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Alfredo Calleja Suarez Ricardo Garcia Navarro Angel Ruiz Mantec6n Rodrigo Pelaez Suarez

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(1)

PASTOS:

FUENTE NATURAL DE ENERGiA

Alfredo Calleja Suarez

Ricardo Garcia Navarro

Angel Ruiz Mantec6n

Rodrigo Pelaez Suarez

U N IV E R S ID A D D E L E O N A r e a d e p u b lic a c io n e s

(2)

R e u n i6 n Iber ic a d e P a s to s y F o r r a je s ( 4a. 2 0 1 0. Z a m o r a, M ir a n d a d o D o u r o)

P a s to s : fu e n te n a tu r a l d e e n erg ia : 4a R e u n i6 n Iber ica d e P a s to s y F orr a je s, 3 - 6 m a y o 2 010, Z a m o r a - Mir a n d a d o D o u r o = [4a] R e u n ia o Ib e r ic a d e P a s ta g e n s e fo r r a g e n s, 3 - 4 m a io 2 0 1 0, [Z a m o r a - M ir a n d a d o D o u r o ] IA lfr e d o C a lle ja S u a r e z ... le t. a l.] ( c o o r d ..). - [L e 6 n ] : U n iv e r s id a d d e L e 6 n, A r e a d e P u b lic a c io n e s ; [E s p a n a ] : S o c ie d a d E s p a n o la p a r a e l E s tu d io d e lo s P a s to s, 2 0 1 0

5 4 8 p. :g r a f., ta b /a s ; 28 e m.

in d ic e p o r a u to r e s. - B ib lio g r a f. A I fin a l d e c a d a c a p. - T exto s e n ca s te lla n o, p o r tu g u e s e in g le s

IS B N 9 7 8 - 8 4 - 9 7 7 3 - 5 02- 5

1. P a s to s - Exp lo ta c i6 n-C o n g r e s o s. I. C alle ja S u a r e z, A lfr e d o . II. U n iv e r s id a d d e L e 6 n. A r e a d e P u b lic a c io n e s . III. S o c ie d a d E s p a n o la p a r a e l E s tu d io d e lo s P a s to s . IV. R e u n ia o Ib e r ic a d e P a s ta g e n s e F o r r a g e n s ( 4a. 2 0 1 0 . Z a m o r a )

6 3 3.2 ( 0 6 3 )

© U n iv e r s id a d d e L e 6 n

A r e a d e P u b lic a cio n e s © L o s a u to r e s

E d ita : S o c ie d a d E s p a n o la p a r a e l E s tu d io d e lo s P a s to s

E d ic i6 n c o o r d in a d a p o r A lfr e d o C a lle ja S u a r e z, R ic a r d o G a r c ia N a v a r r o, A n g e l R u iz M a n te c 6 n, R o d r ig o P e la e z S u a r e z

IS B N : 9 7 8 - 8 4 - 9 7 7 3 - 5 0 2 - 5

D e p 6 s ito le g a l: L E - 6 6 7 - 2 0 1 0

(3)

EF EIT O DA F E R T I L I Z A <;A o M INER A L E O R G A N I C A E D O u s a D E

MI S TUR A S S IMP L E S E C OMP L EX AS D E S EMENT E S NA

~

S

T

ALA<

;

Ao

D E PAS TAG ENS A N U AI S RICAS E M L E G U M I N O S A S

C.AGUIAR1

, 1 PIRES', M. A. RODRIGUES', 1.HONRAD02 EM" E.FERNANDEZ-NuNEZ I 'Centro de Investigayao deMontanha (CIMO), ESA - Instituto Politecnico deBraganya, Apartado

1172,5301 -855 Braganya, Portugal- e-mail: cfaQuiar(lv.ipb.pt

2CIBIO - Faculdade de Ciencias da Universidade do Porto

No ambito de urn estudo de longo prazo de pastagens permanentes semeadas ricas em

