o (k W h /a n o )

F i g u r a 9 – Consumo dos microondas dos EcoCaf és

Apes ar das p otênc ia s dos vár ios eq u ipa mentos serem seme lhantes, é notório o e le va do co nsumo de e nerg ia p o r parte dos micro ond as do estabe lec iment o 05 A e 08A. Just if ica -se estes con sumos e le vados p ela ele vada utilizaçã o d estes eq uipamento s nestes caf és. O microond as do 03LV tem a p otênc ia superior, no enta nto é utilizado p or um p er ío do mais curto.

7.2.2. Frio

Esta categ oria é con stitu ída p or todos o s eq uipament os q ue têm a f unciona lida de de re f rescar ou cong elar. Foram id entif ica dos 7 t ipos dif erentes de eq u ipa mentos nos Eco Caf és ( T abela 6).

T a b e l a 6 - T i p o d e e q u i p a m e n t o s d a c a t e g o r i a F r i o p r e s e n t e s n o s E c o C a f é s Categoria Tipo de equipamento

Frio

Balcão frigorífico Montra vertical Frigorífico Mesa refrigeradora Arca de gelados Arca congeladora Compressor de

cerveja

Dentro d esta categ or ia, f oi poss íve l a na lisar cin co arcas de g ela dos (Fig ura 10).

(20)

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 0 9 M (1 2 ls ) 1 0 M (2 2 ls ) 0 4 L V (3 8 ls ) 0 8 A (4 1 ls ) 0 3 L V (5 8 ls ) EcoCafés C o n s u m o (k W h /a n o )

F i g u r a 1 0 – Consumo das arcas de gelados dos EcoCaf és

A arca do estabe le cimento 08A aprese nt a um consumo mu ito superior aos restantes, 61 05 kW h/ano (média dos re stantes é de 150 4 kW h/ano). Este f acto é justif icado po r esta arca ser um mode lo em q ue a zon a de abert ura é menos iso lante, o q ue le va a ma iore s trocas térmic as com o e xterior. As restantes d if erenças de cons umos das re stantes arca s será d evido ao maior númer o de ab erturas da arc a.

7.2.3. Outros

T a b e l a 7 - T i p o d e e q u i p a m e n t o s d a c a t e g o r i a F r i o p r e s e n t e s n o s E c o C a f é s

Categoria Tipo de equipamento

Outros

Máquina registadora Insectocutores Termoacumulador Depurador de água Extractor de fumos Laminador

Secador de mãos Exaustor (WC) Máquina de tabaco

Ana lisou -s e, ainda, os cons umos de três máq uinas de ta baco , q ue se encontram metad e d os estab elecime ntos ( Fig ura 11)

(21)

0 50 100 150 200 10M(22ls) 08A(41ls) 03LV(58ls) EcoCafés C o n s u m o ( k W h /a n o )

F i g u r a 1 1 – Consumos das máquinas de t abaco dos EcoCaf és.

Das três máq uin as d e tabaco me didas, a q ue se enc ontra no Eco Caf é 03LV é a q ue aprese nta menor con sumo , sen d o tamb ém a q ue apresenta o

menor tempo de ut iliza ção , d ado q ue o p ropriet ário a des lig a à noit e. A máq uina q ue apre se nta um consumo ma is ele vado (1 0 M) tem uma potênc ia cons idera ve lmente s uper ior ás resta ntes (1400 W para 30 W ), o q ue se de verá a o f acto de ter um maior número de can ais (p ara esc o lha d o taba co a comprar) , imp lic a n do um cons umo sup erior d e energ ia .

(22)

8. Análise de consumos globais

Ana lisaram -se os consumos g lo ba is de electric id ade, g ás e ág ua, realiza ndo le ituras d e contad ores.

8.1. Electricidade

Foram reg istad as as le ituras d os co ntad ores de electric id ad e em todos o s Eco Caf és. Na F ig ura 12 apres enta -se os va lor es méd ios d os consumos de ele ctric ida de no s Ec oCaf és.

