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Aula-8 Fótons e ondas de matéria III

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Academic year: 2021

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(1)

Aula-8

Fótons e ondas de matéria III

(2)

•Embora tenha obtido alguns sucessos notáveis, a velha teoria quântica tinha sérios defeitos.

A equação de Schrödinger

Em 1926, Schrödinger foi convidado a dar um seminário na universidade de Zurich sobre a teoria de de Broglie.

Durante o seminário um dos ouvintes perguntou como ele podia falar abertamente sobre uma onda associada ao elétron, se não havia nenhuma equação de onda !

Alguns meses depois, Schrödinger apresentou a equação de onda, dando início a mecânica quântica moderna.

Era uma mistura arbitrária de física clássica com novos postulados, alheios e contraditórios

à própria física clássica.

Erwin Schrödinger

(3)

A equação de Schrödinger não pode ser deduzida, assim como não podem ser deduzidas as equações da dinâmica de Newton.

Ela só pode ser postulada.

A forma escolhida deveria incorporar o sucesso das teorias anteriores. Fatalmente, ela também levaria a novas previsões (e interpretações) que poderiam ser testadas.

“ Nossa mecânica clássica talvez seja completamente análoga à óptica geométrica e por isso falha, estando em desacordo

com a realidade… Portanto é preciso estabelecer uma mecânica ondulatória…” - Schrödinger, 1926.

A equação de Schrödinger

(4)

• Os fenômenos ondulatórios, independentemente da sua origem, têm a sua evolução temporal descrita por equações de onda do tipo:

onde é a variável dinâmica de interesse; por exemplo: o campo elétrico ou o campo magnético da radiação EM.

) , ( r t F  

• Se quisermos investigar a evolução temporal da densidade de probabilidade , devemos estudar como varia no tempo. No que segue, vamos fazer essa análise apenas para partículas massivas!

) , ( rt

A equação de Schrödinger

|

2

) , (

| ) ,

( rt rt

 

(5)

Em geral podemos dizer que para uma onda plana temos:

) (

exp )

,

( r t

0

i k rt

      

Derivando com relação a t :

) , ) (

,

( i r t

t t

r  

 

 

Tomando o gradiente de e depois a sua divergência

) , ( )

, ( )]

, ( [

) , ( )

, (

2

2

r t k r t

t r

t r k

i t

r

 

 

 

) , ( rt

) , ( rt

A equação de Schrödinger

(6)

) , ( )

, ) (

,

( r t E r t

t t

i r  

   

 

Então:

e

) , ( )

, 2 (

) , 2 (

) , 2 (

2 2

2 2

2

t r E

t m r

t p m r

t k m r

 

 

   

Equação de Schrödinger da partícula livre:

A equação de Schrödinger

(7)

Mas, no caso geral , não – relativístico:

) , ( ) ( )

, 2 (

) , ( )

2 (

2 2

t r r

V t

m r t p

r E

r m V

E p     

  

) , ( ) ( )

, 2 (

) ,

(

2 2

t r r

V t

m r t

t

i r     

   

 

Equação de Schrödinger (Postulada!)

A equação de Schrödinger

(8)

Onda estacionária:

) exp(

) ( )

,

( r tr it

    

) , ( ) ( )

, 2 (

) ,

(

2 2

t r r

V t

m r t

t

i r     

   

 

) ( ) ( )

2 ( )

( )

(

2

2

r r

V m r

r E

r      

         

substituindo na Eq. de Schrödinger:

obtemos:

Equação de Schrödinger independente do tempo.

