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AS FEIRAS DE CIÊNCIAS DA UFG/RC E A MEDIAÇÃO DO CONHECIMENTO: NOVAS RELAÇÕES ENTRE PROFESSORES E ALUNOS

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Trabalho Completo II CECIFOP – 2019

ISSN: 2526-7485 (V. 2 -2019)

Página 1485 de 2382

AS FEIRAS DE CIÊNCIAS DA UFG/RC E A MEDIAÇÃO DO CONHECIMENTO: NOVAS RELAÇÕES ENTRE PROFESSORES E

ALUNOS

Simara Maria Tavares Nunes (1); Leonardo Oliveira Costa (2)

2

Unidade Acadêmica Especial de Educação / Regional Catalão / UFG, simaramn@gmail.com

1

Unidade Acadêmica Especial de Química / Regional Catalão / UFG, leonardo.oliveirac1@gmail.com

Eixo 6: Avaliação, Currículo e Práticas Pedagógicas no Ensino de Ciências

Resumo: Este trabalho objetivou discutir e compreender a prática pedagógica do professor enquanto mediador no processo de construção do conhecimento dos alunos em atividades ligadas à 7

a

Feira de Ciências da Universidade Federal de Goiás / Regional Catalão (UFG/RC). Também buscou refletir sobre a importância da participação dos alunos da Educação Básica nesse tipo de evento da UFG/RC, onde são incentivados a construir o conhecimento de forma divertida e descontraída, fortalecendo cada vez mais o elo entre professor e aluno. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de caráter qualitativo, utilizando-se questionários como instrumento de coleta de dados, o qual foram respondidos pelos alunos do Enisno Médio e as respostas foram transcritas e analisadas.

Assim, procura-se através destas reflexões contribuir com ideias sugestivas para a educação, onde a definição do papel do professor mediador se caracteriza pelo fato de permitir que o aluno seja capaz de pensar, criar, questionar, errar e também, que seja ativo e interativo na formação do aprendizado. Dessa forma, o professor se torna responsável apenas por acelerar esse caminho, possibilitando a aprendizagem, respeitando a natureza do indivíduo e, principalmente, abrindo portas no processo de construção do conhecimento dos alunos. Sendo assim, a 7

a

Feira de Ciências da UFG/RC permitiu a construção e troca de experiências e aprendizagens entre aluno-professor, aluno-aluno e aluno-comunidade.

Palavras-Chave: Feira de Ciências; construção de conhecimento; ensino-aprendizagem;

professor mediador.

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Página 1486 de 2382 Introdução

As Feiras de Ciências surgiram no Brasil na década de 60 e se caracterizavam-se por apresentarem trabalhos resultantes de experiências feitas em aula ou montagem de aparelhos utilizados com fins demonstrativos (MANCUSO, 1995). De acordo com Wanderley (2001), a primeira tendência verificada na maioria das Feiras de Ciências brasileiras refere-se à manutenção do tradicional modelo das Feiras, com ênfase na formação do pequeno cientista.

Hoje as Feiras de Ciências já se caracterizam como eventos educacionais e culturais mais amplos, abertas à todas as áreas do conhecimento, das Ciências Exatas às Ciências Humanas e se revestem cada vez mais de um cunho social e ambiental, conectada com os problemas da realidade (MARANDINO, 2005). Como empreendimento social-científico, as Feiras de Ciências podem proporcionar que os alunos exponham seus trabalhos à comunidade, possibilitando um intercâmbio de informações (PEREIRA, 2000). Segundo Pavão (2016), do ponto de vista metodológico, as Feiras de Ciências podem ser utilizadas, dentre outras coisas, para discussão de problemas sociais e integração escola-sociedade. De acordo com Paraná (2008), a escola deve ser um espaço de pesquisa, de construção e reconstrução do conhecimento, promovendo a articulação entre o conhecimento elaborado e os temas da vida cidadã.

Asssim, as Feiras de Ciências são eventos que são realizados em locais públicos onde os alunos, após uma atividade de investigação científica, expõem suas ideias e discutem suas descobertas e resultados, podendo também colocá-los a disposição da comunidade […]; Isso possibilita aos alunos expositores oportunidades de crescimento científico, cultural e social (PEREIRA, 2000). Atualmente, essas exposições têm-se tornado cada vez mais frequentes nas escolas, sejam estas públicas ou particulares, de ensino fundamental ou médio (PEREIRA, 2000). Pereira (2000) ainda explica que os objetivos da realização de Feiras de Ciências vão além da criticada ênfase na ―formação de pequenos cientistas‖: ―Como estratégia de ensino, as Feiras de Ciências são capazes de fazer com que o aluno, por meio de trabalhos próprios, envolva-se em uma investigação científica, propiciando um conjunto de experiências interdisciplinares, complementando o ensino-formal‖…

