Tratamento de cama de aves para sua
reutilização
Valéria M. N. Abreu
• evitar o contato direto das aves com o piso;
• servir de substrato para a absorção da umidade do
ambiente;
• incorporação de fezes, urina, penas descamações da
pele e restos de alimento caídos dos comedouros;
• contribuir
para
a
redução
das
oscilações
de
temperatura no aviário.
Importância
- NA EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS
Fonte de contaminação para a propagação e perpetuação das doenças das aves
- QUALIDADE AMBIENTAL DOS GALPÕES
Temperatura, umidade e composição química do ar
- NO DESEMPENHO ZOOECONÔMICO DAS AVES
A utilização da mesma cama para vários lotes
consecutivos é muito comum, não acontecendo
apenas em regiões que têm baixa disponibilidade
de material ou aonde a cama tem bom valor de
venda
Reutilização da
cama
• Custo para aquisição do material
• Mão de obra para retirar a cama do galpão - aliada à
tentativa de
diminuir o tempo ocioso das instalações
• Escassez de materiais em regiões de alta concentração avícola
• Tentativa de minimizar o impacto ambiental da avicultura
Por que reutilizar a
• Cama apresente boas características no final do lote,
permitindo que continue exercendo suas funções
• É necessário minimizar a possibilidade da veiculação de
agentes patogênicos para lotes seguintes
• Várias alternativas para reduzir a carga microbiana
da
cama, indispensáveis sempre que se for reutilizar a cama
Como reutilizar a
cama?
•
A reutilização da cama = praticada na maioria das empresas
avícolas
• Desempenho dos lotes = não é alterado - não é possível relacionar
grandes problemas sanitários associados à reutilização
• Pode -se dividir a análise quando à viabilidade de se reutilizar a
cama 2 aspectos: sanitário e ambiental
Quando reutilizar a
cama?
Por que Tratar?
Aspectos Sanitários
•
Lactobacilos e Bifidobacterium (Bactérias
Gram-positivas) = não
problemas
• Enterobactérias e bactérias zoonóticas (patógenos) =
Aspectos Sanitários
Problemas
•
Salmonelas e Campilobater, implicados em problemas inerentes à
segurança alimentar.
• Escherichia coli (E. coli), especialmente as amostras causadoras de
dermatite necrótica nos próprios frangos.
• Bactérias oportunistas, como Clostridium perfringens (C. perfringens)
e Staphylococcus aureus (S. aureus), estão no ambiente do aviário
como contaminantes e podem ser importantes por causarem infecções
oportunistas ou condenação de carcaças
Fontes de
contaminação da cama
•
Importantes
patógenos
aviários
estão
corriqueiramente
presentes na cama de frangos de corte. São trazidos pelos
próprios pintos ou por vetores e são perpetuados no aviário
de lote para lote na própria cama, ou albergados em
reservatórios
que
escapam
à
desinfecção,
como
os
cascudinhos ou os roedores.
Composição da população
bacteriana da cama
• Muito aproximada da composição da microbiota fisiológica do íleo de
frangos e representada por aproximadamente 70% de Lactobacilos,
11% de Clostridium spp., 6,5% de Streptococcus spp. e 6,5% de
Enterococcus spp.
• A cama apresenta em média 10 vezes menos bactérias que a digesta,
porém
ainda
assim
esta
é
uma
concentração
elevada
de
microorganismos.
• Sob o ponto de vista prático, pode-se assumir que a concentração de
Condições para as
bactérias
• Após a criação do lote = maravalha, excreta, restos de ração, penas,
pele e insetos.
• Constituição - 14% de proteína bruta, 16% de fibra bruta, 13% de
matéria mineral e 0,41% de extrato etéreo. Composição rica em
nutrientes para as formas de vida bacterianas.
• Índices adequados de pH, variando entre 6 e 9 e atividade de água
(Aw)
atingindo facilmente os índices de 0,90.
• Aliado a isso tudo, as temperaturas variam de 20 a 32°C no aviário
-nicho ótimo para bactérias, sobretudo as mesófilas aeróbicas ou
microaerófilas.
Redução da carga
bacteriana da cama
1 – Potencial de hidrogênio (pH)
• pH pode variar desde levemente ácido (pH 6,0) até o fracamente alcalino (pH 9,0) • pH pode ser manipulado, até certo ponto, sendo elevado ou reduzido.
