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UM CURSO DE GEOMETRIA ANAL´ITICA E ´

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(1)

GEOMETRIA ANAL´ITICA E ´

ALGEBRA LINEAR

Reginaldo J. Santos

Departamento de Matem ´atica-ICEx

Universidade Federal de Minas Gerais

http://www.mat.ufmg.br/~regi

(2)

´

E proibida a reproduc¸ ˜ao desta publicac¸ ˜ao, ou parte dela, por qualquer meio, sem a pr ´evia autorizac¸ ˜ao, por escrito, do autor.

Editor, Coordenador de Revis ˜ao, Supervisor de Produc¸ ˜ao, Capa e Ilustrac¸ ˜oes: Reginaldo J. Santos

ISBN 85-7470-006-1

Ficha Catalogr ´afica

Santos, Reginaldo J.

S237u Um Curso de Geometria Anal´ıtica e ´Algebra Linear / Reginaldo J. Santos - Belo Horizonte: Imprensa Universit ´aria da UFMG, 2007.

1. ´Algebra Linear 2. Geometria Anal´ıtica I. T´ıtulo

(3)

Pref ´acio vii

1 Matrizes e Sistemas Lineares 1

1.1 Matrizes . . . 1

1.1.1 Operac¸ ˜oes com Matrizes . . . 3

1.1.2 Propriedades da ´Algebra Matricial . . . 10

1.1.3 Aplicac¸ ˜ao: Cadeias de Markov . . . 16

Ap ˆendice I: Notac¸ ˜ao de Somat ´orio . . . 33

1.2 Sistemas de Equac¸ ˜oes Lineares . . . 35

1.2.1 M ´etodo de Gauss-Jordan. . . 39

1.2.2 Matrizes Equivalentes por Linhas . . . 50

1.2.3 Sistemas Lineares Homog ˆeneos . . . 52

(4)

2 Invers ˜ao de Matrizes e Determinantes 77

2.1 Matriz Inversa . . . 77

2.1.1 Propriedades da Inversa . . . 79

2.1.2 Matrizes Elementares e Invers ˜ao (opcional) . . . 82

2.1.3 M ´etodo para Invers ˜ao de Matrizes . . . 86

2.1.4 Aplicac¸ ˜ao: Interpolac¸˜ao Polinomial . . . 96

2.1.5 Aplicac¸ ˜ao: Criptografia . . . 98

2.2 Determinantes . . . 107

2.2.1 Propriedades do Determinante . . . 113

2.2.2 Matrizes Elementares e o Determinante (opcional) . . . 128

Ap ˆendice II: Demonstrac¸ ˜ao do Teorema 2.11 . . . 136

3 Vetores no Plano e no Espac¸o 142 3.1 Soma de Vetores e Multiplicac¸ ˜ao por Escalar . . . 144

3.2 Produtos de Vetores . . . 180

3.2.1 Norma e Produto Escalar . . . 180

3.2.2 Projec¸ ˜ao Ortogonal . . . 194

3.2.3 Produto Vetorial . . . 197

3.2.4 Produto Misto . . . 209

Ap ˆendice III: Demonstrac¸ ˜ao do item (e) do Teorema 3.5 . . . 226

4 Retas e Planos 229 4.1 Equac¸ ˜oes de Retas e Planos . . . 229

4.1.1 Equac¸ ˜oes do Plano . . . 229

4.1.2 Equac¸ ˜oes da Reta . . . 244

(5)

4.2.1 Angulosˆ . . . 270

4.2.2 Dist ˆancias . . . 277

5 Espac¸osRn 300 5.1 Independ ˆencia Linear . . . 300

5.1.1 Os Espac¸osRn . . . . 300

5.1.2 Combinac¸˜ao Linear . . . 305

5.1.3 Independ ˆencia Linear. . . 311

5.1.4 Posic¸˜oes Relativas de Retas e Planos . . . 322

5.2 Subespac¸os, Base e Dimens ˜ao . . . 329

Ap ˆendice IV: Outros Resultados . . . 355

5.3 Produto Escalar emRn . . . . 363

5.3.1 Produto Interno . . . 363

5.3.2 Bases Ortogonais e Ortonormais . . . 372

5.4 Mudanc¸a de Coordenadas . . . 382

5.4.1 Rotac¸ ˜ao . . . 388

5.4.2 Translac¸ ˜ao . . . 390

5.4.3 Aplicac¸ ˜ao: Computac¸ ˜ao Gr ´afica - Projec¸ ˜ao Ortogr ´afica . . . 393

6 Diagonalizac¸ ˜ao 405 6.1 Diagonalizac¸ ˜ao de Matrizes . . . 405

6.1.1 Motivac¸˜ao . . . 405

6.1.2 Autovalores e Autovetores . . . 408

6.1.3 Diagonalizac¸ ˜ao . . . 418

6.2 Diagonalizac¸ ˜ao de Matrizes Sim ´etricas . . . 440

(6)

6.2.2 Matrizes Ortogonais . . . 443

Ap ˆendice V: Autovalores Complexos . . . 454

6.3 Aplicac¸ ˜ao: Identificac¸ ˜ao de C ˆonicas . . . 458

6.3.1 Elipse . . . 458

6.3.2 Hip ´erbole . . . 465

6.3.3 Par ´abola . . . 472

Respostas dos Exerc´ıcios 500

Bibliografia 683

(7)

Este texto cobre o material para um curso de um semestre de Geometria Anal´ıtica e ´Algebra Linear ministrado nos primeiros semestres para estudantes da ´area de Ci ˆencias Exatas. O texto pode, mas n ˜ao ´e necess ´ario, ser acompanhado de um programa como o MATLABr∗, SciLab ou o Maxima.

O conte ´udo ´e dividido em seis cap´ıtulos. O Cap´ıtulo 1 trata das matrizes e sistemas lineares. Aqui todas as propriedades da ´algebra matricial s ˜ao demonstradas. A resoluc¸ ˜ao de sistemas lineares ´e feita usando somente o m ´etodo de Gauss-Jordan (transformando a matriz at ´e que ela esteja na forma escalonada reduzida). Este m ´etodo requer mais trabalho do que o m ´etodo de Gauss (transformando a matriz, apenas, at ´e que ela esteja na forma escalonada). Ele foi o escolhido, por que tamb ´em ´e usado no estudo da invers ˜ao de matrizes no Cap´ıtulo 2. Neste Cap´ıtulo ´e tamb ´em estudado o determinante, que ´e definido usando cofatores. As demonstrac¸ ˜oes dos resultados deste cap´ıtulo podem ser, a crit ´erio do leitor, feitas somente para matrizes3×3.

O Cap´ıtulo 3 trata de vetores no plano e no espac¸o. Os vetores s ˜ao definidos de forma geom ´etrica,

(8)

assim como a soma e a multiplicac¸ ˜ao por escalar. S ˜ao provadas algumas propriedades geometrica-mente. Depois s ˜ao introduzidos sistemas de coordenadas de forma natural sem a necessidade da definic¸ ˜ao de base. Os produtos escalar e vetorial s ˜ao definidos tamb ´em geometricamente. O Cap´ıtulo 4 trata de retas e planos no espac¸o. S ˜ao estudados ˆangulos e dist ˆancias entre retas e planos.

O Cap´ıtulo 5 cobre a teoria dos espac¸os euclidianos. O conceito de depend ˆencia e independ ˆencia linear ´e introduzido de forma alg ´ebrica, acompanhado da interpretac¸ ˜ao geom ´etrica para os casos de R2eR3. Aqui s ˜ao estudadas as posic¸ ˜oes relativas de retas e planos como uma aplicac¸ ˜ao do conceito

de depend ˆencia linear. S ˜ao tamb ´em tratados os conceitos de geradores e de base de subespac¸os. S ˜ao abordados tamb ´em o produto escalar e bases ortonormais. O Cap´ıtulo ´e terminado com mudanc¸a de coordenadas preparando para o Cap´ıtulo de diagonalizac¸ ˜ao.

O Cap´ıtulo 6 traz um estudo da diagonalizac¸ ˜ao de matrizes em geral e diagonalizac¸ ˜ao de matrizes sim ´etricas atrav ´es de um matriz ortogonal. ´E feita uma aplicac¸ ˜ao ao estudo das sec¸ ˜oes c ˆonicas.

Os exerc´ıcios est ˜ao agrupados em tr ˆes classes. Os “Exerc´ıcios Num ´ericos”, que cont ´em exerc´ıcios que s ˜ao resolvidos fazendo c ´alculos, que podem ser realizados sem a ajuda de um com-putador ou de uma m ´aquina de calcular. Os “Exerc´ıcios Te ´oricos”, que cont ´em exerc´ıcios que reque-rem demonstrac¸˜oes. Alguns s ˜ao simples, outros s ˜ao mais complexos. Os mais dif´ıceis complemen-tam a teoria e geralmente s ˜ao acompanhados de sugest ˜oes. Os “Exerc´ıcios usando o MATLABr”, que cont ´em exerc´ıcios para serem resolvidos usando o MATLABr ou outro software. Os comandos necess ´arios a resoluc¸ ˜ao destes exerc´ıcios s ˜ao tamb ´em fornecidos juntamente com uma explicac¸ ˜ao r ´apida do uso. Os exerc´ıcios num ´ericos s ˜ao imprescind´ıveis, enquanto a resoluc¸ ˜ao dos outros, de-pende do n´ıvel e dos objetivos pretendidos para o curso.

