• Nenhum resultado encontrado

Bibliografia Autores da República 1 33

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Bibliografia Autores da República 1 33"

Copied!
33
0
0

Texto

(1)

Abílio Manuel Guerra Junqueiro nasceu em Freixo de Espada à Cinta, a 17 de Setembro de 1850, filho de lavradores abastados. A sua mãe, D. Ana Guerra, faleceu quando Guerra Junqueira tinha apenas três anos de idade. Estudou em Bragança, vindo a matricular-se na Universidade de Coimbra no curso de Teologia. Tendo a percepção que não tinha vocação para padre, desistiu e dois anos mais tarde fez o curso de Direito, terminando-o em 1873.

Guerra Junqueiro foi secretário-geral do Governador Civil dos distritos de Angra do Heroísmo e de Viana do Castelo. Foi eleito deputado em 1878 pelo círculo de Macedo de Cavaleiros.

Faleceu a 7 de Julho de 1923 em Lisboa.

Aderiu em 1891, devido ao Ultimatum inglês, aos ideais republicanos. Influenciado por Baudelaire, Proudhon, Victor Hugo e Michelet, iniciou uma intensa escrita poética com o fim último de, pela crítica, renovar a sociedade portuguesa. Retirou-se para uma quinta no Douro, regressando à política com a implantação da República, tendo sido nomeado Ministro de Portugal em Berna. “Jaz el-rei entrevado e moribundo

Na fortaleza lôbrega e silente...

Corta a mudez sinistra o mar profundo... Chora a rainha desgrenhadamente... Papagaio real, diz-me, quem passa? - É o príncipe Simão que vai à caça. Os sinos dobram pelo rei finado... Morte tremenda, pavoroso horror!... Sai das almas atónitas um brado, Um brado imenso d'amargura e dor... Papagaio real, diz-me, quem passa? - É o príncipe Simão que vai à caça. Cospe o estrangeiro afrontas assassinas Sobre o rosto da Pátria a agonizar... Rugem nos corações fúrias leoninas, Erguem-se as mãos crispadas para o ar!...

(2)

Papagaio real, diz-me, quem passa? - É o príncipe Simão que vai à caça. A Pátria é morta! a Liberdade é morta! Noite negra sem astros, sem faróis! Ri o estrangeiro odioso à nossa porta, Guarda a Infâmia os sepulcros dos Heróis! Papagaio real, diz-me, quem passa? - É o príncipe Simão que vai à caça. Tiros ao longe numa luta acesa! Rola indomitamente a multidão... Tocam clarins de guerra a Marselhesa... Desaba um trono em súbita explosão!... Papagaio real, diz-me, quem passa? - É alguém, é alguém que foi à caça. Do caçador Simão!... “

“Ó cínica Inglaterra, ó bêbeda impudente, Que tens levado, tu, ao negro e à escravidão? Chitas e hipocrisia, evangelho e aguardente, Repartindo por todo o escuro continente A mortalha de Cristo em tangas d'algodão. Vendes o amor ao metro e a caridade às jardas, E trocas o teu Deus a borracha e marfim, Reduzindo-lhe o lenho a c'ronhas d'espingardas, Convertendo-lhe o sangue em pólvora e bombardass, Transformando-lhe o sangue em aguarrás e em gim! Teus apóstolos vão, prostituta devassa,

Com o fim de levar os negros para o céu,

Desde o Zaire ao Zambebe e desde o Cabo ao Niassa, Baptizando a Impiedade em Jordões de cachaça, Mostrando-lhe o teu Deus na tua hóstia - o guinéu! A honra para ti é inútil bugiganga.

O teu pudor é como um Matabel sem tanga, Monstruoso ladrão, bárbaro traficante;

(3)

Compras a alma ao negro a genebra e a missanga, Vendendo-lhe a tua bíblia e queixais de elefante. A tua bíblia! o teu Cristo!... A tua bíblia é uma agenda Em que a virtude heróica a cifras se reduz.

E o teu Cristo londrino é um Deus de compra e venda, Deus que ressuscitou para abrir uma tenda

De cortiça, carvão, álcool e panos crus! (…)”

Guerra Junqueiro, Poesia de Guerra Junqueiro, Lisboa, Editorial Presença, 1997. “Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia de um coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, – reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta;

Um clero português, desmoralizado e materialista, liberal ou ateu, cujo Vaticano é o ministério do reino, e cujos bispos e abades não são mais que a tradução em eclesiástico do fura-vidas que governa o distrito ou do fura-urnas que administra o concelho; e, ao pé deste clero indígena, um clero jesuítico, estrangeiro ou estrangeirado, exército de sombras, minando, enredando, absorvendo, pelo púlpito, pela escola, pela oficina, pelo asilo, pelo convento, confessionário (…).

Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não discriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter (…).

Um exército que importa em 6 000 contos, não valendo 60 réis, como elemento de defesa e garantia autonómica (…).

E o Sr. D. Carlos, que os meus olhos buscavam, em vão, ansiosamente, durante quatro horas, onde é que estava, onde estaria ele? Duas gazetas o disseram no mesmo dia, em telegrama idêntico, de Mafra. Ei-lo: Mafra, 15, às 8 da noite. O Sr. D. Carlos retirou hoje às 5 e meia da tarde; o resultado da caçada foi: 10 galinholas, 5 gamos e 15 coelhos. Por alma do sublime poeta do amor e das estrelas, das florinhas e das aves, dos anjos e das criancinhas, rezou o Sr. D. Carlos, inconsolavelmente, uns trinta tiros de espingarda. Dez Padres-Nossos na grelha, cinco Ave-Marias de escabeche e quinze Salve-rainhas, à Colete Encarnado, em molho vilão.”

(4)

REFERÊNCIAS DA BMFC

CARVALHO, Amorim de – Guerra Junqueira e a sua obra poética: (análise crítica). Porto : Livraria Figueirinhas, 1945., 325 p.

Assunto: Estudos literários Cota: FG 82.09 CARV-A. gue

JUNQUEIRO, Guerra – A velhice do padre eterno: com um estudo de Camilo Castelo Branco. Porto : Lello & Irmão, [19--?]., 196 p.

Assunto: Literatura portuguesa -- poesia Cota: FG LP(P) JUNQ-G. vel

JUNQUEIRO, Guerra – Guerra Junqueiro: poesia. Lisboa : Presença , 1997. , 79, [1] p + CD. Assunto: Literatura portuguesa -- poesia

Cota: FG LP(P) JUNQ-G. guê

JUNQUEIRO, Guerra – Os simples. [Lisboa] : Ulisseia., 133 p. 972-568-431-1. Assunto: Literatura portuguesa -- poesia

Cota: FG LP(P) JUNQ-G. sim

JUNQUEIRO, Guerra – Pátria. 10ª ed. Porto : Lello & Irmão, 1978., 221 p. Assunto: Literatura portuguesa -- poesia

Cota: FG LP(P) JUNQ-G. pat

Orações de Ligares. Porto : Campo das Letras, 2001., 159 p. 972-610-457-2. Assunto: Igreja cristã

Cota: FG 26 ora

PEREIRA, Henrique Manuel S. – Guerra Junqueiro: percursos e afinidades. Lisboa : Roma, 2005., 267 p. 972-8490-81-x.

Assunto: Biografias Cota: FG 929 PERE-H. guê

(5)

PEREIRA, Henrique Manuel S. – Viajar com... Guerra Junqueira. Porto : Delegação Regional da Cultura do Norte, D.L. 2003., 48 p. : il. 972-8651-38-4.

Assunto: Literatura portuguesa -- biografias Cota: FG LP(CB) PERE-H. via

Viajar com... os caminhos da literatura. [S.l.] : Delegação Regional da Cultura do Norte, 2005., 1 CD-ROM : col., son. ; 12 cm. 972-99573-2-0.

