• Nenhum resultado encontrado

INCÊNDIO NA TRIBO KAMAYURÁ

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "INCÊNDIO NA TRIBO KAMAYURÁ"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

Edição 17 Março/Abril 2012 DE IN A C D Ê A N G D I I R O B APOIO/ PARCERIAS:

No dia 09 de março, a Aldeia Mawutsini, localizada no alto Xingu, sofreu grandes perdas devido ao incêndio provocado durante uma brincadeira de um menino de cinco anos com o isqueiro e a palha seca de uma das ocas. Com o vento forte, a palha seca em chama atingiu outras ocas próximas, como a do cacique Kotok Kamayurá e do pajé Takumã Kamayurá. “Queimou casa do cacique Kotok, Mapyta, Trauin e Takumã. Queimou mãe de Chico no braço direito dela. Eu fiquei muito triste hoje quando vi casa queimando”, disse Kurezinho Aweti ao Frente de Ação Pró-Xingu.

Os resultados deste acidente foram cinco casas queimadas, três pessoas com queimaduras nos braços e a perda total de tudo que estava dentro das ocas, como roupas, redes, comida e ferramentas de trabalho. Cerca de 150 pessoas ficaram desabrigadas e sem os seus pertences. As vítimas foram atendidas no posto de saúde do Posto Leonardo.

Tal incidente mobilizou a equipe da AT e seus parceiros, que tentaram, de alguma forma, ajudar neste momento difícil e na reconstrução de parte da aldeia. Através da Brigada de Incêndio, os índios receberam doações, como alimentos, utensílios domésticos, remédios e outras necessidades de primeira ordem.

Além disso, foi desenvolvido o trabalho de retirada de madeira nas matas da aldeia Kamayurá, com o auxílio dos próprios índios e de um trator, para reerguer algumas casas que foram destruídas. A Aliança da Terra agradece a colaboração de todos que doaram e ajudaram a dar esperança e assistência à Tribo Kamayurá.

Doações (14/03 a 16/04) Valor Total: R$ 7.649,00 Prestação de Gastos Supermercado e diversos R$ 3.650,00 Redes e Cobertores R$ 2.908,00 Material de Campo R$ 1.823,00

(2)

Visita em parceria

Fundada em março de 2011, através da união de produtores rurais membros do Cadastro de Compromisso Socioambiental (CCS), desenvolvido pela Oscip Aliança da Terra (AT), a Cooperativa Biobrasil completa um ano de existência, colhendo resultados positivos, além de muito aprendizado junto aos seus cooperados.

Formada inicialmente por 20 associados, a Biobrasil foi criada como suporte para pequenos e médios produtores que buscam maior rentabilidade em suas atividades, ajudando-os a investir em melhorias socioambientais. Aliás, melhorias estas que representam a base do projeto CCS da AT, um sistema de obtenção de dados e gerenciamento de informações socioambientais de propriedades rurais, a fim de desenvolver e implantar uma gestão sustentável nestas áreas cadastradas.

Segundo o Diretor Comercial da Cooperativa, Carlos Alberto Simplicio, o compromisso socioambiental pelo qual a Biobrasil fincou seu alicerce representa ainda uma novidade para o mercado vigente, porém, de reconhecida inovação dos produtores inseridos neste projeto. “O mercado tem visto com bons olhos a iniciativa e em médio prazo, mais ou menos daqui dois anos, este reconhecimento irá repercutir em remuneração ao produtor”, esclarece.

Atualmente, a Biobrasil conta com 25 propriedades cooperadas, cobrindo uma área de 25 mil hectares – sendo destes 4 mil hectares irrigados, e agregando a produção de um mix de culturas, tais como soja, milho, sorgo, trigo, feijão, arroz, algodão, café, hortifruti e pecuária. O primeiro ano de atividade, de acordo com Simplicio, foi de organização e sincronização das compras de insumos dos produtores junto ao período mais propício de obtenção destes bens, além de atuar na atualização do CCS junto à Aliança da Terra.

Superadas, de pouco a pouco, as dificuldades neste período de um ano, principalmente em relação à padronização dos produtos e do uso destes, a Cooperativa busca, para 2012, organizar a parte de venda, analisando com estes produtores os possíveis gargalos da produção, bem como aumentar significativamente a área de atuação para 60 mil hectares em Goiás, 30 mil em Mato Grosso e 15 mil hectares em Minas Gerais.