(9)

direci-onadas para o estudo de Geometria Anal´ıtica e ´Algebra Linear pode ser obtido na web na p ´agina do autor, assim como um texto com uma introduc¸ ˜ao ao MATLABre instruc¸ ˜oes de como instalar o pacote gaal. O MATLABr n ˜ao ´e um software gratuito, embora antes a vers ˜ao estudante vinha gr ´atis ao se comprar o guia do usu ´ario. Atualmente o SciLab ´e uma alternativa gratuita, mas que n ˜ao faz c ´alculo simb ´olico. O Maxima ´e um programa de computac¸ ˜ao alg ´ebrica gratuito. Ambos podem ser usados como ferramenta auxiliar na aprendizagem de Geometria Anal´ıtica e ´Algebra Linear. Na p ´agina do autor na web podem ser encontrados pacotes de func¸ ˜oes para estes programas al ´em de links para as p ´aginas do SciLab e do Maxima e v ´arias p ´aginas interativas que podem auxiliar na aprendizagem.

No fim de cada cap´ıtulo temos um “Teste do Cap´ıtulo” para que o aluno possa avaliar os seus conhecimentos. Os Exerc´ıcios Num ´ericos e os Exerc´ıcios usando o MATLABr est ˜ao resolvidos ap ´os o ´ultimo cap´ıtulo utilizando o MATLABr. Desta forma o leitor que n ˜ao estiver interessado em usar o software pode obter apenas as respostas dos exerc´ıcios, enquanto aquele que tiver algum interesse, pode ficar sabendo como os exerc´ıcios poderiam ser resolvidos fazendo uso do MATLABre do pacote gaal.

(10)

Hist ´orico

Julho 2007 Algumas correc¸ ˜oes. As respostas de alguns exerc´ıcios foram reescritas.

Marc¸o 2007 V ´arias figuras foram refeitas e outras acrescentadas. Foram reescritos o Exemplo 3.12 e o Corol ´ario 3.10. Na sec¸ ˜ao 5.2 um exemplo foi reescrito e acrescentado mais um. Os Exemplos 5.25e 5.26 foram reescritos, sa´ıram do ap ˆendice e voltaram ao texto normal. A sec¸ ˜ao 5.4 de Mudanc¸a de Coordenadas foi reescrita e acrescentada uma aplicac¸ ˜ao `a computac¸ ˜ao gr ´afica. Foram acrescentados dois exerc´ıcios na sec¸ ˜ao de Matrizes, um na de Invers ˜ao de Matrizes, um na sec¸ ˜ao de Determinantes, dois na de Produto de Vetores, um na de Subespac¸os, um na de Produto Escalar emRn, tr ˆes na de Mudanc¸a de Coordenadas, quatro na de Diagonalizac¸ ˜ao e um na de Diagonalizac¸ ˜ao de Matrizes Sim ´etricas. Foram corrigidos alguns erros.

Julho 2006 Foi acrescentado o Exemplo 2.16 na p ´agina 124. A sec¸ ˜ao 3.2 ’Produtos de Vetores’ foi reescrita. Foi acrescentado um exerc´ıcio na sec¸ ˜ao 4.2. O Cap´ıtulo 5 foi reescrito. Foram corrigidos alguns erros.

Marc¸o 2006 A Sec¸ ˜ao 1.1 de Matrizes e a Sec¸ ˜ao 2.2 de Determinantes foram reescritas. Na sec¸ ˜ao 1.2 o Teorema 1.4 voltou a ser que toda matriz ´e equivalente por linhas a uma ´unica matriz na forma escalonada reduzida. Foram acrescentados v ´arios exerc´ıcios aos Cap´ıtulos 3 e 4. O Cap´ıtulo 5 foi reescrito. Foram acrescentados exerc´ıcios te ´oricos `a sec¸ ˜ao ’Aplicac¸ ˜ao `a C ˆonicas’.

(11)

equivalente por linhas” com a demonstrac¸ ˜ao. O que antes era Exemplo 1.14 passou para o lugar do Exemplo 1.10. O Exemplo 2.5 foi modificado. No Cap´ıtulo 3 foram acrescentados 2 exerc´ıcios na sec¸ ˜ao 3.1, 1 exerc´ıcio na sec¸ ˜ao 3.2. No Cap´ıtulo 4 a sec¸ ˜ao 4.1 foi reescrita e foram acrescentados 2 exerc´ıcios. O Cap´ıtulo 5 foi reescrito. Foi inclu´ıda no Ap ˆendice III da sec¸ ˜ao 5.2. a demonstrac¸ ˜ao de que a forma escalonada reduzida de uma matriz ´e ´unica. A sec¸ ˜ao ’Diagonalizac¸˜ao de Matrizes’ ganhou mais um exerc´ıcio te ´orico.

Setembro 2003 Foi acrescentada a regra de Cramer na sec¸ ˜ao ’Determinantes’ (Exemplo 2.20). A sec¸ ˜ao ’Subespac¸os, Base e Dimens ˜ao’ foi reescrita. Foi acrescentado um ap ˆendice a esta sec¸ ˜ao com ’Outros resultados’. A Proposic¸ ˜ao 5.15 da sec¸ ˜ao ’Produto Escalar em Rn foi re-escrita. A sec¸ ˜ao ’Diagonalizac¸ ˜ao de Matrizes’ ganhou mais dois exerc´ıcios te ´oricos. A sec¸ ˜ao ’Diagonalizac¸˜ao de Matrizes Sim ´etricas’ ganhou um ap ˆendice sobre ’Autovalores Complexos’.

Novembro 2002 V ´arias correc¸ ˜oes incluindo respostas de exerc´ıcios. A sec¸ ˜ao ’Subespac¸os, Base e Dimens ˜ao’ ganhou mais um exemplo e um exerc´ıcio. A sec¸ ˜ao ’Diagonalizac¸˜ao de Matrizes Sim ´etricas’ ganhou mais um exemplo.

Julho 2001 Revis ˜ao completa no texto. Novos exerc´ıcios nas sec¸ ˜oes ’Matrizes’ e ’Sistemas Lineares’. As sec¸ ˜oes ’Subespac¸os’ e ’Base e Dimens ˜ao’ tornaram-se uma s ´o. A sec¸ ˜ao ’Mudanc¸a de Coordenadas’ passou do Cap´ıtulo 6 para o Cap´ıtulo 5.

(12)

Sugest ˜ao de Cronograma

Cap´ıtulo 1 8 aulas

Cap´ıtulo 2 8 aulas

Cap´ıtulo 3 8 aulas

Cap´ıtulo 4 8 aulas

Cap´ıtulo 5 16 (12) aulas

Cap´ıtulo 6 12 aulas

(13)

Matrizes e Sistemas Lineares

1.1

Matrizes

UmamatrizA,m×n(mporn), ´e uma tabela demnn ´umeros dispostos emmlinhas encolunas

A=

   

a11 a12 . . . a1n

a21 a22 . . . a2n

..

. . . . ...

am1 am2 . . . amn

   

.

Ai- ´esima linhadeA ´e

ai1 ai2 . . . ain

(14)

parai= 1, . . . , me aj- ´esima colunadeA ´e 

   

a1j

a2j

.. .

amj

   

,

paraj = 1, . . . , n. Usamos tamb ´em a notac¸ ˜aoA = (aij)m×n. Dizemos queaij ou[A]ij ´e oelemento

ou aentradade posic¸ ˜aoi, jda matrizA.

Sem=n, dizemos queA ´e umamatriz quadrada de ordemne os elementosa11, a22, . . . , ann

formam adiagonal (principal)deA.

Exemplo 1.1. Considere as seguintes matrizes:

A=

1 2 3 4

, B =

−2 1 0 3

, C =

1 3 0 2 4 2

,

D= 1 3 2 , E =

1 4

−3

 eF = 3 .

As matrizesA eB s ˜ao 2×2. A matrizC ´e 2×3, D ´e 1×3, E ´e 3×1e F ´e1×1. De acordo com a notac¸ ˜ao que introduzimos, exemplos de elementos de algumas das matrizes dadas acima s ˜ao

a12= 2,c23 =−2,e21 = 4,[A]22= 4,[D]12= 3.

(15)

matriz coluna. Matrizes linha e matrizes coluna s ˜ao chamadas devetores. O motivo ficar ´a claro na Sec¸ ˜ao5.1na p ´agina300.

Dizemos que duas matrizes s ˜ao iguais se elas t ˆem o mesmo tamanho e os elementos correspon-dentes s ˜ao iguais, ou seja,A = (aij)m×n eB = (bij)p×q s ˜aoiguaissem = p, n = q eaij = bij

parai= 1, . . . , mej = 1, . . . , n.

Vamos definir operac¸ ˜oes matriciais an ´alogas `as operac¸ ˜oes com n ´umeros e provar propriedades que s ˜ao v ´alidas para essas operac¸ ˜oes. Veremos, mais tarde, que um sistema de equac¸ ˜oes lineares pode ser escrito em termos de uma ´unica equac¸ ˜ao matricial.

Vamos, agora, introduzir as operac¸ ˜oes matriciais.