Assunto: Literatura portuguesa -- biografias Cota: FG LP(CB) via

Viola delta: XXXVI-poemas sobre Deus e outros. Estoril : Mic, 2004., 35 p. 972-8075-47-2. Assunto: Literatura portuguesa -- poesia

Cota: FG LP(P) Vio

REFERÊNCIAS DA BMFC – INFANTIL

JUNQUEIRO, Guerra – Contos para a infância. Porto : Asa , 1990. , [44] p. : il. Assunto: Literatura portuguesa -- banda desenhada

Cota: FI LP(BD) JUNQ-G. com

JUNQUEIRO, Guerra - Contos para a infância. Sintra : Colares, 1999., 177 p., : il. 972-8099-98-3. Assunto: Literatura portuguesa -- estórias para ler e contar

Cota: FI LP(LC) JUNQ-G. com

JUNQUEIRO, Guerra – Tragédia infantil. Lisboa : Compendium, 1995., 52 p. 972-9165-15-0. Assunto: Literatura portuguesa -- poesia

Cota: FI LP(P) JUNQ-G. tra

REFERÊNCIAS DA BMFC – JUVENIL

Obras integrais de poetas portugueses: séculos XIX-XX. [S.l.] : Projecto Vercial, 2007., 1 CD-Rom : stereo ; 12 cm.

Assunto: História da literatura portuguesa Cota: FJ 82(134.4) obr

(6)

SÍTIOS NA INTERNET

Arqnet – http://www.arqnet.pt/dicionario/guerrajunqueiro.html

Portal da História com a biografia de Guerra Junqueiro.

Biblioteca Nacional de Portugal – http://purl.pt/index/geral/aut/PT/10394.html

Sítio da Biblioteca Nacional de Portugal com quatro obras digitalizadas de Guerra Junqueiro. Câmara Municipal do Porto

http://www.cm-porto.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=cmp.stories/556

Sítio da Câmara Municipal do Porto com a história e horários de abertura e fecho da Casa Museu Guerra Junqueiro.

Citador – http://www.citador.pt/citacoes.php?cit=1&op=7&author=1268&firstrec=0

Sítio onde se encontram reflexões e pensamentos de Guerra Junqueiro. DGLB

http://www.iplb.pt/sites/DGLB/Portugues/autores/Paginas/PesquisaAutores1.aspx?AutorId=7229

Sítio da Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas com a biografia do escritor. Infopédia – http://www.infopedia.pt/$guerra-junqueiro

Sítio da responsabilidade e propriedade do Grupo Porto Editora com a biografia de Guerra Junqueiro.

Portal da Literatura – http://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=189

Sítio com a biografia do autor e títulos publicados.

Projecto Vercial – http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/junqueir.htm

A maior base de dados sobre literatura portuguesa com a biografia do autor e livros editados, outros itens de interesse para consulta.

(7)

Jaime Zuzarte Cortesão (1884-1960) nasceu em Ançã, Cantanhede, e faleceu em Lisboa. Tendo-se formado em Medicina em 1909, dedicou-se à poesia, ao teatro, à investigação histórica e à política. Fez parte de alguns governos da Primeira República, defendendo a participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial onde participou como voluntário. Com Leonardo Coimbra e outros intelectuais, funda em 1907 a revista “Nova Silva”. Em 1910, com Teixeira de Pascoaes, colabora na fundação da revista “A Águia”. É um dos principais mentores da “Renascença Portuguesa”. Em 1921, é um dos fundadores da revista “Seara Nova”. Após a revolução de 1926, exila-se em França e em 1940 fixa residência no Brasil, dedicando-se à investigação histórica. Só regressa a Portugal em 1957. Obras poéticas: A Morte da Águia (1910), Glória Humilde (1914), Missa da Meia-Noite (1940), Poesias Escolhidas (1960). Teatro: O Infante de Sagres (1916) e Egas Moniz (1918). Memórias: Memórias da Grande Guerra (1919). Ensaio: Eça de Queirós e a Questão Social (1949). História: A Experiência de Pedro Álvares Cabral e o Descobrimento do Brasil (1922), Alexandre de Gusmão e o Tratado de Madrid (1950), Os Factores Democráticos na Formação de Portugal (1964), O Império Português no Oriente (1968) e Os Descobrimentos Portugueses (6 vols., 1975-1978).

REFERÊNCIAS DA BMFC

CORTESÃO, Jaime – A carta de Pêro Vaz de Caminha. Lisboa : Imprensa Nacional-Casa da Moeda, D.L. 1994., 250 p. 972-27-0585-7.

Assunto: Estudos literários Cota: FG 82.09 CORT-J. car

CORTESÃO, Jaime – A expedição de Pedro Álvares Cabral e o descobrimento do Brasil. Lisboa : Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1994., 186 p. 972-27-0698-5.

Assunto: História de Portugal Cota: FG 94(469) CORT-J. exp

CORTESÃO, Jaime – História da expansão portuguesa. Lisboa : Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1993., 510 p. 972-27-0535-0.

Assunto: História de Portugal Cota: FG 94(469) CORT-J. his

(8)

CORTESÃO, Jaime – Influência dos descobrimentos portugueses na história da civilização. Lisboa : Imprensa Nacional-Casa da Moeda, D.L. 1993., 117 p. 972-27-0536-9.

Assunto: História de Portugal Cota: FG 94(469) CORT-J. inf

CORTESÃO, Jaime – Os descobrimento portugueses II. Lisboa : Imprensa Nacional-Casa da Moeda, D.L. 1990., Vol. 2 (465 p.). 972-27-0422-2.

Assunto: História de Portugal Cota: FG 94(469) CORT-J. dês

CORTESÃO, Jaime – Os descobrimentos portugueses. Lisboa : Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1990., Vol. 1 (223 p.). 972-27-0422-2.

Assunto: História de Portugal Cota: FG 94(469) CORT-J. dês

CORTESÃO, Jaime – Os descobrimentos portugueses. Lisboa : Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1990., Vol. 3 (469-803 p.). 972-27-0422-2.

Assunto: História de Portugal Cota: FG 94(469) CORT-J. dês

CORTESÃO, Jaime – Os factores democráticos na formação de Portugal. Lisboa : Portugália, imp. 1964., XLVII, 265, [10] p. : il.

Assunto: História de Portugal Cota: FG 94(469) CORT-J. fac

CORTESÃO, Jaime – Portugal: a terra e o homem. [Lisboa?] : Imprensa Nacional-Casa da Moeda, [D.L. 1987]., 268 p.

Assunto: Monografias Locais Cota: FG 908 CORT-J. por

GARCIA, José Manuel – O essencial sobre Jaime Cortesão. [Lisboa] : Imprensa Nacional-Casa da Moeda, imp. 1987., 62, [2] p.

Assunto: Biografias Cota: FG 929 GARC-J. ess

(9)

MUNTHE, Axel – O livro de San Michele. Lisboa : Livros do Brasil, [19--?]., XVIII, 323 p. Assunto: Literatura estrangeira -- romance

Cota: FG LE(R) MUNT-A. liv

RIBEIRO, Orlando – Introduções geográficas à história de Portugal: estudo crítico. 2ª ed. Lisboa : João Sá da Costa, 2001., 222 p. 972-9230-62-5.

Assunto: Geografia de Portugal Cota: FG 913(469) RIBE-O. int

REFERÊNCIAS DA BMFC – JUVENIL

CORTESÃO, Jaime – O romance das ilhas encantadas. Águeda : Vega, 1998., 48 p. : il. 972-699-596-5.

Assunto: Literatura portuguesa -- romance de aventuras Cota: FJ LP(RA) CORT-J. rom

CORTESÃO, Jaime – Vida de Nuno Álvares Pereira: crónica para os pequenos portugueses. Lisboa : Vega, cop. 2002., 83 p. : il. 972-699-694-5.

Assunto: Biografias Cota: FJ 929 CORT-J. vid

SÍTIOS NA INTERNET

Arqnet – http://www.infopedia.pt/$jaime-cortesao

Portal da História com a biografia de Jaime Cortesão. DGLB

http://www.iplb.pt/sites/DGLB/Portugues/autores/Paginas/PesquisaAutores1.aspx?AutorId=8679

Sítio da Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas com a biografia do escritor. Instituto Camões – http://cvc.instituto-camoes.pt/figuras/jcortesao.html

Sítio do Instituto Camões com a biografia de Jaime Cortesão. Projecto Vercial – http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/cortesao.htm

A maior base de dados sobre literatura portuguesa com a biografia do autor e livros editados, outros itens de interesse para consulta.

