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APLICAÇÃO DA METODOLOGIA SLP NA MELHORIA DO LAYOUT DE UMA LINHA DE PRODUÇÃO DE CHUVEIROS

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Academic year: 2021

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APLICAÇÃO DA METODOLOGIA SLP NA MELHORIA DO LAYOUT DE UMA LINHA DE PRODUÇÃO DE CHUVEIROS

Gabriella Lopes de Britto (UFS) gaby.britto@hotmail.com INGRED FERNANDA GUIMARAES MELO (UFS) ingred_guimaraes@hotmail.com Angelina Maria Alves Arcieri (UFS) angelina.alves@hotmail.com Fernanda Reis Barreto (UFS) fefa_reis@hotmail.com

Devido à necessidade de adaptação ao mercado consumidor exigente e competitivo, as empresas precisam mostrar que estão prontas para atender uma demanda que não aceita falta de qualidade e muito menos espera. Com a aplicação das ferramentas elencadas ao método SLP (Systematic Layout Planning), este trabalho visa analisar o layout atual da empresa de chuveiros em estudo, a fim de determinar os fatores prejudiciais à qualidade da produção e objetivando assim a elaboração de um novo layout com melhorias.

Palavras-chave: método SLP, layout, empresa de chuveiros.

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2 1. Introdução

A organização dos recursos produtivos é de extrema importância dentro das empresas. O objetivo da gestão destes recursos é alinhar os elementos do sistema produtivo de uma forma que garanta um fluxo eficiente do produto pelo processo de produção da empresa. (CHASE;

JACOBS; AQUILANO, 2006).

O estudo do layout é uma ferramenta importante no processo produtivo, pois está diretamente ligado com a programação, controle e organização da produção, levando a melhorias no fluxo produtivo. Outro relacionamento importante é com os custos da produção, através da redução na movimentação de materiais, produtos e pessoas, melhor aproveitamento do espaço físico e melhoria das condições de trabalho. Essas vantagens, vindas da implementação de um layout eficiente, visam à busca de qualidade e competitividade no mercado industrial e, consequentemente, aumentam a produtividade da produção (TOMPKINS, 1996).

De acordo com Corrêa (2012), o arranjo físico trata-se da maneira a qual são alocados fisicamente os recursos que preenchem os espaços na instalação de uma operação. Os estudos do layout e a organização do arranjo físico é o que determina a maneira que os recursos são transformados e fluem pela operação. (SLACK, 2009).

O presente trabalho possui o intuito de elaborar um novo arranjo físico com a aplicação da metodologia SLP (Planejamento Sistemático do Layout) através do estudo de caso em uma linha de produção de chuveiros.

2. Sistema SLP (Systematic Layout Planning)

O Planejamento Sistemático de Layout é uma metodologia idealizada para habilitar os estudos de layout. O SLP é estruturado em fases, seguindo um modelo de procedimentos e de convenções para identificação, visualização, classificação das várias atividades, inter-relações e alternativas envolvidas em todo o arranjo físico (MUTHER, 1978).

Segundo Muther (1978), o SLP tem seu planejamento rateado em quatro fases, são elas:

 Fase I – Localização - determinada a localização da área que será realizado o

planejamento das instalações. É preciso avaliar se a nova proposta será implantada no

mesmo prédio, numa área utilizada para armazenagem, mas que pode ser liberada, ou

até mesmo se irá adquirir um prédio novo;

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 Fase II - Arranjo físico geral - é estabelecido a posição relativa entre diversas áreas. Os modelos de fluxos e áreas são trabalhados em conjunto de forma que as inter-relações e a configuração geral da área sejam estabelecidas;

 Fase III - Arranjo físico detalhado - envolve a localização de cada máquina e equipamento. É estabelecida a localização de cada uma das características físicas da área, incluindo suprimentos e serviços;

 Fase IV - Implantação – é feito passo a passo do planejamento da implantação, trata-se da apropriação de capital e é feita a movimentação de máquinas, equipamentos e recursos para que todos sejam instalados como planejados.

O sistema SLP (Systematic Layout Planning), é uma sistematização de projetos de arranjo físico e consiste na estruturação de fases, de um modelo de procedimentos e de uma série de convenções para identificação, avaliação e visualização dos elementos e das áreas envolvidas no planejamento. O sistema de procedimentos a ser realizado nessa metodologia esta representado na figura 1 abaixo:

Figura 1 – Sistema de Procedimento do Planejamento Sistemático do Layout

Fonte: Muther, 1978

Segundo Muther (1978), todo arranjo se baseia em três conceitos fundamentais:

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 Inter-relações - grau relativo de dependência ou proximidade entre as atividades;

 Espaço – quantidade, tipo e forma ou configuração dos itens a serem posicionados;

 Ajuste – arranjo das áreas e equipamentos da melhor maneira possível.

