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LEVANTAMENTO FITOGEOGRÁFICO DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS FLUTUANTES LIVRES DOMINANTES EM SISTEMAS PALUSTRES MARGINAIS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO CLARO, EM RIO CLARO – SP

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Academic year: 2019

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LEVANTAMENTO FITOGEOGRÁFICO DE MACRÓFITAS

AQUÁTICAS FLUTUANTES LIVRES DOMINANTES EM

SISTEMAS PALUSTRES MARGINAIS NA BACIA

HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO CLARO, EM RIO CLARO – SP

João Paulo Mariano Godinho 1 Ivan Carlos Zampin 2

RESUMO

É apresentado o levantamento fitogeográfico de macrófitas aquáticas flutantes livres dominantes na Bacia Hidrográfica do Ribeirão Claro, onde são abundantes habitando diversas lagoas marginais, estas formadas pelo ciclo hidrológico, relacionadas ao microclima da região e a existência de inúmeras nascentes ou afloramento de lençol freático. Este levantamento contribue para reduzir a lacuna de conhecimento técnico e cientifico sobre este ecossistema aquático e ajuda de forma objetiva os estudos para a perpetuação dos valores hidrológicos, ecológicos, e estéticos da bacia, com a ampliação das áreas geográficas em trabalhos de campo que carecem de abordagens reais. Para melhor conhecer a distribuição destas espécies, sua função ecológica, suas variáveis ambientais e finalmente, sua relação com a biodiversidade existente, o uso de equipamentos e tecnologia, tais como: GPS, Softwares aplicativos e câmera fotográfica,

são aportes imprescindíveis, pois com o levantamento e a posteriori com o entendimento dos problemas ambientais identificados, ficam como metas essenciais a promoção da reintrodução de espécies nativas em seu ambiente natural, monitoramento e prognóstico quanto a distribuição potencial de espécies invasoras, evitando suas incidências, onde tais elementos são destoantes da originalidade e por, finalmente, auxiliar em novos estudos que melhorem com muita consistência ações de reestruturação da paisagem.

Palavras – chave: Biogeografia, Fitogeografia, Plantas Aquáticas, Ecologia e Hidrologia

Introdução

Em meio ao estudo da vegetação natural originária das condições impostas pelos sistemas hidrológicos e do microclima ocorrentes na Bacia Hidrográfica do Ribeirão

1 Graduando em Ecologia Unesp, Rio Claro-SP, godinho.joao@yahoo.com.br

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As macrófitas aquáticas representam um grande grupo de organismos, tendo como referência algas taloídes, musgos, hepáticas, filíceas, coníferas e angiospermas que crescem em águas interirores e águas salobras, estuários e águas costeiras. (TUNDISI & TUNDISI, 2008 p.198). Segundo vários autores as plantas aquáticas possuem uma série de descrições ou definições quanto a sua existência no meio vegetacional e, por isso, recebem várias designações, de acordo com Pott & Pott (2000, p., 35):

[...] a definição ou conceito de planta aquática é assunto controverso, variando entre autores. Fasset (1966), Cook (1974) e Irgang & Gastal (1996) consideram aquática a planta cujas partes fotossinteticamente ativas estão permanentemente ou por alguns meses, cada ano, submersas ou flutuantes e que são visiveis a olho nu. Para Martins & Carauta (1984), é a planta que vive na água ou sobre a água, e o termo ecológico correspondente é hidrófito. Irgang & Gastal (1996) englobam em macrófitas aquáticas as plantas de margens que têm relação com água em abundância. Segundo Esteves (1988), macrófita aquática já é o termo consagrado, adotado pelo International Program of Biology,e é o mais adequado para plantas que habitam desde brejos até ambientes verdadeiramente aquáticos. Na Flórida, para uso oficial, há quatro categorias de plantas de ambiente úmido: aquática obrigatória, molhada obrigatória, molhada facultativa (mais para ambiente úmido do que para o seco) facultativa e a de terra alta. (POTT & POTT, 2000 p. 35)

Em caso específico desse estudo, são analisadas e levantadas as existências das espécies de macrófitas flutuantes livres dominantes que são plantas herbáceas que estão na superfície da água ou a meia água, logo não se enraizando no sedimento do fundo das lagoas. Como arcabouço, os ambientes palustres encontrados ao longo da área de estudos fornecem condições perfeitas em caráter ambiental, propicios e fundamentais ao crescimento e desenvolvimento dessa variedade ou espécies plantas, considerando também que com a existência das matas ciliares, as mesmas protegem as ações eólicas tornado as lâminas d´água caudalosas, sem ondulações.