(10)

Raul Sangreman Proença nasceu nas Caldas da Rainha em 1884 e faleceu no Porto em 1941 no Hospital Conde de Ferreira, vítima de febre tifóide.

Raul Proença foi dos intelectuais mais activos e influentes durante as primeiras décadas do século XX, sempre eivado de inabalável espírito democrático, mas profundamente crítico dos vícios do regime republicano e da corrupção generalizada a que se não mostrava capaz de pôr cobro.

A temática central de toda a sua obra, dispersa por centenas de artigos de revista e jornal, e em múltiplas cartas e manifestos, é primacialmente ético-política, encontrando a sua razão de ser no esforço a que se entregou para arrostar de frente com o que considerava a nossa debilidade moral, na qual radicava a preocupante e dramática consciência de decadência do país. Assim, a linha de fundo que dá coerência a toda a sua obra é o socialismo democrático, a par da crítica da moral burguesa e de todas as soluções ditatoriais, de que se destaca a crítica muito activa ao integralismo lusitano e à emergência do fascismo na Europa, que viria a arrastar o continente para um totalitarismo niilista, destruindo a riqueza criadora da vida, em nome do exclusivismo. Neste contexto interveniente e reformador, foi colaborador activo, primeiro, da Renascença Portuguesa, e depois, após a cisão que se seguiu à imposição por Pascoaes do saudosismo como essência do espírito do movimento, da Seara Nova, de que foi fundador. Como escreveu nos primeiros anos da sua actividade, atormentava-o uma atmosfera e um sentimento de mal-estar que era a primeira condição do “movimento” e do desejo de “alguma coisa”. A causa já tinha sido diagnosticada pelos homens da Geração de 70: três séculos de educação jesuítica tinham matado as energias vivas e as forças íntimas que séculos antes nos colocaram a par da civilização mundial. Quanto ao seu programa político, e depois de reabilitar o valor do “político”, distinguindo-o do “técnico”, por caber àquele a nobreza da capacidade sintética e coordenadora, e por se não governar um país “como quem gere uma empresa ou uma roça”, preocupou-se em defender um socialismo que se realiza dentro da ordem e dos métodos democráticos, nomeadamente no seio do parlamentarismo, nunca reconhecendo ao Estado qualquer poder absoluto sobre o indivíduo, razão por que repudiou o conceito de vontade geral de Rousseau, por se sobrepor ao juízo individual de “cada um”. O seu socialismo pugnava por uma intervenção progressiva e não abrupta e violenta do Estado na regulamentação das actividades, para pôr termo à anarquia económica e estabelecer uma maior justiça distributiva, não vendo na propriedade um direito absoluto, pois que exigia uma regulamentação que lhe retirasse o carácter soberano e irresponsável, impedindo-a de colidir, como tantas vezes sucedia, com o valor ético da personalidade e, consequentemente, com o maior bem da comunidade.

“Uma alma dilacerada pela dor, mas que mergulha nela mesma as raizes do seu idealismo (como se fôsse um motivo mais para se elevar acima da matéria), ainda encontra neste momento palavras para adjurar os

(11)

homens que em Portugal foram os apóstolos da República, a que ponham termo ao seu silêncio, – que nada mais é que uma criminosa cumplicidade.

Não têm o direito, sem se suicidarem políticamente, sem se suicidarem moralmente, de assistir por mais tempo de braços cruzados a esta ingnomínia – à vida miserável desta Ditadura de Josés do Telhado doublés de Torquemadas, para os quais já nada existe de sagrado, e que têm acumulado em torno de si uma atmosfera carregada de violências e uma fermentação pavorosa de ódios.

Eu não tinha responsabilidades políticas. Não fazia parte de nenhum partido. Nunca fui deputado, ministro, vereador, administrador, regedor. Combatera sempre os processos políticos que tinham desacreditado a República; fizera campanhas com certo éco; afirmara em todos os transes, perante a corrupção dominante e o declínio do idealismo republicano, um espírito de combativa oposição. Não tinha fortuna. E tinha cinco filhos.

Apesar disso, quando vi a Democracia inteiramente destruída em portugal e o Exército (...)”

Alberto Pedroso, Raul Proença – panfletário e jornalista de folhas clandestinas, Edição de Autor, 1984.

REFERÊNCIAS DA BMFC

PEDROSO, Alberto – Raul Proença: panfletário e jornalista de folhas clandestinas. Lisboa : [s.n.], 1984., 28, [20] p.

Assunto: Literatura portuguesa -- crónicas Cota: FG LP(CB) PEDR-A. rau

SÍTIOS NA INTERNET

DGLB

http://www.iplb.pt/sites/DGLB/Portugues/autores/Paginas/PesquisaAutores1.aspx?AutorId=8687

Sítio da Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas com a biografia do escritor. Infopédia – http://www.infopedia.pt/$raul-proenca

Sítio da responsabilidade e propriedade do Grupo Porto Editora com a biografia Raul Proença. Instituto Camões – http://cvc.instituto-camoes.pt/figuras/rproenca.html

Sítio do Instituto Camões com a biografia de Raul Proença.

Projecto Gutenberg – http://www.gutenberg.org/browse/authors/p#a25506

(12)

Raul Germano Brandão nasceu em 1867 na Foz do Douro, e dedicou-se desde muito novo ao jornalismo, que lhe proporcionou um posto de observação da actualidade política e social, as bases das suas reflexões filosóficas sobre as questões morais palpitantes. No recolhimento campestre da sua casa do Alto, perto de Guimarães, povoado de gratas reminiscências da infância e de saudades dos mortos queridos, alternou os períodos febris de composição literária com as sedativas ocupações de pequeno proprietário agrícola. Estreou-se com "Impressões e Paisagens" (1890), uma colectânea de contos naturalistas. Colaborou depois na composição do folheto "Nefelibatas" (1893), e publicou no Correio da Manhã (1895 e 1896) reportagens impressionistas sobre os vícios e misérias da capital, e ensaios de crítica literária, em que propõe um conceito original de teatro, que "deveria debater um grande problema social ou psicológico", e interessar o público com "peças sintéticas" que fossem "populares e humanas". Realiza mais tarde este programa com peças como "O Gebo e a Sombra", "O Rei Imaginário", "O doido e a morte" (Teatro, 1923), e "O Avejão" (1929). As obras mais importantes da sua fase de maturidade foram: "Os Pobres" (1906), "A Farsa" (s.d.), "Húmus" (1917), "O Pobre de pedir" (1931), obras em que o literato cede lugar ao "velho filosófico", absorvido pela meditação sobre a condição humana. O seu estilo, essencialmente poético, é caracterizado pela ingenuidade sensorial e por uma sintaxe sem estruturação gramatical rigorosa, mas fremente de ritmos vitais significativos. Raul Brandão morreu em Lisboa, em 1930.

“(…) a grande massa inerte adapta-se a todos os regimes.”

Raul Brandão, Memórias, Lisboa, Relógio d‟Água, 1999. “(...) A vida mudou de direcção. É o bolchevismo que aí vem?

O que importa e o que te importa é a minha consciência e a tua consciência. Ainda, é certo, certas fórmulas se mantêm, mas por quanto tempo? O ideal da vida já não é o mesmo ideal. Todos, até os mais isolados, vemos avançar direito a nós o fantasma desconhecido; e todos sentimos idêntica vertigem. Todas as consciências se modificaram. E nunca o espectáculo foi mais impressionante. Nunca as mulheres se despiram como agora, com colares que valem uma fortuna. Um dia destes, na sala de S. Carlos, as jóias eram tantas que alguém as avaliou em cinco mil contos de réis. Num espaço de quinhentos metros, pelo princípio da Avenida, há vinte, trinta casas de jogo toda a noite abertas. Alguém calculou que o número de prostitutas, na capital, era de vinte mil. E as outras? As piores?

Os teatros transbordam, o dinheiro perdeu o valor (1921-1922) (…).”

(13)

REFERÊNCIAS DA BMFC

ANDRADE, João Pedro de – Raul Brandão a obra e o homem. 2º ed. Lisboa : Acontecimento, 2002., 327 p. 972-8011-38-5.

Assunto: Literatura portuguesa -- biografias Cota: FG LP(CB) ANDR-J. rau

BRANDÃO, Raul – A morte do palhaço e o mistério da árvore. 2ª ed. Lisboa : Seara Nova, 1978., 155, [1] p.