• Diminuição mais freqüente – reduz também a volatização da amônia. Adição de
ácidos como o bisulfato de sódio, lignosulfato de sódio, ácido fórmico ou ácido propiônico, sulfato de alumínio ou ácido cítrico ( incrementa o custo de produção).
• Elevação do pH - ação benéfica na redução da concentração de bactérias. Sua
eficácia parece mais difícil de ser atingida. A adição de gesso ou cal não parece alterar consideravelmente o pH da cama, mas tem ação de redução da atividade de água (Aw).
Redução da carga
bacteriana da cama
2 – Atividade da água
• A Aw - parâmetro de avaliação da umidade, conceitualmente tida como os
níveis de água realmente disponíveis aos microorganismos e não apenas o inverso da matéria seca.
• A redução da Aw é outro método físico também útil para reduzir a
multiplicação bacteriana, e pode ser atingida pela simples dessecação da cama. Atividade de água acima de 0,85 facilita a multiplicação de bactérias.
• Algumas bactérias como as Salmonelas possuem capacidade de adaptação
Redução da carga
bacteriana da cama
3 – Temperatura e fermentações
• A temperatura é um agente físico de grande eficiência na inativação de
bactérias.
• Altas temperaturas na cama do aviário = fermentação, sendo portanto
apenas possível na ausência dos frangos.
• Altas temperaturas são eficientes na inativação das principais bactérias
patogênicas, a dificuldade, no entanto, está em se fazer a cama atingir a temperatura de pelo menos 70°C de forma uniforme.
Redução da carga
bacteriana da cama
3 – Temperatura e fermentações
• As fermentações de cama atingem na maioria das vezes aos 60°C apenas.
Além disso, pilhas de cama que atingem 50°C internamente, podem apresentar temperaturas de pouco mais de 20°C na superfície.
• Outro problema freqüente é o não atingimento de altas temperaturas devido
à reduzida atividade microbiana (umidade baixa).
• Mesmo não atingindo temperaturas mais altas, um benefício indireto da
fermentação é proporcionar redução de artrópodes. Moscas e cascudinhos
Redução da carga
bacteriana da cama
4 – Desinfetantes
• São importantes aliados na redução da carga bacteriana. Ação inibida pela
matéria orgânica. Ação diretamente sobre a cama tem pouca possibilidade de sucesso, mesmo no caso do iodo.
• Utilização de desinfetantes - grande importância na preparação do aviário aliados
ao vazio entre lotes
• Aldeídos (formaldeído e glutaraldeído), peróxidos, compostos de amônia
quaternária, bifenóis e iodo.
• Compostos de formol (em desuso) – são eficientes na eliminação de Salmonelas
Redução da carga
bacteriana da cama
• Estes métodos são empregados com relativo sucesso, sobretudo na
redução de patógenos zoonóticos.
• Os vários métodos disponíveis para a inativação de bactérias podem
ser de maior ou menor sucesso em diferentes situações, portanto a
aplicação de métodos variados acompanhados de métodos de
avaliação de sua eficiência é recomendável.
• Importante - O que não deve ser feito é reutilizar a cama sem a
adoção de pelo menos um método de redução da carga bacteriana,
essa recomendação também é valida para a aplicação no solo.
Métodos de manejo e
tratamento da cama
Método da Aplicação de Cal
a) Remoção, com pá, de toda a cama úmida, compactada (em crostas) ou em má condição logo após a depopulação.
b) Aplicação de lança-chamas, uniformemente, em toda a superfície da cama, para queimar as penas.
c) Limpeza mecânica das telas, cortinas, comedouros e superfície externa dos
bebedouros, usando escova ou vassoura.
Métodos de manejo e
tratamento da cama
e) Distribuição de Ca(OH)2 (cal) em todo o galpão (mínimo de 3,6Kg/m³), até
72 horas antes do alojamento das aves, utilizando equipamento apropriado para incorporar uniformemente o produto na cama
f) Adição de cama nova, seca, em quantidade equivalente a cama que foi removida, na área dos pinteiros
g) Após a incorporação de Ca(OH)2 aplicação de lança chamas,
uniformemente, em toda a cama, para queima das penas h) Alojamento das aves 2 a 3 dias após a aplicação do cal
Métodos de manejo e
tratamento da cama
Métodos de manejo e
tratamento da cama
Método do enleiramento no centro do aviário
a) Após a depopulação, queima de penas com lança chamas.
b) Remoção das crostas em todo aviário. Na parte inicial, cerca de 25% da área do galpão (utilizada como pinteiro) é removido o material e depositado junto ao restante da cama do galpão.
c) No restante da área (cerca de 75%) é feito a remoção da cama das laterais fazendo uma pilha ou leira de cama no centro, ao longo do aviário.
d) Cobertura da pilha (leira) com lona plástica em toda a sua extensão mantendo-a coberta por 10 a 12 dias (período de fermentação).
