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O desenvolvimento brasileiro das florestas de rápido crescimento com fins energéticos / The Brazilian development of the forest rapid growth for energy

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Academic year: 2020

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O desenvolvimento brasileiro das florestas de rápido crescimento com fins

energéticos

The Brazilian development of the forest rapid growth for energy

DOI:10.34117/bjdv6n5-310

Recebimento dos originais: 14/04/2020 Aceitação para publicação: 13/05/2020

Luiz Moreira Coelho Junior

Doutor em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Lavras

Instituição: Universidade Federal da Paraíba, Centro de Energias Alternativas e Renováveis Endereço: Cx. Postal 5115, CEP 58051-900– João Pessoa, PB, Brasil.

E-mail: luiz@cear.ufpb.br

Anna Manuella Melo Nunes

Mestranda Acadêmica em Energias Renováveis pela Universidade Federal da Paraíba Instituição: Universidade Federal da Paraíba, Centro de Energias Alternativas e Renováveis

Endereço: Cx. Postal 5115, CEP 58051-900– João Pessoa, PB, Brasil. E-mail: annamanuellam@gmail.com

Juliana Fernandes Ferreira Pádua

Graduanda em Engenharia de Energias Renováveis pela Universidade Federal da Paraíba Instituição: Universidade Federal da Paraíba, Centro de Energias Alternativas e Renováveis

Endereço: Cx. Postal 5115, CEP 58051-900– João Pessoa, PB, Brasil. E-mail: juliana.padua@cear.ufpb.br

Edvaldo Pereira Santos Júnior

Mestrando Acadêmico em Energias Renováveis pela Universidade Federal da Paraíba Instituição: Universidade Federal da Paraíba, Centro de Energias Alternativas e Renováveis

Endereço: Cx. Postal 5115, CEP 58051-900– João Pessoa, PB, Brasil. E-mail: edvaldo.junior@cear.ufpb.br

Pedro Augusto Fonseca Lima

Estágio Pós-Doutoral em Energias Renováveis pela Universidade Federal da Paraíba Instituição: Universidade Federal da Paraíba, Centro de Energias Alternativas e Renováveis

Endereço: Cx. Postal 5115, CEP 58051-900– João Pessoa, PB, Brasil. E-mail: pedrofons@gmail.com

RESUMO

Este trabalho dimensionou o desenvolvimento brasileiro das florestas plantadas para fins energéticos. A análise foi realizada por meio de contextos históricos e bibliográficos. A das analises realizadas, permitiu concluir que: a técnica de seleção de espécies potenciais no início do século XX foi o primeiro passo para o desenvolvimento das florestas de rápido crescimento; os incentivos fiscais proporcionaram a retomada do crescimento econômico brasileiro e alavancou os plantios florestais para fins energéticos; os preços do carvão vegetal foram influenciados pelos planos econômicos, que buscavam a estabilidade econômica; ao longo do tempo, os preços reais do carvão vegetal parecem variar sem nenhum nexo causal com os preços reais do petróleo; a eficiência produtiva do carvão vegetal na siderurgia foi bastante significativa nas últimas décadas.

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Palavras-chave: bioenergia, reflorestamento, combustível de madeira, economia florestal. ABSTRACT

This work dimensioned the Brazilian development of forests planted for energy purposes. The analysis was carried out through historical and bibliographic contexts. From the analysis carried out, it was possible to conclude that: the technique of selection of potential species in the early 20th century was the first step in the development of fast growing forests; fiscal incentives provided the resumption of Brazilian economic growth and leveraged forest plantations for energy purposes; charcoal prices were influenced by economic plans, which sought economic stability; over time, real charcoal prices seem to vary without any causal link with real oil prices; the productive efficiency of charcoal in the steel industry was quite significant in the last decades.

Keywords: bioenergy, reforestation, wood fuel; forest economy. 1 INTRODUÇÃO

A energia sempre foi essencial para a satisfação das necessidades humanas. O suprimento mundial de energia continua a ser dominado pelos combustíveis fósseis. Atualmente, o petróleo aparece como principal fonte básica de energia para o consumo humano. A elevação dos preços do petróleo e as manifestações a respeito do meio ambiente nos últimos anos, principalmente, as questões das emissões de gases causadores do efeito estufa viabilizaram as pesquisas e a utilização de energias alternativas (COELHO JUNIOR et al., 2013). Este crescimento energético acelerado vem despertando o interesse de políticos e inventores de todo o mundo.

