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Avaliação antropométrica em doentes com enfarte agudo do miocárdio : Trabalho de Investigação : Anthropometric assessment in patients with mycardial infarction

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Avaliação Antropométrica em Doentes com Enfarte Agudo do Miocárdio

Anthropometric Assessment in Patients with Myocardial Infarction

Luís Miguel Jacob de Assis Pires

Trabalho de Investigação

Orientação: Professora Doutora Flora Correia

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Agradecimentos

Desde já, um agradecimento especial a todos aqueles que se “atravessaram” no meu percurso académico, e contribuíram para me tornar uma melhor pessoa e um melhor Nutricionista.

Um agradecimento muito especial,

À Professora Doutora Flora Correia. Por tudo o que o me permitiu aprender e crescer a nível profissional e a nível pessoal. Pelo enorme carinho com que me tratou. Pela personalidade única que tem. Pela forma apaixonada com que trabalha e faz enaltecer, todos os dias, a profissão de Nutricionista. Pelas fantásticas aulas que me deu, e permitiram aprender o que é, verdadeiramente, ser um Nutricionista na área clínica. O que um dia serei, a nível profissional, terá, sem dúvida, esta experiência como suporte.

À Doutora Júlia Maciel, pela simpatia e respeito com que me abriu as portas do Serviço de Cardiologia.

À Mestre Cristina Arteiro, pela simpatia durante o estágio.

Ao Dr. Rui Poínhos, pela disponibilidade e simplicidade com que me ajudou.

A todos os profissionais do Hospital de São João, que contribuem, dia após dia, para que este Hospital seja uma referência a nível nacional.

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Aos meus pais, o meu exemplo. Por tudo que me tornaram, por tudo que me ensinaram, por tudo o que me dão. Sou o filho mais orgulhoso do Mundo em vos ter.

Aos meus irmãos, por serem meus protectores e conselheiros em todos os momentos da vida.

Ao Rui e à Ana. Por todos os conselhos que me dão. Nunca esquecerei a coragem que me deram “naquele momento”.

A todos os meus verdadeiros amigos, que sabem fazer da amizade uma irmandade.

Aos colegas de estágio, que durante este tempo provaram que se “caminha muito melhor quando se está acompanhado”.

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iii

Índice

Agradecimentos……….…..i

Lista de abreviaturas……….iv

Lista de tabelas e gráficos……….v

Resumo………...vi Abstract………..viii Introdução e Objectivo………...1 Materiais e Métodos………...6 Resultados………...9 Discussão e Conclusão………...13 Referências Bibliográficas………..21

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iv Lista de Abreviaturas ApoB- Apolipoproteínas B DC- Doença Coronária DM- Diabetes Mellitus dp- Desvio Padrão DCV- Doença Cardiovascular EAM- Enfarte Agudo do Miocárdio FRC- Factores de Risco Cardiovascular HTA- Hipertensão Arterial

IMC- Índice de Massa Corporal MG- Massa Gorda

NHI- National Institutes of Health OMS- Organização Mundial de Saúde

p- Nível de significância critico para rejeição da hipótese nula PA- Perímetro da Anca

PC- Perímetro da Cinta

R- Coeficiente de Correlação de Pearson SCA- Síndromes Coronárias Agudas TG- Triglicerídeos

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v

Lista de Tabelas e Gráficos

Tabela 1: Caracterização antropométrica da amostra………9 Tabela 2: Evolução do IMC da amostra ao longo do estudo.………...11 Gráfico 1: Sub-grupos de IMC e variáveis antropométricas………11

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Resumo

Introdução: A Doença Cardiovascular (DCV) é a 1ª causa de morte entre os homens e mulheres europeus. A obesidade, um dos factores de risco cardiovascular (FRC) major, tem um impacto notável na incidência global das DCV, promovendo alterações cardiometabólicas que aumentam o risco de doença coronária (DC), em particular o Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM). A gordura, quando localizada na zona abdominal é considerada como a mais aterogénica e mais correlacionada com as DCV.

As medidas antropométricas reconhecidas como fortes indicadores de gordura são o Índice de Massa Corporal (lMC), a razão Perímetro da Cinta (PC) / Perímetro da Anca (PA) e o PC, facilmente aplicáveis na prática clínica.

Objectivo: Caracterização e avaliação antropométrica de uma amostra de doentes internados por EAM e participantes no Programa de Reabilitação Cardíaca.