0 2000 4000 6000 8000 10000 0 7 A(1 2 ls) 0 9 M(1 2 ls) 0 5 A(1 6 ls) 0 6 A(2 2 ls) 1 0 M(2 2 ls) 0 2 L V(3 0 ls) 0 1 L V(3 2 ls) 0 4 L V(3 8 ls) 0 8 A(4 1 ls) 0 3 L V(5 8 ls) EcoCafés C ons um o (k W h/ m ê s )

Consumo (kWh/mês) Consumo da fabrica (kWh/mês) Média (kWh/mês)

F i g u r a 1 2 - C o n s u m o m é d i o d e e l e c t r i c i d a d e ( k W h / m ê s ) n o E c o C a f é s

O EcoCaf é 02LV a pr esenta o co nsumo to tal de e lectr ic idad e mais e le va do, por ter f abrico próp rio de paste lar ia. O s con sumos de e le ctricidad e d a f ábrica de p aste lar ia e de caf é são med id os por co ntador es in depe nde ntes, ver if ican do -se q ue o maior co nsumo é p ara o f abrico de p as telar ia. P ara o cálc ulo do cons umo de e lectr icidad e, ut ilizaram -se ap ena s os va lores da parte do c af é, de f orma a comparar c o m a actividade dos re stantes caf és. Cons id eran do ap ena s o cons umo da ár e a de caf é verif ica -s e q ue este tem um consumo inf erior à média.

O consumo méd io de e lectricidad e do s Eco Caf és é, ass im, de 30 48 kW h/mês, varia ndo e ntre 710 e 6 120 kW h/mês .

De a cordo com a Fig ura 12, o con sumo de e lectr icid ade não está relac io nad o com o número d e lug ares sentad os . Ver if ica - se, sim, uma relaç ão com o tipo d e activid ade d ese n volvid a no esta be lec imento:

(23)

 Os Eco Caf és q ue aprese nta m ma iores cons umos de elec tricidad e (04LV, 05A, 08 A e 1 0 M) s ão o s q ue tam bém utilizam de f orma mais f req uente o f orno ;

 Os consumos do s re stantes esta be lec im entos enc ontram -se aba ixo d a média. No enta nto, podemos ag rupar os estab elecim entos d e acor do com o tip o de activid ade e cons umo. Ass im, verif ica -se q ue os Eco Caf és 01L V e 03LV q ue c onf eccionam ref eiçõ es apr esentam consumos um po u co mais e le vados. O estabe lec iment o 06 A aprese nta um valor pró ximo de stes, mesmo não conf ec cio nand o ref eições, mas tem a ssoc iada uma merce aria;

 Os Eco Caf és , 07 A e 09 M, apres entam os cons umos ma is ba ixos, sendo q ue o pr imeir o nã o ser ve ref eiç õ es e o s eg undo , ap esar d e f ornecer este ser viç o, as ref eições sã o c onf eccion ada s noutr o loc al.

8.2. Gás

Apen as 1/3 dos Ec oCaf és utilizam g ás. À semelha nça dos consumos de ele ctric ida de , o esta belec imento q ue apr esenta ma ior con su mo de g ás é o 02LV, por ter a ssoc iad a uma f ábric a d e paste lar ia ( F ig ura 13). Por este motivo, o va lor de c onsumo d este caf é não f oi utiliza do p ara o cá lcu lo d a média d e con sumo d este tip o de en erg ia.

0 20 40 60 80 100 120 140 02LV(30ls) 04LV(38ls) 03LV(58ls) EcoCafé C ons um o (m 3 G N ( n ) / m ê s ) F i g u r a 1 3 - C o n s u m o m é d i o d e g á s ( m 3 G N ( n ) / m ê s ) n o E c o C a f é s

Numa c omparaç ão entre os cons umos dos rest antes est abe lec imentos, ver if ica -se q ue o E c o Caf é 03LV apres en ta consumos um p ou co super iore s.

(24)

Pode-s e justif icar e ste va lor da do o n úmero mais ele va d o de lug ares sentad os d este esta belec imento, o q ue pode resu ltar a um número ma is ele vado de ref eiçõ es servid as.

