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GRANITO SÃO DOMINGOS: REGISTRO DE MAGMATISMO PÓS-TECTÔNICO DO ORÓGENO INTRACONTINENTAL AGUAPEÍ SW DO CRÁTON AMAZÔNICO

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

DEPARTAMENTO DE RECURSOS MINERAIS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS

LUZIA HELENA SIQUEIRA

GRANITO SÃO DOMINGOS: REGISTRO DE MAGMATISMO PÓS-TECTÔNICO DO ORÓGENO INTRACONTINENTAL

AGUAPEÍ – SW DO CRÁTON AMAZÔNICO

Orientadora

Profa. Dra. Maria Zélia Aguiar de Sousa

Co-Orientador

Prof. Dr. Amarildo Salina Ruiz

CUIABÁ 2015

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II REITORIA

Reitora

Profª. Drª. Maria Lucia Cavalli Neder Vice-Reitor

Prof. Dr. João Carlos de Souza Maia PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO

Pró-Reitora

Profª. Drª. Leny Caselli Anzai

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA Diretor

Prof. Dr. Martinho da Costa Araújo

DEPARTAMENTO DE RECURSOS MINERAIS Chefe

Prof. Dr. Ronaldo Pierosan

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS Coordenador

Prof. Dr. Paulo César Corrêa da Costa Vice-Coordenadora

Profa. Dra. Ana Cláudia Dantas da Costa

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III

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO N° 62

GRANITO SÃO DOMINGOS: REGISTRO DE MAGMATISMO PÓS-TECTÔNICO DO ORÓGENO INTRACONTINENTAL

AGUAPEÍ – SW DO CRÁTON AMAZÔNICO

LUZIA HELENA SIQUEIRA

Orientadora

Profa. Dra. Maria Zélia Aguiar de Sousa Co-Orientador

Prof. Dr. Amarildo Salina Ruiz

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Geociências do Departamento de Recursos Minerais do Instituto de Ciências Exatas e da Terra da Universidade Federal de Mato Grosso como requisito para a obtenção do Título de Mestre em Geociências.

CUIABÁ 2015

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IV

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V

PÓS-TECTÔNICO DO ORÓGENO INTRACONTINENTAL AGUAPEÍ – SW DO CRÁTON AMAZÔNICO

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________

Profa. Dra. Maria Zélia Aguiar de Sousa Orientadora

_______________________________________

Prof. Dr. João Batista de Matos Examinador Interno (UFMT)

_______________________________________

Prof. Dr. Cláudio Nery Lamarão Examinador Externo (UFPA)

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VI

Dedicatória Aos meus pais e minhas filhas

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VII

A Deus pois, nada seria possível sem sua proteção e benção.

A minha amiga Elenir que sempre me incentivou e acreditou na minha capacidade de realizar esse objetivo.

Ao Prof. Elias Nogueira Peres, chefe e amigo, que possibilitou a minha vinda para o DRM e liberou tempo para me dedicar aos estudos.

À minha família por todo apoio, que sempre me deram em todos os momentos e sem o qual esse sonho não seria possível.

Às minhas filhas, Mayra e Ryane, que sempre foi a principal meta, para que se espelhassem e seguissem em frente.

A minha amiga e orientadora Zélia que acreditou e aceitou me orientar mesmo sabendo quanto seria difícil para nós, essa jornada.

Ao Amarildo pela disposição e esforço em sempre procurar fazer o melhor, apesar de minhas falhas e impaciência.

A todos os outros professores e amigos que me incentivaram e ajudaram a seguir em frente.

À UFMT e ao DRM pelo apoio financeiro,e pelo tempo disponibilizaram.

Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Geociências da Universidade Federal de Mato Grosso.

Aos meus colegas de mestrado, com os quais pude aprender muito e pelos momentos de descontração que tornavam os dias mais agradáveis.

Aos meus colegas das duas turmas de mestrado de 2012 e 2013 que me acolheram tão bem e me ajudaram no que puderam.

Agradeço a todos que contribuíram para a realização deste trabalho: familiares, amigos, professores e orientadores.

OBRIGADO A TODOS QUE, POR VENTURA, TENHA ESQUECIDO DE MENCIONAR MAS QUE ESTIVERAM AO MEU LADO DURANTE ESSE PERÍODO SEMPRE NO APOIO.