Métodos: A amostra foi constituída por 18 indivíduos do sexo masculino, internados no Serviço de Cardiologia do Hospital de São João EPE. Foram avaliados sob o ponto de vista antropométrico e bioquímico, aquando da alta do internamento e no 1º mês. Os parâmetros antropométricos medidos foram: Peso, Estatura, PC, PA e Composição Corporal.

Resultados: A amostra tinha uma idade média de 49,9 anos (dp=9,0 anos), compreendida entre 33 e 62 anos. Os indivíduos apresentavam, em média, um peso de 73,6kg (dp=11,7 Kg), um IMC de 25,6kg/m2 (dp=3,4 kg/m2), um PC de 95cm (dp=11cm), um PA de 100cm (dp=10cm), uma %MG de 22,3% (dp=6,6%) e uma razão PC/PA de 0,95 (dp=0,05).

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Nesta amostra, 38,9% dos doentes tinha o PC> 102cm, 66,7% apresentava idade ≥45anos, 55,6% tinha %MG>20% e 88,9% dos indivíduos apresentavam PC/PA >0,90.

Na fase 1, 8 indivíduos tinham IMC <25 kg/m2, enquanto 10 indivíduos tinham IMC ≥25kg/m2. O peso teve uma correlação positiva, muito forte e significativa com o PC (R= 0,93; p<0,01; n=18) e positiva, moderada e também significativa com a %MG (R= 0,72; p<0,01; n=18). O IMC correlacionou-se com a %MG de modo positivo e forte (R= 0,77; p<0,01; n=18), com significado estatístico. Existiu também uma correlação muito forte, positiva e significativa entre IMC e PC (R= 0,90; p<0,01; n=18). O PC teve uma correlação forte, positiva e significativa com a %MG (R= 0,75; p<0,01; n=18). Também a razão PC/PA se correlacionou de forma positiva, moderada e significativa com o peso (R= 0,51; p<0,05; n=18) e com a %MG (R= 0,67; p<0,01; n=18).

Conclusão: Observou-se a prevalência de vários FRC relacionados com as variáveis antropométricas, mais presentes nos indivíduos com excesso de peso do que nos normoponderais. O cruzar das correlações observadas mostra que todas as medidas antropométricas de obesidade estão correlacionadas com a %MG.

A evolução antropométrica destes doentes deve ser um objectivo primordial no tratamento e recuperação do EAM, na prevenção de possíveis sequelas e, por conseguinte, na melhoria da saúde em geral e da qualidade de vida.

Palavras-chave: Doença Cardiovascular, obesidade abdominal, variáveis antropométricas.

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Abstract

Introduction: Cardiovascular Disease (CVD) is the main cause of death among men and women in Europe. Obesity, one of the major risk factors for CVD, has a remarkable impact in CVD incidence, as it promotes cardiometabolic changes which increase the risk of coronary heart disease, particularly Acute Myocardial Infarction. Fat, when located in the abdominal region, is considered the most atherogenic and most linked with CVD. Anthropometric measurements recognized as strong fat indicators are Body Mass Index (BMI), the Waist-Hip Ratio (WHR) and the Waist Circunference (WC), easily used in clinical practice. Aim: Characterization and anthropometric evaluation of a sample of hospitalized patients for AMI, participating on the Cardiac Rehabilitation Program.

Methods: The sample was composed of 18 patients, all male, hospitalized on Cardiology Unit of Hospital de São João EPE, Oporto. They were evaluated on terms of anthropometrics and biochemistry by the time they were discharged and again a month later. The anthropometric parameters measured were: Weight, Height, Waist Circumference, Hip Circumference (HC) and Body Composition.

Results: The mean age of the sample was 49.9 years (sd=9.0 years), between 33 and 62 years. The individuals had mean values of weight of 73,6kg (sd=11,7kg), BMI of 25,6kg/m2 (sd=3,4kg/m2), WC of 95cm (sd=11cm), HC of 100cm (sd=10cm), %fat mass (FM%) of 22,3% (sd=6,6%) and a WHR of 0,95 (sd=0,05)

In this sample, 38,9% of the patients had WC>102cm, 66,7% had age ≥45 years, 55,6% had FM%>20% and 88,9% of the patients shown a WHR>0,90cm.

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In phase 1, 8 patients had BMI <25 kg/m2, while 10 had BMI≥25kg/m2. Weight had a very strong and significant positive correlation with WC (R=0,93; p<0,01; n=18) and positive, moderate and also significant with FM% (R=0,72; p<0,01; n=18). BMI was positively and strongly correlated with FM% (R=0,77; p<0,01; n=18), with statistical significance. There was also a very strong correlation, positive and significant between BMI and WC (R=0,90; p<0,01; n=18). WC had a significant, positive and strong correlation with FM% (R=0,75; p<0,01; n=18). The WHR was also significantly, positively and moderately correlated with weight (R=0,51; p<0,05; n=18) and FM% (R= 0,67; p<0,01; n=18).