Uma história de um ano de sucesso, escrita com um toque de inovação, muito bem definido por Carlos Simplicio: “A Biobrasil é uma cooperativa que foge do conceito comum, aquele que cooperativa é intermediadora da cadeia produtiva. Inovamos em relação ao conceito, pois a compra, a venda e o suporte ao produtor rural são feitos diretamente com este produtor. Por exemplo, para a compra de insumos, o diálogo é feito diretamente entre produtor e fabricante”. Realmente, uma organização inovadora que proverá frutos cada vez mais doces e exemplo ao agronegócio brasileiro.

(3)

Em entrevista concedida à Aliança da Terra, em fevereiro deste ano, o proprietário da Fazenda Colorado, Alfredo Guerra, comentou sobre as mudanças que sua produção passou para se adequar ao padrão exigido pela RTRS e a importância do certificado nas negociações com compradores internacionais.

O senhor Guerra foi um dos produtores brasileiros que acreditou na ideia proposta pela Associação Internacional de Soja Responsável (RTRS, sigla em inglês) e um dos primeiros a receber o certificado do padrão RTRS no Brasil, inscrito no Cadastro de Compromisso Socioambiental da Aliança da Terra desde 2011.

1) O senhor é um dos poucos produtores brasileiros que possuem o certificado RTRS. Como soube desse padrão na produção de soja responsável?

Através da Associação de Plantio Direto no Cerrado (APDC), por meio de seus agrônomos e do seu Pres. Sr. Ingbert Döwich. Nos visitaram e propuseram fazer um check list para verificar como a Fazenda se encontrava quanto à observância da legislação vigente e suas práticas agrícolas. Após ter respondido o check list, obtivemos escore superior a 7 e a APDC nos submeteu à Aliança da Terra para fazer o Cadastro de Compromisso Socioambiental (CCS) e, a posteriori, a APDC sugeriu uma certificadora para verificação do padrão RTRS. Fomos auditados em 29 e 30 de agosto de 2011 e certificados em 14 de outubro de 2011.

2) Para atingir os critérios de avaliação, o senhor teve que se adequar em que sentido? Quais foram as principais mudanças na sua produção?

Bem, a Fazenda sempre teve o compromisso de conservar seu solo e de preservar suas reservas ambientais. Foram feitos pequenos ajustes em um primeiro momento, e precisamos ajustar alguns pontos de não-conformidades apontadas no prazo de um ano (até final de agosto de 2012). Porém, são critérios de certa forma simples, mas a Fazenda precisa demonstrar e evidenciar que esses critérios estão sendo implantados e são monitorados. Quanto à produção, não temos efeitos imediatos e ainda mensuráveis. Provavelmente, surgirão ao longo dos anos, associados às demais estratégias adotadas pela fazenda, como a rotação anual de culturas, a integração de atividades pecuárias, a utilização de controle biológico visando especialmente quebrar ciclos de doenças, de pragas e de plantas infestantes e ainda ferramentas de agricultura de precisão para aplicação de corretivos e de fertilizantes. Mas isso faz parte de um conjunto de estratégias de médio e longo prazos, associados ao compromisso da família com a conservação e a preservação dos recursos naturais e da adoção de boas práticas agrícolas.

(4)

3) O mercado europeu é conhecido pelo seu alto valor na importação de soja, e países como a Holanda, a Bélgica e o Reino Unido já demonstram grande interesse pela soja certificada pela RTRS. Uma das motivações para conseguir o certificado foi a exportação para a Europa? Tem sido fácil achar comprador para a soja certificada?

O mercado para produtos diferenciados é limitado, para nichos específicos e ainda pouco praticados. O mercado Europeu é comprador exigente, deseja e almeja a produção de soja RTRS. Entretanto não quer remunerar o produtor por isso, ou seja, alega ser compromisso deste. A Certificação foi motivada pela vontade de demonstrar publicamente o compromisso da Família com a produção de alimentos. Pois se depender de receber prêmio pela adoção de critérios, não haveria estímulo e ainda não há compromisso dos compradores europeus em definir um prêmio ao produtor. Partimos da premissa de fazer a nossa parte, o nosso dever de casa. Assim teremos forças para exigir o reconhecimento desse nosso compromisso, através do pagamento de um prêmio à esta produção diferenciada, compromissada com critérios sociais, ambientais e tecnológicos.

4) No seu ponto de vista, a certificação está sendo financeiramente viável?