A educação nos dias atuais não pode mais ser direcionada estritamente ao contexto

formal da sala de aula. Esta afirmação é cada vez mais presente entre educadores em ciências

que enfatizam o papel de espaços não formais para um ensino-aprendizagem dos alunos de

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Página 1487 de 2382 forma mais divertida, prazerosa e contextualizada (CAZELLI et al, 1999). Os Espaços não formais possuem características próprias quanto à autonomia na busca do saber em um ambiente capaz de despertar emoções que se tornem aliadas de processos cognitivos dotados de motivações intrínsecas para a aprendizagem de ciências (QUEIROZ et. al., 2002). Segundo Gaspar (1998), a análise de relatos de pesquisa e depoimentos de inúmeros pesquisadores dessas instituições de ensino não formais que mostram a possibilidade de serem criadas interações sociais, as quais resultariam em uma aprendizagem efetiva. Neste sentido, Bertoldo e Rushel (2000) destacam o papel do professor como mediador no processo de construção do conhecimento. Segundo ele, o professor é responsável por criar condições para que os alunos se tornem cidadãos pensantes e que sejam capazes de atuarem por si mesmos e que tenham a capacidade de pensar e examinar criticamente as ideias que lhes são apresentadas de acordo com a realidade social que estão inseridos. Portanto, é preciso estimular os alunos a operar com ideias, a analisar os fatos e saber discuti-los.

Matui (1995) afirma que o professor desempenha o papel de conector entre o aluno e a matéria de aprendizagem, tornando-se assim, um autêntico mediador. O autor também afirma que o diálogo do aluno se dá com o pensamento, com a cultura corporificada nas obras e práticas sociais transmitidas pela linguagem e pelos gestos do professor. Assim, acredita que o papel de mediação atribuído ao professor vem resgatar a figura desse profissional, que atualmente está desgastada na sociedade. Com o movimento das escolas novas, a ação do tecnicismo no ensino, o burocratismo sistêmico e o behaviorismo/ associacionista, o professor estava perdendo sua função. O construtivismo resgata esse professor, dando-lhe um papel de mediador específico. Assim, o papel do professor é promover a interação aluno/objeto de conhecimento. O que quer que o professor faça nas atividades pedagógicas, se não resultar na interação do aluno com o objeto de aprendizagem e vice-versa, nada acontecerá de ação construtivista.

Para que esse processo seja bem-sucedido, o professor precisa assumir o papel de

mediador, fazendo que a relação professor-aluno se construa como verdadeira colaboração

entre os alunos e o grupo de sala de aula, caracterizada pela autenticidade, pela segurança e

pelo respeito no desenvolvimento das atividades (FARIAS, 2009). Desta maneira, o professor

tem um grau de importância considerável, pois ele é agente de transformação e de

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Página 1488 de 2382 desenvolvimento, alguém que conhece e transmite o conhecimento, e assim é capaz de modificar a sua própria realidade, ensinando a outrem a fazer a mesma (SOUZA, on line).

Neste contexto, procurando estabelecer uma relação mais dinâmica entre alunos e professores, Nóvoa (2002) reforça a participação dos mesmos nas Feiras de Ciências, pois são eventos capazes de despertar a curiosidade nos alunos e os motivam para a busca de conhecimentos e a resolverem os problemas do próprio cotidiano, despertando ainda o senso investigativo e atitude responsável frente a sociedade. Nessa perspectiva, o autor ainda afirma que além das Feiras de Ciências promoverem o desenvolvimento da aprendizagem, a participação dos alunos nas mesmas propicia o contato destes com a comunidade e com diversas áreas do conhecimento, onde os mesmos não se limitam a simplesmente adquirir conhecimentos científicos, mas como consequência desta experiência formam-se também socialmente, ambientalmente e moralmente (NÓVOA, 2002). Segundo Hartmann e Zimmerman (2009) a participação em Feiras de Ciências é, portanto, a culminação de um processo de estudo, investigação e produção que tem por objetivo a educação científica dos estudantes.

Dessa forma, este trabalho tem como objetivo avaliar o papel das Feiras de Ciências da UFG/RC no processo dinâmico na construção do conhecimento dos alunos, bem como o papel do professor como mediador no processo de ensino aprendizado dos mesmos, sendo este um interlocutor indispensável para o saber. Para isso, foram analisados questionários respondidos por alunos do Ensino Médio participantes da 7 a Feira de Ciências da UFG/RC, onde buscou-se avaliar os impactos da participação destes alunos nas atividades do evento, desde sua elaboração até sua apresentação ao público.