Assunto: Literatura portuguesa -- conto Cota: FG LP(CL) BRAN-R. mor

BRANDÃO, Raul – Correspondência. Lisboa : Quetzal, 1994., 480 p : il., 8 facs. 972-564-209-0. Assunto: Literatura portuguesa -- cartas

Cota: FG LP(C) BRAN-R. cor

BRANDÃO, Raul – El-rei Junot. Coimbra : Atlântida, 1974., 332 p. Assunto: Literatura portuguesa -- historiografia

Cota: FG LP(CB) BRAN-R. elr

BRANDÃO, Raul – Humus. [Paris] : Fundação Calouste Gulbenkian, 1981., 249, [1] p. Assunto: Literatura portuguesa -- romance

Cota: FG LP(R) BRAN-R. hum

BRANDÃO, Raul – Impressões e paisagens: verdade e sinceridade. Lisboa : Vega, [19--?]., 149 p. 972-699-240-0.

Assunto: Literatura portuguesa -- conto Cota: FG LP(CL) BRAN-R. imp

BRANDÃO, Raul – Memórias. Lisboa : Perspectivas & Realidades, [19--?]., Vol. 1 (241 p.) : il. Assunto: Literatura portuguesa -- crónicas

Cota: FG LP(CB) BRAN-R. mem

BRANDÃO, Raul – Memórias. Lisboa : Perspectivas & Realidades, [19--?]., Vol. 2 (219 p.). Assunto: Literatura portuguesa -- crónicas

(14)

BRANDÃO, Raul – Memórias: vale de Josafat. Lisboa : Perspectivas & Realidades, [19--?]., Vol. 3 (213 p.) : il.

Assunto: Literatura portuguesa -- crónicas Cota: FG LP(CB) BRAN-R. mem

BRANDÃO, Raul – O doido e a morte. Lisboa : Colibri, 2001., 41 p. 972-772-283-0. Assunto: Literatura portuguesa -- teatro

Cota: FG LP(T) BRAN-R. dói

BRANDÃO, Raul – O padre. Lisboa : Vega, [19--?]., 36 p. Assunto: Literatura portuguesa -- outros géneros literários Cota: FG LP(OG) BRAN-R. pad

BRANDÃO, Raul – Os pescadores. 3ª ed. [Lisboa] : Ulisseia, [D.L. 1995]., 180, [1] p. 972-568-131-2. Assunto: Literatura portuguesa -- memórias

Cota: FG LP(CB) BRAN-R. pés

BRANDÃO, Raul – Se tivesse de recomeçar a vida. Lisboa : ContextoPorto : Livraria Civilização, [D.L. 1995]., 70, [2] p. 972-26-1177-1.

Assunto: Literatura portuguesa -- memórias Cota: FG LP(CB) BRAN-R. set

BRANDÃO, Raul – Vida e morte de Gomes Freire. 1ª ed. Lisboa : Comunicação, 1988., 241 p., [4] f. facsímiles.

Assunto: Biografias Cota: FG 929 BRAN-R. vid

BRANDÃO, Raul – Vida e morte de Gomes Freire: quem matou Gomes Freire – Beresford, D. Miguel Forjaz, o principal Souza – Mathilde de Faria e Melo. Lisboa : Relógio d'Água, 2007., 262, [3] p. 978-989-641-004-9.

Assunto: Biografias Cota: FG 929 BRAN-R. vid

CASTILHO, Guilherme de – Vida e obra de Raul Brandão. Amadora : Bertrand, imp. 1979., 534 p. Assunto: Literatura portuguesa -- biografias

(15)

DANTAS, Júlio – Grandes figuras. Lisboa : [s.n.], 1972., 250 p. Assunto: Biografias

Cota: FG 929 DANT-J. grã

LOPES, Óscar – 5 motivos de meditação: Luís de Camões, Eça de Queirós, Raul Brandão, Aquilino Ribeiro, Fernando Pessoa. Porto : Campo das Letras, 1999., 377 p. 972-610-090-9. Assunto: Crítica literária

Cota: FG 82.09 LOPE-O. cin

MARTINS, Albano – O Porto de Raul Brandão. Porto : Campo das Letras, 2000., 139 p. : il. 972-610-238-3.

Assunto: Monografias locais Cota: FG 908 MART-A. Por

REYNAUD, Maria João – Metamorfoses da escrita: húmus, de Raul Brandão. Porto : Campo das Letras, 2000., 494 p. 972-610-360-6.

Assunto: Crítica literária Cota: FG LP(E) REYN-M. met

REFERÊNCIAS DA BMFC – JUVENIL

BRANDÃO, Raul – A farsa. Mem Martins : Europa-América, D.L. 1992., 124 p. 972-1-03471-1. Assunto: Literatura portuguesa -- romance

Cota: FJ LP(R) BRAN-R. far

BRANDÃO, Raul – Obras integrais de Raul Brandão. [S.l.] : Projecto Vercial, cop. 2003., 1 CD-Rom : stereo ; 12 cm.

Assunto: História da literatura portuguesa Cota: FJ 82(134.4) BRAN-R. obr

SÍTIOS NA INTERNET

Biblioteca Nacional de Portugal – http://purl.pt/index/geral/aut/PT/16947.html

(16)

Instituto Camões – http://cvc.instituto-camoes.pt/figuras/rbrandao.html

Sítio do Instituto Camões com a biografia de Raul Brandão.

Portal da Literatura – http://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=263

Sítio com a biografia do autor e títulos publicados.

Projecto Vercial – http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/rbrandao.htm

A maior base de dados sobre literatura portuguesa com a biografia do autor e livros editados, outros itens de interesse para consulta.

RTP – http://www.rtp.pt/gdesport/?article=612&visual=3&topic=1

Sito da Rádio Televisão Portuguesa, página do programa “Os Grandes Portugueses”, com a biografia de Raul Brandão.

Vidas Lusófonas – http://www.vidaslusofonas.pt/raulbrandao.htm

(17)

Teixeira de Pascoaes, pseudónimo de Joaquim Pereira Teixeira de Vasconcelos, nasceu em Gatão (1877-1952), concelho de Amarante. Frequentou o curso de Direito na Universidade de Coimbra, dedicando-se depois à advocacia em Amarante e no Porto. Foi um dos fundadores da revista “A Águia”, órgão da Renascença Portuguesa, onde largamente defendeu o Saudosismo como estética literária. Obras poéticas: Sempre (1898), À Minha Alma (1898), Terra Proibida (1899), Vida Etérea (1906), As Sombras (1907), Marânus (1911), Regresso ao Paraíso (1912), Elegias (1912), O Doido e a Morte (1913), Contos Indecisos (1921), Sonetos (1925), Cânticos (1925). Obras em prosa: O Espírito Lusitano ou o Saudosismo (1912), O Génio Português na sua Expressão Filosófica, Política e Religiosa (1913), A Era Lusíada (1914), S. Paulo (1934), S. Jerónimo e a Trovoada (1936), Napoleão (1940), O Penitente (1942), Santo Agostinho (1944), O Empecido (1950) e Os Dois Jornalistas (1951).

“O poeta da luz e das sombras, da vida e da morte, que desenvolveu a filosofia da saudade, fez parte da “Renascença Portuguesa” (a partir de 1911) e foi dirigente do seu órgão principal, a revista Águia (entre 1912 e 1916). Os anos anteriores tinham sido conturbados e agitaram o país: o Ultimatum, o regicídio, a queda da Monarquia, a aurora da República…sonhos que caíram e novas esperanças que surgiam, envoltas em ideais de ressurgimento pátrio. A literatura da época era carregada de messianismo. E o povo português esperava, ainda, a vinda do “Encoberto” que o arrancasse da “noite lusíada”.”

Teixeira de Pascoaes, Livro de memórias, Assírio & Alvim, 2001.

REFERÊNCIAS DA BMFC

BORGES, Luísa – O lugar de Pascoaes: epifanias da saudade revelada. 2ª ed. Porto : Caixotim, 2006., 499 p. 972-8651-79-1.