A bioenergia é a energia produzida a partir de matéria orgânica ou biomassa que, recentemente, se tornou um dos setores mais dinâmicos e de rápida mudança na economia global. Ela é uma alternativa com potencial de substituir parcialmente os combustíveis fósseis, não de solucionar totalmente o problema energético do mundo. Tem oportunidade de atender as questões de segurança energética, atenuando assim sob as formas de acesso, uso e logística garantindo uma configuração respeitadora com o ambiente (FAO, 2007; GOLDEMBERG et al., 2008)

O carvão vegetal é um recurso energético secundário renovável. A madeira é carbonizada e se transforma em carvão vegetal, utilizado como fonte energética em diversos sistemas como caldeiras, usos domésticos, termo redutor de siderúrgicas, etc. (VALENTE, 1987). É utilizado em países emergentes, situados na região intertropical do globo terrestre, favorecido pelo rápido crescimento das florestas.

Com a inserção da siderurgia no Brasil, em meados do século XIX, a exploração florestal de matas nativas (Mata Atlântica, Cerrados e Caatinga) tem-se destinado, de modo geral, à produção de lenha industrial e carvão vegetal para uso siderúrgico e consumo doméstico. Os desmatamentos são ainda “atividades-meio” no processo de expansão agropecuária, realizado em bases não sustentáveis (REZENDE et al., 2002). No conjunto do consumo global de madeira do país, a lenha e o carvão nativos para fins energéticos ainda despontam como os produtos de maior participação.

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Desse modo, os fatores da exaustão dos recursos florestais na região sudeste foram causados pelo processo de industrialização e a expansão das fronteiras agrícolas.

A estrutura de mercado de florestas energéticas é oligopsônio, em que o agente demandador vem, principalmente, do setor siderúrgico. O preço desse insumo é formado pela demanda das indústrias siderúrgicas e pela oferta dos produtores independentes (COELHO JUNIOR, 2004). O coque mineral é um produto substituto do carvão vegetal, sendo utilizado na indústria siderúrgica brasileira como termo redutor. Contudo, o carvão mineral brasileiro possui baixa qualidade e foi gradativamente substituído por coque importado, principalmente dos EUA, da Polônia, do Canadá e da Austrália (PAULA, 1992).

Visando garantir esse suprimento, as empresas vêm estabelecendo reflorestamentos em várias regiões do país. O gênero Eucalyptus tem sido amplamente utilizado pelo setor florestal como substituto imediato de madeiras oriundas de florestas nativas e fonte de matéria-prima para os mais diversos fins. A matéria-prima é também fornecida por pequenos produtores ou carvoeiros independentes. Nos últimos anos, tem-se observado uma diminuição no consumo total de carvão vegetal. Este fato pode ocorrer pela queda do preço do petróleo e do coque (combustíveis fósseis) no mercado internacional. Paralelamente, tem havido enorme pressão da sociedade para que se reduza o uso do carvão vegetal oriundo de florestas nativas (BRASIL, 2002). Os plantios florestais pertencentes às indústrias siderúrgicas não são capazes de, em regime sustentável, atender as suas próprias demandas por carvão vegetal, sendo necessárias medidas que procurem maximizar a produção desses plantios (BOTREL et al., 2007).

Contudo, a bioenergia pode contribuir para a manutenção das sociedades rurais, a redução dos gases de efeito estufa, segurança energética e proteção e conservação dos recursos naturais. Muitas das barreiras técnicas ao uso de biomassa já foram superadas, o que representa uma solução sustentável para futuras demandas de energias renováveis.

Este trabalho buscou resgatar e estudar o desenvolvimento brasileiro das florestas plantadas para fins energéticos, com os seguintes objetivos específicos: demonstrar o processo de seleção de espécies do gênero Eucalyptus potenciais para produção florestal; discutir as políticas de incentivos fiscais para o reflorestamento, examinar os efeitos dos planos econômicos, crises energéticas, comparando com o preço do barril de petróleo ao longo do tempo, avaliar a eficiência produtiva do carvão vegetal na siderurgia e apreciar a demanda de carvão na indústria siderúrgica brasileira.