8.3. Consumo energético global

O consumo g lo ba l d e energ ia (g ás e e le ctricidad e) f oi ca lcu lado em J ou les, unidad e q ue se utiliza p ara ag reg ar va lores de en erg ia e lé ctrica (kW h) e g ás (m3 (n) GN) ( Fig ura 14). 0 5 10 15 20 25 30 35 0 7 A (1 2 ls ) 0 9 M (1 2 ls ) 0 5 A (1 6 ls ) 0 6 A (2 2 ls ) 1 0 M (2 2 ls ) 0 2 L V (3 0 ls ) 0 1 L V (3 2 ls ) 0 4 L V (3 8 ls ) 0 8 A (4 1 ls ) 0 3 L V (5 8 ls ) EcoCafés C ons um o tot a l (G J /m ê s ) F i g u r a 1 4 - C o n s u m o g l o b a l d e e n e r g i a d o s E c o C a f é s

Verif ica -s e q ue o co nsumo g lo ba l d e e ne rg ia tem a mesma te ndênc ia q ue o consumo d e electric idade, isto é varia de acordo com a actividade d o caf é, não s end o , p ortanto , sig nif icat ivo o cont ributo do con sumo de g ás p ara o consumo g lo ba l de e nerg ia. Este f acto pode justif icar -se pe lo baixo número de eq uip amentos q u e utilizam este tipo d e energ ia.

Ass im, tal como se justif icou no cap ítu lo E lectr ic ida de , verif ica -se q ue o consumo de e nerg ia está relac i o nad o com o tipo de activid ade do estabe lec iment o. As sim, o Ec oCaf é q ue aprese nta um con su mo g loba l mais ele vado é o q ue tem f abrico própr io de p astelaria (02L V). Da do à e le va da discr epân cia q ue existe n o c onsum o de ste c af é rela tivamente a os restantes, não se co nsiderou o va lor d o consumo de ste p ara o c álc ulo d a média.

Os EcoCaf és q ue aprese ntam um consumo super ior à média têm uma utilizaçã o do f orno intens iva (04 LV, 05 A, 08A e 10 M).

Dos restant es q ue se enco ntram aba ixo da média de con sumo, 01LV e 03LV, t êm con sum os um p ouco mais ele vad os p orq ue conf eccio nam ref eições. O Eco Caf é 06A, a pes ar de n ão conf eccion ar ref eiçõe s, aprese nta um va lor pró ximo destes, p ois tem uma mercearia assoc iad a.

(25)

Por f im, justif ica -s e os b aixos c ons umos dos es ta be lec iment os 0 7A e 0 9 M, por o pr imeiro a pe nas s er ve beb idas e o seg und o p or s ervir r ef eições conf eccio nad as no utro loca l, tal c o mo acontece n o consumo de ele ctric ida de.

8.4. Água

Ana lisaram -se, tamb ém os consumo s de ág ua dos vár ios e sta belec imentos. À semelhan ça do s re sta ntes co nsumos o consumo d e ág ua do EcoCaf é 02LV é o mais e le va do. 0 20 40 60 80 100 120 140 0 7 A(1 2 ls) 0 9 M(1 2 ls) 0 5 A(1 6 ls) 0 6 A(2 2 ls) 1 0 M(2 2 ls) 0 2 L V(3 0 ls) 0 1 L V(3 2 ls) 0 4 L V(3 8 ls) 0 8 A(4 1 ls) 0 3 L V(5 8 ls) EcoCafés C o n s u m o (m 3 /m ê s ) F i g u r a 1 5 - C o n s u m o m é d i o d e á g u a ( m3/ m ê s ) n o s E c o C a f é s

Contrar iament e ao consumo de energ ia o co nsumo de á g ua é muito semelhante e ntre os vár ios Eco Caf és. No ent anto, é poss íve l ag rupar -se o consumo d os estab ele cime ntos d e ac o rdo com a sua t ip olog ia . De sta aná lise re su lta q ue os est abe lec iment os com c onsumo s ma is e le va dos sã o os q ue servem ref eições De ref erir a exc epçã o do estab elecime nto 09 M, q ue apesar de s er vi r ref eições tem uma área inf erior ao s r estantes , e o 01LV c ujos propr iet ário s a prese ntam u m n íve l ele va do de sensibilizaç ão para a rac ion alizaçã o de con sumos .