Conclusions: It was observed the prevalence of several Cardiovascular Risk Factors related to anthropometric variables, mainly on overweight patients compared to those with normal weight. The crossing of observed correlations shown that all anthropometric measures are linked to fat mass%. Thus, the importance of abdominal obesity is enhanced in this study. The anthropometric evolution of these patients should be a primordial objective on treatment and recovery of an AMI, preventing possible sequelae and improving patients health in general and quality of life.

Key-words: Cardiovascular disease, abdominal obesity, anthropometric variables.

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Avaliação Antropométrica em Doentes com EAM 1

Introdução

A doença cardiovascular (DCV) é a 1ª causa de morte entre os homens e mulheres europeus. É responsável por cerca de metade de todas as mortes ocorridas na Europa, causando todos os anos 4,35 milhões de mortes nos 52 Estados Membros da Região Europeia da Organização Mundial de Saúde (OMS) e mais de 1,9 milhões de mortes na União Europeia. A DCV mata mais pessoas do que todas as formas de cancro combinadas, sendo também uma das principais causas de incapacidade e pior qualidade de vida (1).

As Síndromes Coronárias Agudas (SCA) constituem um grupo de situações clínicas de doença coronária em fase instável, e incluem a angina instável e o Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM) (2).

O EAM, definido como a perda de células cardíacas por necrose, devido a isquemia prolongada (3), é, na verdade, a primeira manifestação clínica de doença isquémica em cerca de 50-70% dos doentes com esta patologia (4).

Em 1948, a USA Public Health Service iniciou o Framingham Heart Study, um estudo com o objectivo de determinar os factores de risco para a incidência de DCV (55).

Actualmente, define-se como factor de risco um elemento ou característica mensurável, que tem uma relação causal com o aumento da frequência de uma doença e constitui um factor preditivo independente e significativo de contrair uma doença (5).

Os maiores factores de risco cardiovascular (FRC) actualmente reconhecidos são: dislipidemia, hipertensão arterial (HTA) (13,27), hábitos tabágicos (28),

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Avaliação Antropométrica em Doentes com EAM

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diabetes mellitus (DM) (12, 26), inactividade física (29), obesidade (5), idade e história familiar de DCV prematura (7).

A obesidade, um dos factores de risco cardiovascular major, tem, na verdade, um impacto enorme na incidência global das DCV.

Definida simplesmente como um excesso de gordura corporal (8), resultante de um desequilíbrio entre a ingestão e o gasto energético, onde existe balanço energético positivo (9,10), a obesidade está também associada a complicações metabólicas decorrentes do aumento de massa gorda, como insulino resistência (34,35), hiperinsulinemia (34,35), intolerância a glicose (11), DM (12, 26), HTA (13, 27), dislipidemia e diversos tipos de cancro (10,14).

Uma boa maneira de medir obesidade é em termos de percentagem de massa gorda corporal. Esta pode ser aferida por vários métodos, como pregas cutâneas e impedância bioeléctrica, entre outras. Em termos de percentagem de gordura, a obesidade pode ser definida como MG≥ 20% nos homens e MG≥ 30% nas mulheres (15).

A gordura, quando localizada na zona abdominal é considerada como a mais aterogénica e mais correlacionada com as DCV (16,17).

As medidas antropométricas reconhecidas como fortes indicadores de gordura são o Índice de Massa Corporal (lMC), a razão Perímetro da Cinta (PC) / Perímetro da Anca (PA) e o PC (18). Não há consenso sobre qual delas será a mais precisa.

O IMC, também designado Índice de Quetelet, mostrou boas correlações com a gordura corporal, evidenciando também uma relação directa com o risco de mortalidade (19). Embora seja um cálculo simples e rápido, este índice não fornece informação sobre a distribuição da gordura corporal (33).

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Avaliação Antropométrica em Doentes com EAM 3

A razão PC/PA é um indicador de tecido adiposo abdominal, independente da obesidade, e é sugerido como factor de risco cardiovascular nos homens e nas mulheres (19).

O Perímetro da Cinta, descrito na literatura como uma medida mais simples e de rápida execução em prática clínica que a razão PC/PA, está também fortemente relacionado com um maior risco cardiovascular (20).