A análise das informações sobre produto, quantidade, roteiro (processos e equipamentos), serviços de suporte e tempo constitui dados preliminares básicos para o desenvolvimento de um projeto de arranjo físico (MUTHER, 1978). Essas informações serão listadas nos próximos tópicos abordados nesse trabalho.

3. Descrição dos produtos

O chuveiro X faz parte da linha Y da empresa estudada, a qual possui um espalhador de grande eficiência na distribuição de água, que proporciona um melhor enxágue no banho.

Essa linha conta também com seletor de temperatura ao alcance das mãos e possui o jato obediente com sistema de fluxo único: água só na ducha ou só no hand shower. Para o conforto essa linha oferece:

 Hand Control: controle de temperatura ao alcance das mãos, sem necessidade de fixação na parede;

 Multitemperaturas: fria, morna, quente e super quente;

 Jato Obediente - sistema de fluxo único: água só na ducha ou só no Hand Shower, sem

“pinga-pinga”;

 Acompanha ducha manual do tipo Hand Shower.

Quanto à segurança, os chuveiros possuem um corpo em termoplástico (isolante térmico e elétrico) e é compatível com disjuntor diferencial residual (DR).

De acordo com a necessidade de mercado da empresa, a diferença entre as peças desses chuveiros X está apenas na voltagem, na presença da bomba e na cor (Branco e SPA), mudanças que não alteram o fluxo dos processos de fabricação. Abaixo encontramos a lista de modelos referentes ao chuveiro X, todos produzidos na mesma linha de produção Y:

 Chuveiro X branco 220V/7500W sem bomba;

 Chuveiro X branco 127V/5500W sem bomba;

 Chuveiro X branco 220V/7500W com bomba;

 Chuveiro X branco 127V/5500W com bomba;

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 Chuveiro X branco 220V/7500W C/bomba;

 Chuveiro X SPA 127V/5500W sem bomba;

 Chuveiro X SPA 220V/7500W sem bomba;

 Chuveiro X SPA 127V/5500W com bomba;

 Chuveiro X SPA 220V/7500W com bomba.

4. Descrição dos processos

Segundo Muther (1978), o roteiro representa a sequência de operações necessárias para produzir os produtos na quantidade desejada. Os processos realizados nos chuveiros dessa linha de produção são:

 Furar Miolo;

 Colocar Buchas;

 Colocar fio terra e mola;

 Colocação do tampão;

 Colocação da plataforma;

 Colocação do espaguete;

 Colocação do cabeçote no miolo;

 Colocação do cames;

 Colocação das garras;

 Colocar cotovelo e mangueira;

 Colocar resistência e válvula (montagem da válvula);

 Colocar controle (preparação do controle);

 Teste de vazão (chuveiro aberto);

 Secagem e colocação do disco isolador;

 Colocação da tampa;

 Colocação do espalhador;

 Teste de vazamento (chuveiro fechado);

 Secagem;

 Teste de sensibilidade;

 Embalagem.

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6 4.1. Diagrama de processos

Uma das mais importantes ferramentas para análise de processos é o fluxograma de processo.

É usado como uma representação visual do fluxo do processo envolvido em produzir um produto. É útil para se ter uma noção do todo do processo, do papel das partes nesse todo, de potenciais problemas e oportunidades de melhoria e simplificação (CORRÊA & CORRÊA, 2010).

Para Slack (2009), os fluxogramas, também chamados de mapas de processo, são utilizados para um entendimento detalhado do processo antes de uma ação de melhoria do mesmo. Ele envolve a descrição de como as atividades relacionam-se umas com as outras dentro do processo.

O fluxograma é um diagrama utilizado para representar a sequência dos processos, através de símbolos gráficos. Os símbolos do fluxograma proporcionam uma melhor visualização do funcionamento do processo, ajudando no seu entendimento. (PEINADO; GRAEML, 2007).

O fluxograma no gerenciamento de processos garante a qualidade e aumenta a produtividade.

Além de melhorar a compreensão do processo de trabalho que será realizado, através da documentação do fluxo das atividades e com o uso de diversos símbolos que identificam os diferentes tipos de procedimentos.

Já o fluxograma de setores apresenta bem esquematizado o fluxo de material, homem ou

equipamento através de uma sequência de atividades de produção e mostra onde é executada

cada atividade (alocando ao setor responsável). A figura 2 representa o fluxograma de setores

dos setores específicos da empresa estudada relacionados com a produção do chuveiro X:

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Figura 2 - Fluxograma de setores

Fonte: Elaborado pelas autoras

O diagrama de processos da ducha (chuveiro X) em estudo e todos os processos realizados na

fabricação da mesma estão representados na figura 3 abaixo:

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Figura 3 - Carta de processo do chuveiro X

Fonte: Elaborado pelas autoras

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9 5. Diagrama Produto – Quantidade

Segundo Muther (1978), a análise Produto-Quantidade consiste na classificação dos diversos produtos, materiais ou itens envolvidos segundo determinados critérios.