1.1.1

Operac¸ ˜oes com Matrizes

Definic¸ ˜ao 1.1. A soma de duas matrizes de mesmo tamanho A = (aij)m×n e B = (bij)m×n ´e

definida como sendo a matrizm×n

C =A+B

obtida somando-se os elementos correspondentes deAeB, ou seja,

cij =aij +bij,

(16)

Exemplo 1.2. Considere as matrizes:

A=

1 2 3

3 4 0

, B =

−2 1 5

0 3 4

Se chamamos deCa soma das duas matrizesAeB, ent ˜ao

C=A+B =

1 + (2) 2 + 1 3 + 5 3 + 0 4 + 3 0 + (4)

=

−1 3 2

3 7 4

(17)

Definic¸ ˜ao 1.2. Amultiplicac¸ ˜ao de uma matrizA = (aij)m×npor um escalar(n ´umero)α ´e definida

pela matrizm×n

B =αA

obtida multiplicando-se cada elemento da matrizApelo escalarα, ou seja,

bij =α aij,

parai = 1, . . . , mej = 1, . . . , n. Escrevemos tamb ´em[αA]ij = α aij. Dizemos que a matrizB ´e

umm ´ultiplo escalarda matrizA.

Exemplo 1.3. O produto da matrizA=

−2 1

0 3

5 4

pelo escalar3 ´e dado por

−3A=

(3)(2) (3) 1 (3) 0 (3) 3 (3) 5 (3)(4)

= 

6 3 0 9

−15 12

(18)

Definic¸ ˜ao 1.3. Oprodutode duas matrizes, tais que o n ´umero de colunas da primeira matriz ´e igual ao n ´umero de linhas da segunda,A= (aij)m×p eB = (bij)p×n ´e definido pela matrizm×n

C =AB

obtida da seguinte forma:

cij = ai1b1j+ai2b2j +. . .+aipbpj, (1.1)

parai= 1, . . . , mej = 1, . . . , n. Escrevemos tamb ´em[AB]ij =ai1b1j +ai2b2j+. . .+aipbpj.

A equac¸ ˜ao (1.1) est ´a dizendo que o elemento i, j do produto ´e igual `a soma dos produtos dos elementos dai- ´esima linha deApelos elementos correspondentes daj- ´esima coluna deB.

 

c11 . . . c1n

..

. cij ...

cm1 . . . cmn

  =        

a11 a12 . . . a1p

..

. . . . ...

ai1 ai2 . . . aip

..

. . . . ...

am1 am2 . . . amp

             b11 b21 .. .

bp1

. . . . . . . . . . . .

b1j

b2j

.. . bpj . . . . . . . . . . . .

b1n

b2n

.. . bpn     

A equac¸ ˜ao (1.1) pode ser escrita de forma compacta usando anotac¸ ˜ao de somat ´orio.

[AB]ij =ai1b1j+ai2b2j +. . .+aipbpj = p

X

k=1

(19)

e dizemos “somat ´orio dekvariando de1apdeaikbkj”. O s´ımbolo p

X

k=1

significa que estamos fazendo

uma soma em que o ´ındicek est ´a variando dek = 1at ´ek =p. Algumas propriedades da notac¸ ˜ao de somat ´orio est ˜ao explicadas noAp ˆendice I na p ´agina33.

Exemplo 1.4. Considere as matrizes:

A=

1 2 3

3 4 0

, B =

−2 1 0

0 3 0

5 4 0

 .

Se chamamos deCo produto das duas matrizesAeB, ent ˜ao

C=AB =

1 (2) + 2·0 + (3) 5 1·1 + 2·3 + (3) (4) 0 3 (2) + 4·0 + 0·5 3·1 + 4·3 + 0 (4) 0

=

−17 19 0

−6 15 0

.

(20)

Exemplo 1.5. SejamA =

1 2 3 4

eB =

−2 1 0 3

. Ent ˜ao,

AB =

−2 7

−6 15

e BA=

1 0 9 12

.

Vamos ver no pr ´oximo exemplo como as matrizes podem ser usadas para descrever quantitativa-mente um processo de produc¸ ˜ao.

Exemplo 1.6. Uma ind ´ustria produz tr ˆes produtos, X, Y e Z, utilizando dois tipos de insumo, A e B. Para a manufatura de cada kg de X s ˜ao utilizados 1 grama do insumo A e 2 gramas do insumo B; para cada kg de Y, 1 grama de insumo A e 1 grama de insumo B e, para cada kg de Z, 1 grama de A e 4 gramas de B. Usando matrizes podemos determinar quantos gramas dos insumos A e B s ˜ao necess ´arios na produc¸ ˜ao dexkg do produto X,ykg do produto Y ezkg do produto Z.

X Y Z gramas de A/kg

gramas de B/kg

1 1 1 2 1 4

= A X =

x y z

kg de X produzidos kg de Y produzidos kg de Z produzidos

AX =

x+y+z

2x+y+ 4z

(21)

Definic¸ ˜ao 1.4. Atranspostade uma matrizA= (aij)m×n ´e definida pela matrizn×m

B =At

obtida trocando-se as linhas com as colunas, ou seja,

bij =aji,

parai= 1, . . . , nej = 1, . . . , m. Escrevemos tamb ´em[At]

ij =aji.

Exemplo 1.7. As transpostas das matrizes

A=

1 2 3 4

, B =

−2 1 0 3

e C=

1 3 0 2 4 2

s ˜ao

At=

1 3 2 4

, Bt =

−2 0 1 3

e Ct=

1 2

3 4

0 2

 .

(22)

1.1.2

Propriedades da ´

Algebra Matricial

Teorema 1.1. SejamA,B eCmatrizes com tamanhos apropriados,αeβescalares. S ˜ao v ´alidas as seguintes propriedades para as operac¸ ˜oes matriciais:

(a) (comutatividade)A+B =B+A;

(b) (associatividade)A+ (B+C) = (A+B) +C;

(c) (elemento neutro) A matriz¯0,m×n, definida por[¯0]ij = 0, parai= 1, . . . , m,j = 1, . . . , n ´e

tal que

A+ ¯0 =A,

para toda matrizA,m×n. A matriz¯0 ´e chamadamatriz nulam×n.

(d) (elemento sim ´etrico) Para cada matrizA, existe uma ´unica matriz A, definida por[A]ij =

−aij tal que

A+ (A) = ¯0.

(e) (associatividade)α(βA) = (αβ)A;

(f) (distributividade)(α+β)A=αA+βA;

(g) (distributividade)α(A+B) =αA+αB;

(23)

(i) (elemento neutro) Para cada inteiro positivopa matriz,p×p,

Ip =

   

1 0 . . . 0 0 1 . . . 0

..

. . . . ...

0 0 . . . 1

   

,

chamadamatriz identidade ´e tal que

A In=ImA =A, para toda matrizA= (aij)m×n.

(j) (distributividade)A(B+C) =AB +AC e(B+C)A=BA+CA;

(k) α(AB) = (αA)B =A(αB);

(l) (At)t=A;

(m) (A+B)t =At+Bt; (n) (αA)t=α At;

(o) (AB)t=BtAt;

(24)

(a) [A+B]ij =aij +bij =bij +aij = [B +A]ij;

(b) [A+ (B+C)]ij =aij+ [B+C]ij =aij + (bij +cij) = (aij+bij) +cij = [A+B]ij +cij = [(A+B) +C]ij;

(c) SejaX uma matrizm×ntal que

A+X =A (1.2)

para qualquer matriz A,m×n. Comparando os elementos correspondentes, temos que

aij +xij =aij,

ou seja,xij = 0, parai = 1. . . , mej = 1. . . , n. Portanto, a ´unica matriz que satisfaz (1.2) ´e

a matriz em que todos os seus elementos s ˜ao iguais a zero. Denotamos a matrizXpor ¯0. (d) Dada uma matrizA,m×n, sejaXuma matrizm×n, tal que

A+X = ¯0. (1.3)

Comparando os elementos correspondentes, temos que

aij +xij = 0,

ou seja,xij = −aij, parai = 1. . . , me j = 1. . . , n. Portanto, a ´unica matriz que satisfaz

(1.3) ´e a matriz em que todos os seus elementos s ˜ao iguais aos sim ´etricos dos elementos de

A. Denotamos a matrizXporA.

(25)

(f) [(α+β)A]ij = (α+β)aij = (αaij) + (βaij) = [αA]ij + [βA]ij = [αA+βA]ij.

(g) [α(A+B)]ij = α[A+B]ij =α(aij +bij) =αaij +αbij = [αA]ij + [αB]ij

= [αA+αB]ij.

(h) A demonstrac¸ ˜ao deste item ´e a mais trabalhosa. SejamA,BeCmatrizesm×p,p×qeq×n

respectivamente. A notac¸ ˜ao de somat ´orio aqui pode ser muito ´util, pelo fato de ser compacta.

[A(BC)]ij = p

X

k=1

aik[BC]kj = p

X

k=1

aik( q

X

l=1

bklclj) = p X k=1 q X l=1

aik(bklclj) =

= p X k=1 q X l=1

(aikbkl)clj = q X l=1 p X k=1

(aikbkl)clj = q X l=1 ( p X k=1

aikbkl)clj =

= q

X

l=1

[AB]ilclj = [(AB)C]ij.

(i) Podemos escrever a matriz identidade em termos do delta de Kronecker que ´e definido por

δij =

1, sei=j

0, sei6=j

como[In]ij =δij. Assim,

[AIn]ij = n

X

k=1

aik[In]kj = n

X

k=1

aikδkj =aij.