O PC permite estimar a obesidade abdominal e estão evidenciadas fortes correlações deste perímetro com a gordura visceral (8,17).

O PC e PC/PA permitem categorizar a distribuição de gordura corporal. Assim, a acumulação de gordura na zona abdominal denomina-se obesidade andróide, enquanto a acumulação de gordura na zona glúteo-femoral denomina-se obesidade ginóide (59).

Está demonstrado por alguns autores que o denominado tecido adiposo, é um órgão endócrino metabolicamente activo (8,18,21,34), assumindo-se como uma condição que promove, como designa a literatura, o Síndrome Cardiometabólico (21).

Este Síndrome resulta dos factores de risco tradicionais para as DCV com uma contribuição adicional do Síndrome Metabólico (21).

Na verdade, as características metabólicas do tecido adiposo presente na região central são evidentes, e promovem, à priori, fenómenos de insulinoresistencia e hiperinsulinemia (34,35).

A gordura visceral é mais resistente aos efeitos metabólicos da insulina e mais sensível aos efeitos metabólicos das hormonas lipolíticas, como

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Avaliação Antropométrica em Doentes com EAM

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glucocorticóides e catecolaminas (34,36). O consequente aumento de ácidos gordos livres para a circulação porta hepática traduz-se no fornecimento de substrato para a produção hepática de triglicerídeos (TG) (34,36). A consequente dislipidemia, associada com a obesidade visceral, reflecte-se no aumento das apolipoproteínas B (ApoB), na diminuição do colesterol HDL e na elevação dos TG (34,36). Assim, a obesidade visceral contribui notavelmente para um risco aumentado de DCV (22) em ambos os sexos (16).

A relação nefasta entre excesso de peso, doença coronária (DC) e EAM está bem reconhecida (23).

De facto, além das alterações metabólicas que a obesidade desencadeia, a anatomia cardiovascular é também seriamente afectada.

O aumento de massa gorda, reflectido no aumento do peso, traduz-se no aumento proporcional do volume do sangue, o que tem consequências a nível da pré-carga do ventrículo esquerdo e no débito cardíaco, provocando o seu aumento. Este vai originar importantes modificações estruturais a nível cardíaco (14,37). Quando o ventrículo esquerdo já não consegue adaptar-se mais à sobrecarga, dá-se o culminar da disfunção sistólica (14).

O tratamento do excesso de peso assume-se, assim, de extrema importância, tendo como objectivo a diminuição dos FRC (21).

De facto, um estudo revelou que o efeito de modestas reduções no peso inicial se traduz em alterações a longo prazo dos lípidos e lipoproteínas (24). Uma perda de peso ≥ 10% do peso inicial mostrou uma redução dos FRC em indivíduos obesos (24).

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Avaliação Antropométrica em Doentes com EAM 5

Um notável adjuvante para a perda de peso é a prática de actividade física. Na verdade, um estilo de vida sedentário está associado ao dobro do risco de morrer prematuramente e a um aumento do risco de desenvolver DCV. Evitar o sedentarismo durante a fase adulta permitirá aumentar a esperança de vida e diminuir a incidência da DCV (18).

Desse modo, os Programas de Reabilitação Cardíaca (PRC) assumem-se de extrema importância na recuperação de um evento cardíaco e no encorajamento de mudança de comportamento para prevenir sequelas, em doentes com DC (38).

Intervenções multifacetadas na reabilitação cardíaca, que incluem exercício físico, educação alimentar e tratamento nutricional bem como estímulo psicológico para mudança do estilo de vida, evidenciaram aumentar a esperança de vida, a qualidade de vida e reduzir a incidência de EAM subsequente em doentes com doença coronária (25).

Este estudo teve como objectivo a caracterização e avaliação antropométrica de uma amostra de doentes internados por EAM e participantes no Programa de Reabilitação Cardíaca.

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Avaliação Antropométrica em Doentes com EAM

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Materiais e Métodos

O estudo incluiu unicamente os doentes que são seleccionados para participar no Programa de Reabilitação Cardíaca. Assim, foram avaliados 18 doentes do sexo masculino, internados no Serviço de Cardiologia do Hospital de São João EPE, entre 25 de Fevereiro e 3 de Julho de 2009.

Foram avaliados sob o ponto de vista antropométrico e bioquímico, aquando da alta do internamento e no 1º mês.

Os parâmetros antropométricos medidos foram: Peso, Estatura, Perímetro da Cinta, Perímetro da Anca e Composição Corporal.