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VIII

SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS ... VII SUMÁRIO ... VIII ÍNDICE DE FIGURAS ... X ÍNDICE DE TABELAS ... XII RESUMO ... XIII ABSTRACT ... XV

CAPÍTULO I INTRODUÇÃO ... 17

I.1. Apresentação do Tema ... 17

I.2. Localização e vias de acesso ... 18

I.3. Objetivos ... 18

I.4. Estrutura da dissertação ... 21

I.5. Materiais e métodos da pesquisa ... 21

I.5.1. Etapa Preliminar ... 21

I.5.2. Etapa de Aquisição de Dados ... 21

I.5.2.1. Trabalhos de Campo ...22

I.5.2.2. Trabalhos de Laboratório ...23

Análises Petrográficas ...23

Análises Litogeoquímicas ...23

Análise Geocronológica - Método U-Pb SHRIMP (zircão) ...24

Análise Isotópica - Método Sm-Nd ...25

I.5.3. Etapa de Tratamento e Sistematização de Dados ...25

I.5.4. Etapa de Conclusão e Divulgação dos Resultados...26

I.6. Contexto Geológico Regional ... 26

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IX

RESUMO ... 33

ABSTRACT. ... 34

INTRODUÇÃO ... 34

CONTEXTO GEOLÓGICO REGIONAL ... 35

GEOLOGIA LOCAL E PETROGRAFIA ... 38

GEOQUÍMICA ... 44

ANÁLISES GEOCRONOLÓGICA (U-Pb SHRIMP) E ISOTÓPICA (Sm-Nd) ... 51

Análise Geocronológica U-Pb – SHRIMP em Zircão ... 51

Análise Isotópica Sm-Nd em Rocha Total ... 53

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES ... 53

AGRADECIMENTOS ... 54

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 54

CAPÍTULO III CONCLUSÕES E DISCUSSÕES ... 59

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 61

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X

Figura 1. Mapa de localização e vias de acesso. ... 20 Figura 2. Mapa de localização dos afloramentos... 22 Figura 3. Mapa Tectônico do Sul/Sudoeste do Cráton Amazônico, com destaque para as Faixas Móveis Sunsás e Aguapeí e a granitogênese associada (Extraído de Ruiz et al. 2010b).

... 28 Figura 4. Mapa Tectônico do Sul/Sudoeste do Cráton Amazônico, com destaque para as Faixas Móveis Sunsás e Aguapeí e a granitogênese associada (Extraído de Ruiz et al. 2010b).

... 36 Figura 5. Mapa Geológico do Granito São Domingos e seu entorno. (Modificado de Matos et al. 2009). ... 39 Figura 6. Fotografias do GSD ilustrando: (A) ocorrência em blocos e matacões; (B) ocorrência em lajedo; (C) afloramento com porção porfirítica e outra de granulação fanerítica fina; (D) afloramento com rocha de granulação fina até muito grossa de textura pegmatítica e, localmente, textura gráfica; (E) veio pegmatítico com megacristais de feldspato alcalino de cor rosa com aproximadamente 5 a 10 cm; (F) afloramento com lineação, de estiramento na zona de cisalhamento normal oblíqua. ... 40 Figura 7. Fotomicrografias das rochas do GSD ilustrando: (A) textura equigranular xenomórfica formada por microclina, quartzo, plagioclásio e muscovita; (B) detalhe de mirmequita e biotita parcialmente transformada em muscovita; (C) matriz essencialmente gráfica; (D) textura granofírica em microclina; (E) microclina argilizada e cristal primário de biotita parcialmente substituída por muscovita. Polarizadores cruzados em A, B, C e D;

paralelos à esquerda e cruzados à direita, em E. ... 42 Figura 8. Fotomicrografias das rochas do GSD ilustrando: (A e B) muscovita primária com intercrescimento simplectítico com feldspatos e/ou quartzo; (C) cristais euédricos de granada primária. Polarizadores paralelos à esquerda e cruzados à direita em A, B e C... 43 Figura 9. Variação composicional das rochas do GSD nos diagramas: (A) álcalis versus sílica (Le Bas, 1986) com limite entre os domínios alcalino/subalcalino de Irvine e Baragar (1971);