(26)

(j) [A(B+C)]ij =

X

k=1

aik[B+C]kj =

X

k=1

aik(bkj+ckj) =

X

k=1

(aikbkj +aikckj) =

= p

X

k=1

aikbkj + p

X

k=1

aikckj = [AB]ij + [AC]ij = [AB +AC]ij.

A outra igualdade ´e inteiramente an ´aloga a anterior e deixamos como exerc´ıcio.

(k) [α(AB)]ij =α p

X

k=1

aikbkj = p

X

k=1

(αaik)bkj = [(αA)B]ij e

[α(AB)]ij =α p

X

k=1

aikbkj = p

X

k=1

aik(αbkj) = [A(αB)]ij.

(l) [(At)t]

ij = [At]ji =aij.

(m) [(A+B)t]

ij = [A+B]ji =aji+bji = [At]ij + [Bt]ij.

(n) [(αA)t]ij = [αA]ji=αaji=α[At]ij = [αAt]ij.

(o) [(AB)t]

ij = [AB]ji =

p

X

k=1

ajkbki = p

X

k=1

[At]kj[Bt]ik = p

X

k=1

[Bt]ik[At]kj = [BtAt]ij.

Adiferenc¸aentre duas matrizes de mesmo tamanhoAeB ´e definida por

(27)

ou seja, ´e a soma da matrizAcom a sim ´etrica da matrizB.

SejamAuma matrizn×nepum inteiro positivo. Definimos apot ˆenciapdeA, porAp =A . . . A

| {z }

pvezes .

E parap= 0, definimosA0 =I

n.

Exemplo 1.8. Vamos verificar se para matrizesAeB, quadradas, vale a igualdade

(A+B)(AB) =A2B2. (1.4)

Usando a propriedade (i) do teorema anterior obtemos

(A+B)(AB) = (A+B)A+ (A+B)(B)

= AA+BAABBB=A2+BAAB B2

Assim,(A+B)(AB) =A2B2 se, e somente se,BAAB = 0, ou seja, se, e somente se,

AB =BA. Como o produto de matrizes n ˜ao ´e comutativo, a conclus ˜ao ´e que a igualdade (1.4),n ˜ao vale para matrizes em geral. Como contra-exemplo basta tomarmos duas matrizes que n ˜ao comutem entre si. Sejam

A =

0 0 1 1

e B =

1 0 1 0

.

Para estas matrizes

A+B =

1 0 2 1

, AB =

−1 0 0 1

, A2 =A=

0 0 1 1

, B2 =B =

1 0 1 0 . Assim,

(A+B)(AB) =

−1 0

−2 1

6

=

−1 0 0 1

(28)

1.1.3

Aplicac¸ ˜ao: Cadeias de Markov

Vamos supor que uma populac¸ ˜ao ´e dividida em tr ˆes estados (por exemplo: ricos, classe m ´edia e pobres) e que em cada unidade de tempo a probabilidade de mudanc¸a de um estado para outro seja constante no tempo, s ´o dependa dos estados. Este processo ´e chamadocadeia de Markov.

Seja tij a probabilidade de mudanc¸a do estado j para o estado i em uma unidade de tempo

(gerac¸ ˜ao). Tome cuidado com a ordem dos ´ındices. A matriz

T = 1

2

3

t11 t12 t13

t21 t22 t23

t31 t32 t33 

 1

2

3

´e chamadamatriz de transic¸ ˜ao. A distribuic¸ ˜ao da populac¸ ˜ao inicial entre os tr ˆes estados pode ser descrita pela seguinte matriz:

P0 = 

p1

p2

p3 

est ´a no estado 1 est ´a no estado 2 est ´a no estado 3

A matrizP0caracteriza a distribuic¸ ˜ao inicial da populac¸ ˜ao entre os tr ˆes estados e ´e chamadavetor de estado. Ap ´os uma unidade de tempo a populac¸ ˜ao estar ´a dividida entre os tr ˆes estados da seguinte forma

P1 = 

t11p1+t12p2+t13p3

t21p1+t22p2+t23p3

t31p1+t32p2+t33p3 

(29)

Lembre-se quetij ´e a probabilidade de mudanc¸a do estadojpara o estadoi. Assim o vetor de estado

ap ´os uma unidade de tempo ´e dada pelo produto de matrizes:

P1 =T P0. Exemplo 1.9. Vamos considerar a matriz de transic¸ ˜ao

T = 1

2

3

   1 2 1 4 0 1 2 1 2 1 2 0 1 4 1 2    1

2

3

(1.5)

e o vetor de estados inicial

P0 =   1 3 1 3 1 3  

est ´a no estado 1 est ´a no estado 2 est ´a no estado 3

(1.6)

que representa uma populac¸ ˜ao dividida de forma que1/3da populac¸ ˜ao est ´a em cada estado. Ap ´os uma unidade de tempo a matriz de estado ser ´a dada por

P1 =T P0 =    1 2 1 4 0 1 2 1 2 1 2

0 14 12

      1 3 1 3 1 3   =    1 4 1 2 1 4   

Como estamos assumindo que em cada unidade de tempo a matriz de transic¸ ˜ao ´e a mesma, ent ˜ao ap ´osk unidades de tempo a populac¸ ˜ao estar ´a dividida entre os tr ˆes estados segundo a matriz de estado

(30)

Assim a matrizTkd ´a a transic¸ ˜ao entrekunidades de tempo.

Veremos naSec¸ ˜ao6.1na p ´agina405como calcular rapidamente pot ˆenciaskde matrizes e assim como determinar a distribuic¸ ˜ao da populac¸ ˜ao ap ´osk unidades de tempo parak um inteiro positivo qualquer.

Exerc´ıcios Num ´ericos

(respostas na p ´agina

501)

1.1.1. Considere as seguintes matrizes

A=

2 0 6 7

, B =

0 4 2 8

, C =

−6 9 7 7 3 2

D =

−6 4 0 1 1 4

−6 0 6

, E = 

6 9 9

−1 0 4

−6 0 1

Se for poss´ıvel calcule:

(a) AB BA, (b) 2CD, (c) (2Dt3Et)t,

(31)

1.1.2. Conhecendo-se somente os produtosAB e AC, como podemos calcularA(B +C), BtAt,

CtAte(ABA)C?

1.1.3. Considere as seguintes matrizes

A=

−3 2 1

1 2 1

, B =

2 1 2 0 0 3   C =  

−2 1 1 0 1 1

−1 0 1

, D= 

d1 0 0

0 d2 0

0 0 d3 

E1 =   1 0 0 

, E2 =   0 1 0 

, E3 =   0 0 1   Verifique que:

(a) AB ´e diferente deBA.

(b) AEj ´e a j- ´esima coluna de A, para j = 1,2,3 e EitB ´e a i- ´esima linha de B, para

i= 1,2,3(o caso geral est ´a noExerc´ıcio1.1.16na p ´agina26).

(c) CD = [ d1C1 d2C2 d3C3 ], em queC1 =   −2 0 −1 

,C2 =   1 1 0 

eC3 =   −1 1 1 

, s ˜ao as

(32)

(d) DC =

d1C1

d2C2

d3C3 

, em que C1 =

−2 1 1 , C2 =

0 1 1 e

C3 =

−1 0 1 s ˜ao as linhas de C (o caso geral est ´a noExerc´ıcio 1.1.17 (b) na p ´agina27).

(e) Escrevendo B em termos das suas colunas, B = [ B1 B2 ], em que B1 =   2 2 0   e

B2 =   −1 0 3 

, o produtoAB pode ser escrito comoAB = A[B1 B2 ] = [AB1 AB2 ] (o caso geral est ´a noExerc´ıcio1.1.18(a) na p ´agina28).

(f) escrevendoAem termos das suas linhas,A1 =

−3 2 1 eA2 =

1 2 1 , o produtoAB pode ser escrito como AB =

A1 A2 B =

A1B

A2B

(o caso geral est ´a no

Exerc´ıcio1.1.18(b) na p ´agina28).

1.1.4. Sejam

A =

1 3 0 0 4 2

e X =

  x y z  .

Verifique quexA1+yA2+zA3 =AX, em queAj ´e aj- ´esima coluna deA, paraj = 1,2,3

(33)

1.1.5. Encontre um valor dextal queABt= 0, em que

A= x 4 2 e B = 2 3 5 .

1.1.6. Mostre que as matrizesA =

1 1y

y 1

, em que y ´e uma n ´umero real n ˜ao nulo, verificam a equac¸ ˜aoX2 = 2X.

1.1.7. Mostre que seAeB s ˜ao matrizes que comutam com a matrizM =

0 1

−1 0

, ent ˜aoAB =

BA.

1.1.8. (a) Determine todas as matrizesA,2×2,diagonais(os elementos que est ˜ao fora da diagonal s ˜ao iguais a zero) que comutam com toda matrizB,2×2, ou seja, tais queAB =BA, para toda matrizB,2×2.

(b) Determine todas as matrizesA, 2×2, que comutam com toda matrizB, 2×2, ou seja, tais queAB =BA, para toda matrizB,2×2.

1.1.9. Verifique queA3 = ¯0, para

A=

0 1 0 0 0 1 0 0 0

.

O caso geral est ´a noExerc´ıcio1.1.29na p ´agina32.