O peso e a composição corporal foram avaliados pelo método de impedância bioeléctrica, através do aparelho de marca TANITA®, modelo TBF-300, de acordo com os procedimentos padronizados.

A estatura foi medida com um estadiómetro SECA 220, segundo as normas internacionais.

O PC e PA foram aferidos com uma fita métrica plástica, não elástica, de acordo com os procedimentos internacionais recomendados. Considerou-se obesidade abdominal valores de PC> 102cm (32) e PC/PA> 0,90 (65).

Considerou-se também a presença de idade como factor de risco cardiovascular em indivíduos ≥ 45 anos (32).

A massa gorda foi considerada em excesso quando os valores eram maiores que 20% (15).

Fez-se também o cálculo do IMC, através da divisão do peso em quilos pelo quadrado da altura em metros, de modo a classificar os doentes segundo os critérios da OMS (31).

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De acordo com o Protocolo de Reabilitação Cardíaca, os doentes foram submetidos a plano alimentar estruturado, de acordo com as suas necessidades, hábitos e preferências alimentares bem como a sessões de actividade física até 3 meses após o evento cardíaco. Estas processavam-se duas vezes por semana, em classes de tratamento que incluíam 4 a 6 doentes por hora e dividiam-se em duas fases: fase de recondicionamento aeróbio, que durava entre 20-40 minutos; fase de fortalecimento, com duração de 10-15 minutos. Nos dias em que o doente não realizava esta sessão, era-lhe prescrita actividade física para o domicílio, que incluía exercício moderado a intenso durante 40 minutos por dia, pelo menos 5 dias por semana.

Este projecto foi aprovado pela Comissão de Ética do Hospital de São João EPE, Porto.

Tratamento Estatístico

O tratamento estatístico deste estudo foi realizado através do programa SPSS ® for Windows, versão 14.0 (Statistical Package for the Social Sciences, SPSS Inc., Chicago).

Calculou-se a média e o desvio padrão para as variáveis cardinais.

Utilizou-se o teste de Kolmogorov-Smirnov para verificar a normalidade das distribuições das variáveis cardinais.

Como todas as variáveis têm uma distribuição próxima da normal, com p> 0,05, usou-se o coeficiente de correlação de Pearson para quantificar o grau de associação entre os pares de variáveis, tendo sido usada a classificação quantitativa segundo Finney (30).

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Avaliação Antropométrica em Doentes com EAM

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Usou-se o teste t de Student para comparar as médias das variáveis emparelhadas.

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Resultados

A amostra é constituída por 18 indivíduos, todos do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 33 e os 62 anos. A idade média da amostra é de 49,9 anos (dp= 9,0 anos).

Na tabela 1 pode-se observar a caracterização antropométrica da amostra em estudo aquando da alta do internamento do Serviço de Cardiologia (Fase 1) e um mês após a alta (Fase 2).

Tabela 1: Caracterização antropométrica da amostra.

Aplicou-se o teste de Kolmorogov-Smirnov às variáveis cardinais e verificou-se que todas seguiam uma distribuição próxima da normal.

Recorrendo ao teste t de Student, compararam-se as médias das amostras emparelhadas, isto é, se existe evolução entre a média dos parâmetros antropométricos da fase 1 quando comparados com a fase 2.

Desta análise, salienta-se a alteração estatisticamente significativa do perímetro da cinta entre as duas fases, evoluindo de um PC médio de 95 (dp=11) para um PC médio de 91 (dp=9). A evolução entre a razão PC/PA da

Fase 1 Fase 2

Variáveis antropométricas Média (dp) Média (dp) p Peso (kg) 73,6 (11,7) 73,1 (10,9) 0,51 IMC (kg/m2) 25,6 (3,4) 25,4 (3,2) 0,52 PC (cm) 95 (11) 91 (9) <0,01 PA (cm) 100 (10) 98 (7) 0,07 MG (%) 22,3 (6,6) 22,5 (6,3) 0,88 PC/PA (cm) 0,95 (0,05) 0,93 (0,04) 0,06

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Avaliação Antropométrica em Doentes com EAM

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fase 1 para a fase 2 não atingiu significado estatístico, embora se verificasse uma tendência para a sua diminuição.

Utilizou-se o coeficiente de correlação de Pearson para calcular o grau de associação entre os pares de variáveis. Na fase 1, observou-se uma correlação positiva moderada entre a idade e a e a % de MG (R= 0,72; p<0,01; n=18), com significado estatístico.

