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PRODUTOS FINANCEIROS COMPLEXOS

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CONSULTA PÚBLICA DA CMVM Nº 1/2012 COMENTÁRIOS / DÚVIDAS SUGESTÕES Artigo 2.º

PRODUTOS FINANCEIROS COMPLEXOS - Produtos financeiros complexos que incluem seguros ligados a fundos de investimento (unit linked) e operações de capitalização ligadas a fundos de investimento

É uma discriminação inaceitável incluir no âmbito deste regulamento os unit linked e deixar de fora, ou tratar de forma excecional, produtos perfeitamente equiparáveis e concorrenciais, como os OIC. Configura uma arbitragem regulatória, que contrasta frontalmente com os princípios se pretendem expressamente implantar.

De um modo geral, a inclusão indiscriminada dos unit linked neste regime conflitua até, ou convive de forma inadequada, com a legislação e regulamentação aplicáveis aos seguros (que os unit linked não deixam de ser) e atividades afins (como a mediação de seguros).

No caso concreto dos PPRs, eles são regidos por uma legislação única independentemente da sua natureza (seguro de vida, fundo mobiliário ou de pensões), sendo que a constituição da carteira de ativos de um Fundo Autónomo PPR, sob a supervisão do ISP, é fortemente regulamentada com uma definição muito detalhada dos ativos que a podem integrar (NR 5/2003).

A formulação adotada na referida alínea d) do n.º 2 não é correcta. Efectivamente, para além dos seguros ligados a fundos de investimento (artigo 206.º, n.º 2, primeira parte, do regime jurídico do contracto de seguro, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 72/2008, de 16 de Abril) são susceptíveis de ser qualificados como instrumentos de captação de aforro estruturados (considerados produtos financeiros complexos pelo artigo 2.º, n.º 6, do Decreto-Lei n.º 211-A/2008) outros seguros ou operações (artigo 206.º, n.º 2, parte final, do regime jurídico do contrato de seguro), e designadamente as operações de capitalização.

Na realidade, para além da natureza tautológica do primeiro segmento da referida alínea ("Contratos de seguro ligados a fundos de investimento [...], incluindo os seguros ligados a fundos de investimento), é errada a qualificação das operações de capitalização ligadas a fundos de investimento como contratos de seguro (Contratos de seguro ligados a fundos de investimento [...], incluindo […] as operações de capitalização ligadas a fundos de investimento).

Os unit linked, pelo menos os normalizados, devem ser tratados fora deste âmbito, em regulamentação autónoma, que respeite a legislação e regulamentação a que estão sujeitos por força da sua condição de seguros, e que acompanhe, num patamar de igualdade, as exigências impostas aos OIC, produtos perfeitamente comparáveis.

Por maioria de razão, os PPRs deveriam ser excluídos deste regulamento, ficando eventualmente abrangidos pelo Regulamento da CMVM nº8/2007, à semelhança dos contratos de adesão facultativa para fundos de pensões. Os unit linked Não Normalizados (que, ainda assim, têm uma regulamentação apertada por parte do ISP - NR nº 13/2003; NR nº 11/2010 e NR nº3/2011 e Circular nº19/2005), se mantidos no âmbito deste regulamento, devem ficar abrangidos pelo nº 3 do art.º 2º, sendo tratados caso a caso, tal como os OIC não harmonizados.

Artigo 3.º

OUTRAS DEFINIÇÕES - capital investido - entidade gestora

- produto com risco de tentabilidade - produto com risco certo - produto com rendimento fixo - produto de rendimento garantido - produto de rendimento garantido a todo o tempo

- produto de rendimento garantido na maturidade - produto dual

- produto sem risco de capital

- produto sem risco de capital a todo o tempo - produto sem risco de capital na maturidade - risco de crédito

Não há qualquer ponte para a terminologia própria dos seguros, que o contrato de seguro unit linked tem que respeitar. Nos produtos multifundos, em que cada fundo autónomo tem as suas características próprias (de garantia ou não, de capital e rendimento), como deverá ser efetuada a classificação do produto?