(34)

Uma vez inicializado o MATLABr, aparecer ´a na janela de comandos um prompt>> ouEDU>>. O prompt significa que o MATLABr est ´a esperando um comando. Todo comando deve ser finalizado teclando-se Enter. Comandos que foram dados anteriormente podem ser obtidos novamente usando as teclase . Enquanto se estiver escrevendo um comando, este pode ser corrigido usando as teclas, , Deletee Backspace. O MATLABr faz diferenc¸a entre letras mai ´usculas e min ´usculas.

No MATLABr, pode-se obter ajuda sobre qualquer comando ou func¸ ˜ao. O comando >> help

(sem o prompt >>) mostra uma listagem de todos os pacotes dispon´ıveis. Ajuda sobre um pacote espec´ıfico ou sobre um comando ou func¸ ˜ao espec´ıfica pode ser obtida com o comando >> help nome,

(sem a v´ırgula e sem o prompt>>) em quenomepode ser o nome de um pacote ou o nome de um comando ou func¸ ˜ao.

Al ´em dos comandos e func¸ ˜oes pr ´e-definidas, escrevemos um pacote chamado gaal com func¸ ˜oes espec´ıficas para a aprendizagem de Geometria Anal´ıtica e ´Algebra Li-near. Este pacote pode ser obtido gratuitamente atrav ´es da internet no enderec¸o http://www.mat.ufmg.br/~regi, assim como um texto com uma introduc¸ ˜ao ao MATLABre instruc¸ ˜oes de como instalar o pacotegaal. Depois deste pacote ser devidamente instalado, o comandohelp gaalno prompt do MATLABrd ´a informac¸ ˜oes sobre este pacote.

Mais informac¸ ˜oes sobre as capacidades do MATLABrpodem ser obtidas em [4,28].

Vamos descrever aqui alguns comandos que podem ser usados para a manipulac¸ ˜ao de matri-zes. Outros comandos ser ˜ao introduzidos a medida que forem necess ´arios.

(35)

>> A=[a11,a12,...,a1n;a21,a22,...; ...,amn] cria uma matriz, m por n, usando os elementosa11, a12, ..., amn e a armazena numa vari ´avel de nome A. Por exemplo, >>

A=[1,2,3;4,5,6]cria a matrizA=

1 2 3 4 5 6

;

>> I=eye(n)cria a matriz identidadenporne a armazena numa vari ´avelI;

>> O=zeros(n)ou>> O=zeros(m,n)cria a matriz nulanpornoumporn, respectivamente, e a armazena numa vari ´avelO;

>> A+B ´e a soma deAeB, >> A*B ´e o produto deAporB, >> A.’ ´e a transposta deA,

>> A-B ´e a diferenc¸aAmenosB,

>> num*A ´e o produto do escalarnumporA, >> A^k ´e a pot ˆenciaAelevado ak.

>> A(:,j) ´e a colunaj da matrizA,>> A(i,:) ´e a linhaida matrizA.

>> diag([d1,...,dn])cria uma matriz diagonal, cujos elementos da diagonal s ˜ao iguais aos elementos da matriz[d1,...,dn], ou seja, s ˜aod1,...,dn.

>> A=sym(A) converte a matriz A numa matriz em que os elementos s ˜ao armazenados no formato simb ´olico. A func¸ ˜aonumericfaz o processo inverso.

>> solve(expr) determina a soluc¸ ˜ao da equac¸ ˜ao expr=0. Por exemplo, >> solve(x^2-4)determina as soluc¸ ˜oes da equac¸ ˜aox24 = 0;

Comando do pacote GAAL:

>> A=randi(n) ou >> A=randi(m,n)cria uma matriz npor n oum por n, respectivamente, com elementos inteiros aleat ´orios entre5e5.

1.1.10. Use o MATLABrpara calcular alguns membros da seq ¨u ˆenciaA, A2, . . . , Ak, . . ., para

(a) A=

1 12 0 13

; (b) A =

1 2

1 3

0 15

(36)

A seq ¨u ˆencia parece estar convergindo para alguma matriz? Se estiver, para qual?

1.1.11. Calcule as pot ˆencias das matrizes dadas a seguir e encontre experimentalmente (por tentativa!) o menor inteirok > 1tal que (use o comando>> A=sym(A) depois de armazenar a matriz na vari ´avelA):

(a) Ak =I

3, em que

A =

0 0 1 1 0 0 0 1 0

;

(b) Ak =I

4, em que

A =

  

0 1 0 0

−1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0

  ;

(c) Ak = ¯0, em que

A =

  

0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0

  .

1.1.12. Vamos fazer um experimento no MATLABrpara tentar ter uma id ´eia do qu ˜ao comum ´e encontrar matrizes cujo produto comuta. No prompt do MATLABrdigite a seguinte linha:

(37)

(n ˜ao esquec¸a das v´ırgulas e pontos e v´ırgulas!). O que esta linha est ´a mandando o MATLABr fazer ´e o seguinte:

• Criar um contadorce atribuir a ele o valor zero.

• Atribuir `as vari ´aveisAeB,1000matrizes3×3com entradas inteiras e aleat ´orias entre5

e5.

• SeAB=BA, ou seja,AeBcomutarem, ent ˜ao o contadorc ´e acrescido de1. • No final o valor existente na vari ´avelc ´e escrito.

Qual a conclus ˜ao que voc ˆe tira do valor obtido na vari ´avelc?

1.1.13. Fac¸a um experimento semelhante ao anterior, mas para o caso em que cada uma das matrizes ´ediagonal, isto ´e, os elementos que est ˜ao fora da diagonal s ˜ao iguais a zero. Use a seta para cimapara obter novamente a linha digitada e edite a linha no prompt do MATLABrde forma a obter algo semelhante `a linha:

>> c=0; for n=1:1000,A=diag(randi(1,3));B=diag(randi(1,3));if( ....

Qual a conclus ˜ao que voc ˆe tira do valor obtido na vari ´avelc?

1.1.14. Fac¸a um experimento semelhante ao anterior, mas para o caso em que uma das matrizes ´e diagonal. Use a seta para cima para obter novamente a linha digitada e edite a linha no prompt do MATLABrde forma a obter a seguinte linha:

>> c=0; for n=1:1000,A=diag(randi(1,3));B=randi(3);if(A*B==B*A),c=c+1;A,B,end,end,c

(38)

1.1.15. Use o MATLABrpara resolver osExerc´ıcios Num ´ericos.

Exerc´ıcios Te ´oricos

1.1.16. SejamE1 =        1 0 0 .. . 0       

, E2 =        0 1 0 .. . 0       

,. . . ,En =

       0 0 .. . 0 1       

matrizesn×1.

(a) Mostre que se

A =     

a11 a12 . . . a1n

a21 a22 . . . a2n

..

. . . . ...

am1 am2 . . . amn

   

´e uma matrizm×n, ent ˜aoAEj ´e igual `a colunajda matrizA.

(b) Mostre que se

B =     

b11 b12 . . . b1m

b21 b22 . . . b2m

..

. . . . ...

bn1 bn2 . . . bnm

     ,

´e uma matrizn×ment ˜aoEt

(39)

1.1.17. Seja

D=

   

λ1 0 . . . 0

0 λ2 . . . 0 ..

. . .. ...

0 . . . 0 λn

   

umamatriz diagonaln×n, isto ´e, os elementos que est ˜ao fora da diagonal s ˜ao iguais a zero. Seja

A =

   

a11 a12 . . . a1n

a21 a22 . . . a2n

..

. . . . ...

an1 an2 . . . ann

   

.

(a) Mostre que o produtoAD ´e obtido da matrizAmultiplicando-se cada colunaj porλj, ou

seja, seA= [A1 A2 . . . An ], em queAj =

 

a1j

.. .

anj

 ´e a colunaj deA, ent ˜ao

AD= [λ1A1 λ2A2 . . . λnAn].

(40)

seja, seA=

   

A1

A2 .. .

An

   

, em queAi = [ai1 . . . ain ] ´e a linhaideA, ent ˜ao

DA=

   

λ1A1

λ2A2 .. .

λnAn

   

.

1.1.18. SejamAeB matrizesm×pep×n, respectivamente.

(a) Mostre que a j- ´esima coluna do produto AB ´e igual ao produto ABj, em que Bj =

 

b1j

.. .

bpj

 ´e aj- ´esima coluna deB, ou seja, seB = [B1 . . . Bn ], ent ˜ao

AB =A[B1 . . . Bn] = [ AB1 . . . ABn ];

(41)

[ai1 . . . aip] ´e ai- ´esima linha deA, ou seja, seA=      A1 A2 .. . Am     

, ent ˜ao

AB =      A1 A2 .. . Am      B =     

A1B

A2B .. .

AmB

     .

1.1.19. Seja A uma matriz m × n e X =

   x1 .. . xn  

 uma matriz n × 1. Prove que

AX = n

X

j=1

xjAj, em queAj ´e aj- ´esima coluna deA. (Sugest ˜ao: Desenvolva o lado direito e

chegue ao lado esquerdo.)

1.1.20. (a) Mostre que seA ´e uma matrizm×ntal queAX = ¯0, para toda matrizX,n×1, ent ˜ao

A= ¯0. (Sugest ˜ao: use oExerc´ıcio16na p ´agina26.)

(b) SejamB eC matrizesm×n, taisBX =CX, para todoX, n×1. Mostre queB =C. (Sugest ˜ao: use o item anterior.)