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[...] dos minerais ou dos processos de mineralização das substâncias orgânicas. O material mineral nutritivo é absorvido na forma iônica e é incorporado na estrutura celular ou depositado no suco celular. Após a combustão da matéria orgânica seca, o material mineral permanece em sua forma primitiva como cinza. (LARCHER, 2000, 2004, p. 183)

Dessa forma, as macrófitas aquáticas assumem um papel na participação da determinação dos padrões de ciclagem e aprisionamento de nitrogênio e fósforo total estocando em sua biomassa, na dinâmica dos ecossistemas, pois atuam na evolução de diferentes equilíbrios biológicos e ecológicos gerando a dinâmica dos fatores abióticos e bióticos, fundamentais para que esse sistema possa funcionar como armazenador e ou depurador de cargas poluidoras regenerando a água. (BENASSI & CALIJURI, 2009), ademais fornecem alimentos e abrigo, principalmente para os peixes e mamíferos aquáticos (DUARTE 1995, ESTEVES 1998 apud BIUD E CAMARGO, 2008). e ainda, que ajundam na dispersão de sementes, contribuindo para a regeneração da vegetação aquática da floresta de várzea.

Justificativa

Com relação à distribuição geográfica, pode-se concluir que as macrófitas aquáticas de um modo geral apresentam distribuição cosmopolita. (ESTEVES, 1998, p., 323). Logo, quando se visita áreas palustres da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Claro é de se esperar o encontro de uma grande diversidade de populações de macrófitas aquáticas habitando as lagoas marginais, por possuir esse local de estudos, características fisionômicas meandricas e matas ciliares criando-se um ambiente proprício para o seu desenvolvimentro.

Entretanto, nestas áreas nota-se fortes ações antrópicas ao longo dos anos, tornando-as cada vez mais ameaçadas devido à derrubada das matas ciliares, aos desvios de cursos d’água para atividades agropecuárias, pela poluição fisíca e química que direta ou indiretamente é causada pela ocupação urbana e avanço da monocultura e mineração. Por conseguinte, torna-se evidente a necessidade de um levantamento atual das espécies e sua localização geográfica, para fins de conhecimento e preservação.

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De acordo com (BIUD & CAMARGO, 2008), as alterações antrópicas nos ecossistemas aquáticos interferem no crescimento e na produção primária de macrófitas aquáticas. A eutrofização artificial promove o crescimento de macrófitas flutuantes, emersas e mesmo submersas. Segundo (BOVE et al., 2003), estes são ecossistemas aquáticos que possuem características muito particulares e endemismos. Portanto, perante as circunstâncias abordadas entende-se a importância de se estudar a distribuição e levantamento dessas espécies nas lagoas marginais ou sistemas palustres na Bacia do Ribeirão Claro.

Objetivos

Esse trabalho de pesquisa tem por objetivo efetuar o levantamento fitogeográfico de macrófitas aquáticas considerando as espécies flutuantes livres dominantes e a caracterização dessa distribuição geográfica em várias lagoas marginais dentro da área de estudos descrita às margens do Ribeirão Claro, além poder compreender a relação destas plantas com os sistemas palustres ocorrentes à jusante desse trecho, onde em toda a extensão da bacia desse rio ocorre a existência de espécimes de plantas relacionadas a flora aquática, somando elementos a essa biodiversidade ribeirinha.

Materiais e métodos

Descrição da área de estudos

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Na área de estudos, no início da década de 1980, tem-se relatos de trabalhos de retilinização do Ribeirão Claro com a proposta de escoamento mais rápido das águas da bacia evitando assim enchentes que eram comuns nos bairros acima desse trecho ou seja, Vila Paulista e Conduta. Esta retilinização de seu eixo natural por meio de máquinas, acabou então por afetar córregos e lagoas, em detrimento da fauna e da flora existentes. Esse ambiente ribeirinho, através dos tempos foi marcado por transformações e, nos dias atuais, possui grande formação de paleomeandros que ocasionam as inúmeras lagoas marginais que abrigam a flora de macrófitas flutuantes livres e dominantes.

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Figura 1: Área de estudos, localizada na zona leste da cidade de Rio Claro-SP, onde a vegetação torna-se quase uniforme nas margens do Ribeirão Claro por aproximadamente 1000m.

Metodologia de estudo

A metodologia está baseada nos trabalhos de campo, onde são analisadas as condições ambientais do local identificado geograficamente, em seguida as lagoas em um total de 9 (nove) que não possuem canais comunicantes, são mapeadas por coordenadas geográficas obtidas com o auxilio de aparelho GPS e a base cartográfica é do Centro de Análise e Planejamento Ambiental (CEAPLA) de (2004), o software de

mapeamento é o ArqGis 9.0. As plantas são coletadas e fotografadas para posterior

comparação com a bibliografia e identificação das mesmas.

Mapa síntese da identificação e localização das lagoas estudadas.

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LAGOA 1

ALTITUDE: 560m 23K 0237811 UTM

7517412

Família Espécie

Nome popular

Apiaceae Hydrocotyle ramunculoides L.f.