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2 SELEÇÃO DE ESPÉCIES DO GÊNERO EUCALYPTUS PARA A PRODUÇÃO FLORESTAL

Os primeiros estudos, com espécies de reflorestamento no Brasil, foram realizados por Navarro de Andrade em torno de 1904, em áreas da Cia. Paulista de Estradas de Ferro. Os experimentos de Navarro de Andrade trouxeram os primeiros conhecimentos sobre as espécies do gênero Eucalyptus e sua utilidade, bem como, a determinação da idade em que sua madeira poderia ser colhida e o espaçamento em que deveriam ser plantadas (CÂNDIDO, 1974).

A tecnologia existente, à época, evidenciava claramente, que o gênero Eucalyptus era promissor, porém, que muito teria que se caminhar no sentido de obter mais e melhores conhecimentos (ALFARO, 1985). Na Tabela 1 pode ser visualizada a relação entre as espécies, uso da madeira e idade de corte em relação aos plantios de Eucalyptus.

Tabela 1 - Relação de espécies do gênero Eucalyptus com os usos da madeira e idades de corte indicados no início da década de 60 e final da década 90.

Espécie Usos

Idade de corte(anos) Déc. 1960* Déc.

1990**

E. alba; E. grndis; E. saligna Lenha 8 5

E. alba; E. grndis; E. saligna Carvão 8 5

E. alba; E. citriodora; E. camaldulensis Moirões 15 7

E. camaldulensis; E. resinifera; E. tereticornis Postes 20 8

E. camaldulensis; E. citriodora; E. pilularis Construção

civil 30 a 40 7 a 10

Fonte: *Cândido (1974), ** Lima Jr. (2000).

Até meados da década de 60, a época da colheita era determinada, considerando-se unicamente os fatores silviculturais. A partir dos incentivos fiscais (Lei nº 5.106/1966), as empresas intensificaram suas pesquisas juntamente com as universidades e centros de pesquisas institucionais ou governamentais (Federais e Estaduais) que surgiram a época (REZENDE et al., 2002).

O problema de determinar a rotação ótima deixou de ser apenas silvicultural, passando a ser também econômico, mas tanto uma quanto a outra, até hoje, não se constitui um assunto fechado e muitos estudos ainda se fazem necessários, pois novos fatores e novos objetivos vão sendo incorporados ao processo. Houve enorme avanço no conhecimento da silvicultura e do manejo já que as rotações se tornaram menores, havendo também grande diversificação dos usos da madeira. Este mix de produtos abre novas perspectivas, aquecendo e atraindo novos empreendedores ao setor florestal, estimulando uma maior demanda o que eleva o preço da madeira e aumenta a atratividade da atividade aos produtores rurais.

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A redução da rotação é de fundamental importância para o setor florestal brasileiro, sendo um dos principais itens que lhe conferem competitividade, permitindo, por exemplo, que, no Brasil, a área necessária para uma planta de celulose seja 80% menor que nos países nórdicos (REZENDE et al., 2005).

O efeito da seleção da melhor espécie, objetivando maior volume produzido, fica evidente quando se compara a produtividade na década de 60 com 65 m3/ha na idade de corte (CÂNDIDO, 1974) e a atual que pode chegar a 400 m3/ha aos 7 anos (LIMA JR., 2000).

A seleção de espécies de eucalipto se consolidou a partir de 1964, quando o Instituto Florestal do Estado de São Paulo iniciou intenso programa de seleção e um arrojado programa de certificação de sementes.

Golfari (1978) com o ensaio “Zoneamento Ecológico Esquemático para Reflorestamento no Brasil”, estabeleceu as bases para as pesquisas em “Seleção de Espécies” e “Seleção das Progênies das Sementes das Espécies Florestais” e chegou a 40 espécies de eucaliptos recomendadas para o plantio.

A partir de 1976, empresas privadas e a EMBRAPA passaram a buscar novos materiais genéticos tanto de espécies e procedências para ampliar a base genética e formar populações-base mais representativas. O melhoramento e a seleção genética aplicada ao gênero Eucalyptus apresenta-se como opção potencial para o aumento da produção de madeira de qualidade, além da redução do ciclo de corte dos plantios florestais (BOTREL et al., 2010; NEVES et al., 2011; ASSIS et al., 2012). Além disso, as grandes empresas têm procurado investir na melhoria do processo de carbonização, melhorado em muito o desempenho do sistema, especialmente com o uso de sistemas supervisórios de temperatura, que possibilitam um maior controle de todo o processo.