.=uminosas estudou-se 0 efeito dos seguintes fact ores na flora pascicola de primeiro ana: 1)

-:.agem - mistura simples (MSIMP), mistura comercial complexa rica em leguminosas (MCOMP) e

_~ ayao espontanea (ABAND);2) fertilizayao de fundo - estrume de bovino (EST: 40 t/ha),

..--:izayao mineral (FERT:1000 kg ca1cario/ha, 53 kg P20siha e30 kg K20 Iha) esem fertilizayao. Os

~ - experimentais revelaram: a percentagem de cobertura das plantas indigenas foi francamente " elevada do que 0 das plantas semeadas; 0 tratamento ABANDfoi 0 tinico que demonstrou urn

~Io significativo naestruturayao dos dad os floristicos numa RDA (Analise deredundancia); FERT

~ urn efeito mais favoravel do que EST na flora adventicia regional de cereais que colonizou as _~lasexperimentais; as leguminosas semeadas - com 35,0% (EST) e 15,3% (FERT) de cobertura

-beneficiadas pela aplicayao de estrumes a sementeira; os estrumes provavelmente tiveram urn

" avoravel no desenvolvirnento de nichos de regenerayao adequados as leguminosas, sobretudo

Enoagricola tao seco como foi 0 de 2008-2009; a percentagem de cobertura do L . peren ne foi

_"'ante nos tres tipos de fertilizayao; 0 tipo de mistura de sementes (MSIMPe MCOMP) teve urn

~irrelevante naflora pratense semeada.

as c h ave : leguminosas, pastagens semeadas ricas em leguminosas, instalayao de pastagens,

.=~deplantas pratenses

OD u c <; : :A O E O B J E C TI VOS

A.construyao de uma reserva de sementes de leguminosas melhoradas eurn aspecto chave na

e qualquer pastagem de sequeiro rica em leguminosas anuais (Dear et a l., 1993), sobretudo

iros anos apcs a instalayao, quando a densidade de sementes duras no solo eainda reduzida.

- --anyo no estabelecimento desta reserva de sementes pode obrigar a uma ressementeira da

__ .Por outro lado, e do interesse do produtor dispor de biomassa forrageira logo no primeiro

~ _2.Stagem, aquando da realizayao dos pastoreios de limpeza. 0 mesmo sucesso seprocura obter

~mineas das misturas de sementes pratenses nosprirneiros anos apcs ainstalayao.

""0 ambito de urn ensaio de campo de longo prazo estudou-se 0 efeito da aplicayao de

- TS. fertilizayao mineral, e do usa de misturas simples vrs. misturas complexas de sementes

_ de Pastagem Permanente Semeada Biodiversa Rica em Leguminosas, PPSBRL), na

~em de cobertura de plantas pratenses adultas nao sujeitas a pastoreio, no primeiro ana de

- da pastagem. A percentagem de cobertura, avaliada neste estudo pelo metoda do ponto

(4)

essa via, do sucesso do estabelecimento das gramineas perenes, e da produyao e da construy -banco de sementes de leguminosas anuais.

M A T E R I A L E METOD OS

No Outono de 2008 foi instalado urn ensaio de campo de longo prazo com 2,1 ha, ne :

do Poulao (Veiga de Gostei, Braganya, Portugal, 41046' N; 6° 48' W) combinando factorialm~

tipos de pastagem: 1) vegetayao natural obtida por abandono (ABANO), 2) mistura simples des,

(MSIMP) e 3) mistura complex a de sementes (MCOMP); e tres tipos de fertilizayao: a) ause::.

fertilizayao (ZEROFERT), b) fertilizayao mineral (FERT) e c) aplicayao de estrume de bovino

-

=

num total de nove combinayoes factoriais. A densidade de sementeira dos tratamentos ~ ~

MCOMP foi de 25 kg/ha, ambos com a mesma proporyao em peso de gramineas/leguminosas