Métodos de manejo e
tratamento da cama
e)
Remoção da lona após 10 a 12 dias e distribuição da cama
tratada
no
aviário,
exceto
na
área
inicial
do
aviário
(pinteiros).
f)
Ventilação do aviário por 2 a 3 dias antes do alojamento.
g) Colocação de cama nova em toda área reservada para
pinteiro, cerca de 25% do aviário, na véspera do alojamento.
Métodos de manejo e
tratamento da cama
Métodos de manejo e
tratamento da cama
Método da cobertura com lona em todo o aviário
a) Lavagem de equipamentos (comedouros, bebedouros, etc.) imediatamente após a depopulação.
b) Umedecimento da cama utilizando cerca de 20 litros de água por metro linear.
c) Revestimento dos pilares centrais (quando houver) do aviário com lona
(aproximadamente 1m2).
d) Remoção da cama das paredes laterais do aviário abrindo um sulco entre as paredes e a cama, para colocação da lona.
Métodos de manejo e
tratamento da cama
e) Recolhimento de restos de cama nas adjacências do aviário e colocação na área central do galpão, misturando com a cama a ser fermentada.
f) Cobertura da cama com lona em toda a extensão do aviário, colocando as laterais e extremidades da lona rente ao piso, por baixo da camada de cama, para evitar a entrada de ar.
g) Remoção da lona após 10 dias de fermentação, retirando as crostas e revolvendo a cama em todo o aviário.
h) Queima de penas com lança-chamas.
Métodos de manejo e
tratamento da cama
Métodos de manejo e
tratamento da cama
Variável
Tratamentos
Cal Enleiramento Lona Sem intervenção Fungos (Log UFC/g) 4,30 ( 2,22- 6,37) 3,56 ( 0,52- 6,60) 4,84 ( 1,44- 8,23) 4,19 ( 0,31- 8,06)
Enterobactérias (Log UFC/g)
2,91 (-2,39- 8,22) 1,81 (-2,54- 6,16) 4,05 ( 0,34- 7,76) 2,93 (-0,91- 6,78)
Mesófilos Totais (Log UFC/g)
3,88 ( 1,20- 6,56) 4,00 ( 1,86- 6,13) 5,55 ( 1,86- 9,23) 4,32 ( 2,02- 6,61)
Médias e intervalos de confiança das variáveis de contagens de fungos, enterobactérias e mesófilos totais na cama nova antes do
primeiro alojamento, em função dos tratamentos
Enterobacteria - Início tratamento 0 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 Lote L o g ( U F C /g ) Cal Enleiramento
Lona Preta Sem intervenção
Polinômio (Cal) Polinômio (Enleiramento) Polinômio (Lona Preta) Polinômio (Sem intervenção)
Enterobacteria - Final tratamento
0 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 Lote L o g ( U F C /g ) Cal Enleiramento
Lona Preta Sem intervenção
Polinômio (Cal) Polinômio (Enleiramento) Polinômio (Lona Preta) Polinômio (Sem intervenção)
• Comportamento quadrático da carga bacteriana com o decorrer dos lotes
• Maior redução da carga enterobactérias nos três primeiros lotes, tendendo a uma
estabilização dessa carga a partir do 4º lote para todos os tratamentos
Perfis médios das UFCs de enterobactérias em função dos tratamentos, dos lotes e dos dias de avaliação, e curvas ajustadas em função lotes
0 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 L o g (U F C /g ) Lote
Enterobactérias– Início do tratamento
Cal Enleiramento Lona Preta Sem intervenção
0 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 Lo g (U FC /g) Lote
Enterobactérias– Final do tratamento
Cal Enleiramento Lona Preta Sem intervenção
No “dia 0” não houve diferença significativa (p>0,05) entre os tratamentos
No “dia 12” a cobertura com lona apresentou a menor carga de enterobactérias, sendo significativamente (p<0,05) diferente dos demais tratamentos
O enleiramento da cama apresentou resultados intermediários, contudo não diferiu
significativamente (p>0,05) dos outros tratamentos (cal e sem intervenção)
Houve maior redução da carga enterobactérias nos três primeiros lotes, tendendo a uma estabilização dessa carga a partir do 4º lote para todos os tratamentos
Log (UFC/g) de Enterobactérias de cama nova e no final de cada tratamento/lote (dia 12/tto)
Médias de enterobactérias de cama nova, lotes 1, 2, 3, 4, 5, e 6 no final dos tratamentos (dia 12)
0 1 2 3 4 5 6 nova 1 2 3 4 5 6 Camas-lotes L o g ( U F C /g c a m a ) e n te ro b a c té ri a s
Cal Enleiramento Lona Preta Sem intervenção
Log (UFC/G) enterobactérias por tratamentos/lote
0 1 2 3 4 5 6
Cal Enleiramento Lona Preta Sem intervenção Tratame ntos L o g ( U F C /g ) E n te ro b ac té ri as nova 1 2 3 4 5 6
Existe Risco na reutilização de cama??