A seleção de clones geneticamente superiores visa garantir que as características tecnológicas necessárias para a produção de carvão vegetal sejam atingidas em um período menor de tempo que os ciclos de corte tradicionais dos plantios de Eucalyptus, que demoram em torno de 6 a 7 anos para que a madeira atenda os pré-requisitos necessários para esse fim. Enquanto que a melhoria do processo de produção de carvão vegetal tem por finalidade o aumento do rendimento gravimétrico, produtividade e, com a queima de gases, a redução das emissões e a possibilidade de cogeração.

3 POLÍTICAS DE INCENTIVOS FISCAIS E ASPECTOS LEGAIS PARA A PRODUÇÃO DE BIOMASSA FLORESTAL

Em 2011, o setor florestal brasileiro desempenhou um papel expressivo na economia brasileira. O valor bruto da produção florestal foi da ordem de R$ 54,00 bilhões, participa com

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3,1% das exportações brasileiras e 19,2% da balança comercial. No campo social o setor possui uma marcante participação, emprega cerca de 5% da população economicamente ativa, tanto em florestas nativas quanto em plantadas (ABRAF, 2012).

As vantagens comparativas que o Brasil possui para os principais fatores de produção de madeira, que são: alto índice solarimétrico e temperaturas adequadas ao crescimento vegetativo das espécies; grandes extensões de terras planas que facilitam a mecanização; grandes contingentes de mão-de-obra disponível (REZENDE et al., 1987) foram fatores importantes para que o governo estimulasse o setor florestal.

Até 1964, a área reflorestada no país era pouco superior a 500.000 ha, dos quais 400.000 ha situavam-se no Estado de São Paulo. Nessa época, o reflorestamento estava circunscrito a poucas empresas, tradicionalmente consumidoras de matéria-prima florestal, como a siderurgia (BRASIL, 1974).

Com a criação dos Incentivos Fiscais para o reflorestamento (Lei n° 5.106, de 02 de setembro de 1966, e Decreto-Lei n° 1.134 de 16 de novembro de 1970, ambos regulamentados pelo Decreto n° 58.565, de 29 de abril de 1971) trouxe, como primeiro reflexo, a possibilidade de autossuficiência das indústrias siderúrgicas nacionais que utilizavam o carvão vegetal como redutor na produção de gusa.

Apesar do grande avanço na área reflorestada provocada pelos incentivos florestais poucas são as empresas siderúrgicas que conseguiram a auto suficiência na produção e consumo do carvão vegetal no Brasil. Aliada ao aumento de área reflorestada ocorreu também o aumento da produção de ferro gusa, entretanto o avanço na silvicultura do eucalipto coloca o Brasil em condição de destaque, em que a produtividade florestal atingiu valores muito maior que o encontrado no local de origem dessa matéria prima.

O art. 01 da Lei n° 5.106, de 05 de setembro de 1966:

“As importâncias empregadas em florestamento e reflorestamento poderão ser abatidas ou descontadas nas declarações de rendimento das pessoas físicas e jurídicas (...) atendidas às condições estabelecidas na presente lei.

§ 1º As pessoas físicas poderão abater da renda bruta as importâncias comprovadamente aplicadas em florestamento ou reflorestamento (...).

§ 3º As pessoas jurídicas poderão descontar do imposto de renda que devam pagar, até 50% (cinqüenta por cento) do valor do imposto (...).

§ 4º O estímulo fiscal previsto no parágrafo anterior poderá ser concedido, cumulativamente, (...) desde que não ultrapasse, em conjunto, o limite de 50% (cinqüenta por cento) do imposto de renda devido”.

O subsídio concedido pelo governo, por meio dos incentivos fiscais ao reflorestamento, resultou na transferência da carga tributária, ou seja, o governo deixaria de arrecadar 50% do

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imposto pago pelo contribuinte para que pudesse ser investido em reflorestamento. Dadas às numerosas interdependências do sistema de preços, a teoria microeconômica explica a repercussão do subsídio na construção de um modelo de equilíbrio parcial. Analisando desta forma, a microeconomia nos explica melhor a influência do subsídio no equilíbrio de mercado (FIDELLINI, 1994).