Assunto: Literatura portuguesa -- ensaio Cota: FG LP(E) BORG-L. lug

BRANDÃO, Raul – Correspondência. Lisboa : Quetzal, 1994., 480 p : il., 8 facs. 972-564-209-0. Assunto: Literatura portuguesa -- cartas

Cota: FG LP(C) BRAN-R. cor

FERREIRA, António Mega – Fotobiografia Teixeira de Pascoaes. Lisboa : Assírio & Alvim, 2003., 181 p. : il., fotogr. 972-37-0872-8.

Assunto: Biografias Cota: FG 929 FERR-A. fot

(18)

PASCOAES, Teixeira de – A arte de ser português. 3ª ed. Lisboa : Assírio & Alvim, 1998., 124 p. 972-37-0283-5.

Assunto: Literatura portuguesa -- ensaio Cota: FG LP(E) PASC-T. art

PASCOAES, Teixeira de – Aforismos. Lisboa : Assírio & Alvim, 1998., 39 p. 972-37-0479-X. Assunto: Literatura portuguesa -- adágios

Cota: FG LP(AP) PASC-T. afo

PASCOAES, Teixeira de – Anjos e fantasmas: textos e imagens. Lisboa : Assírio & Alvim, 2003., 63 p.972-37-0773-X.

Assunto: Literatura portuguesa -- memórias Cota: FG LP(CB) PASC-T. anj

PASCOAES, Teixeira de – Livro de memórias. Lisboa : Assírio & Alvim, 2001., 149 p. 972-37-0644-X. Assunto: Literatura portuguesa -- memórias

Cota: FG LP(CB) PASC-T. liv

PASCOAES, Teixeira de – Londres; Cantos indecisos; Cânticos. Lisboa : Assírio & Alvim, 2002., 154 p. 972-37-0687-3.

Assunto: Literatura portuguesa -- poesia Cota: FG LP(P) PASC-T. lon

PASCOAES, Teixeira de – Napoleão. Lisboa : Assírio & Alvim, 1989., 322 p. 972-37-0230-4. Assunto: Literatura portuguesa -- biografias

Cota: FG LP(CB) PASC-T. nap

PASCOAES, Teixeira de – O penitente: Camilo Castelo Branco. Lisboa : Assírio & Alvim, 1985., 144 p.

Assunto: Literatura portuguesa -- biografias Cota: FG LP(CB) PASC-T. pen

PASCOAES, Teixeira de – Obras completas de Teixeira de Pascoaes: prosa. Amadora : Bertrand, imp. 1975., 4 vol. (311, [1] p.).

Assunto: Literatura portuguesa -- prosa narrativa Cota: FG LP(PN) PASC-T. obr

(19)

PASCOAES, Teixeira de – Os poetas lusíadas: reflexões sobre Teixeira de Pascoaes. Lisboa : Assírio & Alvim, 1987., 184 p.

Assunto: Estudos literários Cota: FG 82.09 PASC-T. põe

PASCOAES, Teixeira de – Os poetas lusíadas: reflexões sobre Teixeira de Pascoaes. Lisboa : Assírio & Alvim, 1987., 184 p.

Assunto: Estudos literários Cota: FG 82.09 PASC-T. põe

PASCOAES, Teixeira de – São Paulo. Lisboa : Assírio & Alvim, 1984., 247 p. Assunto: Literatura portuguesa -- biografias

Cota: FG LP(CB) PASC-T. são

PASCOAES, Teixeira de – Senhora da noite; Verbo escuro. Lisboa : Assírio & Alvim, 1999., 154 p. 972-37-0533-8.

Assunto: Literatura portuguesa -- poesia Cota: FG LP(P) PASC-T. sem

SAMUEL, Paulo – Viajar com... Teixeira de Pascoaes. [Porto] : Caixotim, D. L. 2004., 44 p. : il. 972-8651-42-2.

Assunto: Literatura portuguesa -- biografias Cota: FG LP(CB) SAMU-P. via

Viajar com... os caminhos da literatura. [S.l.] : Delegação Regional da Cultura do Norte, 2005., 1 CD-ROM : col., son. ; 12 cm. 972-99573-2-0.

Assunto: Literatura portuguesa -- biografias Cota: FG LP(CB) via

SÍTIOS NA INTERNET

Biblioteca Nacional de Portugal – http://purl.pt/index/geral/aut/PT/10411.html

(20)

DGLB

http://www.iplb.pt/sites/DGLB/Portugues/autores/Paginas/PesquisaAutores1.aspx?AutorId=9011

Sítio da Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas com a biografia do escritor. Instituto Camões – http://cvc.instituto-camoes.pt/filosofia/1910a.html

Sítio do Instituto Camões com a biografia de Teixeira de Pascoaes.

Portal da Literatura – http://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=338

Sítio com a biografia do autor e títulos publicados.

Projecto Gutenberg – http://www.gutenberg.org/browse/authors/p#a25460

Sítio com alguns livros de Teixeira de Pascoaes em livre acesso. Projecto Vercial – http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/pascoaes.htm

A maior base de dados sobre literatura portuguesa com a biografia do autor e livros editados, outros itens de interesse para consulta.

(21)

Aquilino Gomes Ribeiro (1885-1963) nasceu em Carregal de Tabosa, Sernancelhe, e faleceu em Lisboa. Com o objectivo de ser padre, frequentou o colégio jesuíta da Lapa, os seminários de Lamego, Viseu e Beja. Em 1906 abandona o seminário e fixa-se em Lisboa, dedicando-se à defesa da república através de textos conspiratórios. Devido a uma explosão no seu quarto, onde morrem dois carbonários, foge para Paris e só regressa em 1914. Dedica-se então ao ensino e junta-se ao grupo da Seara Nova. Entre 1927 e 1928, sofre algumas perseguições e chega mesmo a ser preso, conseguindo fugir para Paris. Em 1959, é-lhe movido um processo censório pelo seu romance Quando os Lobos Uivam. A sua obra romanesca insere-se numa linha camiliana. Obras: A Via Sinuosa (1918), Terras do Demo (1919), O Malhadinhas, Filhas da Babilónia (1920), Estrada de Santiago (1922), Andam Faunos pelo Bosque (1926), Romance da Raposa (1929), Batalha Sem Fim (1931), As Três Mulheres de Sansão (1932), S. Banaboião, Anacoreta e Mártir (1937), Volfrâmio (1944), Constantino de Bragança (1947), O Homem da Nave (1951), Abóboras no Telhado (1955), A Grande Casa de Romarigães (1957), etc.

“(...) A juventude de Aquilino Ribeiro – entre os 16 e os 25 anos – decorreu na conturbada conjuntura dos finais da Monarquia, em que Aquilino foi um interventor pleno – como militante num grupo clandestino de traços anarquistas, repórter radical e fabricante de bombas. Tão inusitadas acções ascendem à ribalta com a sua prisão, à ordem do Juíz de Instrução Criminal, ocorrida a 17 de Novembro de 1907.

O Diário de Notícias do dia seguinte, segunda-feira, insere uma pequena nota oficiosa com este teor: “ Uma Explosão – Ontem, pelas 3 horas da tarde, quando três indivíduos estavam preparando explosivos, houve uma explosão, morrendo dois daqueles indivíduos e sendo o outro preso.” O prisioneiro, um jovem que completara 22 anos havia pouco, era colunista no jornal “Vanguarda”, e viria a estar quase dois meses incomunicável, encerrado na esquadra do Caminho Novo: trata-se de Aquilino Ribeiro (...)”.

“(...) Aquilino viria a escapulir-se espectacularmente da sua prisão a 12 de Janeiro de 1908, poucos dias antes do regicídio, levado a cabo pelos seus amigos Alfredo Costa e Manuel Buiça, todos membros da mesma associação secreta – a Loja Solidariedade; a 31 de Maio, após alguns meses de clausura voluntária, parte finalmente para o seu exílio parisiense – onde permanecerá, estudando, até 1914, dando apenas breves saltadas a Portugal e à Alemanha.”