Na definição de 'Capital Investido', a expressão ‘outros encargos’ deve explicitar que estes se referem exclusivamente a encargos suportados pelo cliente (ex: subscrição) e não os deduzidos aos fundos/apólices (ex: gestão).

Ainda na definição de ‘Capital Investido’ deve ser também incluído o termo ‘prémio de seguro’, uma vez que é a expressão utilizada no contrato de seguro para o valor pago pelo cliente.

A nosso entender, poderia ser introduzido um mapeamento dos termos previstos na lei do contrato de seguro à semelhança no que foi feito no documento, grupo de elaborado por um trabalho constituído por representantes da CMVM e da APS, que visa uniformizar as terminologias a utilizar nos prospetos simplificados dos unit linked.

Sugere-se uma hierarquia da classificação por grupos e subgrupo, agregando, por exemplo, as várias definições de produtos sem garantias e de produtos com garantias, e identificando dentro destes últimos as várias opções.

Artigo 4.º

FONTE DE INFORMAÇÃO E EXPRESSÕeS DE USO RESTRITO

Trata-se de uma disposição equivalente à constante no Artigo 11º da Norma 3/2010-R, do ISP. Defende-se o tratamento dos unit linked em regulamentação autónoma por forma a ser possível efectuar a conexão direta com a legislação específica de seguros

PRODUTOS FINANCEIROS COMPLEXOS

D ISPOSI Ç ÕES GER A IS

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CONSULTA PÚBLICA DA CMVM Nº 1/2012 COMENTÁRIOS / DÚVIDAS SUGESTÕES Artigo 5.º

DOCUMENTO INFORMATIVO (IFI)

- Informação Fundamental ao Investidor Existindo já a necessidade de Condições Gerais/Especiais para todos os contratos de seguro, deverá haver uma coordenação e harmonização entre a legislação/regulamentação dos seguros e a regulamentação dos PFC, visando uma racionalização dos recursos e um melhor esclarecimento do consumidor. Caso contrário, haverá uma quantidade excessiva de informação disponível para uma decisão de investimento fundamentada por parte dos investidores.

E nos seguros de Vida, o Regime Jurídico do Contrato de Seguro (RJCS) já obriga a que sejam fornecidos aos segurados um conjunto de informações pré-contratuais que, adicionados a estas exigências da CMVM, não só encarecerão o produto, como se revelarão contra-producentes para o próprio subscritor, que não irá conseguir ler toda a informação fornecida.

Uma vez mais, defende-se o tratamento dos unit linked em regulamentação autónoma, para atender a esta realidade e racionalizar a quantidade de informação que é obrigatório entregar aos subscritores.

Sendo o capital mínimo de subscrição por investidor igual ou superior a 100.000€, deverá esclarecer-se que tipo de informação deverá ser comunicada na notificação prévia a remeter à CMVM.

A referência do n.º 1 à autoridade comercializadora é um lapso manifesto e deverá ser corrigida para "a entidade comercializadora".

Artigo 6.º PRINCÍPIOS GERAIS

[número 5] Deverão ser esclarecidos os seguintes conceitos: 'categoria de produtos' e 'desproporcionadamente onerosa'. [número 7] É referido que “A CMVM (…) pronuncia-se sobre o projeto de IFI, no prazo de 5 dias úteis”, mas não se enunciam as consequências relativas a um eventual incumprimento deste prazo.

Relativamente ao incumprimento do prazo, deve ser adotado um princípio semelhante ao que se encontra previsto no art. 23.º para a aprovação de publicidade sobre o PFC, onde se prevê que, passado o prazo previsto (10 dias úteis) e caso a CMVM não se pronuncie, considera-se aprovada a publicidade.