O efeito dos incentivos fiscais no reflorestamento repercute no comportamento econômico dos agentes de mercado do setor florestal, especialmente em relação ao desempenho das funções básicas, como no trabalho, produção, poupança, risco empresarial e consumo. O incentivo fiscal ao setor florestal foi uma forma de estimular o florestamento e reflorestamento, ou seja, aumentar a oferta de carvão vegetal, para atender o grande consumo energético no setor siderúrgico. A política brasileira à época estava em consonância com a Política firmada no Processo de Substituição de Importações do pensamento cepalino (FURTADO, 1983).

Os primeiros reflorestamentos incentivados tiveram objetivos de suprir matéria prima às indústrias siderúrgicas, via carvão vegetal. Até a chegada dos incentivos fiscais, a economia florestal brasileira foi caracterizada por uma ação essencialmente extrativista das suas reservas florestais naturais, sem que houvesse uma reposição que viesse restabelecer o equilíbrio anteriormente existente (CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, 1974). Com o passar do tempo, o melhoramento das técnicas de manejo e o déficit de madeira de floresta nativa, possibilitaram que as espécies exóticas e de rápido crescimento, como o eucalipto, passassem a ter outros usos tais como postes, mourões, dormentes, entre outros.

A opção pela produção de carvão vegetal por florestas homogêneas de alto rendimento com espécies exóticas do gênero Eucalyptus spp., em meados da década de 60, também contou com vultosos aportes de obrigatoriedade legal (Código Florestal) das siderúrgicas passarem a ser autossustentáveis, adequando-se a um novo perfil da indústria de base florestal, concentrada na região sudeste (COELHO JUNIOR et al., 2006).

O Art. 21 da Lei 4.771/65 do Código Florestal, reza que:

As empresas siderúrgicas, de transportes e outras à base de carvão vegetal, lenha ou outra matéria prima florestal, são obrigadas a manter florestas próprias para exploração racional ou a formar, diretamente ou por intermédio de empreendimentos dos quais participem, florestas destinadas ao seu suprimento (BRASIL, 1965).

Apenas recentemente esta exigência legal foi devidamente cumprida para que estas indústrias buscassem índices para o autossuprimento. Em 2008, o Brasil consumiu cerca de 33 milhões de metros cúbicos de carvão vegetal, sendo que 52% foram oriundos de florestas plantadas. O Estado de Minas Gerais é o maior produtor e consumidor de carvão vegetal, consumindo por ano,

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em média, cerca de 21 milhões de metros cúbicos deste insumo, o que corresponde a 63% do consumo nacional (ASSOCIAÇÃO MINEIRA DE SILVICULTURA - AMS, 2009).

Até o início dos anos 80, a história da instalação e expansão do setor de bens de capital da economia brasileira relacionava-se à lógica do modelo de Substituição de Importações. A consolidação da indústria de bens de capital ocorreu durante o II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND), no fim dos anos 70. Nessa época eram priorizadas a ampliação de infraestrutura de energia (carvão vegetal) e da capacidade produtiva de insumos básicos e a produção de bens de capital pesados (RESENDE e TEIXEIRA, 2001).

Em meados dos anos 80, os incentivos fiscais para o reflorestamento foram se enfraquecendo até ser totalmente extinguido no ano de 1987. Mas, o país soube tirar proveito das vantagens comparativas e das vantagens competitivas, nas três últimas décadas, no que se diz respeito aos avanços silviculturais com relação às florestas plantadas. A consolidação da conjuntura mundial é marcada pela globalização dos fluxos de capitais e de mercadorias, demonstrando extrema competição entre economias e blocos econômicos nos dias atuais (REZENDE et al., 2008).

No caso do uso das florestas plantadas, a busca de aumento de produtividade e intensificação da exploração será a regra. No entanto, não estão excluídas as tendências históricas de expansão extensiva. A exploração de florestas plantadas apresenta-se como uma das principais tendências de ocupação nas áreas degradadas. Por estas características, o setor florestal sempre merece destaque significativo nos planos de desenvolvimento nacional, bem como nos planejamentos das empresas privadas e instituições de pesquisa. Os programas governamentais que merecem destaque são: o Programa Nacional de Papel e Celulose, o Programa Siderúrgico Brasileiro e o Programa Estratégico de Substituição de Energia (COELHO JUNIOR, 2004).