“(...) O carácter nacionalista anti-britânico de que o republicanismo inicial se reveste – e que será totalmente amaciado pelas contingências da política externa dos republicanos – está vivo no jovem Aquilino e será, aliás, mantido ao longo da sua vida: na análise que faz à greve dos mineiros de S. Domingos, o repórter admoesta o administrador do concelho por ter intervido militarmente no conflito, “ao lado dos exploradores estrangeiros, duma rapacidade de milhafres”; os interesses ingleses na exploração da mina não eram pequenos. Os britânicos são definidos lapidarmente – “Os „strugglers for life‟ ingleses são frios, incontemplativos como uma máquina de indústria” (...)”

(22)

“ (...) Nunca soube o que era servidão aos preconceitos, ao poder, às classes, nem mesmo ao gosto do público. Se pequei, pequei por conta própria, exclusivamente. Em todos os meus livros, se pode verificar mais ou menos esta rebeldia de carácter, desde as „Terras do Demo‟ ao „Quando os Lobos Uivam‟. Não direi como o alferes de bandeira: „ morra um homem e fique a fama‟, nem como o meu saudoso Afonso Lopes Vieira: „Salvemos a alma, isto é, a dignidade de consciência‟, mas apenas cumpri o dever contraído para comigo mesmo desde que aprendi a pensar. Estive também na primeira linha da barricada. O homem de letras é um interventor do mundo, não deixando por isso de fazer arte.”

Luís Vidigal, O jovem Aquilino Ribeiro, Lisboa, Livros Horizonte, 1986.

REFERÊNCIAS DA BMFC

Em defesa de Aquilino Ribeiro. Lisboa : Terramar, 1994., 285 p. 972-710-096-1. Assunto: Direito penal

Cota: FG 343/344 emd

LOPES, Óscar – 5 motivos de meditação: Luís de Camões, Eça de Queirós, Raul Brandão, Aquilino Ribeiro, Fernando Pessoa. Porto : Campo das Letras, 1999., 377 p. 972-610-090-9. Assunto: Crítica literária

Cota: FG 82.09 LOPE-O. cin

O Porto de Aquilino Ribeiro e João Abel Manta. Porto : Campo das Letras, 1998., 71 p. : il., color. 972-627-503-2.

Assunto: Pintura Cota: FG 75 por

RIBEIRO, Aquilino – A casa grande de Romarigães. Lisboa : Bertrand, D.L. 2000., 323 p. : il.972-25-0402-9.

Assunto: Literatura portuguesa -- romance Cota: FG LP(R) RIBE-A. cãs

RIBEIRO, Aquilino – A via sinuosa. Lisboa : Bertrand, D.L. 1984., 297 p. 972-25-0222-0. Assunto: Literatura portuguesa -- romance

(23)

RIBEIRO, Aquilino – Aldeia: terra, gente e bichos. Venda Nova : Bertrand, 1995., 361 p. 972-25-0930-6. Assunto: Literatura portuguesa -- romance

Cota: FG LP(R) RIBE-A. ald

RIBEIRO, Aquilino – Alemanha ensanguentada. Amadora : Bertrand, imp. 1974., 229 p. Assunto: Literatura portuguesa -- narrativa de viagens

Cota: FG LP(NV) RIBE-A. ale

RIBEIRO, Aquilino – Arcas encoiradas. Lisboa : Bertrand, 1962., 348, [2] p. Assunto: Literatura portuguesa -- outros géneros literários

Cota: FG LP(OG) RIBE-A. arc

RIBEIRO, Aquilino – As três mulheres de Sansão: Aninhas. Lisboa : Bertrand, 1985., 173 p. 972-25-0218-2.

Assunto: Literatura portuguesa -- novela Cota: FG LP(N) RIBE-A. tre

RIBEIRO, Aquilino – Aventura maravilhosa: romance. [Lisboa] : Bertrand, 1985., 225 p. 972-25-0178-X.

Assunto: Literatura portuguesa -- romance histórico Cota: FG LP(RH) RIBE-A. ave

RIBEIRO, Aquilino – Caminhos errados. Lisboa : Bertrand, 1985., 227 p. 972-25-0181-X. Assunto: Literatura portuguesa -- novela

Cota: FG LP(N) RIBE-A. cam

RIBEIRO, Aquilino – Camões, Camilo, Eça e alguns mais. Amadora : Bertrand, imp. 1975., 267 p. Assunto: Crítica literária

Cota: FG 82.09 RIBE-A. cam

RIBEIRO, Aquilino – Casa do escorpião. Lisboa : Bertrand, 1985., 218 p. 972-25-0183-6. Assunto: Literatura portuguesa -- novela

Cota: FG LP(N) RIBE-A. cãs

RIBEIRO, Aquilino – Cinco réis de gente. Lisboa : Bertrand, 1985., 208 p. 972-25-0185-2. Assunto: Literatura portuguesa -- romance

(24)

RIBEIRO, Aquilino – Constantino de Bragança: VII Vizo-Rei da Índia. Venda Nova : Bertrand, imp. 1987., 394 p.

Assunto: Literatura portuguesa -- biografias Cota: FG LP(CB) RIBE-A. com

RIBEIRO, Aquilino – Dom Frei Bertolameu: as três desgraças teologais: legenda. Amadora : Bertrand, 1959., 288 p.

Assunto: Literatura portuguesa -- biografias Cota: FG LP(CB) RIBE-A. dom

RIBEIRO, Aquilino – É a guerra. Amadora : Bertrand, 1958., 285, [2] p. Assunto: Literatura portuguesa -- diários

Cota: FG LP(CB) RIBE-A. gue

RIBEIRO, Aquilino – Estrada de Santiago. Lisboa : Bertrand, 1985., 225 p. 972-25-0190-9. Assunto: Literatura portuguesa -- novela

Cota: FG LP(N) RIBE-A. est

RIBEIRO, Aquilino – Filhas de Babilónia. Lisboa : Bertrand, D.L. 1985., 224 p. 972-25-0191-7. Assunto: Literatura portuguesa -- novela

Cota: FG LP(N) RIBE-A. fil

RIBEIRO, Aquilino – Humildade gloriosa. Lisboa : Bertrand, 1985., 248 p. 972-25-0195-X. Assunto: Literatura portuguesa -- romance

Cota: FG LP(R) RIBE-A. hum

RIBEIRO, Aquilino – Jardim das tormentas. Lisboa : Bertrand, 1985., 227 p. 972-25-0197-6. Assunto: Literatura portuguesa -- conto

Cota: FG LP(CL) RIBE-A. jar

RIBEIRO, Aquilino – Lápides partidas. Lisboa : Bertrand, 1985., 289 p. 972-25-0198-4. Assunto: Literatura portuguesa -- romance

(25)

RIBEIRO, Aquilino – Maria Benigna. Amadora : Bertrand, cop. 1985., 183 p. 972-25-0205-0. Assunto: Literatura portuguesa -- romance

Cota: FG LP(R) RIBE-A. mar

RIBEIRO, Aquilino – Mónica. Lisboa : Bertrand, D.L. 1984., 211 p. 972-25-0206-9. Assunto: Literatura portuguesa -- romance

Cota: FG LP(R) RIBE-A. mon

RIBEIRO, Aquilino – O arcanjo negro. Lisboa : Bertrand, D.L. 1984., 220 p. 972-25-0176-3. Assunto: Literatura portuguesa -- romance

Cota: FG LP(R) RIBE-A. arc

RIBEIRO, Aquilino – O homem que matou o diabo. Amadora : Bertrand, 1972., 334, [1] p. Assunto: Literatura portuguesa -- romance

Cota: FG LP(R) RIBE-A. hom

RIBEIRO, Aquilino – O Malhadinhas; Mina de diamantes. 29ª ed. Lisboa : Bertrand, imp. 2000., 356 p. 972-25-0203-4.

Assunto: Literatura portuguesa -- romance Cota: FG LP(R) RIBE-A. mal

RIBEIRO, Aquilino – O servo de Deus: a casa roubada. Lisboa : Bertrand, 1985., 187 p. 972-25-0215-8.

Assunto: Literatura portuguesa -- novela Cota: FG LP(N) RIBE-A. ser

RIBEIRO, Aquilino – Os avós dos nossos avós. Venda Nova : Bertrand, 1990., 333 p. 972-25-0516-5.

Assunto: Literatura portuguesa -- memórias Cota: FG LP(CB) RIBE-A. avo

RIBEIRO, Aquilino – Portugueses das sete partidas: viajantes, aventureiros, troca-tintas. 6ª ed. Lisboa : Bertrand, 1992., 312 p. 972-25-0658-7.