-;:_-mistura simples de sementes (MSIMP) constou de quatro especies: T rifo liu m su b te rra n e u m 'De

(6 1 % ), T . re p e n s 'Winterwhite' (9%), D a c ty lis g lo m e ra ta 'Prairial' (13%) e L o liu m p_

'Victorian' (17%). No tratamento MCOMP foi usada a mistura de PPSBRL da Fertiprado "Ex~

AC800-Prado Perm. Seq.". Provenientes da mistura, produziram flores nas parcelas t-:C

A stra g a lu s p e le c in u s, T . in c a rn a tu m , T . m ic h e lia n u m , T . re p e n s, T . su b te rra n e u m , T . v e sicu:

O rn ith o p u s c o m p re ssu s, D . g lo m e ra ta e 1 . p e re n n e . 0 tratamento FERT consistiu na apli

ca.-cabirio (1000 kg/ha), de Fertigafsa (200 kg/ha, 53 kg P20s/ha) e de Cloreto de Pot<issio (50 kg'

kg K20/ha). No tratamento EST distribuiram-se 40t/ha de estrume de bovino antes da sem

e--doseando aproximadamente 130 kg N/ha, 55 kg P20s/ha e 300 kg K20/ha. 0 ensaio te\"

precedencia de 4 anos de aveia. A analitica quimica dos solos ofereceu os seguintes valores ill 6 =

-P20S (Egner-Riehm) 50 ppm, K20 (Egner-Riehm) 97 ppm, pH H20 5,41, pH KCl 4,4 e

organica do solo (Walkley-Black) 12,6 g kg-I. A preparayao da cama das sementes, a distribuiyac

fertilizantes e estrumes e a sementeira estavam conc1uidas no final da segunda semana de Out

ub:-2009. Na terceira semana de Maio de 2009 a percentagem de cobertura, a escala da especie.

-avaliada em 36 quadrados permanentes de 70 x 70 cm (4 repetiyoes x 9 combinayoes factoriais) :

metodo do ponto-quadrado (vd. van der Maarel, 2005). Uma vez que as parcelas estavam fecha~

pastoreio a percentagem de cobertura de plantas vasculares total ultrapassou, em muitos quadrados.

100%. As 4 repetiyoes de cada tratamento foram dispostas ao longo de urn gradiente mesotopo~ . -=;

cimo de encosta, meio de encosta e fundo de encosta. Em Junho de 2009 fez-se urn pastoreie ~

limpeza ate ao esgotamento da pastagem. Os solos foram amostrados em Setembro de 2009 ante: ~

primeiras chuvas, na vizinhanya de cada urn dos quadrados.

Os dados floristicos foram explorados com metod os multivariados de orde

nz-disponibilizados pelo pacote estatistico CANOCO (Ter Braak & Smilauer, 2002). Foram constni~

duas matrizes de dados: "amostras (quadrados permanentes) x percentagem de cobertura das espec:-

"<:-e "amostras x variaveis explanatorias". Consideram-se seis variaveis explanatorias categoricas: =-' "

tipos de pastagem (ABANO, MSIMP e MCOMP) e tres tipos de fertilizayao (ZEROFERT, FERT e EST)..-_

variaveis explanatorias continuas provieram da analise dos solos: pH (em agua), MO (materia orgilL:

do solo), P (fosforo) e K (potassio) (metodologias analiticas explicitadas anteriormente). 0 pH KCl;

rejeitado por estar correlacionado com 0 pH H20. Cada uma das variaveis-solo foi avaliada ad=

profundidades: 0-10 cm e 10-20 cm. As percentagens de cobertura das leguminosas semeadas fo

(5)

cil-2.presentaram coberturas irrelevantes; quase todas as leguminosas detectadas nos quadrados de

2..D1ostragempertenciam ao genero Trifo liu m (dados nao apresentados), As gramineas semeadas nao

;oram agregadas porque nao foram detectadas plantas de D . glome rata nas areas de amostragem;

enas atingiram 0 estadio adulto plantulas de 1 . p ere nne . Os dados da matriz original "amostas x

-; rcentagem de cobertura das especies" resultam de contagens e por essa razao foram logaritmizados

-=- ps & Smilauer, 2003).