No início do século XXI, as florestas plantadas são responsáveis pela maior parte do consumo industrial de madeira em toras/toretes no Sul/Sudeste do país. Os principais usos finais dessa matéria prima pela indústria são chapas e contraplacados, madeira serrada e beneficiada, móveis, energia e papel e celulose (Rezende et al., 2008). Esses diversos segmentos industriais, detentores de extensas áreas reflorestadas, hoje manejam seus plantios, de forma a permitir maior leque de usos finais para a madeira plantada, como é o caso, por exemplo, da indústria de papel e celulose.

No campo florestal, a análise deve ir além dos produtos madeireiros, pois as externalidades (efeitos ou causas) positivas ultrapassam as negativas, isto parece ser absolutamente verdade pelo menos quando se fala no setor primário. Isso não quer dizer que o uso abusivo e desenfreado de defensivos, a exploração intensiva e o manejo intensivo do solo requerido por espécies de curta rotação e a atual tendência do uso de árvores inteiras, incluindo folhas e raízes, não irão causar

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efeitos negativos na conservação do solo e na qualidade e distribuição da água, mas assegura unicamente que os efeitos negativos são aqui ainda preferíveis aos que se fariam presentes, caso esta mesma área fosse alocada para outros usos agrícolas (REZENDE e OLIVEIRA, 2001).

O Brasil tem buscado políticas adequadas via mecanismos reguladores, incentivos financeiros, melhores estruturas organizacionais e acordos, quanto ao uso da terra. Em muitos países, a busca dessas ações é acompanhada por um exame profundo da função administrativa do Estado que atua como elemento regulador de mercado.

4 INFLUÊNCIA DOS PLANOS ECONÔMICOS, CRISES MUNDIAIS E DO PETRÓLEO NO MERCADO BRASILEIRO DE CARVÃO VEGETAL

Os preços do carvão vegetal são mensurados pelo mercado interno que depende crucialmente das políticas públicas e das decisões macroeconômicas como: taxa de câmbio, salário mínimo, taxa de juros, inflação, etc. Já os preços do petróleo dependem do mercado internacional e das “políticas” da OPEP (Organização dos países exportadores de petróleo). A Figura 2 mostra o comportamento dos preços reais do carvão vegetal e do petróleo ao longo do tempo e observa-se que ocorreram diversas crises mundiais e que os planos econômicos objetivaram estabilizar a economia brasileira.

Após o primeiro choque do petróleo no início da década de 70, o Brasil optou por explorar outras fontes de energia. O governo elaborou o II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND) (1974-1979), no final de 1974, para eliminar os estrangulamentos estruturais da economia brasileira. O II PND enfatizou o investimento em indústrias de base, buscando autonomia em insumos. Por meio da Política de Energia, lançou-se o Programa de Carvão Vegetal, que visava a expandir e modernizar a produção através de pesquisas de sua utilização como matéria prima e para elaboração de produtos industrializados. No II PND, veio o Programa do Álcool, em 1976. Em janeiro de 1979, houve a Revolução Islâmica no Irã, um dos maiores exportadores de petróleo, levando instabilidade política no mundo Árabe, resultando em novo choque, com efeitos duas vezes maiores que o anterior.

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Figura 2 - Comportamento dos preços reais do carvão vegetal e do petróleo, no período de 1975 a 2002 (CPI base 1982/84=100).

Fonte: Coelho Junior et al. (2008).

O otimismo de crescimento que se fez sentir até o II PND, mesmo com a economia em processo de retração, não seguiu adiante nos planos econômicos seguintes na década de 80, também conhecida como “Década Perdida”. A partir do III Plano Nacional de Desenvolvimento (III PND) (1979) os surtos de inflação, anos de depressão e os “choques heterodoxos” juntou-se à perda da qualidade do processo de planejamento, consequentemente, houve deterioração da economia como um todo, exaurindo o clima de “euforia desenvolvimentista” dos PND’s anteriores.

O III PND elaborado em 1979 foi projetado para o período 1980-1985, embora tenha sido interrompido já no segundo semestre de 1980. Este plano pouco se diferenciava dos PND’s anteriores. Seguindo o Pensamento Cepalino, no início da década de 80, consolidava o processo de substituição de importações, devido aos benefícios fiscais em infraestrutura, agricultura e reflorestamento. A crise do petróleo se arrastou até 1981. Contudo, os preços do petróleo continuaram elevados até 1985. Observa-se que as políticas de incentivos fiscais fizeram com que aumentasse a oferta de madeira, provocando consequentemente, queda dos preços reais do carvão vegetal. O preço do carvão vegetal, neste período, contribuiu para a consolidação do processo de substituição de importações (Pensamento Cepalino).