Rea lizou -s e ainda u ma anális e da relaç ão entre o con sumo de ág ua e o número d e lug ares s entado s (F ig ura 16). Nesta an álise nã o se co nsi dero u o con sumo do Eco Caf é 02L V (com f ábrica de pa stelaria), por ter um consumo b astante m ais e le vado q ue os r estantes. Esta d iscr epânc ia d e ve -se à e xistênc ia de u ma f ábrica d e paste laria .

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R2 = 0,9814 0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 10 20 30 40 50 60 70

Número de lugares sentados

C ons um o (m 3 /m ê s ) F i g u r a 1 6 - C o n s u m o d e á g u a e m f u n ç ã o d o n ú m e r o d e l u g a r e s s e n t a d o s

Esta an álise permit iu -nos af erir q ue há u ma tendênc ia para u m aumento d o cons umo de ág ua q uand o o número de lug ares s entado s, também, é super ior.

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9. Emissões de GEE vs Consumo de Energia

A a va liaçã o das em issões d e g ases com ef eito estuf a (GEE) pode s er realiza da a p artir do s consumos de en er g ia, uma ve z q ue est es parâmetros estão re lac ion ado s.

Rea lizou -s e a an ális e de emis sões de GEE par a os vár ios Ec oCaf és (Fig ura 17), tend o c omo ref erência os va lores d e emissões d e Dió xido d e Carbo no ( CO2), dado q ue este é o g ás q ue mais co ntrib ui p ar a o ef eito de

estuf a.

O cálcu lo d as emis s ões f oi f eito com bas e no f actor de emiss ões de CO2

para a pro duçã o de ele ctric ida de , rea liza dos pe la Querc us, p ara o ano de 2007. E ste va lor f oi obtid o atra vé s dos d ados of ic ia is do mix energ ético para a pro duçã o de e le ctric ida de, resu lt ando n um f actor de emissã o de 4 81 g CO2/kW h. No caso das emissões de g ás natural, ut ilizou -se a f órmula de

cálc ulo do P NA LE. 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 0 7 A(1 2 ls) 0 9 M(1 2 ls) 0 5 A(1 6 ls) 0 6 A(2 2 ls) 1 0 M(2 2 ls) 0 2 L V(3 0 ls) 0 1 L V(3 2 ls) 0 4 L V(3 8 ls) 0 8 A(4 1 ls) 0 3 L V(5 8 ls) EcoCafés E m is s õe s ( k g C O 2 /m ê s )

Emissões relativas ao consumo de gás natural

Emissões relativas ao consumo de electricidade

Média de emissões relativas ao consumo de electricidade

F i g u r a 1 7 - E m i s s õ e s d e d i ó x i d o d e c a r b o n o ( K gC O2/ m ê s ) d o s E c o C a f é s

As emiss ões CO2 relat ivas a o con su mo de electric id ad e dos vár ios

Eco Caf és são em m édia de 1.48 5 k g CO2/mês. No cá lcu lo d este va lor n ão

se co ns idero u as em issõ es re alizadas pe lo estab elecim ento 0 2LV, de vido à ele vada discrep ânc ia q ue e xist e no c on sumo deste c af é relativame nte aos restantes, como ref erido a nteriormente.

Para ter um te rmo de compara ção pod e -se d izer q ue este va lo r correspo nde à e xistênc ia de 1 8 lâmpad as de 60W lig adas 8 horas p or dia durante um a no .

À seme lh ança do ve rif icado no cap ítu lo 8.3 Consumo en erg ético g lob al , o consumo d e g ás nat ural tem um ba ixo c o ntributo nas em issõ e s de CO2.

(28)

.