Agrião d’ água

Lemnaceae Lemna aequinoctialis Welw

Lentilha d água

Lemnaceae Lemna minuta Kunth in Humb., Bonpl & Kunth

Lentilha d´água

Lemnaceae Spirodela intermedia W. Koch

Lentilha d´água

LAGOA 2 ALTITUDE: 560m 23K 0237737 UTM 7517333

Família Espécie Nome popular

Apiaceae Hydrocotyle ramunculoides L.f.

Agrião d´ água

Lemnaceae Lemna aequinoctialis Welw

Lentilha d´água

Lemnaceae Lemna minuta Kunth in Humb., Bonpl & Kunth

Lentilha d´água

Lemnaceae Spirodela intermedia W. Koch

Lentilha d´água

Salvinaceae Salvinia ariculata Aubl.

Orelha de onça

LAGOA 3 ALTITUDE: 559m 23k 0237688 UTM 7517290

Família Espécie Nome popular

Lemnaceae Lemna aequinoctialis Welw

Lentilha d´água

Lemnaceae Lemna minuta Kunth in Humb., Bonpl & Kunth

Lentilha d´água

Lemnaceae Spirodela intermedia W. Koch

Lentilha d´água

LAGOA 4 ALTITUDE: 558m 23K 0237669 UTM 75177315

Família Espécie

Nome popular

Lemnaceae Lemna aequinoctialis Welw

Lentilha d´água

Lemnaceae Lemna minuta Kunth in Humb., Bonpl & Kunth

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Lentilha d´água

LAGOA 5

ALTITUDE: 558m 23K 0237613 UTM

7517217

Família Espécie Nome popular

Apiaceae Hydrocotyle ramunculoides L.f. Agrião d´água

Araceae Pistia stratiotes L. Alface d´água

Lemnaceae Lemna aequinoctialis Welw

Lentilha d´água

Lemnaceae Lemna minuta Kunth in Humb., Bonpl & Kunth

Lentilha d´água

Lemnaceae Spirodela intermedia W. Koch

Lentilha d´água

LAGOA 6

ALTITUDE: 556m 23K 0237485 UTM

7516969

Família Espécie Nome popular

Apiaceae Hydrocotyle ramunculoides L.f.

LAGOA 7

ALTITUDE: 556m 23K 0237479 UTM

7516953

Família Espécie

Nome popular Nenhum

indivíduo Nenhum indivíduo

LAGOA 8 ALTITUDE: 554m 23K 0237454 UTM 7516869

Família Espécie

Nome popular Nenhum

indivíduo Nenhum indivíduo

LAGOA 9 ALTITUDE: 552m 23k 0237484 UTM 7516861

Família Espécie

Nome popular

Apiaceae Hydrocotyle ramunculoides L.f. Agrião d´água

Araceae Pistia stratiotes L. Alface d´água

Azollaceae Azolla filiculoides Lam. Azola

Lemnaceae Lemna aequinoctialis Welw

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Lentilha d´água

Lemnaceae Spirodela intermedia W. Koch

Lentilha d´água

Pontederiaceae Eichhornia crassipes (Mart.) Solms Aguapé

Salvinaceae Salvinia ariculata Aubl.

Orelha de onça

_____________________________________________________________________ Tabela 1: Localização Geográfica e Identificação das Espécies de Macrófitas Aquáticas em Lagoas da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Claro em Rio Claro-SP.

Análise fitogeográfica das plantas aquáticas encontradas nas lagoas marginais

Na área de estudos, com a realidade da existência de vegetação ciliar em boas condições de conservação apesar das influências antrópicas é visto que as macrófitas flutuantes livres dominantes, estão muito bem acondicionadas e com boas formações ocupando praticamente todas as superfícies ou lâminas d´água de 7 (sete) lagoas do total de 9 (nove) mapeadas no local. Com a homogeneidade arbóreo vegetacional no entorno das lagoas, as plantas estudadas também ficam dispostas de forma a preencher a superfície ou lâmina d’água confirmando que, nesse caso, as intempéries ou principalmente a ação dos ventos não fazem o deslocamento das plantas para um lado ou borda da lagoa específicamente. Em sequência estão expostas imagens das plantas nas lagoas que foram estudadas e algumas deduções fazem sentido quando sob a questão ambiental é colocado um olhar crítico dos pesquisadores quando comparam a bibliografia estudada com essa realidade presente nas margens do Ribeirão Claro.

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Horn, considerada como uma erva aquática emergente, logo não sendo objeto de nosso estudo, entretanto é notavél o número de comunidades ao longo das próximas lagoas em estudo.