O diagrama produto x quantidade nos mostra todas as variedades de produtos de acordo com a quantidade vendida no mercado. Para elaboração do diagrama, calcula-se a quantidade de produtos em cada classe e arrumam-se as classes em ordem decrescente de quantidade. A figura 4 abaixo representa o diagrama P-Q do mês de setembro de 2014. (MUTHER, 1978).

Figura 4 - Diagrama P-Q da linha de produção da ducha X

Fonte: Elaborado pelas autoras

6. Layout atual da linha de produção da ducha

O layout atual dispõe de um arranjo físico em linha de produção, onde é feita toda a

montagem da ducha. Em seguida, as peças são encaminhadas para um teste na água, para se

aprovadas e por fim embaladas. O layout atual está representado na figura 5 abaixo:

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Figura 5 - Layout atual da linda de produção do chuveiro X

Fonte: Elaborado pelas autoras

7. Carta de múltiplos processos

Segundo Muther (1978), a carta de múltiplos processos junta todos os produtos em uma única folha, onde estão todas as operações envolvidas na produção dos produtos. Quando há três ou quatro produtos deve ser feito uma carta de processos para cada um deles. Quando são vários produtos (até dez), dependendo da natureza dos produtos deve-se usar a carta de processos múltiplos.

A figura 6 abaixo representa a carta de múltiplos processos da ducha X produzida na linha Y:

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Figura 6 - Carta de processos múltiplos

Fonte: Elaborado pelas autoras

Esta carta de múltiplos processos foi elaborada apenas para demostrar que o processo de fabricação da ducha X, não apresenta muita modificações. As modificações de colocação de bomba, voltagem e cor não alteram consideravelmente o fluxo das atividades. Sendo assim necessário apenas elaborar a carta de processo representada na figura 3.

8. Diagrama de relacionamento

Segundo Muther (1978), o diagrama de relacionamentos também chamado de carta de

interligações é uma matriz triangular onde se representa o grau de proximidade e o tipo de

inter-relação entre certa atividade e cada uma das outras. Ela é uma das ferramentas mais

práticas e efetivas para o planejamento do layout, e sem dúvida a melhor maneira de integrar

os serviços de apoio aos departamentos de produção.

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Figura 7 - Diagrama de relacionamento em relação a linha de produção Y

Fonte: Elaborado pelas autoras

9. Proposta do novo layout

Após a aplicação da metodologia SLP foi possível obter um novo layout de produção dos chuveiros. A antiga disposição do layout completo foi mantida, modificando apenas a linha de produção da ducha em si, pois o restante dos equipamentos e setores estavam localizados nos locais adequados quanto a movimentação (setor de embalagem entre outros).

O layout antigo em linha na parte da produção foi modificado para um novo layout em célula

(setores de produção, secagem e teste). Geralmente as mudanças principais quando se migra

para um layout em célula é para aumentar a produtividade, melhorar a qualidade, reduzir os

estoques, diminuir o tempo ocioso, evitar a fadiga, diminuir o espaço físico e reduzir a

movimentação. Além disso, aumenta a satisfação dos trabalhadores, permitindo-os executar

mais de um tipo de tarefa, tornando-se operários multifuncionais.

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13 A figura 8 abaixo mostra como ficaria disposto à linha de produção com a nova proposta de layout vista neste trabalho:

Figura 8 - Novo layout proposto

Fonte: Elaborado pelas autoras

10. Considerações finais

Este trabalho baseou-se no sistema SLP para formular um novo layout para um setor de produção específico da indústria de chuveiros em estudo. Por meio da aplicação das ferramentas propostas por esse sistema e descritas neste artigo, tornou-se perceptível os problemas de fluxos presentes na instalação, além de que, através deste método, foi possível formular um novo layout para essa linha de produção.

Com o novo layout em célula proporcionou inúmeros benefícios, entre eles a maior satisfação

dos operários e o aumento da produtividade com qualidade.

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14 REFERÊNCIAS

CHASE, R. B.; JACOBS, R. F.; AQUILANO, N. J. Operations management for competitive advantage with global cases. 11. ed. Editora New York McGraw – Hill, 2006.

CORRÊA, Henrique L. & CORRÊA, Carlos A. Administração de produção e operações: manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 2010.

Muther, R. Planejamento do Layout: Sistema SLP. São Paulo: Edgard Blücher Ltda, 1978.

PEINADO, Jurandir; GRAEML, Alexandre Reis. Administração da produção: operações industriais e de serviços. Curitiba: UnicenP, 2007.

SLACK, Nigel. Administração de Produção. São Paulo: Atlas, 2009.

TOMPKINS, J. A; WHITE, J. A.; BOZER, Y. A.; FRAZELLE, E. H.; TANCHOCO, J. M. A.; TREVINO, J.

Facilities planning. New York: John Wiley, 1996.

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