A equação de Schrödinger

(9)

A partícula livre em 1-D

) ) (

(

2

2

2 2

x dx E

x d

m  

 

Para encontrar a solução geral de

2 2

2

( , )

2 )

, (

x t x m

t t i x

 

 

   

devemos resolver inicialmente

ou:

2

2 2

2

2

2

onde

; 0 )

) ( (

k mE

x dx k

x

d     

(10)

A partícula livre em 1-D

Solução geral:  ( x )  A exp( ikx )  B exp(  ikx )

) (

'

; ) (

' com

; sin

cos )

( xAkxBkx AAB Bi AB

como: exp(  i  )  cos   i sin 

) (

exp )

,

( x t i kxt

   Onda propagante para a direita:

)]

( exp[

) ,

( x t i kxt

    Onda propagante para a esquerda:

(11)

A partícula livre em 1-D

Façamos: A = 

0

e B = 0  ( x )  

0

exp ikx

e m

k k t

kx i t

x , ) exp ( ) onde ( ) 2

(

2 0

 

    

m k m

p

2 2

2 2

2

  

pois:



| ( , ) | Constante! para - x )

,

(  202

x t x t

A densidade de probabilidade para encontrar a partícula será:

) , (x t

x

0

02

• Ou seja, uma partícula livre

pode ser encontrada em

qualquer ponto sobre o eixo x,

com a mesma probabilidade.

(12)

2

2 0

2 2

)]

( [ 2

)) ( exp (

)]

( [ 2

| 1 ) , (

| ) ,

( x t

t x x t

t x x t

x

m t x k

t

x

0

( )

0

0

4 0 2

2 2

0

( )

1 4 )

( m x

x t t

x    

 

) x

0

( t x

) (t x

|2

) , (

| x t

• Seja um “pacote de ondas”:

x k

 

 2 1

0

wavemechanics-freepacket

O princípio da incerteza

A k i kx k t dk t

x ( ) exp [ ( ) ]

2 ) 1

,

( 

  Densidade de probab.:

onde:

(13)

Propriedade da distribuição gaussiana:

O princípio da incerteza

2 2

1 2

1

0 0

0

 

 

x k x p

x k

Como:  x

0

  x ( t )   x

• Relação conhecida como princípio da incerteza de Heisenberg!

 Não podemos determinar a posição e o momento linear de uma partícula quântica com precisão arbitrária em ambas as medidas!

Werner Heisenberg

(14)

• Apesar de termos mostrado essa propriedade partindo de uma distribuição gaussiana (pacote de ondas), ela é inerente à

mecânica quântica. Ela se aplica sempre aos pares das

chamadas variáveis incompatíveis. Essas são variáveis que não podem ser medidas simultaneamente!

 

2 2 2

z y x

p z

p y

p x

Em 3-D:

O princípio da incerteza

(15)

Prob.1:

a) Uma bola de gude, com 25 g, está numa caixa que tem 10 cm de lado. Achar a incerteza mínima no seu momento linear p e na sua velocidade v.

b) Resolver o mesmo problema, para um elétron confinado numa

região de comprimento de 1 Å , que é da ordem de grandeza do

diâmetro de um átomo.

(16)

Prob.1:

a) Uma bola de gude, com 25 g, está numa caixa que tem 10 cm de lado. Achar a incerteza mínima no seu momento linear p e na sua velocidade v.

b) Resolver o mesmo problema, para um elétron confinado numa região de comprimento de 1 Å , que é da ordem de grandeza do diâmetro de um átomo.

) / (

10 28

. ) 5

( 40

) . ( 10 63

.

6 27 29

min

, g cm s

cm

s

pbx erg

min , min

, b

x b b

x m v

p  

2.11 10 ( / )

) ( 25 )

( 40

) . (

10 63

.

6 27 30

min

, cm s

g cm

s

vxb erg

) 10

( 4

) . ) (

10 2 (

10 ,min

cm s erg p h

p cm p

x cm

xb b xb bx xb

a)

b) elétron num átomo:

e b e x

x b

x e

x e

m v p

cm p s erg p h

cm x

min 9 ,

min , min

, 9

8 min

,

8 10 ; 10

) 10

( 4

) .

10 (

s c cm g

s g cm s v

g cm

pxe xe 5.8 10 ( ) 0.019

) ( 10 1 . 9

) (

10 28 . 5

; ) (

10 28 .