RESULTADOS E DISCUSSAO

Numa "Analise de Compoentnes Principais" (PCA) explorat6ria os inventarios das parcelas

~ donadas (ABANO)ficaram concentrados no lado esquerdo do primeiro eixo (figura 1a). Numa

~.~ com uma selec<;:aopasso-a-passo de variaveis constatou-se que 0 tratamento ABANO era a ~'avel explanat6ria de maior efeito marginal ("marginal effect"), e a unica que demonstrava urn

--=:rolo significativo (p<0,002) na estrutura<;:ao dos dados floristicos numa RDA com permuta<;:oes de

"I I e Carlo com uma unica variavel explanat6ria (ABANO).Foi a ausencia de especies melhoradas _~ egregou os quadrados ABANO das restantes modalidades experimentais na RDA. As amostras

- - :...."10 eram floristicamente muito homogeneas, por isso surgiram menos dispersas no triplot

::- sso na figura la, do que as amostras provenientes das parcel as semeadas (MSIMP e MCOMP).

-::--,()raa dispersao possa ter sido causada por uma maior variabilidade das propriedades do solo nas

_~Jassemeadas (MSIMP e MCOMP), emergem duas outras hip6teses, mutuamente nao exclusivas,

_ explicar este padrao, a serem testadas no decorrer da experimenta<;:ao durante os pr6ximos anos:

_ s menteira incrementou a variabilidade da resposta da flora pratense a varia<;:oesda fertilidade do

.orque, simplesmente, ha mais especies nos talhoes semeados; 2) os gen6tipos melhorados - os estao mais adaptados a solos ferteis (e.g. PeK mais elevados epH menos acido) do que as

.- da"pool" indigena de flora pratense anual, consequentemente, acomposi<;:ao floristica avaliada

_.~drados de 70 x 70 cm responde mais intensamente apequenas varia<;:oesespaciais dafertilidade

••0nos talhoes semeados do que nos talhoes de vegeta<;:aonaturaL

"Iuma segunda etapa reduziu-se 0 estudo multivariado dos dados aos talhoes semeados. Na

__ ~bapresenta-se um biplot deuma RDA com os dados provenientes dos tratamentos MSIMPLES

<.r.IP. Para nao sobrecarregar 0grafico seJeccionaram-se as 20 especies mais bem caracterizadas

~ois primeiros eixos multivariados. Estes eixos explicaram 25,4% da variancia dos dados das -=. um valor relativamente elevado em analises directas de gradientes. 0 valor pr6prio do

eixo era ja muito baixo (VP EX3= 0,077) pelo que a exp10ra<;:aodos dados se restringiu aos ;-yresentados na figura 1b (VP Ex, = 0,145, VP EX2= 0,11). As variaveis ambientais

. 6rias mais correlacionadas com os "scores" do primeiro eixo foram, por ordem decrescente,

-:: 3.T (r=0,53), pHo-lo (r=-0,55), a MO'O-20(r=-0,55), MOo.JO (r=-0,44) e pH,o-2o (r=-0,44). No

correla<;:oes entre estas variaveis foram francamente baixas. 0tratamento EST(r=0,32) e 0

:=D.35) foram as variaveis explanat6rias mais correlacionadas com 0 EX2.A correla<;:ao entre

.- -10 (r=0,59) foi uma das mais elevadas obtidas entre as variaveis explanat6rias, certamente

:: estrumes utilizados tinham umelevado teor depotassio.

figura 1b) constata-se que 0 tratamento ZEROFERTnao tern uma flora caracteristica

lara,provavelmente devido a escassez deespecies oJigotr6ficas caracteristicas da vegeta<;:ao

(6)

area de ensaio. A P a p a ve r rh oeas (Pa p a ve rac eae), a mais abundante adventicia presente nos taltC

do ensaio, respondeu positivamente

a

nao aplicac;;ao de fertilizantes. 0 Anth e m is a rve_

(A steraceae), asegunda adventicia mais im ortante, teve urncomportamento inverso (figura 2a).