Os desentendimentos entre os países árabes diminuíram a força do cartel da OPEC e, em consequência, o preço real do barril de petróleo caiu no mercado internacional. Também contribuiu para a queda a descoberta de novas tecnologias e o aprimoramento de outras fontes de energia.

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Após o regime militar, em meados da década de 1980, dedicou-se ao combate a inflação como principal meta de condução da política econômica. Contudo, de 1985 até 1994, o combate a inflação e a estabilização econômica foi tentada de várias formas, com uma série de planos econômicos (Plano Cruzado, Plano Bresser, Plano Verão, Plano Collor I, Plano Collor II e Plano Real).

A partir de 1986, o preço real do petróleo caiu mais ainda, chegando a US$ 12,34 o barril. Assim, os preços do petróleo deixaram de pressionar os países consumidores, que puderam, então, aumentar o consumo e amenizar, ou mesmo resolver, o crônico problema de balança de pagamentos. O Plano Cruzado, de fevereiro de 1986, foi o programa brasileiro de estabilização, que promoveu uma reforma monetária, estabelecendo o Cruzado (CZ$) como novo padrão monetário. O país foi tomado por um clima de euforia, em que cresceu o consumo em todos os extratos sociais, consequentemente, os preços reais do carvão tenderam a subir, aumentando 61,30%, em agosto de 86, em relação a fevereiro do mesmo ano, devido à inflação baixa, aumento da demanda e da produção de ferro gusa.

O Plano Bresser foi, a princípio, um plano mais consistente e flexível que o cruzado, conseguiu atingir alguns de seus objetivos, detendo o déficit público e a inflação, eliminando os Incentivos Fiscais aos reflorestamentos, além de aumentar tributos. Retomou-se as negociações com o FMI, suspendendo a moratória, entretanto, não se obteve resultados satisfatórios. Os preços do carvão vegetal sofreram aumento expressivo de 84,93% entre julho de 1987 e janeiro de 1988.

A política econômica do "Feijão com Arroz", adotada em janeiro de 1988, teve o intuito de conviver com a inflação sem adotar medidas drásticas, mas apenas ajustes localizados para evitar a hiperinflação. Assim, como mostra a Figura 2.5, esta estabilidade nos preços do carvão vegetal no ano de 1988, quando a política “Feijão com Arroz” manteve a inflação controlada.

O Plano Verão foi anunciado em 15 de janeiro de 1989. Foi o terceiro choque econômico e a segunda reforma monetária do Governo da época, criando uma nova unidade monetária, o Cruzado Novo. Cortou-se três zeros do Cruzado; impõe-se outro congelamento de preços. Acabou com a correção monetária e propôs a privatização de diversas estatais e anunciou vários cortes nos gastos públicos, com a exoneração dos funcionários contratados nos últimos cinco anos. Os cortes não foram feitos, o plano fracassou e a inflação disparou. Só em dezembro de 1989, os preços subiram 53,55%. De fevereiro de 1989, ao mesmo período do ano seguinte, a inflação chegou a 2.751%.

O governo Collor, como o governo anterior, tinha como preocupação básica, o combate à inflação. A inflação estava num nível insuportável, resultando em economia totalmente desorganizada. Lança-se o programa de estabilização denominado Plano Collor, baseado em um confisco monetário. O cruzeiro volta como unidade monetária em 16 de março de 1990, a inflação

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chega a 81,32% no mesmo mês, atingindo o ponto mais alto na história da economia brasileira. O preço do carvão vegetal chegou a US$ 11,57 no mês de abril de 1990. Em agosto de 1990, o Iraque invade o Kuwait, eclodindo a guerra do golfo Pérsico, que aquece e acidifica os humores do mercado internacional, resultando em aumentos reais dos preços do petróleo e do carvão vegetal. As economias do Oriente Médio ficam abaladas por uma década.