Assunto: Literatura portuguesa -- historiografia Cota: FG LP(CB) RIBE-A. por

(26)

RIBEIRO, Aquilino – Príncipes de Portugal: suas grandezas e misérias. Lisboa : Livros do Brasil, [194-]., 227 p.

Assunto: Biografias Cota: FG 929 RIBE-A. pri

RIBEIRO, Aquilino – Quando os lobos uivam. Lisboa : Bertrand, 2005., 260 p. Assunto: Literatura portuguesa -- romance

Cota: FG LP(R) RIBE-A. qua

RIBEIRO, Aquilino – S. Banaboião, anacoreta e mártir. Lisboa : Bertrand, 1985., 239 p. 972-25-0214-X.

Assunto: Literatura portuguesa -- romance Cota: FG LP(R) RIBE-A. são

RIBEIRO, Aquilino – Terras do demo. Lisboa : Bertrand, cop. 1963., 352, [4] p. Assunto: Literatura portuguesa -- romance

Cota: FG LP(R) RIBE-A. ter

RIBEIRO, Aquilino – Um escritor confessa-se; Lances da minha vida. Lisboa : Bertrand, 2008., 373 p. 978-972-25-1692-1.

Assunto: Literatura portuguesa -- crónicas Cota: FG LP(CB) RIBE-A. esc

RIBEIRO, Aquilino – Uma luz ao longe. Lisboa : Bertrand, 1985., 190 p. 972-25-0220-4. Assunto: Literatura portuguesa -- romance

Cota: FG LP(R) RIBE-A. luz

RIBEIRO, Aquilino – Volfrâmio. Lisboa : Bertrand, 1960., 457, [1] p. Assunto: Literatura portuguesa -- romance

Cota: FG LP(R) RIBE-A. vol

VELOSO, Rui Marques – A obra de Aquilino Ribeiro para crianças: imaginário e escrita. Porto : Porto Editora, 1994., 144 p. 972-0-34082-7.

Assunto: Crítica literária Cota: FG 82.09 VELO-R. obr

(27)

Viajar com... os caminhos da literatura. [S.l.] : Delegação Regional da Cultura do Norte, 2005., 1 CD-ROM : col., son. ; 12 cm. 972-99573-2-0.

Assunto: Literatura portuguesa -- biografias Cota: FG LP(CB) via

REFERÊNCIAS DA BMFC – INFANTIL

RIBEIRO, Aquilino – Arca de Noé: III classe. Lisboa : Bertrand, 2000., 165, [3] p. : il. 972-25-410-X. Assunto: Literatura portuguesa -- estórias para ler e contar

Cota: FI LP(LC) RIBE-A. arc

RIBEIRO, Aquilino – O livro de Marianinha: lengalengas e toadilhas em prosa rimada. 2ª ed. Lisboa : Bertrand, 1993., 102 p. : il. 972-25-0769-9.

Assunto: Literatura portuguesa -- poesia Cota: FI LP(P) RIBE-A. liv

RIBEIRO, Aquilino – Romance da raposa. Lisboa : Bertrand, 2003., 165 p. : il. 972-25-1266-8. Assunto: Literatura portuguesa -- romances e aventuras

Cota: FI LP(RA) RIBE-A. Rom

REFERÊNCIAS DA BMFC – JUVENIL

RIBEIRO, Aquilino – A batalha sem fim. Amadora : Bertrand, cop. 1972., 350, [2] p. Assunto: Literatura portuguesa -- romance

Cota: FJ LP(R) RIBE-A. bat

RIBEIRO, Aquilino – Leal da Câmara: vida e obra. Amadora : Bertrand, 1975., 200 p. Assunto: Literatura portuguesa -- biografias

Cota: FJ LP(CB) RIBE-A. lea

RIBEIRO, Aquilino – Portugueses das sete partidas: viajantes, aventureiros, troca-tintas. Lisboa : Bertrand, cop. 1969., 312, [6] p.

Assunto: Literatura portuguesa -- historiografia Cota: FJ LP(CB) RIBE-A. por

(28)

SÍTIOS NA INTERNET

Biblioteca Nacional de Portugal – http://purl.pt/15064

Sítio da Biblioteca Nacional de Portugal com uma obra digitalizada de Aquilino. DGLB

http://www.iplb.pt/sites/DGLB/Portugues/autores/Paginas/PesquisaAutores1.aspx?AutorId=9659

Sítio da Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas com a biografia do escritor. Infopédia – http://www.infopedia.pt/$aquilino-ribeiro

Sítio da responsabilidade e propriedade do Grupo Porto Editora com a biografia de Aquilino Ribeiro. Instituto Camões – http://cvc.instituto-camoes.pt/figuras/aribeiro.html

Sítio do Instituto Camões com a biografia de Aquilino Ribeiro.

NetSaber – http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_942.html

Sítio brasileiro com breve biografia de Aquilino.

Portal da Literatura – http://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=220

Sítio com a biografia do autor e títulos publicados.

Projecto Vercial – http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/aquilino.htm

A maior base de dados sobre literatura portuguesa com a biografia do autor e livros editados, outros itens de interesse para consulta.

Vidas Lusófonas – http://www.vidaslusofonas.pt/aquilino.htm

(29)

Joaquim Teófilo Fernandes Braga (1843-1924) nasceu em Ponta Delgada e faleceu em Lisboa. Cedo revela queda para a literatura e publica em 1859 na própria tipografia onde trabalhava o seu livro de estreia, Folhas Verdes. Em 1861 vai para Coimbra, onde frequenta o curso de Direito. Por essa altura, colabora em O Instituto e na Revista de Coimbra, entre outras, opondo-se frontalmente ao ultra-romantismo e participando activamente na Questão Coimbrã. Terminado o curso de Direito, vai viver para o Porto, tomando contacto com a filosofia positivista de Comte, que muito o irá influenciar. Em 1872 fixa-se em Lisboa, passando a leccionar literatura no Curso Superior de Letras. Republicano militante, em 1910 é convidado para presidente do Governo Provisório, tendo sido mais tarde eleito Presidente da República (1915). Dedicou-se à história da literatura portuguesa e aos estudos etnográficos.

Além de obras de carácter histórico-literário, escreveu também poesia, ficção, etnografia e filosofia. Obras poéticas: Visão dos Tempos (1864), Tempestades Sonoras (1864), Torrentes (1869), Miragens Seculares (1884). Ficção: Contos Fantásticos (1865), Viriato (1904). Ensaio: As Teorias Literárias – Relance sobre o Estado Actual da Literatura Portuguesa (1865), História da Poesia Moderna em Portugal (1869), História da Literatura Portuguesa (Introdução) (1870), História do Teatro Português (4 vols., 1870-1871), Teoria da História da Literatura Portuguesa (1872), Manual da História da Literatura Portuguesa (1875), Bocage, sua Vida e Época (1877), Parnaso Português Moderno (1877), Traços gerais da Filosofia Positiva (1877), História do Romantismo em Portugal (1880), Sistema de Sociologia (1884), Camões e o Sentimento Nacional (1891), História da Universidade de Coimbra (4 vols., 1891-1902), História da Literatura Portuguesa (4 vols., 1909-1918). Antologias: Cancioneiro Popular (1867), Contos Tradicionais do Povo Português (1883). “ Só o sr. dr. Teófilo Braga foi convidado para a presidência da República.

Alguns jornais, fantasiando, lançaram nos dois últimos dias vários nomes à publicidade, como tendo sido convidados para a presidencia da República. Fantasia, tudo fantasia. O que se passou “O Mundo” o esclarece em duas palavras. Só um nome foi lembrado – o do sr. dr. Teófilo Braga, e por isso só S. Ex.ª aceitou o convite, inútil é dizer que ninguém se recusou a exercer aquele alto cargo. Alguns revolucionários dirigiram-se aos membros da antiga Junta Constitucional e pediram-lhes que se avistassem com os chefes dos partidos para esse efeito. Aceitando a missão de que a incombiam, a antiga Junta avistou-se com os srs. drs. Brito Camacho e António José de Almeidae, por último, com o sr. dr. Afonso Costa, que na ocasião que foi procurado, estava presidindo em sua casa a uma reunião do Directório do Partido Republicano. Informado do ocorrido, o ilustre estadista comunicou-o aos restantes membros do Directório, que apoiaram o nome do sr. dr. Teófilo Braga, tendo, por isso, o novo Presidente da República sido escolhido não só com o consenso dos três chefes republicanos, mas também do mais alto corpo do partido Republicano.”