1.1.21. Mostre que a matriz identidade In ´e a ´unica matriz tal que A In = InA = A para qualquer

matriz A, n × n. (Sugest ˜ao: Seja Jn uma matriz tal que A Jn = JnA = A. Mostre que

(42)

1.1.22. SeAB =BAep ´e um inteiro positivo, mostre que(AB)p =ApBp.

1.1.23. SejamA, B eCmatrizesn×n.

(a) (A+B)2 =A2+ 2AB +B2? E seAB =BA? Justifique. (b) (AB)C =C(AB)? E seAC =CAeBC =CB? Justifique. (Sugest ˜ao: Veja oExemplo1.8na p ´agina15.)

1.1.24. (a) SeAeB s ˜ao duas matrizes tais queAB = ¯0, ent ˜aoA= ¯0ouB = ¯0? Justifique. (b) SeAB = ¯0, ent ˜aoBA= ¯0? Justifique.

(c) SeA ´e uma matriz tal queA2 = ¯0, ent ˜aoA= ¯0? Justifique.

1.1.25. Dizemos que uma matrizA,n×n, ´esim ´etricaseAt=Ae ´eanti-sim ´etricaseAt=A.

(a) Mostre que se A ´e sim ´etrica, ent ˜ao aij = aji, para i, j = 1, . . . n e que se A ´e

anti-sim ´etrica, ent ˜ao aij = −aji, para i, j = 1, . . . n. Portanto, os elementos da diagonal

principal de uma matriz anti-sim ´etrica s ˜ao iguais a zero.

(b) Mostre que seAeBs ˜ao sim ´etricas, ent ˜aoA+B eαAs ˜ao sim ´etricas, para todo escalar

α.

(c) Mostre que seAeB s ˜ao sim ´etricas, ent ˜aoAB ´e sim ´etrica se, e somente se,AB =BA. (d) Mostre que seAeBs ˜ao anti-sim ´etricas, ent ˜aoA+BeαAs ˜ao anti-sim ´etricas, para todo

escalarα.

(43)

(f) Mostre que toda matriz quadradaApode ser escrita como a soma de uma matriz sim ´etrica e uma anti-sim ´etrica. (Sugest ˜ao: Observe o resultado da soma deA+AtcomAAt.)

1.1.26. Para matrizes quadradasA = (aij)n×ndefinimos o trac¸o deA como sendo a soma dos

ele-mentos da diagonal (principal) deA, ou seja,tr(A) = n

X

i=1

aii.

(a) Mostre quetr(A+B) = tr(A) + tr(B). (b) Mostre quetr(αA) = αtr(A).

(c) Mostre quetr(At) = tr(A).

(d) Mostre quetr(AB) = tr(BA). (Sugest ˜ao: Prove inicialmente para matrizes2×2.) 1.1.27. SejaAuma matrizn×n. Mostre que seAAt= ¯0, ent ˜aoA= ¯0. (Sugest ˜ao: use o trac¸o.) E se

a matrizAform×n, comm6=n?

1.1.28. J ´a vimos que o produto de matrizes n ˜ao ´e comutativo. Entretanto, certos conjuntos de matrizes s ˜ao comutativos. Mostre que:

(a) SeD1 eD2s ˜ao matrizes diagonaisn×n, ent ˜aoD1D2 =D2D1. (b) SeA ´e uma matrizn×ne

B =a0In+a1A+a2A2+. . .+akAk,

(44)

1.1.29. Uma matrizA ´e chamadanilpotenteseAk = ¯0, para algum inteiro positivok. Verifique que a

matriz

A=

     

0 1 0 · · · 0 0 0 1 · · · 0

..

. ... . .. ... ...

0 0 0 · · · 1 0 0 0 · · · 0

     

n×n

,

(45)

Ap ˆendice I: Notac¸ ˜ao de Somat ´orio

S ˜ao v ´alidas algumas propriedades para a notac¸ ˜ao de somat ´orio:

(a) O ´ındice do somat ´orio ´e uma vari ´avel muda que pode ser substitu´ıda por qualquer letra:

n

X

i=1

fi = n

X

j=1

fj.

(b) O somat ´orio de uma soma pode ser escrito como uma soma de dois somat ´orios:

n

X

i=1

(fi+gi) = n

X

i=1

fi+ n

X

i=1

gi.

Pois,

n

X

i=1

(fi+gi) = (f1+g1) +. . .+ (fn+gn) = (f1+. . .+fn) + (g1+. . .+gn) = n

X

i=1

fi+ n

X

i=1

gi.

Aqui foram aplicadas as propriedades associativa e comutativa da soma de n ´umeros.

(c) Se no termo geral do somat ´orio aparece um produto, em que um fator n ˜ao depende do ´ındice do somat ´orio, ent ˜ao este fator pode “sair” do somat ´orio:

n

X

i=1

figk =gk n

X

i=1

fi.

Pois,

n

X

i=1

figk = f1gk +. . .+fngk = gk(f1 +. . . +fn) = gk n

X

i=1

fi. Aqui foram aplicadas as

(46)

(d) Num somat ´orio duplo, a ordem dos somat ´orios pode ser trocada:

n

X

i=1

m

X

j=1

fij = m

X

j=1

n

X

i=1

fij.

Pois,

n

X

i=1

m

X

j=1

fij = n

X

i=1

(fi1+. . .+fim) = (f11+. . .+f1m) +. . .+ (fn1+. . .+fnm) = (f11+. . .+

fn1) +. . .+ (f1m+. . .+fnm) = m

X

j=1

(f1j +. . .+fnj) = m

X

j=1

n

X

i=1

fij. Aqui foram aplicadas as

(47)

1.2

Sistemas de Equac¸ ˜oes Lineares

Muitos problemas em v ´arias ´areas da Ci ˆencia recaem na soluc¸ ˜ao de sistemas lineares. Vamos ver como a ´algebra matricial pode simplificar o estudo dos sistemas lineares.

Umaequac¸ ˜ao linearemnvari ´aveisx1, x2, . . . , xn ´e uma equac¸ ˜ao da forma

a1x1+a2x2+. . .+anxn =b ,

em quea1, a2, . . . , aneb s ˜ao constantes reais;

Umsistema de equac¸ ˜oes linearesou simplesmentesistema linear ´e um conjunto de equac¸ ˜oes lineares, ou seja, ´e um conjunto de equac¸ ˜oes da forma

    

   

a11x1 + a12x2 + . . . + a1nxn = b1

a21x1 + a22x2 + . . . + a2nxn = b2 ..

. ... = ...

am1x1 + am2x2 + . . . + amnxn = bm

em queaij ebk s ˜ao constantes reais, parai, k= 1, . . . , mej = 1, . . . , n.

Usando o produto de matrizes que definimos na sec¸ ˜ao anterior, o sistema linear acima pode ser escrito como uma equac¸ ˜ao matricial

(48)

em que A=     

a11 a12 . . . a1n

a21 a22 . . . a2n

..

. . . . ...

am1 am2 . . . amn

   

, X =

     x1 x2 .. . xn     

e B =

     b1 b2 .. . bm      .

Umasoluc¸ ˜aode um sistema linear ´e uma matrizS =

     s1 s2 .. . sn     

tal que as equac¸ ˜oes do sistema s ˜ao

satisfeitas quando substitu´ımosx1 =s1, x2 = s2, . . . , xn = sn. O conjunto de todas as soluc¸ ˜oes do

sistema ´e chamadoconjunto soluc¸ ˜ao ousoluc¸ ˜ao geraldo sistema. A matrizA ´e chamadamatriz do sistema linear.

Exemplo 1.10. O sistema linear de duas equac¸ ˜oes e duas inc ´ognitas

x + 2y = 1 2x + y = 0

pode ser escrito como

1 2 2 1 x y = 1 0 .

A soluc¸ ˜ao (geral) do sistema acima ´ex=1/3ey= 2/3(verifique!) ou

X =

−13

2 3

(49)

Uma forma de resolver um sistema linear ´e substituir o sistema inicial por outro que tenha o mesmo conjunto soluc¸ ˜ao do primeiro, mas que seja mais f ´acil de resolver. O outro sistema ´e obtido depois de aplicar sucessivamente uma s ´erie de operac¸ ˜oes, que n ˜ao alteram a soluc¸ ˜ao do sistema, sobre as equac¸ ˜oes. As operac¸ ˜oes que s ˜ao usadas s ˜ao:

• Trocar a posic¸ ˜ao de duas equac¸ ˜oes do sistema;

• Multiplicar uma equac¸ ˜ao por um escalar diferente de zero;

• Somar a uma equac¸ ˜ao outra equac¸ ˜ao multiplicada por um escalar.

Estas operac¸ ˜oes s ˜ao chamadas deoperac¸ ˜oes elementares. Quando aplicamos operac¸ ˜oes ele-mentares sobre as equac¸ ˜oes de um sistema linear somente os coeficientes do sistema s ˜ao alterados, assim podemos aplicar as operac¸ ˜oes sobre a matriz de coeficientes do sistema, que chamamos de matriz aumentada, ou seja, a matriz

[A|B] =

   

a11 a12 . . . a1n b1

a21 a22 . . . a2n b2 ..

. . . . ... ...

am1 am2 . . . amn bm

   

(50)

Definic¸ ˜ao 1.5. Uma operac¸ ˜ao elementar sobre as linhas de uma matriz ´e uma das seguintes operac¸ ˜oes:

(a) Trocar a posic¸ ˜ao de duas linhas da matriz;

(b) Multiplicar uma linha da matriz por um escalar diferente de zero;

(c) Somar a uma linha da matriz um m ´ultiplo escalar de outra linha.