A abertura ao comércio internacional feita pelo Plano Collor, em 1990, permitiu um ajustamento de preços reais destas fontes energéticas mais condizentes com as condições de mercado. As atividades econômicas, em 1993, começam a dar sinais de recuperação. A abertura do mercado para produtos importados promovidos pelo Governo obrigou as empresas brasileiras a investir na melhoria da qualidade de seus produtos e na modernização dos processos de produção. Em 1993, o PIB cresce 4,1%, depois de dois anos de queda, e a siderurgia a carvão vegetal cresce 13,07%. Contudo, esta relação não permanece por muito tempo. Com o lançamento do Plano Real, os preços do carvão vegetal sobem devido à valorização da moeda em relação ao dólar. Esta valorização da moeda foi adotada como ancora cambial para conter o processo inflacionário.

Em 1999, o governo desvaloriza a moeda, adotando um sistema de câmbio flutuante. Com isto o preço real do carvão cai, acentuadamente, em relação ao preço real do petróleo. Em setembro de 2000, um grupo de países da OPEC reduz a oferta de petróleo, consubstanciando o aumento do preço do barril que já ocorria desde 1999. Após o ataque terrorista aos Estados Unidos em setembro de 2001, o medo da recessão faz o preço do petróleo ter uma queda significativa, passando de US$ 13,62 para US$ 9,92 o barril, o que não afetou os preços internos do carvão vegetal que continuou com certa estabilidade.

5 EFICIÊNCIA PRODUTIVA DA BIOMASSA NA INDÚSTRIA SIDERÚRGICA

Uma alternativa de estudar a eficiência produtiva da biomassa a base de carvão vegetal é a análise da evolução de certas relações ao longo do tempo. Estas relações podem ser fator/fator; produto/produto; ou, principalmente fator/produto.

A Tabela 2 apresenta o aumento da produtividade nos plantios florestais, ao longo do tempo, associado aos ganhos tecnológicos na relação carvão vegetal-gusa, na densidade do carvão, nas proporções do carbono fixo e na diminuição nos custos de implantação face à necessidade de reflorestamento com povoamentos de eucaliptos.

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Tabela 2 - O progresso tecnológico das florestas plantadas para produção de carvão vegetal (1970 - 2008). Ano Produtividade (mst/ha) Carvão / Gusa (m3/t) Densidade do Carvão (kg/m3) Carbono fixo (kg/ha) Custos implantação (US$/ha) 1970 15 - - 350 1.800,00 1980 25 4,0:1 200 375 - 1990 40 3,6:1 - - 1.600,00 1997 60 2,6:1 270 408 600,00 2000 60 2,6:1 250 - - 2008 67 2,2:1 - - -

Fonte: Rezende et al. (2008) e empresas florestais de Minas Gerais.

Assim, o aumento da produtividade das florestas plantadas reflete no aumento da relação capital-trabalho o que caracteriza certa evolução tecnológica, pois indica maior automação e maior eficiência e escala do setor produtivo. Da mesma forma, aumento nas relações “produto industrializado - produto primário”, ou seja, metro cúbico de carvão vegetal versus tonelada de gusa indica progresso e evolução de uma economia ao longo do tempo.

Já as relações fator produto são mais utilizadas, pois mostram também seu desenvolvimento ao mesmo tempo em que indicam o aumento de produtividade dos fatores, como, por exemplo, as relações lenha-carvão; toneladas de celulose-hectare; metro cúbico de madeira por hectare, quantidade de mão de obra por hectare no estabelecimento de um povoamento florestal, etc.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para as condições em que foi desenvolvido este estudo conclui-se que: O processo de seleção de espécies potenciais no início do século XX foi a “luz do caminho” para o desenvolvimento do setor florestal brasileiro; Os incentivos fiscais proporcionaram a retomada do crescimento econômico brasileiro e alavancou os plantios florestais para fins energéticos; Os preços do carvão vegetal foram influenciados pelos planos econômicos, que buscavam a estabilidade econômica; Ao longo do tempo, os preços reais do carvão vegetal parecem variar sem nenhum nexo causal com os preços reais do petróleo; A evolução da eficiência produtiva do carvão vegetal na siderurgia foi bastante significativa nas últimas décadas.

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Tabela 1 - Relação de espécies do gênero  Eucalyptus com os usos da madeira e idades de corte indicados no início da  década de 60 e final da década 90
Figura  2  -  Comportamento  dos  preços  reais  do  carvão  vegetal  e  do  petróleo,  no  período  de  1975  a  2002  (CPI  base  1982/84=100)
Tabela 2 - O progresso tecnológico das florestas plantadas para produção de carvão vegetal (1970 - 2008)

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