Metodologia

Em busca da divulgação científica e da construção de conhecimentos para uma

formação cidadã, foi realizada a 7ª edição da Feira de Ciências da Universidade Federal de

Goiás / Regional Catalão (UFG/RC). Este é um projeto de extensão cadastrado junto a Pró-

Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Goiás desde o ano de 2011,

contando com o apoio de financiamento através de bolsas do Programa de Extensão e Cultura

(PROBEC/UFG). A Comissão Organizadora teve a participação de membros das diversas

áreas do conhecimento, como os cursos de Licenciatura em Química, Matemática, História,

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Página 1489 de 2382 Geografia e Biologia, Física e Educação do Campo. A 7ª Feira de Ciências da UFG/RC: ―As grandes Invenções, Descobertas e Recursos Naturais da Humanidade: os usos e a sustentabilidade‖, ocorreu no dia 14 de Novembro de 2018 nas dependências da Regional Catalão/UFG.

Puderam participar da atividade os estudantes regularmente matriculados em instituições de ensino público e privado da Educação Infantil, Ensino fundamental 1 (1ª ao 5ª ano), Fundamental 2 (6ª ao 9ª ano), Ensino Médio (1ª a 3ª série), Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Ensino Técnico Profissionalizante. Cada grupo deveria ser composto por dois a três integrantes e um professor orientador do trabalho, privilegiando-se assim o trabalho em grupo e a troca de ideias e experiências entre os integrantes dos grupos e entre o professor orientador do trabalho. Os trabalhos deveriam estar inseridos nas diversas áreas de conhecimento ou serem uma associação multidisciplinar entre elas, sendo divididos e avaliados em níveis de ensino (Educação Infantil, Fundamental 1, Fundamental 2, Ensino Médio, Técnico e EJA). Foram 54 trabalhos inscritos nesta 7ª edição, envolvendo 140 alunos e 54 professores orientadores e participaram do evento 30 escolas de Catalão e Região.

No dia em que foi realizada a 7 a Feira de Ciências da UFG/RC os expositores mostraram seus trabalhos e dialogaram com o público entre às 08:00 e 12:00 horas. No período da tarde os alunos participaram de oficinas e realizaram visitas monitoradas aos Laboratórios da UFG/RC. No final do dia (às 17:00 horas), foi realizada a cerimônia de premiação e encerramento do evento.

Com o objetivo de se avaliar os resultados alcançados pelos alunos da Educação Básica através de sua participação na 7ª Feira de Ciências da UFG/RC, foi realizada uma pesquisa de caráter qualitativo/quantitativo. Este trabalho irá apresentar os dados obtidos através da análise das respostas obtidas através de questionários aplicados aos alunos do Ensino Médio que apresentaram seus trabalhos na 7ª edição do evento, onde se investigou o processo de ensino/aprendizagem. Para tanto, os questionários foram transcritos e as respostas dos alunos foram analisadas e serão discutidas a seguir.

Resultados e Discussão

Os alunos do Ensino Médio que participaram da 7 a Feira de Ciências da Universidade

Federal de Goiás / Regional Catalão (UFG/RC) responderem a um questionário com questões

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Página 1490 de 2382 referentes à Feira. Assim, os alunos foram indagados sobre de que forma seu professor auxiliou na elaboração e execução de seus projetos.

Sem dúvida o professor, além de ser educador, é também um facilitador do processo de acesso aos conhecimentos. Sendo assim, ele deve atuar ao mesmo tempo como mediador. Ou seja, o professor deve se colocar como ponte entre o estudante e o conhecimento para que, dessa forma, o aluno aprenda a ―pensar‖ e a questionar por si mesmo e não mais receba passivamente as informações como se fosse um depósito do educador (BRITO, 2011).

Ao considerarmos as ideias dos estudantes, devemos pensar num processo educativo voltado para a inquirição (CHASSOT, 2003), de modo a estimular a criatividade dos sujeitos em detrimento da memorização de grandes quantidades de conteúdos (FREIRE, 1999). Dessa forma, através das respostas fornecidas pelos alunos, pôde-se observar essas características atribuídas aos professores orientadores no auxílio do desenvolvimento dos projetos apresentados na 7 a Edição da Feira de Ciências da UFG/RC:

―Nos auxiliou no que foi preciso e mostrou interesse pela ideia‖.

―Nos dando ideia sobre aprimorar o que já tínhamos‖.

―Ela nos guiou e nos auxiliou nas discussões e nas ideias de maquete‖.