Artigo 7.º

FORMATO E CONTEÚDO

[número 2, alínea b)] A aplicação do alerta gráfico deverá ser revista. Artigo 8.º

ALERTA GRÁFICO

A operacionalização da utilização dos alertas gráficos na documentação, ou mesmo a sua incorporação nos sistemas operacionais que dão suporte à comercialização, exigirá uma carga de custos e operacional bastante pesada, quer para as companhias que procedam à sua comercialização via canais bancários, quer para as companhias que procedam à comercialização através dos canais de mediação tradicionais.

A adoção da sinalética das cores é de difícil implementação e elevados custos (o que é especialmente desajustado num período como o atual), uma vez que é difícil garantir a existência de impressoras a cores em todos os pontos de venda, além da sua adequada e permanente calibração nos parâmetros definidos.

Acresce que a utilização do sistema de cores proposto não vem necessariamente acrescentar valor ou beneficiar a percepção por parte do cliente dos riscos que podem estar associados a cada um dos produtos. Será perceptivel de imediato para um consumidor que um produto ao qual seja atribuído um alerta gráfico de cor vermelha represente menor risco que um produto que tenha atribuído um alerta gráfico de cor preta? E terão sido ponderadas as dificuldades especiais dos cidadão daltónicos?

Além de que se darão sinais errados ao cliente. Por exemplo, um unit linked que tenha por base um fundo de tesouraria terá o mesmo alerta gráfico (vermelho) que um Turbo Warrant, sendo que o risco subjacente a cada um destes tipos de produtos é substancialmente diferente.

Prever uma alternativa ao sistema de cores, criando uma sinalética em que seja dado um maior destaque ao gráfico e à escala do nível de alerta.

Procurar esclarecer com maior rigor o conceito e a fórmula de cálculo da ”…taxa interna de rentabilidade exigida pelos investidores institucionais para produtos financeiros com níveis de risco idênticos…”.

Na atribuição de nível de alerta 1 (cor verde) a um PFC, sugere-se que o prazo máximo de maturidade seja alargando para 5 anos e 1 dia, tendo em consideração que existem muitos produtos de seguro que cumprem todos os requisitos enunciados, mas com este prazo por razões de otimização fiscal.

De que forma a existência de risco de crédito condiciona a atribuição de nível de alerta 1 (cor verde) a um determinado PFC?

[número 3] Na atribuição de nível de alerta 1 a um PFC, considera-se que a identificação da taxa interna de rendibilidade exigida pelos investidores institucionais, de acordo com os critérios estabelecidos no n.º 3, nem sempre será possível ou objetivamente observável. Por esse motivo, é possível que diferentes emitentes/sociedades gestoras de PFC com características semelhantes, cheguem a valores distintos para esta taxa, o que, no limite, poderá determinar níveis de alerta diferentes. IN F OR M A Ç Ã O PR É-C ON T R A T U A L

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CONSULTA PÚBLICA DA CMVM Nº 1/2012 COMENTÁRIOS / DÚVIDAS SUGESTÕES Artigo 9.º

ADVERTÊNCIAS AO INVESTIDOR

[alternativa escolhida] Algumas das advertências aos investidores são claramente excessivas, e não são minimamente aceitáveis para os objectivos e valores de companhias de seguros. Nenhum segurador tem por objetivo vender um produto cujo preço é, à partida, 'provavelmente excessivo', porque isso representa enganar os seus clientes.

Sugere-se a revisão de algumas destas advertências. A opção é pela 1ª das duas alternativas.

Artigo 12.º

CENÁRIOS E PROBABILIDADES

Será de difícil implementação esta indicação dos cenários com as respectivas probabilidades, não parecendo ser informação que o cliente vulgar possa entender facilmente.

De que forma se aplica este artigo para os unit linked?

Estes cálculos carecem de clarificação técnica.

No que respeita aos unit linked, importa explicitar, por exemplo, o que se entende por "qualquer evento".

Artigo 13.º ENCARGOS

[número 4] Questiona-se a não aplicação da tabela constante no Anexo IV para outros instrumentos para além dos unit linked e OICs não harmonizados.