Observar que a partir do terceiro lote dos tratamentos, no dia 12, a carga de enterobactérias totais da cama apresenta-se inferior a da cama nova
EurepGAP - Iten 9.5.5.4 Qualidade da cama
VAZIO SANITÁRIO
IDADE CB ABATIDAS % MORT. P. MÉDIO C.ALIMETAR F. PRODUÇÃO 01 à 05 dias 47,72 2.521.528 6,30% 2,664 1,980 2,642 06 à 10 dias 47,22 10.469.434 5,93% 2,684 1,962 2,725 Acima de 10 dias 47,06 4.113.726 5,87% 2,716 1,946 2,791
VAZIO SANITÁRIO X FATOR DE PRODUÇÃO
2,642 2,725 2,791 2,55 2,60 2,65 2,70 2,75 2,80 2,85
01 à 05 dias 06 à 10 dias Acima de 10 dias
Vazio Sanitário
Métodos de manejo e
tratamento da cama
Conclusões do experimento
Houve redução da carga de mesófilos totais e enterobactérias em todos
os tratamentos, ao longo dos 6 lotes avaliados
A cobertura com lona em todo o aviário foi mais eficiente na redução
de enterobactérias
O enleiramento da cama foi mais eficiente na redução de mesófilos
totais, seguido da cobertura com lona
Houve maior redução da carga enterobactérias nos três primeiros lotes,
tendendo a uma estabilização dessa carga a partir do 4º lote, para todos os tratamentos
Métodos de manejo e
tratamento da cama
-Recomendações
• A presença de bactérias na cama não pode ser evitada.
• Variabilidade na contaminação por enterobactérias e bactérias mesófilas
totais nas camas novas.
• Período de vazio sanitário.
• Reutilização da cama – aspectos sanitários, ambientais e econômicos.
• Reutilização da cama – procedimentos eficientes para a redução de riscos à
saúde humana e das aves.
Métodos de manejo e
tratamento da cama – Outros
trabalhos
Semanas PH Tratado Contagem Tratado PH Controle Contagem Controle 0 1,2 0 8 9,383 1 6,2 1,106 7,4 1,157 2 6,9 1,036 7,2 7,356Contagem de E. coli e pH em camas tratadas ou não com sulfato de hidrogênio sódico (Pope & Cherry, 2000).
Métodos de manejo e
tratamento da cama – Outros
trabalhos
Coliformes totais Coliformes fecais Enterobactérias Antes do amontoamento 65.620 49.400 75.460 Depois do amontoamento 260 160 2.640
Métodos de manejo e
tratamento da cama – Outros
trabalhos
Avaliação do processo de fermentação com e sem cobertura da leira (Paganini, 2002).
Tipo de Cama Coliformes totais Coliformes fecais Enterobactérias Amontoada (2 leiras descobertas) 1670 450 2820 Amontoada (1 leira coberta) 100 100 100
Métodos de manejo e
tratamento da cama – Outros
trabalhos
Avaliação da contaminação bacteriana de camas velhas fermentadas ou cama nova ( maravalha) - (Paganini, 2002).