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Figura. 1. a) "Triplot" de uma PCA com a totalidade das amostras (variaveis ambientali

passivas). (.) amostras ABANO. (+) amostras SIMPLESe COMPo As linhas definem poligonos com

as amostras de ABA '0 (3 esquerda) e MSIMPLES + MCOMP (3 direita). B ras b a r ~ B rassica

b arre lie ri, B ro m d ia - B ro m us d ia n d rus; Vic i sa t - Vid a sa tiva, Ve ro hed - V eron ic a hederac e a .

V u lp c il- V u lp ia c ilia ta , Scle a n n - S c le ra n th us a n n u us, L o li p e r - L . p e ren n e ; P o ly a v i-P o ly g o n u m a v ic u la re; A n th a rv - A . a rv e n sis; L a m i a m p - L a m iu m am p le x ic a u le; C a ps b u r-C a psella b u lsa -p asto ris; Vici n ig - Vicia n ig ra; Viol kit - Viola k ita ibelian a ; P a p a rh o - P. rh oe as.

b) "Trip lot" de uma RDA com osdados de MSIMPLES e MCOMP.

o

tratamento FERT teve um efeito mais favoravel do que 0tratamento ESTna flora adventiciE.

regional de cereais, de que sao exemplos 6bvios Pa p a v e r rhoea s (Pa p a vera c e ae), An themis a rv ensi:,

(A stera ce a e ), La m iu m am p lex ica u le (L a mia c ea e ) e V iola k ita ibefian a (V iola ce ae) (vd. figura 1be 2a .

As leguminosas semeadas beneficiaram assinalavelmente da aplicac;;aode estrumes (EST)

a

sementeiJc

(figuras Ib e 2b), com 35,0% e 15,3% de cobertura, respectivamente em EST e FERT. 0 mesmc

aconteceu com aA g ro stis ca stella n a , uma graminea perene, e outras duas plantas de fenologia tardia. oRume x crisp u s eaCho n d rilla ju n c e a. Embora na figura 1b) 0centr6ide de ESTesteja posicionado n

vizinhanc;;ado vector do L o lium peren ne, esta especie semeada apresentou uma cobertura muito mais

semelhante nos tratamentos EST (12,2 %) e FERT (10,0%) do que as leguminosas semeadas (figUrE

2b).

O..4ntheMis Qnm.sU

r.APapaver rhoecu

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I ILolium p U .<!rt't~

IaL({4ll111ino£as stult,das

Figuras 2. Cobertura (% ) em FERT, EST e ZEROFERT a) de P a p a ver rh o e a s, A n th e m is

(7)

Os primeiros meses do Outono de 2008 eda Primavera de 2009 foram anormalmente secos.

_-\sprecipitac;oes acumuladas de Outubro e Novembro de 2008, e de Marc;o e Abril de 2009 rondaram,

~ spectivamente, 42%, 27%, 14% e 24% da media mensal. As plantas pratenses foram, portanto,

5uJeltas a urn acentuado deficit hidrico em momentos chave do seu cicio biol6gico.

Consequentemente, asplantulas das especies pratenses foram escassas assim como 0 seu crescimento

-egetativo, por exemp10 as plantas de T. su b terra n e u m raramente foram tocadas mais de uma vez

" las agulhas no ponto-quadrado. No campo constatou-se que no tratamento EST as 1eguminosas

- meadas germinaram, preferencialmente, sob aprotecc;ao dos torroes de estrume. Nos talhoes FERT,

'-'II1boraem menor numero, as leguminosas germinaram em maioria no fundo dos sulcos abertos pelo

~ carificador.