10. Avaliação do potencial de poupança

Este prog rama tinh a por objectivo a va liar o potenc ia l de poupan ça no consumo en erg ético de e stabe le cime nto s da área da re stau ração . Vários f actores condu ziram a q ue não f osse p oss íve l q uantif icar o potenc ia l de poup ança n estes estabe lec iment os , como in ic ia lmente previsto . Os princ ip ais motivo s f oram:

não f oi poss íve l f azer a caracter izaç ão de g rande parte d os eq uipame ntos, porq ue a potê nc ia é mu ito e le va da p ara o Energy Chec k pod er medir ;

existê nc ia de eq uipa mentos lig ados d irec tamente à corrente, ou com tomadas de dif ícil ac esso;

as marcas d e c af és e g elados q ue f orne cem os eq uipame ntos aos c af és, mas nã o e ntre g am os manu ais , n ã o se ndo poss íve l obt er os da dos técn ico s dos a p arelhos;

a et iq ueta d e ef ic iênc ia energ étic a , nomead amente nos eq uipame ntos d e f rio, só s e ap lica ao s ector domé stic o , se ndo q ue estes eq u ipame nto s têm uma pres ença sig n if icativa nest es estabe lec iment os. P or caf é e xistem , em m édia, 5 eq uip ame ntos d e f rio.

Verif ico u -se tamb ém j á e xist ir em compo rtamentos corre ctos, do ponto de vista de ef iciênc ia energ ética, n os E coCaf és, o q ue co ndu ziu a q ue praticam ente nã o se tenham ident if icado áreas on de actu ar.

Ass im, os Eco Caf és já apli cam as s eg uin tes medid as :

Utilizaçã o pre dominante d e lâmpa das f luores centes compactas, se ndo a s lâmpa das d e ha lo g éneo , ape nas, ut iliza das nos ba lcõ es e e xpos itores em q ue estas já vêm integ rada s;

Apen as um esta b ele cime nto (0 1LV) poss ui lâmpa das inc ande sce nt es na zo na da sa la, no e ntanto, estas enc on tram -se em menor número e têm uma baixa potên cia (25W );

Utilizaçã o pref erenc ial de iluminaç ão nat ural;

Apes ar da ma ioria dos esta be lec imento pos su ir eq uipame ntos d e c limatizaçã o (apar elh os de ar con dicion ado), a utilizaçã o é rea lizad a apen as q uand o ne cessár io;

A utilizaçã o cont í n ua de eq uipament os f az-se, ape nas, naq ueles em q ue é necess ário, como a s arcas cong elador a s e os f rig oríf icos. A ma ior ia do s eq uip a mentos prese ntes nestes estabe lec iment os é des lig ada dur a nte o per íodo em q ue o caf é se encontra f echa do, c omo máq uinas r eg is tadoras, máq uin as d e caf é, entre outros.

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No ent anto, no cap ítulo s eg uinte serão aponta das as recom endaç ões q ue podem tornar a in da os Eco Caf és mais ef ic iente s.

É ne cessár io ha ver mais in f ormação re lat iva aos consumos de eq uipame ntos, bem como reg ulamenta ção d a ef iciênc ia e nerg ética dos mesmos, para ha ve r uma maior co nsc ien cializa ção dos c onsumos dos eq uipame ntos e po s sib ilitar a opçã o por altern ativas mais ef icie ntes.

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11. Recomendações

Verif ico u-se no d ec orrer do projecto q ue os Ec oCaf és já tinham vár ias preocu paçõ es com o seu co nsumo d e energ ia . No enta nto , assin alam -se aq ui mais a lg umas medid as a tomar par a uma maior ef ic iênc ia en erg ética .

Eq uipame ntos d e Frio

 Desc ong elar p eriod icament e as arca s cong ela doras (q uan do estas já t iver em apr oxima damente 5 m m de g elo). De acor do com dados o btidos no proje cto EcoFam ílias5, o desco ng elame nto p erió dic o de ste tip o de eq u ipame nto s permite uma p oup an ça de 23% n o cons u mo do eq uip amento .  Não e ncher demas ia do o f rig oríf ico/ar ca cong ela dora; a cer ca

de ¾ da capa cidad e é poss íve l obt er uma maior ef iciênc ia destes eq u ipame nto s;

 Reg ular a tempera tura de cong elaçã o/r ef rig eração apen as para o má ximo recomend ado pe lo HA CCP6, pois u ma diminu içã o d esta te mper atura a pen as c ontrib ui para um g a sto super ior de e nerg ia;

 Re lativamente à loc alizaç ão do s eq uip a mentos de f rio de ve - se ter em atenção as s e g uintes ind icaç ões:

o Afastar os equipamentos de fontes de calor, como janelas com so l, f ornos, f og ões, esq uentadores ;

o Evitar locais pouco arejados;

o Afastar os equipamentos da parede, cerca de 5cm;

o Manter a grelha limpa e sem obstáculos à circulação de ar.