Harmonização entre a nomenclatura utilizada no contrato de seguro e no IFI – encargos vs comissões.

Poderia ser introduzido um mapeamento dos termos previstos na lei do contrato de seguros à semelhança no que foi feito no documento, grupo de elaborado por um trabalho constituído por representantes da CMVM e da APS, que visa uniformizar as terminologias a utilizar nos prospetos simplificados dos unit linked.

Artigo 14.º

RENTABILIDADES E RISCO HISTÓRICOS

Para efeitos de informação sobre rentabilidade/risco históricos, e uma vez que não é referido nenhum período mínimo, basta a apresentação de informação referente ao último ano?

Artigo 15.º

OUTRAS INFORMAÇÕES

Quando algumas destas informações relevantes não se aplicam ao produto em causa, o que deve ser feito? Colocar ‘n.a.’? Sendo novas informações relativamente ao prospeto simplificado, designadamente as relativas ao 'montante global da emissão', não é claro como se aplicarão aos seguros unit linked.

Artigo 16.º

DOCUMENTOS DE SUBSCRIÇÃO

[alternativa escolhida] [número 1] A designação 'boletim de subscrição' é estranha à técnica seguradora.

[número 3] A hora da assinatura é um elemento que pode tornar-se de difícil cumprimento. O que acontece se o cliente não preencher?

Uma vez mais, importa assegurar uma correta harmonização entre a nomenclatura utilizada no contrato de seguro e nestes documentos.

Poderia ser introduzido um mapeamento dos termos previstos na lei do contrato de seguros à semelhança no que foi feito no documento, grupo de elaborado por um trabalho constituído por representantes da CMVM e da APS, que visa uniformizar as terminologias a utilizar nos prospetos simplificados dos unit linked.

[número 6] Incluir a possibilidade de entrega ao cliente de uma 2ª via igualmente assinada por ele, em vez de uma cópia (o que pressupõe que no momento da venda haja um mecanismo que permita efetuar uma copia do documento assinado pelo cliente).

A opção é pela 1ª das duas alternativas. Artigo 17.º

CONTRATO

Considera-se que o IFI será suficiente enquanto informação pré-contratual, podendo as declarações continuar a ser garantidas no âmbito do Boletim ou Proposta de Subscrição.

Clarificar o conceito de 'prévia e integralmente comunicado'. O RJCS já define um conjunto de comunicações e prazos a

É mais um aspeto em que importa harmonizar o regime com a legislaçao e regulamentação já aplicável aos seguros unit linked que, por exemplo, têm regras específicas no domínio do direito de livre resolução.

IN F OR M A Ç Ã O PR É-C ON T R A T U A IN F OR M A Ç Ã O C ON T R A T U A L

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CONSULTA PÚBLICA DA CMVM Nº 1/2012 COMENTÁRIOS / DÚVIDAS SUGESTÕES Artigo 18.º

INFORMAÇÃO CONTÍNUA

[número 1] O que se pretende na alínea a) é, para os unit linked, o valor unitário das unidades de conta.? [número 1] O que se pretende com 'informação sobre os fluxos financeiros'?

Considera-se, por exemplo, todas as compras e vendas de títulos por parte de um unit linked? Todas as operações de subscrição e resgate registadas no período?

Será que se pretende a informação de todos os prémios subscritos assim como resgates efetuados e mortes ocorridas com a indicação da respetiva data valor? Qual a periodicidade com que esta informação deve ser disponibilizada no site? Todas as compras e vendas de títulos por parte de um unit linked? Todas as operações de subscrição e resgate registadas no período?

[número 2] A inclusão de toda esta informação periódica ao cliente vai implicar alterações estruturais nos sistemas/modelos informáticos, pelo que o seu prazo de implementação deve ter em consideração estes constrangimentos.