Tipo de Cama Coliformes totais Coliformes fecais Enterobactérias Maravalha nova 5964 4090 54900 Amontoada (1 monte descoberto) 3075 725 3075 Amontoada (1 monte coberto) 100 100 100
Métodos de manejo e
tratamento da cama – Outros
trabalhos
Avaliação da contaminação por coliformes no piso de galpões avícolas -Logan & Bartlet (2001).
Profundidade Contagem coliformes ¼ polegada 1900 UFC/g
Métodos de manejo e
tratamento da cama – Outros
trabalhos
Perfis médios da contagem de coliformes em função dos tratamentos e do período de avaliação (Abreu et al).
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 Antes Depois Período L o g (U F C + 1 ) Com Piso Sem Piso
Materiais
- Casca de arroz
- Sabugo de milho triturado. - Capim cameron picado. - Palhada da soja picada.
- Resto da cultura do milho picado
- Serragem - Casca de café
- Sabugo de milho triturado
Maravalha
-bagaço de cana-de-açúcar
- resíduos da cultura de girassol
- feno de braquiária - Acícula de pinus - Grama
- Areia
Materiais
Camas com materiais alternativos
A
durabilidade
da
cama
dependerá
da
capacidade de absorção da umidade
O tipo de material da cama tem influencia na
Materiais
Abreu et ali, 2008
Enterobactérias em cama de aviário de casca de arroz- Entrada e saída do lote (Dias 0 e 42)
0 2 4 6 8 10
Lote 1 Lote 2 Lote 3 Lote 4
Lote E n te ro b a c té ri a s ( L o g U F C /g ) Dia 0 Dia 42
Materiais
Abreu et ali, 2008
Enterobactérias em cama de aviário de palha de soja - Entrada e saída do lote (Dias 0 e 42)
0 2 4 6 8 10
Lote 1 Lote 2 Lote 3 Lote 4
Lotes E n te ro b a c té ri a s ( L o g U F C /g ) Dia 0 Dia 42
Materiais
ydia 42 = 0,3584x 2 - 2,2507x + 9,5148 R2 = 0,9929 ydia 0 = 0,0945x 2 - 1,4106x + 8,1932 R2 = 0,9969 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 Lote Lo g (U FC/ g) Dia 0 Dia 42• Não houve diferença significativa entre a carga de enterobactérias dos dois tipos de cama • Houve redução da carga de enterobactérias ao longo dos 4 lotes
• A contagem de enterobactérias do dia 0 apresentou uma tendência linear, indicando que até
o 4° lote não havia atingido o ponto mínimo
Dia 0 - dia do alojamento das
aves, após o intervalo entre lotes (15 dias)
Dia 42 - saída dos frangos,
antes do período de repouso (intervalo entre lotes)
Camas sem tratamento, apenas utilização de lança chamas e repouso no intervalo entre lotes
VASSOURA DE FOGO OU LANÇA
CHAMAS
O QUE É VASSOURA DE
FOGO OU LANÇA
CHAMAS?
É um equipamento que, ligado a um botijão de gás, funciona como
um
maçarico.
Juntamente
com
outras
operações,
compõe
programas de limpeza e desinfecção das instalações
QUAL O OBJETIVO?
Reduzir
a
níveis
adequados,
a
pressão
infectiva no ambiente, garantindo a saúde e o
bem-estar, indispensáveis para um melhor
desenvolvimento das aves
QUANDO UTILIZAR?
•Após a saída do lote
•Instalações vazias, com a retirada total de cama aviária, o lança
chamas deve ser aplicado somente após a limpeza e desinfecção
química
•Reutilização de cama de aviário, logo após a depopulação e retirada
dos equipamentos - lança chamas lentamente, queimando todas as
penas visíveis - paredes até 2 m de altura e nas muretas.
•Repetir a operação após o tratamento da cama de aviário, na véspera
do alojamento das aves - o lança chamas sobre o piso, paredes e cama
COMO APLICAR?
Em piso e paredes de concreto, frestas e cantos a chama deverá ser
aplicada vagarosamente permitindo obtenção de temperaturas
elevadas para a eliminação de organismos indesejáveis. Na cama, o
lança chamas deve ser aplicado lentamente, porém, movendo as
chamas sobre a superfície, evitando que a chama fique muito tempo
em um mesmo ponto, o que pode levar à combustão (queima) do
material de cama
AJUSTE DA PRESSÃO
lança-chamas desligado