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Figuras 5 e 6: Siginificativa presença na lagoa 5 (cinco) de espécies como Pistia stratiotes e Hydrocotyle ramunculoides que são indicadoras de eutrofização,

provavelmete causada pelo execesso de nutrinetes como os fostatos e nitrogenados que são de extrema utilização em culturas de cana-de-açucar, as quais estão consideravelmente próximas a essa várzea e que esses nutrientes são carregados com facilidade pelas águas das chuvas, sobrecarregando os sistemas lacustres com esses elementos, proliferando o desenvolvimento rápido dessas espécies em questão.

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Figura 7: A lâmina d´água está completamente tomada por algumas espécies, valendo citar: Salvinias jovens, Azzolas, Spirole e Lennas, no em torno da lagoa, posiciona-se

uma vegetação ciliar muito densa, fato esse de extrema importância para o desenvolvimento das macrófitas aquáticas alí presentes.

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Figura 9: Na lagoa 9 (nove) observa-se o mais diversificado número de espécies de macrófitas, pelo fato de estar próxima da barreira imposta pela ponte existente na estrada vicinal “Constante Peruchi” que liga o município de Rio Claro a Santa Gertrudes.

Figura 10: Espécie de Azolla filiculoides que enriquece o ambiente com nitrogênio,

fixado graças à alga cianofícia Anabaena azollae, que vive em simbiose, naturalmente

encontrada nas cavidades dos lobos foliares.

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Figura 11: Lagoa 8 (oito) onde não foram encontradas macrófitas flutuantes livres, a despeito de estar a poucos metros da lagoa 9 (nove), na qual foi encontrado o maior número de espécies.

Figura 12: Em uma parte da lagoa 9 (nove) é notória a acumulação considerável de

Salvinia auriculata sendo esta, segundo a bibliografia, a pioneira na sucessão em locais

pertubados vista a rápida proliferação, também servindo de habitat para organismos aquáticos.

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Figuras 13 e 14: Nessa extensão em estudos pôde-se observar também que em muitas das lagoas há uma significativa presença das macrófitas aquáticas da familia

Cyperaceae possuindo como forma biológica as possibilidades de serem anfíbias e

emergentes, isto é, a mesma se adapta em seu habitat a sazonalidade no decorrer do ano.

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trajeto, ou seja, de aproximadamente 1000m, que fazem jus a serem melhores estudadas pela comunidade científica.

Nas lagoas, nas quais não foi encontrada nenhuma macrófita flutuante livre, apesar delas estarem a poucos metros umas das outras, possivelmente o fato está associado a quantidade de nutrientes dissolvidos na água, dessa forma são necessárias uma gama de análises laboratoriais, químicas e físicas de tais águas, para a comprovação efetiva.

Na lagoa 9 (nove), onde foram encontradas todas as espécies de macrófitas que compõem as outras lagoas habitadas, é concluso que isto se dá pelo fato dessa lagoa estar próxima ao fim da retilinização do Ribeirão Claro, somando-se que o mesmo, é transposto perpendicularmente pela Estrada Vicinal “Constante Peruchi”, portanto, formando uma barreira, a qual, no período das chuvas transforma esta área em um imenso alagado, justamente pela dificulatade da vazão da água. Esse estrangulamento da vazão exercido pela existência da ponte, ocasiona nesse local o deposito de grande diversidade de plantas e sementes que se originam de montante, dessa forma com esse acumulo vegetacional nas lagoas marginais, define-se uma significativa explicação da riqueza das espécies encontradas nesse espaço geográfico.

Através do trabalho de campo, foi possível observar que estes ambientes sofrem alterações fitofisionômicas acentuadas, em especial relacionadas com os períodos de seca e de alagamento. Nessa análise também foi identificada constante modificação ambiental na malha hídrica, a qual teve início com o Ribeirão Claro nessa área de estudos que sofreu retilinização de seu eixo natural por meio de máquinas no início da década de 1980, portanto afetando córregos e lagoas, através dessa forte ação antrópica.

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Imagem

Figura 1: Área de estudos, localizada  na zona leste da cidade de Rio Claro-SP, onde a  vegetação  torna-se  quase  uniforme  nas  margens  do  Ribeirão  Claro  por  aproximadamente 1000m
Tabela 1: Localização Geográfica e Identificação das Espécies de Macrófitas Aquáticas  em Lagoas da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Claro em Rio Claro-SP
Figura 8: Observa-se ao longo do curso do Ribeirão Claro grande acumulo de lixo, que  nos  períodos  de  chuva  são  carregados  para  as  áreas  de  inundação,  ocasionando  sua  disseminação nas lagoas marginais, servindo estas como é possível observar p
Figura  10:  Espécie  de  Azolla  filiculoides  que  enriquece  o  ambiente  com  nitrogênio,  fixado graças à alga cianofícia Anabaena azollae, que vive em simbiose, naturalmente  encontrada  nas cavidades dos lobos foliares

Referências

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