―Dando dicas e orientações de como o trabalho deveria ser feito‖.

―Direcionando na elaboração do álbum, com sites de pesquisa e os materiais‖.

―Com ideias para organização, transporte e apoio‖.

―Mediador de nosso projeto e auxiliando nas pesquisas‖.

―Ela sugeriu muitas coisas e nos explicou outras formas de fazer‖.

Através das respostas, constata-se que todos os alunos descreveram o quanto é importante e fundamental o auxílio e as orientações de um professor, desde as orientações acerca das ideias inicias de como elaborar o projeto, até na hora da execução do mesmo. Em todas as respostas é possível perceber o caráter mediador da atuação dos professores orientadores, que não impuseram os projetos, mais sim orientaram, direcionaram e auxiliaram os alunos na organização de suas ideias. Dessa forma, Segundo Bulgraen (2010), observa-se que as atividades ligadas à Feira de Ciências auxiliam o professor para que assuma o papel de mediador do conhecimento. Inicialmente cabe ao educador mediar conhecimentos historicamente acumulados bem como os conhecimentos atuais, possibilitando, ao fim de todo o processo, que o educando tenha a capacidade de reelaborar o tudo que foi aprendido e de expressar uma compreensão da prática em termos tão elaborados quanto era possível ao educador.

Assim sendo, na relação de ensino estabelecida na sala de aula, o professor precisa

ter o entendimento de que ensinar não é simplesmente transferir conhecimento, mas,

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Página 1491 de 2382 ao contrário, é possibilitar ao aluno momentos de reelaboração do saber dividido, permitindo o seu acesso critico a esses saberes e contribuindo para sua atuação como ser ativo e crítico no processo históricocultural da sociedade (BULGRAEN, 2010).

Dessa forma, segundo Freire (1996), a ação docente é a base de uma boa formação escolar e contribui para a construção de uma sociedade pensante. Segundo Bulgraen (2010), para que isso seja possível, o docente precisa assumir seu verdadeiro compromisso e encarar o caminho do aprender a ensinar.

Evidentemente ensinar é uma responsabilidade que precisa ser trabalhada e desenvolvida. Um educador precisa sempre, a cada dia, renovar sua forma pedagógica para, da melhor maneira, atender a seus alunos, pois é por meio do comprometimento e da ―paixão‖ pela profissão e pela educação que o educador pode, verdadeiramente, assumir o seu papel e se interessar em realmente aprender a ensinar (BULGRAEN, 2010).

Percebemos então, que em relação à educação, o docente tem nas mãos a responsabilidade de agir como sujeito em meio ao mundo e de ensinar para seus educandos o conhecimento acumulado historicamente, dando-lhes a oportunidade de também atuarem como protagonistas na sociedade (BULGRAEN, 2010). Ao se analisar as respostas dos alunos sobre quanto a ajuda do seu professor orientador contribuiu para o seu aprendizado e de seus colegas, observa-se mais uma vez a importância da mediação do professor para o sucesso do processo de ensino-aprendizagem de seus alunos:

―Bastante, é sempre bom ouvir e receber orientações de uma pessoa que já entende sobre o conteúdo‖.

―Contribuiu muito‖.

―Sim, porque facilitou a realização do projeto‖.

―Sim, pois com o conhecimento que tínhamos e com o dela, nós começamos a entender melhor sobre a fotografia‖.

―Contribuiu para nos acrescentar mais conhecimento em nossas vidas‖.

Nesse sentido, segundo Fontana e Cruz (1997), mostra-se mais uma vez evidente o papel da intervenção do professor na prática educativa. Sem dúvida, através de suas orientações, intervenções e mediações o professor deve provocar e instigar os alunos a pensarem criticamente e a se colocarem como sujeitos de sua própria aprendizagem.

Segundo Schenetzler (2004) a aprendizagem é um processo idiossincrático do aluno (e ele

deve ser informado disso para se sentir responsável pelo seu processo); nós, professores,

não podemos garantir a aprendizagem do aluno, mas, sim, devemos, pois esta é a nossa

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Página 1492 de 2382 função social, criar as condições para facilitar a ocorrência da aprendizagem significativa em nossos alunos.

Neste contexto, buscou-se analizar em relação as respostas dos alunos, o que os mesmos consideraram como pontos negativos e positivos que a 7° Feira de Ciências da UFG/RC os proporcionou, e assim tem-se:

Positivos: ―Agregar conhecimentos, tirar curiosidades, ensinar (explicar) o que sabemos‖.

Positivos: ―Os avaliadores eram muito legais e os projetos interessantes‖.