O peso estava relacionado de forma positiva, muito forte e significativa com o PC (R= 0,93; p<0,01; n=18) e de forma positiva, moderada e também significativa com a % de MG (R= 0,72; p<0,01; n=18).

O IMC correlacionou-se com a % de MG de modo positivo e forte (R= 0,77; p<0,01; n=18), com significado estatístico. Existiu também uma correlação muito forte, positiva e significativa entre IMC e PC (R= 0,90; p<0,01; n=18). Uma outra correlação observou-se o PC e a % de MG. Esta era forte, positiva e com significado estatístico. (R= 0,75; p<0,01; n=18)

Também a razão PC/PA se correlacionou de forma positiva, moderada e significativa com o peso (R= 0,51; p<0,05; n=18) e com a % de MG ( R= 0,67; p<0,01; n=18).

No presente estudo verificou-se a prevalência de vários factores de risco relacionados com as variáveis antropométricas. Em 38,9% dos doentes o PC apresentou um valor que constitui factor de risco cardiovascular. A idade também se assumiu como um factor de risco cardiovascular na amostra em estudo, uma vez que em 66,7% dos indivíduos a idade também era condição para um risco cardiovascular aumentado.

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Avaliação Antropométrica em Doentes com EAM 11 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 % IMC < 25 kg/m 2 IMC ≥ 25 kg/m2 PC >102 cm % MG > 20 PC/PA > 0,90 cm

Alem das supra mencionadas, verificou-se a prevalência de outras características importantes na nossa amostra. A %MG estava acima das recomendações em 55,6% dos indivíduos. A razão PC/PA merece um especial destaque, uma vez que este indicador de risco cardiovascular prevaleceu em 88,9 % dos indivíduos.

Na tabela 2 encontra-se evolução do IMC da amostra ao longo do estudo, dividida em dois sub-grupos desta variável. Dos 18 indivíduos que constituem a amostra, 8 apresentavam, no primeiro momento, IMC <25 kg/m2, enquanto 10 apresentavam IMC ≥25kg/m2

.

IMC inferior a 25 IMC 1 IMC 2

n 8 8

Média (dp) 22,5 (1,3) 22,8 (1,6) IMC superior a 25 IMC 1 IMC 2

n 10 10

Média (dp) 28,1 (2,3) 27,6 (2,3) Tabela 2: Evolução do IMC da amostra ao longo do estudo.

A relação dos dois sub-grupos de IMC criados com outras variáveis antropométricas medidas e reconhecidas como relevantes para o risco cardiovascular está descrita no gráfico 1.

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Avaliação Antropométrica em Doentes com EAM

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Dos indivíduos com IMC <25 kg/m2, nenhum tinha o PC > 102cm, apenas 12,5% tinham a percentagem de MG >20% e 75% tinha a razão PC/PA > 0,9. Dos que apresentavam excesso de peso, 70% apresentou um valor de PC >102cm e 100% tinham a percentagem de MG >20% e a razão PC/PA >0,9.

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Discussão

Durante o decorrer do estudo, os indivíduos que sofreram de EAM, internados no serviço de Cardiologia, eram todos do sexo masculino, daí que a amostra em estudo é exclusivamente composta por homens.

A maior incidência de DC em indivíduos do sexo masculino foi já descrita por alguns autores (2,43,44), que explicam esta evidência à luz da genética. A presença do cromossoma Y no sexo masculino determina indirectamente a produção de testosterona. Esta hormona masculina está relacionada com a diminuição dos níveis de colesterol HDL na puberdade. O sexo feminino, que não possui este cromossoma, não sofre alterações nos níveis de colesterol HDL e, por conseguinte, ao longo da vida, os seus níveis são mais elevados que os do sexo masculino (45).

Segundo alguns estudos, níveis baixos de colesterol HDL correlacionaram-se com o aumento do risco de DC (46,47).

A idade média da amostra assume-se, também, como um factor de risco cardiovascular. Actualmente, sabe-se que o risco de DCV aumenta com o avançar da idade. Este aumento do risco parece estar relacionado quer com o aumento do número de factores de risco com o avançar da idade, quer com o aumento da sua severidade (48). A exposição a factores de risco, ao longo da vida, promove, progressivamente, a deposição de placas ateroscleróticas nos vasos coronários. Este facto contribui para um estado avançado de fenómenos de aterosclerose nos indivíduos mais velhos (49), condição predisponente à patologia coronária.