É excessiva, de qualquer forma, a exigência de informação trimestral via extratos de conta, sobretudo para tipos específicos de produtos, que possam integrar um conjunto alargado de transações. Esta informação não será esclarecedora para clientes que poderão receber extractos com várias páginas de transações. Esta exigência comportará elevados custos operacionais para a sua concretização bem como custos de envio.

Após o PFC deixar de estar em comercialização, não é necessário atualizar o IFI? Atualmente, o prospeto simplificado é atualizado anualmente e enviado aos Tomadores de Seguro.

O regulamento não é claro quanto à informação a remeter nos extratos, importando clarificar, igualmente, se a informação solicitada é sobre o produto ou se é sobre o contrato em concreto que o cliente subscreveu.

Deverá ser esclarecido o alcance de "informação sobre fluxos financeiros".

Deverá também ser definida a periodicidade da publicação, bem como o período a que deve respeitar o reporte. Outra periodicidade que não anual, mesmo não existindo ainda uma clarificação dos fluxos financeiros em concreto, revestir-se-á de extrema complexidade, sobretudo no primeiro ano em que tenha de ser cumprida.

Sugere-se a revisão do número 2.

Deve-se repensar e racionalizar a quantidade de informação que é obrigatório entregar aos subscritores, nomeadamente à luz das exigências já previstas.

Artigo 19.º

COMUNICAÇÃO INDIVIDUAL DE ALTERAÇÕES RELEVANTES

[número 3] O prazo de 10 dias úteis pode ser insuficiente para efetuar a comunicação ao cliente. [número 4] Necessária harmonização entre as condições de resolução do contrato de seguro e revogação IFI, nomeadamente no que concerne aos custos de desinvestimento.

Sugere-se o alargamento deste prazo para 30 dias úteis.

Artigo 20.º INFORMAÇÃO FINAL

Não é claro o sentido a dar à expressão 'motivo' do vencimento.

Necessária harmonização com as obrigatoriedades de comunicação definidas no contrato de seguro para os vencimentos.

IN F OR M A Ç Ã O PÓS-C ON T R A T U A L

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Artigo 21.º

INFORMAÇÃO À CMVM

[número 1 e 3] O que se entende como o resultado da comercialização ? Serão os prémios subscritos ou também os resgates e mortes que possam ter ocorrido? Em concreto, que informação se pretende seja enviada?

[número 4] É exigida a comunicação de um conjunto de informações do PFC, um mês após a data de vencimento. O que se pretende para unit linked que não tenham prazo de vencimento?

Uma vez mais, importa assegurar uma articulação destas exigências de reporte com as já existentes para o ISP, visando evitar uma duplicação de esforços que aporta custos para as organizações.

Artigo 22.º

INFORMAÇÃO AO MERCADO

Para a generalidade do PFC, é solicitada a divulgação através do Sistema de Difusão de Informação da CMVM de um conjunto de informações bastante genéricos e de simples de aplicação. Contudo, a aliena e) exige um pedido especifico para os produtos unit linked : “O valor unitário da unidade de conta dos unit linked, com a mesma periodicidade prevista para o respetivo cálculo". Não é este requisito para os unit linked mais exigente do que para os outros produtos? De acordo com a alínea e), o valor unitário das unidades de conta dos unit linked deve ser divulgado através do Sistema de Difusão de Informação da CMVM. Atualmente essa informação já é disponibilizada no site da Seguradora. Como pretende a CMVM que essa informação lhes seja divulgada?

Artigo 23.º

APROVAÇÃO PRÉVIA E CADUCIDADE

[número 4] Considera-se excessivamente reduzido um prazo de validade de apenas 3 meses para a publicidade. Para produtos de subscrição contínua, a solicitação trimestral torna-se bastante desajustada, nomeadamente se pensarmos em suportes como folhetos impressos, que podem ter uma longevidade superior.