Hoje representa apenas um custo a mais para o produtor (financeiramente falando), somada às demais cargas impostas à produção, sejam elas tributos públicos ou intempéries. Talvez a médio e longo prazos possa ser interessante, possa apresentar algum diferencial em termos de remuneração e reconhecimento pelos serviços ambientais que o produtor brasileiro vem patrocinando à sociedade global.

5) Quais são as suas expectativas para esse ano em relação à produção e à importância da certificação RTRS?

Ter o reconhecimento do trabalho consciente realizado por nossa família nesses anos todos e receber um prêmio sobre a produção comercializada em numerário por méritos e práticas na busca incessante de produção de alimentos mais limpos. Esperamos que os compradores europeus cumpram a sua parte, remunerando este produto produzido sob padrões e critérios reconhecidos internacionalmente e que tanto custa ao produtor brasileiro.

Faz. Colorado em Luís Eduardo Magalhães/BA

7ª Conferência Internacional sobre Soja Responsável

No mês de maio, dia 23 e 24, a Aliança da Terra participará da 7ª edição da Conferência Internacional sobre Soja Responsável (Rt7), em Londres, Reino Unido. O evento será uma oportunidade para compartilhar as primeiras experiências com a certificação RTRS, propor sugestões sobre a maneira de unir a oferta e a demanda e discutir desafios sobre a produção de soja responsável.

Dentre os participantes estão representantes da indústria da soja, ONGs que trabalham na transformação do setor, representantes governamentais e produtores sul-americanos e asiáticos.

Para maiores informações, acesse o site do evento em: http://annualconference.responsiblesoy.org

(5)

Especialistas garantiram a entrega para revisão do desmatamento, como já acontece no Acre e no Pará a aos membros do gabinete e à presidenta Dilma Rousseff o níveis estaduais.

plano nacional para a redução do desmatamento,

conhecido como REDD (Redução de Emissões por Apesar de toda a expectativa, pesquisadores Desmatamento e Degradação Florestal). declararam que o Brasil deveria estar com um esboço pronto para apresentar na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio +20, um mecanismo viável para arrecadar uma vitrine para o mundo do que já tem sido feito nos investimentos e incentivar a preservação das florestas estados brasileiros. O evento será realizado de 13 a 22 de tropicais. A ideia é criar valores econômicos para aqueles junho, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Segundo Paulo que preservam suas reservas e contribuem para um Moutinho, diretor executivo do Instituto de Pesquisa futuro sustentável. Ambiental da Amazônia (IPAM), “o pior que poderia acontecer é o que chamamos de ‘REDD catapora’, com No caso do Brasil, o REDD atrairia a confiança de diferentes pontos espalhados no país. Investidores investidores privados que ainda têm receio de programas olhariam a situação e não colocariam dinheiro devido à isolados e que trabalham com a mesma ideia de redução incerteza”.

Criado em âmbito internacional e em discussão no Brasil, o plano é

Preservação convertida em cifrões

Aliança da Terra, Fundação André Maggi e o

Grupo André Maggi irão cadastrar e pré-certificar fazendas

Neste ano, a Aliança da Terra (AT), a Fundação André Maggi (FAM) e o Grupo André Maggi formalizaram uma parceria para a realização do Cadastramento Socioambiental e pré-certificação RTRS de fazendas nas regiões da BR-163 e dos Parecis, em Mato Grosso; os trabalhos começaram em março e continuarão pelos próximos dois anos.

Com estas visitas e o acompanhamento necessário, a AT, a FAM e o Grupo André Maggi desejam apoiar os produtores rurais a melhorar suas práticas agrícolas e socioambientais, alcançar o padrão exigido pela RTRS e qualificá-los para concorrer em um mercado forte e promissor, sem deixar de lado o respeito à natureza e a preocupação com as boas práticas socioambientais.

19 º Congresso Mundial da Carne será realizado em Paris

Dentro de alguns meses, acontecerá o 19º Congresso Mundial da Carne, com a presença de 1000 participantes de todo o mundo, em Paris - França. O evento é organizado por duas associações francesas, IMS e PMC, com o intuito de destacar o papel positivo da indústria de carne e gado no crescimento econômico, no desenvolvimento rural e na preocupação com a sustentabilidade.

A sessão de abertura, dia 05 de junho, irá definir o quadro da pecuária mundial, analisando os principais fatores que influenciam a oferta e a procura do mercado. Além disso, neste dia, também será realizada a Assembleia Geral da Global Roundtable for Sustainable Beef (GRSB) - Mesa Redonda Global para Carne Sustentável, na qual a Aliança da Terra estará presente nas discussões. Enquanto que a sessão de encerramento, dia 06 de junho, contará com a presença de conselheiros políticos, representantes do Brasil, EUA, Rússia e China, discutindo sobre os desenvolvimentos políticos futuros.