(30)

REFERÊNCIAS DA BMFC

BRAGA, Teófilo – Contos populares do Algarve. Castelo Branco : Alma Azul, 2005., 99, [5] p. 972-8580-92-4.

Assunto: Literatura portuguesa -- conto Cota: FG LP(CL) BRAG-T. com

BRAGA, Teófilo – Contos tradicionais do povo português. 6ª ed. Lisboa : Dom Quixote, 2002., Vol. 2, (410 p.). 972-20-2272-5.

Assunto: Literatura portuguesa -- conto Cota: FG LP(CL) BRAG-T. com

BRAGA, Teófilo – Contos tradicionais do povo português. 6ª ed. Lisboa : Dom Quixote , 2002. , Vol. 1, (374 p.). 972-20-2270-9.

Assunto: Literatura portuguesa -- conto Cota: FG LP(CL) BRAG-T. com

BRAGA, Teófilo – História da literatura portuguesa: as modernas ideias na literatura portuguesa a geração de 70. Lisboa : Europa-América, [19--?]., Vol. 7 (308 p.).

Assunto: História da literatura portuguesa Cota: FG 82(134.4) BRAG-T. his

BRAGA, Teófilo – História da literatura portuguesa: as modernas ideias na literatura portuguesa o ultra-romantismo. Lisboa : Europa-América, [19--?]., Vol. 6 (296 p.).

Assunto: História da literatura portuguesa Cota: FG 82(134.4) BRAG-T. his

BRAGA, Teófilo – História da literatura portuguesa: Idade Média. Lisboa : Europa-América, [19--?]., Vol. 1 (310 p.).

Assunto: História da literatura portuguesa Cota: FG 82(134.4) BRAG-T. his

BRAGA, Teófilo – História da literatura portuguesa: o romantismo. Lisboa : Europa-América , [19--?]. , Vol. 5 (427 p.).

Assunto: História da literatura portuguesa Cota: FG 82(134.4) BRAG-T. his

(31)

BRAGA, Teófilo – História da literatura portuguesa: os árcades. Lisboa : Europa-América, [19--?]., Vol. 4 (339 p.).

Assunto: História da literatura portuguesa Cota: FG 82(134.4) BRAG-T. his

BRAGA, Teófilo – História da literatura portuguesa: os seiscentistas. Lisboa : Europa-América, [19--?]., Vol. 3 (414 p.).

Assunto: História da literatura portuguesa Cota: FG 82(134.4) BRAG-T. his

BRAGA, Teófilo – História da literatura portuguesa: renascença. Lisboa : Europa-América, [19--?]., Vol. 2 (422 p.).

Assunto: História da literatura portuguesa Cota: FG 82(134.4) BRAG-T. his

BRAGA, Teófilo – História das ideias republicanas em Portugal. Lisboa : Vega, 1983., 174 p. Assunto: História de Portugal

Cota: FG 94(469) BRAG-T. his

BRAGA, Teófilo – Os amores de Camões. Porto : Fronteira do Caos, 2006., 163 p. 989-95063-9-7. Assunto: Estudos literários

Cota: FG 82.09 BRAG-T. amo

BRAGA, Teófilo – Viriato. Porto : Fronteira do Caos, 2006., 203 p. 989-95063-3-8. Assunto: Literatura portuguesa -- ensaio

Cota: FG LP(E) BRAG-T. vir

RODRIGUES, Manuel Augusto – Correspondência para Teófilo Braga: de lentes de Coimbra e outros intelectuais. Coimbra : Instituto Nacional de Investigação Científica, 1988., 157 p.

Assunto: Literatura portuguesa -- cartas Cota: FG LP(C) RODR-M. cor

Teófilo Braga e os republicanos: (dossier pessoal de José Relvas). Lisboa : Vega, 1987., 115 p. Assunto: História de Portugal

(32)

REFERÊNCIAS DA BMFC – INFANTIL

Histórias tradicionais portuguesas. 2ª ed. Porto : Ambar, 2002., 55 p. 972-43-0393-4. Assunto: Literatura portuguesa -- estórias tradicionais

Cota: FI LP(ET) his

REFERÊNCIAS DA BMFC – JUVENIL

BRAGA, Teófilo – Obras integrais de Teófilo Braga. [S.l.] : Projecto Vercial, cop. 2003., 1 CD-Rom : stereo ; 12 cm.

Assunto: História da literatura portuguesa Cota: FJ 82(134.4) BRAG-T. obr

SÍTIOS NA INTERNET

Arqnet – http://www.arqnet.pt/dicionario/bragateofilo.html

Portal da História com a biografia de Teófilo Braga.

Biblioteca Nacional de Portugal – http://purl.pt/index/geral/aut/PT/16499.html

Sítio da Biblioteca Nacional de Portugal com oito obras digitalizadas de Teófilo Braga. Governo dos Açores – http://pg.azores.gov.pt/drac/cca/enciclopedia/ver.aspx?id=7421

Sítio do Governo dos Açores na página Centro de Conhecimento dos Açores, Enciclopédia Açoriana, neste sítio está disponível a biografia, bastante detalhada de Teófilo Braga e as obras publicadas. Infopédia – http://www.infopedia.pt/$teofilo-braga

Sítio da responsabilidade e propriedade do Grupo Porto Editora com a biografia de Teófilo Braga. Instituto Camões – http://cvc.instituto-camoes.pt/filosofia/rep7.html

Sítio do Instituto Camões com a biografia de Teófilo Braga.

O Leme – http://www.leme.pt/biografias/portugal/presidentes/teofilo.html

Sítio com a biografia de Teófilo Braga.

Presidência da República Portuguesa – http://www.presidencia.pt/?idc=13&idi=37

Sítio oficial da Presidência da República Portuguesa, onde está disponível uma biografia do antigo Presidente da República.

(33)

Vidas Lusófonas – http://www.vidaslusofonas.pt/teofilo_braga.htm

Sítio com a biografia e obras editadas pelo autor.

A Biblioteca Municipal Ferreira de Castro associa-se assim, às

Comemorações do Centenário da República, destacando os autores desse

período da nossa História, nomeadamente aos autores da Primeira República.

Prestamos assim a merecida homenagem a estes intelectuais que ajudaram a

proporcionar um novo regime até aí desconhecido em Portugal, com todos os

defeitos e virtudes que são discutidos particularmente neste ano de

celebração, pois só as ideias são perfeitas. No entanto, a República faz este

ano um século de existência! Se valeu a pena ou não, só a História o poderá e

irá julgar!

Referências

Documentos relacionados

(Não é possível seleccionar este item na visualização Slideshow.) Se seleccionar [Importar várias imagens], pode seleccionar a imagem que pretende importar a partir da lista

O movimento que desloca o trajeto de seu estudo da constituição da “verdade” sobre os sujeitos e de sua relação com o poder demarca, juntamente com o silêncio de oito anos de

Em Oiapoque e Saint George (Guayana Francesa) foi aplicado o mesmo instrumento de coleta de dados, no entanto, para estes dois últimos municípios tal coleta foi

Figura 2 – País de Prioridade dos Pedidos de Patente depositados no mundo relacionados aos inseticidas, fungicidas e herbicidas no período compreendido entre 1996

Manteuffel e White, em [54], deduzem a convergˆencia de segunda ordem para v´arios problemas escalares, considerando m´etodos de diferen¸cas finitas centradas nos v´ertices e

All participants in this study had the lesion for more than a year, with 71.4% having had it for more than five years, a factor that made it difficult to collect data about the

Parágrafo Segundo – A Assembleia Geral será instalada na data e horário estabelecido com a maioria dos associados, ou 30 minutos após com pelo menos um quinto (1/5)

Considerando que entre aquelas medidas podem figurar: a obrigatoriedade do preenchimento de todas as vagas de me­ dicos e enfermeiros; a intensifica^ao da