5 28 7

11 min

, 20

min

,

m v

L

(17)

Prob. 2:

Mostre que o número de onda angular k, de uma partícula livre não-relativística de massa m, pode ser escrito na forma abaixo, onde K é a energia cinétic da partícula.

h k 2 2mK

m k m

K p k

p ; 2 2

2 2

2

  

h

mK k mK

k 2 mK 2 2 2

2

2

  

(18)

onde é a densidade de probabilidade

A corrente de probabilidade

Da equação de Schrödinger pode-se mostrar que:

dx t x J d t

t

x , ) ( , )

(  

 

|

2

) , (

| ) ,

( x tx t

 

e

é a corrente de probabilidade. No caso estacionário, há

conservação da corrente de probabilidade!

. const )

( x

J

(19)

O potencial degrau

V

0

1 2

E

I) E > V

0

:

2 2 0

2 2

2 2 2

2 2

2 2

1 1

2 2 1

1 2

) (

onde 2

; 0 )

) (

; ( 0 se

onde 2

; 0 )

) (

; ( 0 se

V E

k m x

dx k x x d

k mE x

dx k x x d

 

 

 

0 x

(20)

E > V

0

:

2 2 0

2 2

2 2

2 2

1 1

1 1

) (

onde 2

; ) exp(

) exp(

) (

onde 2

; ) exp(

) exp(

) (

V E

k m x

ik D

x ik C

x

k mE x

ik B

x ik A

x

 

O potencial degrau

1 2

0

x

Soluções gerais:

x < 0 :

x > 0 :

mas : D = 0 , pois não há onda refletida para x > 0.

I R

T R

(21)

2 1

1 2 1

2 1

2 k k

k A

C

k k

k k

A B

 

 

; amplitude de reflexão

; amplitude de transmissão

m v k

v C

J v

B J

v A

J

i

i

 | |

2 1

,

ref

| |

2 1

,

trans

| |

2 2

onde

inc

2 2 1 2

2 trans

2

2 1

2 1

2

inc ref

) (

4 k k

k k A

C k

k J

T J

k k

k k

A B J

R J

 

 

O potencial degrau

) 0 (

) 0 (

contínuas funções

são e

Como

J xJ x

dx d

daí:

(22)

V

0

1 2

E

2 2 0

2 2

2 2 2

2 2

2 2

1 1

2 2 1

1 2

) (

onde 2

; 0 )

) (

; ( 0 se

onde 2

; 0 )

) (

; ( 0 se

E V

x m dx

x x d

k mE x

dx k x x d

 

 

 

O potencial degrau

0 x

II) E < V

0

:

(23)

2 2 0

2 2

2

2 2

1 1

1 1

) (

: 2 onde ,

) 0 (

; ) exp(

) (

onde 2

; ) exp(

) exp(

) (

E V

D m x

C x

k mE x

ik B

x ik A

x

 

E < V

0

:

O potencial degrau

0

x

x < 0 :

x > 0 :

1 2

(24)





 

 

 

1 1 2

2 1

2

1 exp( 2 ) , tan

i k i

k

i k

A

B

 

; amplitude de reflexão

m v k

v B

J v

A

J

i

i

 | |

2 1

,

ref

| |

2 1

, onde

inc

0 T

; 1

2

inc

ref  

A

B J

R J

 exp( ) )

(

2

2

x Cx

Comprimento de penetração

) (

2

0

1

2

m VE

wavemechanics-step

O potencial degrau

) 0 (

) 0 (

contínuas funções

são e

Como

J xJ x

dx d

(25)

A barreira de potencial

V

0

1 2

E

L

3

2 12

32 2 3

2 3 2 3

2 2 0

2 2 2

2 2 2 2

2 12

2 1 2 1

2 1

onde 2

; 0 )

) (

; ( se

) (

onde 2

; 0 )