Para maiores informações sobre o evento, temas abordados, objetivos, convidados e programação, acesse: http://www.worldmeatcongress2012.com

(6)

GOIÂNIA

AV. DAS INDÚSTRIAS, N. 601 QD. 151, LT. 47, SALA 203, SETOR SANTA GENOVEVA - CEP: 74 670-600 - GOIÂNIA - GO

FONE/ FAX: 62 3945-6300

CUIABÁ

AV. MIGUEL SUTIL, 8000 - EDIFÍCIO COMERCIAL SANTA ROSA TOWER, SALA 1805 JARDIM MARIANA - CEP: 78 040-400 - CUIABÁ -MT

FONE/ FAX: 65 3025-6399

ESCRITÓRIOS DA ALIANÇA DA TERRA

www.aliancadaterra.org.br - Twitter @aliancadaterra

USA 4525 Harding Road, Suite 211, Nashville, TN 37205 PHONE: 615-521-9004

Lançamento

Identificando alguns animais da floresta por pegadas

O folheto “Identificando Mamíferos da Floresta de Transição Amazônia-Cerrado”, produzido pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e Aliança da Terra, é o novo volume (nº. 7) da série Boas Práticas, que tem colaborado para os produtores vinculados ao Cadastro de Compromisso Socioambiental (CCS). Seu conteúdo foi definido a partir dos resultados de uma pesquisa com esse grupo animal em fazendas cadastradas localizadas no município de Querência – MT. Porém, a maioria desses animais também está presente em outras regiões do Brasil.

Este material foi pensado e desenvolvido para colaborar com proprietários rurais, principalmente das propriedades do CCS, interessados em conhecer e identificar melhor os animais silvestres que vivem em suas propriedades, da região das cabeceiras do Rio Xingu. Desta forma, cada proprietário poderá gerar uma lista desses animais, mostrando que, além das atividades produtivas, ele também esta colaborando para a manutenção da biodiversidade na sua propriedade e região.

Para isso, basta apenas incluir algumas pequenas atividades durante as atividades normais de trabalho do pessoal da fazenda. No dia a dia, sempre é possível ver alguns animais ou então observar suas pegadas, principalmente quando se está perto das áreas de mata. Agora, com esse material, você já pode identificar essa pegada.

Então, para montar essa lista, basta você incluir uma nova atividade na rotina de trabalho, ou seja, começar a anotar todas essas observações. Assim, sempre que algum animal silvestre ou sua pegada forem observados, ao retornar à sede ou à sua casa, lembre-se de anotar essa observação numa caderneta, não se esquecendo de anotar também a data e o local da observação. Em pouco tempo, você terá uma lista com os animais presentes em sua propriedade, e melhor, tudo isso sem custo nenhum.

O folheto também pode ser baixado na biblioteca do site do IPAM, através do endereço: http://www.ipam.org.br/

Referências

Documentos relacionados

Figura A53 - Produção e consumo de resinas termoplásticas 2000 - 2009 Fonte: Perfil da Indústria de Transformação de Material Plástico - Edição de 2009.. A Figura A54 exibe

Neste artigo busco pensar Américo de Castro como empresário concessionário de companhias ferro carril e em outras atividades relacionadas à construção civil e que de- pendiam

O destaque é dado às palavras que abrem signi- ficados e assim são chaves para conceitos que fluem entre prática poética na obra de arte e sua reflexão em texto científico..

Após a implantação consistente da metodologia inicial do TPM que consiste em eliminar a condição básica dos equipamentos, a empresa conseguiu construir de forma

- Se o estagiário, ou alguém com contacto direto, tiver sintomas sugestivos de infeção respiratória (febre, tosse, expetoração e/ou falta de ar) NÃO DEVE frequentar

Os autores relatam a primeira ocorrência de Lymnaea columella (Say, 1817) no Estado de Goiás, ressaltando a importância da espécie como hospedeiro intermediário de vários parasitos

◦ Os filtros FIR implementados através de estruturas não recursivas têm menor propagação de erros. ◦ Ruído de quantificação inerente a

Desta maneira, observando a figura 2A e 2C para os genótipos 6 e 8, nota-se que os valores de captura da energia luminosa (TRo/RC) são maiores que o de absorção (ABS/RC) e