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Avaliação Antropométrica em Doentes com EAM

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A caracterização antropométrica inicial da amostra mostrou que os indivíduos apresentavam um valor médio de IMC categorizado como excesso de peso, de acordo com os critérios da OMS (31). Vários autores tinham já descrito que indivíduos com maior IMC tinham maior risco de desenvolver DCV (50,51).

Outro facto de relevo é a percentagem de MG em excesso, prevalente em 55,6% da nossa amostra inicial. Era já evidente que um excesso de gordura não só é causa, como é agravante de factores de risco cardiovascular, que interactuam entre si e aumentam a taxa de morbilidade e mortalidade por DCV

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.

O indicador de obesidade abdominal PC/PA apresenta um valor médio superior às recomendações, bem como prevalece em 88,9% dos indivíduos. Este indicador tinha já sido estudado no Health Professinals Follow-Up Study, que mostrou que indivíduos do sexo masculino com esta medida aumentada tinham um maior risco da desenvolver patologia coronária (52).

Das variáveis antropométricas medidas nas duas fases, apenas o PC mostrou uma evolução com significado estatístico. Estudos recentes mostraram que o PC está directamente relacionado com a mortalidade em geral e particularmente com a mortalidade por DCV (53,54). Apesar de o PC médio, na fase 1, não constituir factor de risco cardiovascular aumentado, é de realçar a sua diminuição significativa.

A evolução da razão PC/PA não atingiu significado estatístico. No entanto, importa referir a tendência deste indicador para a diminuição.

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Avaliação Antropométrica em Doentes com EAM 15

A estratificação do IMC em duas categorias (IMC <25 kg/m2 e IMC ≥25 kg/m2) permitiu inferir melhor qual a evolução da amostra em termos deste indicador. Assim, observou-se que os indivíduos normoponderais praticamente mantiveram, em média, o seu IMC, enquanto que aqueles que apresentavam excesso de peso diminuíram este valor.

Rexrode et al. mostrou que o IMC está fortemente associado com um elevado risco de DCV e EAM (20), daí que a sua diminuição confere aos indivíduos com excesso de peso uma menor exposição aos factores de risco cardiovascular e, por conseguinte, um menor risco de patologia coronária.

As variáveis antropométricas PC, MG e PC/PA foram relacionadas com as duas classes de IMC consideradas.

Assim, observa-se que o IMC é um indicador que fornece, à priori, uma boa estimativa da presença de outros factores de risco, com excepção da razão PC/PA.

Nestes resultados, observamos que 70% dos indivíduos com excesso de peso tem o PC acima das recomendações e nenhum indivíduo normoponderal o tem. No entanto, a razão PC/PA mostra-se elevada em ambas as classes de IMC.

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O Health Professionals Follow-Up Study reconhece que o PC é o melhor indicador de RCV em indivíduos obesos (39). No entanto, não se assume como indicador de RCV significativo em indivíduos normoponderais. Nesse estudo, o PC/PA mostrou ser, bem como no Nurse´s Health Study, o melhor indicador independente de RCV (39).

No presente estudo encontrou-se uma correlação positiva entre a idade e a %MG. Esta correlação é esperada, uma vez que são vários os estudos que relacionam o aumento da massa gorda com a idade (62,63,64). Também com o avançar da idade, essa deposição de gordura promove a progressiva acumulação de placas ateroscleróticas, como descrito anteriormente neste trabalho.

O National Institutes of Health (NIH) mostrou uma associação positiva entre o peso e o risco aumentado de mortalidade por DCV (40). No nosso estudo, o peso está correlacionado de forma positiva com o PC e a %MG. Estes resultados sugerem que um excesso ponderal se traduz no aumento da massa gorda e que esta se deposita preferencialmente na zona abdominal, provocando o aumento do PC. Este facto é ilustrado pela forte e positiva correlação encontrada entre PC e MG.

Está descrito na literatura que a obesidade abdominal está fortemente associada com o risco de DCV, sendo um indicador independente de mortalidade (40) e que o PC está fortemente relacionado não só com a obesidade visceral (8,17), bem como com as DCV, em particular o EAM (35,22).

(28)

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Després sugere a medição do PC sistematicamente em todos os doentes, defendendo que este indicador é o que melhor estima a gordura abdominal e, como tal, melhor prevê o aparecimento de complicações que aumento o risco cardiovascular (57). O presente estudo confirma o anteriormente descrito pelo NIH, uma vez que o excesso de peso, particularmente a obesidade abdominal, é o parâmetro com mais relação significativa com a morbilidade e mortalidade por patologia coronária (40).