0

efeito positivo da EST nas leguminosas pratenses, possivelmente, deveu-se mais a

:;"lodificac;oesimpostas pelos estrumes no balanc;o hidrico e nas propriedades fisicas do solo, do que a

~ influxo acrescido de nutrientes. Os torroes de estrume certamente retiveram humidade bastante

r a faciJitar a germinac;ao dos trevos e sustentar em agua as suas pIantulas. De qualquer modo, a

._-perimentac;ao realizada nao permite descartar urn potencial efeito positivo do influxo de N eK - os Jores de P nos estrumes e na fertilizac;ao mineral foram, na prcitica, identicos - na instalac;ao de .~uminosas. 0L.p e ren ne aparentemente foi superior a esta 16gica causal porque a sua cobertura em

-::ROFERT, FERT e EST foi similar, respectivamente: 9,7%, 10% e J2,2%. 0 caracter residual das

_ puJac;oes de D. g lo m e ra ta e de T . repen s em todos os tratamentos semeados deveu-se, muito

aveJmente, a escassez de agua no solo durante 0 ana hidroJ6gico 2008-2009.

o

comportamento das Jeguminosas semeadas esta, de algum modo, de acordo com a ecologia

popula<;:oes seJvagens de T . su bte rra neum, a especie dominante nas popuJa<;:oesde T rifoliu m

=meados em MSIMP e MCOMP(dados nao apresentados): margens de caminhos ou pequenos prados

nsamente calcorreados eestrumados pelos animais domesticos (P oetea b ulb o sa e ) (Rivas-Goday &

-.2 ero, 1970). 0 L.p e ren ne euma especie de Jameiros de regadio eutrofizados (C yno surio n crista ti) e

- 5010s humidos ricos em azoto assimilavel (Pa spalo -Heleo c hloeta lia ) (Rivas-Martinez et a l., 20 0 1),

- ~ esse motivo tera sido muito penalizado peJa escassez de agua no solo, eimpedido de responder aos

-;xlelos de fertilizac;ao.

GeraJmente aceita-se que a segregac;ao de nichos ecoJ6gicos e urn dos malS importantes,

do nao 0 malS importante, mecanismo de controJo da diversidade especifica a escala da

_::il1unidade vegetal (Silvertown, 2004). Grubb (1977) defendeu que os nichos ecoJ6gicos das

- :':JruJas- 0 nicho de regenerac;ao - edos individuos aduJtos nao san necessariamente coincidentes.

- ."eem dia e consensual que 0 nicho de regenerac;ao euma componente fundamental na segregac;ao

:llchos. A composic;ao e a qualidade dos nichos de regenerac;ao reflectem-se, necessariamente, na

tura floristica das comunidades vegetais, naturais ou artificiais. Deste modo, sobretudo em

:-6rios sujeitos aOutonos secos como aIberia mediterranica, afigura-se fundamental na instalac;ao

-..::PPSBRL a construc;ao de nichos de regenerac;ao adequados para a flora pratense mais desejada

estrumes, com a armac;ao da terra em espigoado a sementeira ou com 0 usa de "mulches" de

=-

'neas no segundo ana (e.g. deL o liu m m u ltiflo ru m ). Este aspecto eda maior reJevancia quando se

-e: I) que 0 T.su bte rra n e u m, e outras leguminosas pratenses melhoradas, san susceptiveis a falsas

'nac;oes (Taylor et al., 1984), 0 "false strike" dos austraJianos, estimuladas peJas trovoadas de