―Positivos: um espaço maior e mais organizado; Negativo: Liberou temas muito tarde para podermos pensar sobre nosso projeto‖.

―Foi de toda excelente‖.

―Positivo: descoberta de novas coisas e a interatividade com as pessoas. Negativo: Espaço‖.

―Não vejo pontos negativos, pois aqui é uma fonte de conhecimento diversificada‖.

―O trabalho trouxe conhecimento teórico e prático, mas não tivemos o tempo desejado para elaboração‖.

―Os positivos são: houve várias exposições interessantes, as pessoas que vieram perguntar sobre o trabalho eram super educadas. O único ponto negativo é que o local é muito apertado‖.

―Positivo: é muito grande. Negativo: ainda não achei‖.

Dentre as respostas obtidas, os pontos positivos que mais se destacaram para os alunos foi a construção do conhecimento. Já os pontos negativos, o que mais se destacou foi o espaço apertado. Todavia, para a maioria, os pontos negativos não sobressaíram os positivos. Sendo assim, torna-se necessário uma maior introdução de Feiras de Ciências no cotidiano dos alunos, visto que a construção do conhecimento, bem como a troca de aprendizagem proporcionada pela participação na Feira foram bastante promissoras e enriquecedoras para os mesmos.

Ao se ajustarem às novas demandas do processo de ensino-aprendizagem, as Feiras de Ciências proporcionam uma maior interação entre alunos e professores, desenvolvem a linguagem científica, estimulam o trabalho escolar e ainda tem caráter multidisciplinar.

Portanto, desenvolver projetos e apresentá-los em Feiras de Ciências contribui para a formação do aluno e aumenta a participação nos debates dos problemas atuais, o que torna os alunos mais críticos e potencializa sua maior participação como um contribuinte do saber na sociedade.

Conclusão

Através das falas registradas, é notória a importância do papel do professor no

processo de ensino aprendizagem dos alunos na 7 a Feira de Ciências da Universidade Federal

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Página 1493 de 2382 de Goiás / Regional Catalão (UFG/RC), pois podem contribuir na elaboração de novas metodologias ativas para um ensino mais dinâmico e prazeroso. Dessa forma, a utilização das Feiras de Ciências da UFG/RC vem crescendo nos últimos anos e atuando cada vez mais como um recurso metodológico. As Feiras fogem do modelo tradicional de ensino baseado na transmissão/recepção do conteúdo como um modelo da racionalidade técnica, baseado na transmissão do conhecimento ao aluno, onde o professor é o detentor do conhecimento e o aluno é a tabula rasa que apenas absorve este conhecimento.

Portanto, pode-se concluir que as Feiras de Ciências são ótimas metodologias de ensino que podem ser utilizadas na educação básica, pois estas vêm de encontro aos objetivos de uma formação cidadã, baseada no desenvolvimento da autonomia intelectual, na formação ética e no pensamento crítico, e o professor vem se destacando cada vez no papel de mediador na transmissão e mediação para a construção do saber.

Referências

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Edições Loyola. p. 72-118, 2007.

BRITO, G.S.; PURIFICAÇÃO, I. d. E, o professor? História da informática na educação.

História do computador. Inovação e tecnologias educacionais. Internet. O computador como tecnologia educacional. Tecnologias educacionais. In: Educação e Novas Tecnologias, Um (Re) pensar. Curitiba: Editora Intersaberes, 2011.

CAZELLI, S., QUEIROZ, G., ALVES, F., FLACÃO, D., VALENTE, M.E.; GOUVÊA, G., COLINVAUX, D. Tendências pedagógicas das exposições de um Museu de Ciências. II Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências.Atas II ENPEC. Porto Alegre, 1999.

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FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 30. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

FONTANA, R., CRUZ, N. Psicologia e trabalho pedagógico. 1. ed. São Paulo: Atual, 1997.

GASPAR, A., HAMBURGER, E.W. Museus e centros de ciências - conceituação e proposta

de um referencial teórico. In: NARDI, R., org. Pesquisas em ensino de Física, Ed. Escrituras,

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Página 1494 de 2382 HARTMANN, A. M., ZIMMERMANN, E. O trabalho interdisciplinar no Ensino Médio: a reaproximação das ―Duas Culturas‖. Anais do VII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – Florianópolis, 2009.

PEREIRA, A. B., OAIGEN, E.R., HENNIG.G. Feiras de Ciências. Canoas: Ulbra, 2000.

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Agradecimentos: Financiamento Chamada CNPq/CAPES/MEC/MCTIC/SEPED Nº

25/2017. Ao Programa de Bolsas de Extensão e Cultura da UFG (PROBEC) pela bolsa

concedida.

Referências

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