O pr ´oximo teorema garante que ao aplicarmos operac¸ ˜oes elementares `as equac¸ ˜oes de um sis-tema o conjunto soluc¸ ˜ao n ˜ao ´e alterado.

Teorema 1.2. Se dois sistemas lineares AX = B e CX = D, s ˜ao tais que a matriz aumentada

[C |D] ´e obtida de[A | B]aplicando-se uma operac¸ ˜ao elementar, ent ˜ao os dois sistemas possuem as mesmas soluc¸ ˜oes.

Demonstrac¸˜ao. A demonstrac¸ ˜ao deste teorema segue-se de duas observac¸ ˜oes:

(51)

(b) Se o sistema CX = D, ´e obtido de AX = B aplicando-se uma operac¸ ˜ao elementar `as suas equac¸ ˜oes (ou equivalentemente `as linhas da sua matriz aumentada), ent ˜ao o sistema

AX =B tamb ´em pode ser obtido deCX =Daplicando-se uma operac¸ ˜ao elementar `as suas equac¸ ˜oes, pois cada operac¸ ˜ao elementar possui uma operac¸ ˜ao elementar inversa do mesmo tipo, que desfaz o que a anterior fez (verifique!).

Pela observac¸˜ao (b),AX =BeCX =Dpodem ser obtidos um do outro aplicando-se uma operac¸ ˜ao elementar sobre as suas equac¸ ˜oes. E pela observac¸ ˜ao (a), os dois possuem as mesmas soluc¸ ˜oes.

Dois sistemas que possuem o mesmo conjunto soluc¸ ˜ao s ˜ao chamadossistemas equivalentes. Portanto, segue-se do Teorema 1.2 que aplicando-se operac¸ ˜oes elementares `as equac¸ ˜oes de um sistema linear obtemos sistemas equivalentes.

1.2.1

M ´etodo de Gauss-Jordan

O m ´etodo que vamos usar para resolver sistemas lineares consiste na aplicac¸ ˜ao de operac¸ ˜oes elementares `as linhas da matriz aumentada do sistema at ´e que obtenhamos uma matriz numa forma em que o sistema associado a esta matriz seja de f ´acil resoluc¸ ˜ao.

(52)

Exemplo 1.11. Uma ind ´ustria produz tr ˆes produtos, X, Y e Z, utilizando dois tipos de insumo, A e B. Para a manufatura de cada kg de X s ˜ao utilizados 1 grama do insumo A e 2 gramas do insumo B; para cada kg de Y, 1 grama de insumo A e 1 grama de insumo B e, para cada kg de Z, 1 grama de A e 4 gramas de B. O prec¸o de venda do kg de cada um dos produtos X, Y e Z ´e R$ 2,00, R$ 3,00 e R$ 5,00, respectivamente. Com a venda de toda a produc¸ ˜ao de X, Y e Z manufaturada com 1 kg de A e 2 kg de B, essa ind ´ustria arrecadou R$ 2500,00. Vamos determinar quantos kg de cada um dos produtos X, Y e Z foram vendidos. Como vimos noExemplo1.6na p ´agina 8, usando matrizes o esquema de produc¸ ˜ao pode ser descrito da seguinte forma:

X Y Z gramas de A/kg

gramas de B/kg prec¸o/kg

1 1 1 2 1 4 2 3 5

 = A X =

  x y z  

kg de X produzidos kg de Y produzidos kg de Z produzidos

AX =

x+y+z

2x+y+ 4z

2x+ 3y+ 5z

 =   1000 2000 2500  

gramas de A usados gramas de B usados arrecadac¸ ˜ao

Assim precisamos resolver o sistema linear 

x + y + z = 1000 2x + y + 4z = 2000 2x + 3y + 5z = 2500

cuja matriz aumentada ´e

1

1 1 1000 2 1 4 2000 2 3 5 2500

(53)

1a.eliminac¸ ˜ao:

Vamos procurar para piv ˆo da 1a.linha um elemento n ˜ao nulo da primeira coluna n ˜ao nula (se for o caso, podemos usar a troca de linhas para “traz ˆe-lo” para a primeira linha). Como o primeiro elemento da primeira coluna ´e igual a1ele ser ´a o primeiro piv ˆo. Agora, precisamos “zerar” os outros elementos da 1a.coluna, que ´e a coluna do piv ˆo, para isto, adicionamos `a 2a.linha,2vezes a 1a.linha e adicionamos

`a 3a.linha, tamb ´em,2vezes a 1a. linha. −2×1a.linha+2a.linha−→2a.linha −2×1a.linha+3a.linha−→3a.linha

 

1 1 1 1000 0

−1 2 0 0 1 3 500

 

2a.eliminac¸ ˜ao:

Olhamos para a sub-matriz obtida eliminando-se a 1a. linha. Escolhemos para piv ˆo um elemento diferente de zero na 1a.coluna n ˜ao nula desta sub-matriz. Vamos escolher o elemento de posic¸ ˜ao 2,2. Como temos que “fazer” o piv ˆo igual a um, vamos multiplicar a 2a. linha por1.

−1×2a.linha−→2a.linha

1 1 1 1000 0 1 2 0 0 1 3 500

Agora, precisamos “zerar” os outros elementos da 2a.coluna, que ´e a coluna do piv ˆo, para isto, soma-mos `a 1a.linha,1vezes a 2a.e somamos `a 3a.linha, tamb ´em,1vezes a 2a..

−1×2a.linha+1a.linha−→1a.linha −1×2a.linha+3a.linha−→3a.linha

1 0 3 1000 0 1 2 0 0 0

5 500

(54)

Olhamos para a sub-matriz obtida eliminando-se a 1a.e a 2a.linha. Escolhemos para piv ˆo um elemento diferente de zero na 1a. coluna n ˜ao nula desta sub-matriz. Temos de escolher o elemento de posic¸ ˜ao 3,3 e como temos de “fazer” o piv ˆo igual a1, vamos multiplicar a 3a.linha por1/5.

1

5×3a.linha−→3a.linha

1 0 3 1000 0 1 2 0 0 0 1 100

Agora, precisamos “zerar” os outros elementos da 3a.coluna, que ´e a coluna do piv ˆo, para isto, soma-mos `a 1a.linha,3vezes a 3a.e somamos `a 2a.linha,2vezes a 2a..

−3×3a.linha+1a.linha−→1a.linha

2×3a.linha+2a.linha−→2a.linha

1 0 0 700 0 1 0 200 0 0 1 100

Portanto o sistema dado ´e equivalente ao sistema

 

x = 700

y = 200

z = 100

que possui soluc¸ ˜ao geral dada por

X =

x y z

= 

700 200 100

.

(55)

A ´ultima matriz que obtivemos no exemplo anterior est ´a na forma que chamamos deescalonada reduzida.

Definic¸ ˜ao 1.6. Uma matriz A = (aij)m×n est ´a na forma escalonada reduzida quando satisfaz as

seguintes condic¸ ˜oes:

(a) Todas as linhas nulas (formadas inteiramente por zeros) ocorrem abaixo das linhas n ˜ao nulas;

(b) Opiv ˆo(1o.elemento n ˜ao nulo de uma linha) de cada linha n ˜ao nula ´e igual a1;

(c) O piv ˆo de cada linha n ˜ao nula ocorre `a direita do piv ˆo da linha anterior.

(d) Se uma coluna cont ´em um piv ˆo, ent ˜ao todos os seus outros elementos s ˜ao iguais a zero.

Se uma matriz satisfaz as propriedades (a) e (c), mas n ˜ao necessariamente (b) e (d), dizemos que ela est ´a na formaescalonada.

Exemplo 1.12. As matrizes 

1 0 0 0 1 0 0 0 1

 e

1 3 0 2

0 0 1 3

0 0 0 0

(56)

s ˜ao escalonadas reduzidas, enquanto 

1 1 1 0 1 2 0 0 5

 e

1 3 1 5 0 0 5 15

0 0 0 0

s ˜ao escalonadas, masn ˜aos ˜ao escalonadas reduzidas.

Este m ´etodo de resoluc¸ ˜ao de sistemas, que consiste em aplicar operac¸ ˜oes elementares `as linhas da matriz aumentada at ´e que a matriz do sistema esteja na forma escalonada reduzida, ´e conhecido comom ´etodo de Gauss-Jordan.

Exemplo 1.13. Considere o seguinte sistema 

x + 3y + 13z = 9

y + 5z = 2

−2y 10z = 8

A sua matriz aumentada ´e

1

3 13 9

0 1 5 2

0 2 10 8

1a.eliminac¸ ˜ao:

Como o piv ˆo da 1a.linha ´e igual a1e os outros elementos da 1a.coluna s ˜ao iguais a zero, n ˜ao h ´a nada o que fazer na 1a.eliminac¸ ˜ao.

 

1 3 13 9

0

1 5 2

0 2 10 8

(57)

2a.eliminac¸ ˜ao:

Olhamos para submatriz obtida eliminando-se a 1a. linha. Escolhemos para piv ˆo um elemento n ˜ao nulo da 1a.coluna n ˜ao nula da submatriz. Escolhemos o elemento de posic¸ ˜ao 2,2. Como ele ´e igual a

1, precisamos, agora, “zerar” os outros elementos da coluna do piv ˆo. Para isto somamos `a 1a. linha, −3vezes a 2a. e somamos `a 3a.linha,2vezes a 2a..