(8)

germinarem (Hampton e t a !., 1987) e que nas areas mediterranicas da Peninsula Iberica as c~_

efectivas podem ser posteriores ao inicio das geadas; 3) que urn atraso no estabelecimento dasp

das misturas pratenses nos primeiros anos apos a sementeira aumenta 0 poder competitivC' ~

especies/genotipos autoctones e compromete a historia futura da pastagem (Levy, 1970).

o

tipo de mistura de sementes - MCOMP e MSIMP- nao teve qualquer efeito na cobertufE

-leguminosas semeadas (figura 3). A maior abundancia de L. p e re n n e em MCOMP e dific:...

interpretar.

mLoU um pererrr-.i!

r.aL~g:-lillliu O$m;.S:CJlH;:~d:1S

Figura 3. Cobertura (0;',) deL o liu m p e re n n e e de leguminosas semeadas nos tratamentos M ea

EMsIMP

A percentagem de cobertura das plantas indigenas nas parcelas semeadas foi ainda elevaa _

muito superior a das leguminosas e gramineas semeadas: MSIMP - plantas indigenas 87,4

leguminosas semeadas 20,2% e L o liu m p e re n n e 8,2%; MCOMP - plantas indigenas 90,

leguminosas semeadas 20,4% eL o liu m p e re n n e 13, I %. Nos talh5es MSIMPLES e MCOMP nao

identificou urn grupo de plantas claramente associado ao tratamento ZEROFERT. A fertilizayao min __

(FERT) beneficiou sobretudo as infestantes de cereais. As leguminosas semeadas foram promo\'i6

pela fertilizayao organica (EST) a sementeira. 0 L . p e re n n e foi indiferente ao tipo de fertiIiza.

-Admite-se como provavel uma melhoria da qualidade do nicho de regenerayao das leguminosas anu=::::

em consequencia da aplicayao de estrumes. Os resultados obtidos permitem-nos ainda concluir qut' _

aplicayao de estrumes a sementeira e uma tecnica adequada para 0 desenvolvimento de siste

organic os de produyao animal integrando PPSBRL. A percentagem de cobertura das legumino5.::c

semeadas e doL . p e re n n e nos tratamentos MCOMP e MSIMP foi muito semelhante.

AGRADECTMENTOS

Trabalho financiado pela FCT-Fundayao Para a Ciencia e Tecnologia, projecto PTDC/AG?

-A -A M /6 9 6 3 7 1 2 0 0 6 "BioPast- Uma Abordagem Integrada as Pastagens Permanentes Biodiversas RiC2

-em Leguminosas".

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U S E O F S I M P L E SEE D MI ST URES VRS. COMPL E X SEE D MI S TUR E S IN T H E

IN S T A L L A TI ON OF LEGU ME R ICHE SOW N A N N U AL PA STUR E S

S L - :\1 M ARY

In along term study of legume rich sown annual pastures we explored the effects of the

fol-.\·ingfactors in pasture spring floristic composition (first year after installation): 1) pasture type

-Ie mixture (MSIMP), legume rich commercial mixture (MCOMP) e spontaneous vegetation

-3AND); 2) fertilization type - cattle manure (EST: 40 t/ha), mineral fertilization (FERT: 1000 kg

-7 klha, 53 kg P20s/ha and 30 kg K20 Iha) and no fertilization. The experimental data revealed that:

:genous plants cover was much higher than the cover of sown species; ABAND was the sole

treat-with a significant effect the floristic data structure in an RDA; FERT had a stronger effect than

::-- in the cereal weed flora that colonized the experimental areas; sown legumes - with 35,0% (EST)

-= 5,3% (FERT) cover - were favored by EST; manure application probably had afavorable impact

~uallegume regeneration niches, chiefly in an abnormal dry year as 2009-2010; L .pe ren ne cover ....5 similar in all treatments; mixture type (MSIMP and MCOMP)had an irrelevant effect in the sown

eflora.

Imagem

Figura 3. Cobertura (0;',) de L o liu m p e re n n e e de leguminosas semeadas nos tratamentos M e a EMsIMP

Referências

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