Sugere-se que, aquando da submissão à aprovação de uma peça publicitária, a entidade gestora indique uma data de validade, que seria alvo de aprovação pela CMVM nos mesmos termos enunciados nos números 1 a 3 deste artigo. Ou então que que o prazo de vida possa ser maior do que 3 meses desde que se encontre explicitamente expresso no material publicitário.

Artigo 24.º CONTEÚDO MÍNIMO

O conteúdo mínimo exigido para a publicidade dos PFC é excessivo e denso, colocando em causa a viabilidade desta publicidade em muitas circunstâncias.

[número 2] Por exemplo, há determinados suportes em que o cumprimento da alínea e) inviabiliza qualquer comunicação apelativa.

Artigo 28.º

ADEQUAÇÃO AO INVESTIDOR

[alternativa escolhida] A opção é pela 1ª das duas alternativas.

PU B L IC ID A D E IA IN F OR M A Ç Ã O À C M VM E A O M ER C A D O

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CONSULTA PÚBLICA DA CMVM Nº 1/2012 COMENTÁRIOS / DÚVIDAS SUGESTÕES Artigo 29.º

FORMAÇÃO DOS COLABORADORES

A formação que a CMVM pretende implementar originará custos elevados para as entidades comercializadoras de PFC. Ao nível dos produtos de seguros, de acordo com o DL n.º 144/2006, de 31 de Julho e Norma nº 17/2006-R, encontram-se já consagrados requisitos de formação que deverão ser cumpridos pelas 'pessoas directamente envolvidas na actividade de mediação de seguros'.

A fomação interna regular dos colaboradores é uma prática comum nas organizações e deve poder ser considerada para este efeito.

Considera-se excessiva a periodicidade mínima anual, relativamente à formação exigida, não se justificando minimamente face à complexidade dos produtos unit linked.

É importante que sejam identificados os conteúdos programáticos, número mínimo de horas de formação e critérios de avaliação.

A constituição e manutenção de um dossier, são do ponto de vista operacional, impraticáveis. E não parece relevante a identificação dos colaboradores que desenvolvem ações de comercialização para cada PFC, uma vez que a certificação vai ser global para o PFC.

Dúvidas sobre este dossier: É mesmo um dossier físico? Identifica quem vai vender e quem vendeu, ou basta quem vendeu? Deve estar permanentemente atualizado.

O envolvimento da APS na Comissão para o reconhecimento dos cursos não a deve inibir de oferecer, também ela, formação neste domínio, ainda que sobre os seus cursos não se deva, obviamente, pronunciar.

Sugere-se, uma vez mais, a articulação dos requisitos de formação dos colaboradores envolvidos na comercialização do PFC com os requisitos já previstos por via legislativa para os colaboradores envolvidos na comercialização de seguros. No mínimo, estas formações devem poder ser complementares, sob pena de se criarem exigências sobrepostas, muito pouco racionais.

De um modo geral, a informação sobre a certificação deste colaborador deve ser articulada com a informação sobre a certificação do mediador de seguros, que é exigida e mantida pelo ISP (e consta do seu site).

Encontrar solução que aproveite melhor o processo já montado: formação interna regular; formação no âmbito da mediação de seguros; gestão permanente dos curriculos do colaboradores.

Assim, e para futuro, deverá ser acrescido nos programas de certificação para mediadores do ramo vida um conteúdo programático dedicado à regulamentação de produtos complexos e todos que concluam com sucesso esta certificação deverão ser considerados habilitados a efetuar a comercialização de produtos Unit Linked.

Entretanto, todas as pessoas que possuam certificação de mediador de seguros para o ramo vida deveriam ser, automaticamente, consideradas habilitadas para efetuar a comercialização de produtos unit linked (exigindo, eventualmente, apenas uma formação de atualização aquando da publicação da nova regulamentação). Adicionalmente, não deverá ser exigida formação a colaboradores com larga experiência na comercialização destes produtos.

Legitimar, de alguma forma, a formação interna.