) (

; ( 0 se

onde 2

; 0 )

) (

; ( 0 se

k mE k

x x k

L d x

V E

k m x

dx k x x d

L

k mE x

dx k x x d

 

 

 

 

0

x

I) E > V

0

:

(26)

E > V

0

:

2 12

32 3

3 3

2 2 0

2 2

2 2

2 12

1 1

1

onde 2

; ) exp(

) exp(

) (

) (

onde 2

; ) exp(

) exp(

) (

onde 2

; ) exp(

) exp(

) (

k mE k

x ik F

x ik E

x

V E

k m x

ik D

x ik C

x

k mE x

ik B

x ik A

x

 

A barreira de potencial

1 2 3

(27)

V

0

1 2

E

L

3

12 32

2 3 3 3

2

2 2 0

2 2 2

2 2 2 2

2 12

2 1 2 1

2 1

onde 2

; 0 )

) (

; ( se

) (

onde 2

; 0 )

) (

; ( 0 se

onde 2

; 0 )

) (

; ( 0 se

k mE k

x x k

L d x

E V

x m dx

x x d

L

k mE x

dx k x x d

 

 

 

 

A barreira de potencial

0

x

II) E < V

0

:

(28)

E < V

0

:

2 12

32 3

3 3

2 2 0

2 2

2 2

2 12

1 1

1

onde 2

; ) exp(

) exp(

) (

) (

onde 2

; ) exp(

) exp(

) (

onde 2

; ) exp(

) exp(

) (

k mE k

x ik F

x ik E

x

E V

x m D

x C

x

k mE x

ik B

x ik A

x

 

A barreira de potencial

1 2 3

0

(29)

) 2

(

exp L

T 2 (

02

)

E V

m

 

Coeficiente de transmissão ou taxa de tunelamento:

; onde

wavemechanics-barrier

A barreira de potencial

) 0 (

) 0 (

contínuas funções

são e

Como

J xJ x

dx d

Coeficiente de reflexão

(30)

Prob. 3:

a) Um feixe de prótons de 5,0 eV incide em uma barreira de energia potencial de 6,0 eV de altura e 0,70 nm de largura, com uma intensidade correspondente a uma corrente elétrica de 1000 A. Quanto tempo é preciso esperar (em média) para que um próton atravesse a barreira?

b) Quanto tempo é preciso esperar se o feixe contém elétrons em

vez de prótons?

(31)

Prob. 3:

a) Um feixe de prótons de 5,0 eV incide em uma barreira de energia potencial de 6,0 eV de altura e 0,70 nm de largura, com uma intensidade correspondente a uma corrente elétrica de 1000 A. Quanto tempo é preciso esperar (em média) para que um próton atravesse a barreira?

b) Quanto tempo é preciso esperar se o feixe contém elétrons em vez de prótons?

No tempo de espera t* para 1 próton tunelar: r t* T = 1 ;

T  exp (  2  L )

anos s

t* 3,3710111 10104 (maior que a idade do universo

!

)

Taxa de incidência de prótons: r = 1000(C/s)

/

1,610-19(C)  6,251023 s-

1

a)

b) Feixe de elétrons: me 0.511 MeV /c2





8 (0.511 )(6 5 )

) . ( 1240

) 70

, 0 ( exp 2

) ( 10 25

, 6

1

1 23

* Mev eV eV

nm eV

nm te s

s t* 2.1109

!





8(938 )(6 5 )

) . ( 1240

) 70 , 0 ( exp 2

) ( 10 25 , 6 ) 1

( 2 8

1exp

1 23 2

2

* Mev eV eV

nm eV

nm s

h

E V

L m

t r p b

onde: mp = 938 MeV/c2 ; me = 0.511 MeV/c2

(32)

O microscópio de varredura

wavemechanics-stm Nobel Laureates 1986:

Heinrich Rohrer , Gerd Binnig e Ernst Ruska

Referências

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