Iluminaçã o

 Subst itu ir as lâmpa das d e ha log én eo, sempre q ue po ss ív el, por lâmp adas f luor es cente s comp actas co m o me smo f ormato;  Instalar detector es de pres ença e m zon as co m uma ut ilizaç ão

esporá dic a; 5 Pr o j e c t o d a Q u e r c u s d e a va l i a ç ã o d o s c o n s u m o s e n e r g é t ic o s d o s e c t o r d o m é s t ic o , e d e im p l e m e n t a ç ã o d e m e d i d a s c o m v is t a à r e d u ç ã o d e c o n s u m o s . 6 H a za r d An a l ys is C r it i c a l C o n t r o l P o i n t s ( H A C C P) é u m s is t e m a p r e ve n t i v o q u e b u s c a a p r o d u ç ã o d e a l im e n t o s i n ó c u o s . Es t e p r i n c í p i o e s t á s u s t e n t a d o n a a p l ic a ç ã o d e p r i n c í p io s t é c n ic o s e c i e n t í f ic o s n a p r o d u ç ã o e m a n u s e a m e n t o d o s a lim e n t o s d e s d e o c a m p o a t é a m e s a d o c o n s u m i d o r .

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 Manter as lâmpad as e o s b olbos ou pr otectores bem limp os para q ue a energ ia g asta seja apr o ve itad a na tota lidade.

Prepara ção d e ref eiç ões

 Sempre q ue po ss íve l, ma nter a pa n ela tapa da enq uan to co zinha;

 De ve-s e, também ba ixar a ch ama ao m ín imo necess ário;  A chama o u placa e léctrica n ão d e ve ser maior q ue a pan ela;  Para manter o rend imento, de ve ma nter os b icos d e g ás, a s

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12. Conclusões

Este traba lho te ve por objectivo a va liar os consumo s energ ético s e determin ar área s de reduçã o de c ons umos de p eq ueno s est abe lec imentos comerciais da área d a restauraç ão.

Ao long o da rea lizaç ã o deste pr ojecto se ntiram -se d if icu lda d es na med içã o de eq uipamentos, e m g rande parte de vid o à potê nc ia má xima q ue os eq uipame ntos de medição – Energy Checks – permitem obter (3000W ). A existê nc ia de eq u ipamentos lig ad os directam ente à cor rente, ou com tomadas de d if íc il a cesso, sã o f actores q ue também contrib u íram par a um número red u zido de mediç ões de eq u ip amentos. P ara u ltra passar estas dif icu lda des, re aliza ram -se medições n os d isjuntore s, utiliza ndo p inça s amperimétr icas. E sta técn ica também se re ve lou in ef ica z por diversas razões, como: co nd utores (c ab o ou f io) de dif íc il a cess o; disjuntor es mal ide ntif icad os; d isju ntores nã o id entif icados; med içõ es r ealizadas n um insta nte, não c orres pond end o ao perf il n ormal de c onsumo.

A tipo log ia de eq uip amentos, como ser ia de esperar, nã o var ia muit o entre os vários estab elec imentos , t en do s id o ide ntif ica dos 42 eq uipame ntos dif erentes . At end end o à a ctivid ade des e nvo lvida n estes esta belec imento s, há a pare lh os q ue se e ncontram na t otalida de dos caf é s, como por exemp lo, máq uina s de caf és, balc ões f rig or íf icos, moinho s de caf é, entre outros. V erif icou - se, ainda, q ue a ma ior ia dos caf és pos su i a pare lhos de ar cond ic ion ado e arc as cong e lad oras ( 7 0%), f orno (80%) e micro ond as (90%).