Estabelecer um regime transitório para as pessoas envolvidas na venda, à semelhança do que foi feito para a Lei da Mediação, de forma a de forma a assegurar que produtos que estejam a ser preparados para iniciar a comercialização não sejam afetados.

Artigo 30.º

CONFLITOS DE INTERESSES

Na generalidade das organizações do setor financeiro, a rede comercial 'vive' de comissões e de remuneração variável. Esta restrição representará mais um gravoso fator de discriminação dos produtos abrangidos face aos que ficam de fora do âmbito deste regulamento, que tenderão assim a ser privilegiados pelas redes comerciais.

A remuneração variável dos mediadores de seguros está prevista em legislação própria e será impensável pô-la em causa. O previsto artigo neste colide com remuneração típica dos mediadores de seguros?

Como se processa então a remuneração da rede de distribuição? Como é que a comercialização de um determinado produto pode não ter qualquer consequência sobre o cumprimento dos objetivos de produtividade dos colaboradores que estão afetos exatamente a essa comercialização?

Pelo menos do ponto de vista da comercialização dos produtos de seguros unit linked, e face às práticas e regras estabelecidas, este artigo não é sustentável.

C OM ER C IA L IZ A Ç Ã O E C ON SER VA D OR IA

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Artigo 33.º

ENTRADA EM VIGOR, DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E REVOGAÇÃO

Esclarecer os produtos que estarão abrangidos por este novo Regulamento, ou seja, se apenas será aplicado para os produtos novos ou também para aqueles que estão a ser comercializados atualmente ou ainda para os que ainda estão em vigor mas não admitem novas subscrições.

Clarificar o conceito 'mantenham em utilização', pois o documento IFI aparenta ser um documento única e exclusivamente pré-contratual, ao contrário do prospecto simplificado, que no entendimento transmitido pela CMVM ao longo destes anos era um documento que se manteria constantemente atualizado, no mínimo anualmente, independentemente de o produto se encontrar em comercialização, e indiferente à possibilidade de existirem entregas adicionais ou não.

É necessária a actualização do IFI para os produtos que já não se encontram em comercialização e nem aceitam entregas adicionais? É necessário actualização do IFI para os produtos que já não se encontram em comercialização mas aceitam entregas adicionais?

Os Prospectos Simplificados que teriam de ser actualizados até 30 de Abril do presente ano, terão ainda que o ser?

Caso se aplique igualmente à carteira existente, a data para entrada em vigor da IFI deverá coincidir com Abril 2013, data em que haveria necessidade de atualizar os Prospetos Simplificados.

Considerar um prazo transitório não inferior a 6 meses após a data da sua publicação, sob o risco de: . limitar fortemente a comercialização de novos produtos que estejam em fase de preparação

. impor prazos de implementação de processos administrativos e informáticos não compatíveis com os recursos e o planeamento dos seguradores e dos canais de distribuição, afectando produtos novos e existentes.

Prever prazos de adaptação relativamente a um conjunto de disposições, nomeadamente normas de formação, elaboração de testes de adequação ao investidor, publicação de cotações no SDI da CMVM, adaptação de extratos de conta e informação aos investidores através do site da seguradora.

A CMVM deve criar uma estrutura de apoio para a introdução deste regulamento, que responda de forma ágil às dúvidas e necessidades das entidades.

ANEXOS E NOTAS GENÉRICAS

Em alguns casos os prazos estipulados assentam em dias úteis, enquanto noutros assentam em dias corridos, o que tende a gerar confusão.

No anexo I, pretende-se a uniformização da formatação do IFI através de um tamanho de letra 12 pontos e limitando o mesmo a 6 páginas A4. Tendo em conta que alguns dos Prospetos Simplificados actuiais chegam a ter mais de 20 páginas escritas a tamanho de letra 9, não parece viável o cumprimento do previsto neste anexo, nomeadamente no ponto 4.

Harmonizar critério de contagem dos prazos.

N OT A S A D IC ION A IS EN T R A D A EM VI GOR

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