−3×2a. linha+1a. linha−→1a.linha

2×2a.linha+3a.linha−→3a.linha

1 0 2 3

0 1 5 2

0 0 0 4

Portanto o sistema dado ´e equivalente ao sistema

 

x 2z = 3

y + 5z = 2 0 = 4

quen ˜aopossui soluc¸ ˜ao.

Em geral, um sistema linear n ˜ao tem soluc¸ ˜ao se, e somente se, a ´ultima linha n ˜ao nula da forma escalonada reduzida da sua matriz aumentada for da forma[ 0 . . . 0|b′

m], comb′m 6= 0.

Exemplo 1.14. Considere o seguinte sistema 

3z 9w = 6 5x + 15y 10z + 40w = 45

(58)

A sua matriz aumentada ´e

0 0 3 9 6

5 15 10 40 45 1

3 1 5 7

1a.eliminac¸ ˜ao:

Como temos que “fazer” o piv ˆo igual a um, escolhemos para piv ˆo o elemento de posic¸ ˜ao 3,1. Preci-samos “coloc ´a-lo” na primeira linha, para isto, trocamos a 3a.linha com a 1a. .

1a.linha←→4a.linha

1

3 1 5 7

5 15 10 40 45

0 0 3 9 6

Agora, precisamos “zerar” os outros elementos da 1a.coluna, que ´e a coluna do piv ˆo, para isto, adici-onamos `a 2a.linha,5vezes a 1a..

−5×1a. linha+2a.linha−→2a.linha

 

1 3 1 5 7 0 0

−5 15 10 0 0 3 9 6

 

2a.eliminac¸ ˜ao:

(59)

−(1/5)×2a.linha−→2a.linha

1 3 1 5 7 0 0

1 3 2 0 0 3 9 6

Agora, precisamos “zerar” os outros elementos da 2a.coluna, que ´e a coluna do piv ˆo, para isto, adici-onamos `a 1a.linha a 2a. e `a 4a. linha,3vezes a 2a..

2a.linha+1a.linha−→1a.linha −3×2a. linha+4a. linha−→4a.linha

1 3 0 2 5 0 0 1 3 2

0 0 0 0 0

Esta matriz ´e escalonada reduzida. Portanto o sistema dado ´e equivalente ao sistema seguinte

x + 3y + 2w = 5

z 3w = 2.

A matriz deste sistema possui duas colunas sem piv ˆos. As vari ´aveis que n ˜ao est ˜ao associadas a piv ˆos podem ser consideradasvari ´aveis livres, isto ´e, podem assumir valores arbitr ´arios. Neste exemplo as vari ´aveisyewn ˜ao est ˜ao associadas a piv ˆos e podem ser consideradas vari ´aveis livres. Sejamw = α ey = β. As vari ´aveis associadas aos piv ˆos ter ˜ao os seus valores dependentes das vari ´aveis livres,z = 2 + 3α,x=53β. Assim, a soluc¸ ˜ao geral do sistema ´e

X =

  

x y z w

  =

  

−53β β

2 + 3α α

 

(60)

Em geral, se o sistema linear tiver soluc¸ ˜ao e a forma escalonada reduzida da matriz aumentada possuir colunas sem piv ˆos, as vari ´aveis quen ˜aoest ˜ao associadas a piv ˆos podem ser consideradas vari ´aveis livres, isto ´e, podem assumir valores arbitr ´arios. As vari ´aveis associadas aos piv ˆos ter ˜ao os seus valores dependentes das vari ´aveis livres.

Lembramos que o sistema linear n ˜ao tem soluc¸ ˜ao se a ´ultima linha n ˜ao nula da forma escalonada reduzida da matriz aumentada do sistema for da forma[ 0. . . 0|b′

m], comb′m 6= 0, como noExemplo

1.13na p ´agina44.

Observac¸ ˜ao. Para se encontrar a soluc¸ ˜ao de um sistema linear n ˜ao ´e necess ´ario transformar a matriz aumentada do sistema na sua forma escalonada reduzida, mas se a matriz est ´a nesta forma, o sistema associado ´e o mais simples poss´ıvel. Um outro m ´etodo de resolver sistemas lineares consiste em, atrav ´es da aplicac¸ ˜ao de operac¸ ˜oes elementares `a matriz aumentada do sistema, se chegar a uma matriz que ´e somenteescalonada (isto ´e, uma matriz que satisfaz as condic¸ ˜oes(a)e (c), mas n ˜ao necessariamente(b)e(d)daDefinic¸ ˜ao1.6). Este m ´etodo ´e conhecido comom ´etodo de Gauss.

O pr ´oximo resultado mostra que um sistema linear que tenha mais de uma soluc¸ ˜ao n ˜ao pode ter um n ´umero finito de soluc¸ ˜oes.

Proposic¸ ˜ao 1.3. SejamAuma matrizm×neB uma matrizm×1. Se o sistema linearA X =B

(61)

Demonstrac¸˜ao. Seja

Xλ = (1−λ)X0 +λX1, paraλ∈R.

Vamos mostrar que Xλ ´e soluc¸ ˜ao do sistema A X = B, para qualquer λ ∈ R. Para isto vamos

mostrar queA Xλ =B.

Aplicando as propriedades (i), (j) das operac¸ ˜oes matriciais (Teorema1.1na p ´agina10) obtemos

A Xλ =A[(1−λ)X0+λX1] =A(1−λ)X0+AλX1 = (1−λ)A X0+λA X1

ComoX0eX1 s ˜ao soluc¸ ˜oes deA X =B, ent ˜aoA X0 =BeA X1 =B, portanto

A Xλ = (1−λ)B+λB= [(1−λ) +λ]B =B,

pela propriedade (f) doTeorema1.1.

Assim o sistemaA X =B tem infinitas soluc¸ ˜oes, pois para todo valor deλ R,Xλ ´e soluc¸ ˜ao e

Xλ−Xλ′ = (λ−λ′)(X1−X0), ou seja,Xλ 6=Xλ′, paraλ6=λ′. Observe que paraλ= 0,Xλ =X0,

paraλ = 1, Xλ = X1, para λ = 1/2, Xλ = 12X0 + 12X1, para λ = 3, Xλ = −2X0 + 3X1 e para

λ=2,Xλ = 3X0−2X1.

NoExemplo3.4na p ´agina168temos uma interpretac¸ ˜ao geom ´etrica desta demonstrac¸ ˜ao.

(62)

1.2.2

Matrizes Equivalentes por Linhas

Definic¸ ˜ao 1.7. Uma matrizA = (aij)m×n ´eequivalente por linhasa uma matrizB = (bij)m×n, se

Bpode ser obtida deAaplicando-se uma seq ¨u ˆencia de operac¸ ˜oes elementares sobre as suas linhas.

Exemplo 1.15. Observando osExemplos1.11,1.14e1.13, vemos que as matrizes 

1 1 1 2 1 4 2 3 5

, 

0 0 3 9 5 15 10 40 1 3 1 5

, 

1 3 13

0 1 5

0 2 10

s ˜ao equivalentes por linhas `as matrizes

1 0 0 0 1 0 0 0 1

, 

1 3 0 2

0 0 1 3

0 0 0 0

, 

1 0 2 0 1 5 0 0 0

,

respectivamente. Matrizes estas que s ˜ao escalonadas reduzidas.

Cuidado:elas s ˜ao equivalentes por linhas,n ˜aos ˜ao iguais!

A relac¸ ˜ao “ser equivalente por linhas” satisfaz as seguintes propriedades, cuja verificac¸ ˜ao deixa-mos como exerc´ıcio para o leitor:

(63)

• SeA ´e equivalente por linhas aB, ent ˜aoB ´e equivalente por linhas aA(simetria);

• SeA ´e equivalente por linhas aB eB ´e equivalente por linhas aC, ent ˜aoA ´e equivalente por linhas aC(transitividade).

(64)

Teorema 1.4. Toda matriz A = (aij)m×n ´e equivalente por linhas a uma ´unica matriz escalonada

reduzidaR= (rij)m×n.

O pr ´oximo resultado ser ´a usado para provar alguns resultados no cap´ıtulo de invers ˜ao de matrizes.

Proposic¸ ˜ao 1.5. SejaR uma matrizn×n, na forma escalonada reduzida. SeR6=In, ent ˜aoRtem

uma linha nula.

Demonstrac¸˜ao. Observe que o piv ˆo de uma linhaiest ´a sempre numa colunajcomj i. Portanto, ou a ´ultima linha de R ´e nula ou o piv ˆo da linhan est ´a na posic¸ ˜ao n, n. Mas, neste caso todas as linhas anteriores s ˜ao n ˜ao nulas e os piv ˆos de cada linhaiest ´a na colunai, ou seja,R=In.

1.2.3

Sistemas Lineares Homog ˆeneos

Um sistema linear da forma     

   

a11x1 + a12x2 + . . . + a1nxn = 0

a21x1 + a22x2 + . . . + a2nxn = 0

..

. ... = ...

am1x1 + am2x2 + . . . + amnxn = 0

Imagem

Tabela 2.1: Tabela de convers ˜ao de caracteres em n ´umeros
Figura 3.1: Segmentos orientados representando o mesmo vetor
Figura 3.4: A diferenc¸a V − W
Figura 3.5: A diferenc¸a V − W
+7

Referências

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