Este estu do permit iu verif icar q ue a tip olog ia de estab elec imento (f abrico de pa stelaria as s ociado, re stauraç ã o, beb id as) está dire ctamente relac io nad a com o c onsumo d e energ ia (ele ctric ida de e g ás) .

No q ue d iz re spe ito ao co nsumo d e e lect ricidad e , a su a re laç ão com o t ipo de act ivida de d ese nvo lvida em cad a Eco Caf é, tradu z -se em dif erenç as muito s ig nif icativas, em q ue o consumo varia e ntre 710 e 612 0 kW h/mês. Re lativamente a o co nsumo de g ás, ver if icou -se q ue este nã o apresenta um contrib uto mu ito sig nif icat ivo no cons u mo g loba l de energ ia, dad o q ue a maior ia do s eq uip amentos ut iliza dos n est es caf és são e léctric os.

No c aso da ág ua, apes ar d e nã o h aver d if erenças sig nif icat ivas no consumo dos Eco Caf és, ver if ica -se ig ualmente aq ui uma r ela ção c om a tipo log ia do esta be lec imento , mas tam bém com o númer o de lug ares sentad os.

No dec orrer das vis itas obser varam -se c omport amentos c orrectos do p onto de vist a de co nsumo racion a l de ef iciênc ia energ étic a, como:

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 A e xistê ncia d e lâmp adas inca n desce ntes, em a penas um estabe lec iment o, q ue se enc ontram em baixo número e d e ba ixa potênc ia (2 5W );

 Utilizaçã o pref erenc ial de iluminaç ã o nat ural;

 Utilizaçã o rac ion al de eq uip amentos de ar con diciona do, isto é, apen as q uando é est ritamente n ecess ário ;

 Utilizaçã o em cont inuo de eq u ipame nt os ape nas q uand o se rele va necess ário, como arcas c ong elador as , f rig oríf icos. Os r estantes eq uipame ntos s ão n a maioria de slig ado s q uando o e stabe le cimento f ica sem ocupaç ão.

Embora os comp ortamentos correct os s ejam a maioria, verif icou -se ainda alg uns c omportame ntos q ue po dem s er melh orado s. Po r exemp lo, a maior ia da s arcas c ong ela doras c ontinh a g elo, o q ue imp lic a um g asto de energ ia des nec ess ário, q ue p ode c heg ar a 30% do cons umo do eq uipame nto . Ver if icou -se também, q ue apesar d e ha ver uma utilizaçã o racio na l dos eq uip a mentos de ar c ond ic ion ado, est es são utilizados c om a porta do estabe leciment o aberta, o q ue também imp lic a um maior co nsumo de en erg ia p ara manter a temperat ura interior do es tabelec imento constant e.

Uma área imp ortant e para se pod er realizar uma a va liaç ão mais comp leta do con sumo d e en erg ia neste s ector, e do seu pote ncial de reduçã o, é o consumo dos e lec trodoméstic os ind u stria is. Aq ui, a e xistên cia de inf orm ação so bre as caracter íst ic as deste s eq uip amentos e a reg ulamenta ç ão de uma et iq ueta d e ef iciê ncia e nerg étic a, iria m c ontribu ir para a c onsc ie ncia liza ção do s c onsumo s e a perce pção d a e xistênc ia d e altern ativas mais ef icie ntes.

Este proje cto pro c urou d ar uma primeira p ercep ção d o pote ncial de ef iciên cia en erg ética no s ector da re stau ração, te ndo -s e ver if icado e xist ir uma da e le vad a con scie nc ia lizaçã o com portamenta l do s pro prietár ios dos Eco Caf és nesta área , q ue não se ante via ser tão e xpres siva. Esta sit uaçã o poderá de ver -se ao peso da f actura d a ele ctric ida de no orç amento, e/o u à pró-actividad e d as a utorid ades loca is na sens ib ilizaçã o para as q uest ões ambie ntais . Só um e studo a larg ado a ou tras zonas do p a ís poderá in dicar q ual dos f actor es est ará na or ig em desta realid ade .

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