A par do peso, o IMC está também positivamente relacionado com o PC e %MG.

Tão ou mais importante que a quantidade de gordura corporal total, medida pelo IMC, é conhecer a distribuição da gordura corporal. A forte e positiva correlação entre o PC e a MG remete-nos para o conceito de obesidade abdominal, já discutido anteriormente.

Existe uma correlação positiva da razão PC/PA com o peso e a %MG. Este facto sugere que excesso ponderal se traduz na deposição de massa gorda a nível visceral. A sua avaliação pelo PC/PA encontra-se já descrita na literatura. Seidel et al. demonstraram que o PC/PA está altamente correlacionado com a gordura visceral, sendo um óptimo indicador de RCV (60). No Health Professionals Follow-Up Study verificou-se que os homens com um PC/PA aumentado tinham maior risco cardiovascular (41). Noutro estudo, o PC/PA estava associado, nos homens, a elevado risco de EAM e morte por DCV (61).

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Uma meta análise recente, que englobou 258 114 indivíduos, revela que o PC/PA será um melhor indicador de risco cardiovascular pois incorpora a medição do PA, cujo valor está inversamente associado com o desenvolvimento de factores de risco cardiometabólico e cardiovasculares

(58,56)

. Este estudo demonstra que 1cm de elevação no PC está associado a 2% de aumento do risco cardiovascular, enquanto a elevação de apenas 0,01cm na razão PC/PA significa um aumento do risco cardiovascular de 5% (58).

Apesar de a razão PC/PA ser um indicador que, nas recomendações internacionais, está a cair em desuso em detrimento do PC, este continua a ser alvo de investigação científica e evidencia uma forte correlação com a gordura visceral (60).

O cruzar das correlações permite inferir que todas as medidas antropométricas de obesidade estão correlacionadas com a %MG. Como descreveu Seidell et al. (60), o PC mostrou-se altamente correlacionado tanto com a gordura visceral como com a gordura subcutânea. O PC/PA mostrou-se fortemente correlacionado com a gordura visceral, mas não com a gordura subcutânea. O IMC estava altamente relacionado com a gordura subcutânea, mas não com a gordura visceral. Seidell considerou que a razão PC/PA é melhor indicador de obesidade abdominal, uma vez que, segundo ele, não está associada á gordura subcutânea (60).

A razão PC/PA foi também o indicador com maior prevalência de risco na nossa amostra, como referido anteriormente.

(30)

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Este estudo apresenta algumas limitações. À priori, o reduzido número de indivíduos estudados pode colocar em causa a representatividade da amostra. Teria também sido interessante comparar a amostra com um grupo de controlo e verificar a existência, ou não, de factores de risco antropométricos semelhantes em indivíduos que não apresentem doença coronária.

Por fim, a existência de escassos estudos nacionais sobre medidas antropométricas de avaliação da adiposidade corporal e doença cardiovascular, particularmente EAM, limitou a interpretação dos resultados por não haver base de comparação.

Conclusões

Este estudo permitiu fazer a caracterização e avaliação antropométrica em doentes com EAM. Observou-se a prevalência de vários factores de risco, com valores acima das recomendações, relacionados com as variáveis antropométricas, nomeadamente o PC, a MG, o PC/PA, o peso e IMC. A categorização dos indivíduos em dois sub-grupos de IMC permitiu observar que o excesso ponderal é, claramente, causa para toda uma constelação de factores de risco que aumentam a morbilidade e mortalidade por DCV. Este facto está provado na melhoria dos factores de risco que uma diminuição do peso acarreta (6), bem como se traduz na diminuição do esforço cardíaco e na consequente diminuição da incidência de patologia coronária (42).

Encontraram-se diversas correlações positivas entre as variáveis antropométricas.

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Todas as medidas de adiposidade corporal se correlacionaram positivamente com a quantidade de massa gorda. No entanto, esta relação é reconhecida, na literatura recente, como uma medida eficaz e fortemente correlacionada com o risco cardiovascular (58). Por este motivo, a razão PC/ PA merece, neste estudo, ser realçada.

A evolução antropométrica destes doentes deve ser um objectivo primordial no tratamento e recuperação do EAM e na prevenção de possíveis sequelas. Os Programas de Reabilitação Cardíaca revestem-se de extrema importância uma vez que, pela alteração de hábitos que promovem, assumem-se como essenciais na diminuição de morbilidade e mortalidade por DCV, na diminuição da incidência de EAM (25) e, por conseguinte, na melhoria da saúde em geral e da qualidade de vida.

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