(B) R1-R2 (La Roche et al., 1980); (C) Q-P de Debon e Le Fort (1988). ... 47 Figura 10. Distribuição dos pontos representativos das rochas do GSD nos diagramas: (A) Na2O+K2O-CaO versus SiO2 (Frost et al., 2001); (B) K2O versus SiO2 (Peccerilo e Taylor, 1976); (C) Th versus Co (Hastie et al., 2007); (D) FeOt/(FeOt+MgO) versus SiO2 (Frost et al., 2001); (E) A/NK versus A/CNK (Maniar e Piccoli, 1989). ... 48 Figura 11. Padrões de distribuição das rochas do GSD nos diagramas ETR normalizados pelos valores condríticos de Boynton (1984). ... 49 Figura 12. Padrões de distribuição de rochas do GSD nos Spidergrams de elementos traço nomalizados pela Crosta Inferior de Taylor e McLennan (1995)... 50 Figura 13. Foto macroscópica da amostra LH-01E, escolhida para análise U-Pb em zircão. . 51

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XI

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XII

Tabela 1. Dados geocronológicos e isotópicos dos granitóides da Suíte Intrusiva Sunsás(Bolívia)/Suíte Intrusiva Guapé(Brasil). Análises em (b) biotita, (m) muscovita, (s) sericita, (z) zircão e (rt) rocha. ... 31 Tabela 2. Dados geocronológicos e isotópicos dos granitóides da Suíte Intrusiva Sunsás(Bolívia)/Suíte Intrusiva Guapé(Brasil). Análises em (b) biotita, (m) muscovita, (s) sericita, (z) zircão e (rt) rocha total. (*) dados deste trabalho. ... 37 Tabela 3. Composição química de elementos maiores, menores (% em peso) e traços (ppm) de rochas do GSD. ... 45 Tabela 4. Imagem de CL de cristais de zircão da amostra LH-01E: (1) 1.1; (2) 4.1; (3) 5.1; (4) 7.1; (5) 9.1. A imagem ilustra também os locais de aplicação do feixe iônico do laser. ... 52 Tabela 5. Resultados das análises U-Pb (SHRIMP) dos zircões da amostra LH-01E. ... 52 Tabela 6. Dados analíticos de Sm-Nd da amostra LS-01 do Granito São Domingos. ... 53

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XIII

O Granito São Domingos corresponde a um dos corpos da Suíte Intrusiva Guapé, localizado na Faixa Móvel Aguapeí, relacionado à Orogenia Sunsás, SW do Cráton Amazônico. Trata-se de um corpo com dimensões batolíticas de 150 Km² de área aflorante, levemente alongado segundo direção NE e localizado ao norte do distrito São Domingos, município de Jaurú, estado de Mato Grosso. Constitui- se de rochas holo a leucocráticas, de cor rosa-claro a cinza-rosado, isotrópicas, equi a inequigranulares, por vezes, porfiríticas e pegmatíticas, classificadas como Muscovita biotita monzo a sienogranitos tendo por vezes, granada e monazita como minerais acessórios primários e caracterizadas como granitos do tipo S ou Muscovite bearing Peraluminous Granitoids (MPG). Essas rochas apresentam restritos e elevados teores de sílica, caracterizando-as como muito evoluídas;

formadas por magmatismo cálcio alcalino de alto K a shoshonítico, peraluminoso e ferroso. A idade U-Pb (SHRIMP) de 928 ± 5 Ma foi obtida em zircões ígneos, e coincide com idades U-Pb (TIMS) relatadas para este granito. A análise Sm-Nd indica uma idade modelo TDM de 1,58 Ga, e valor ɛND(0,93Ga) negativo (-2,90). Esses resultados indicam que o Granito São Domingos formou-se em um ambiente pós-tectônico, no final da Orogenia Sunsás, cuja origem magmática está associada ao retrabalhamento de crosta continental mesoproterozoica. Três padrões diferentes de ETR foram encontrados para esses litotipos, sugerindo a geração de magmas contemporâneos não cogenéticos, provenientes de fontes crustais distintas.

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XV

The São Domingos Granite is an intrusive body of the Guapé Intrusive Suite, located in the Aguapeí mobile belt, corresponding to a branch of the Sunsás Orogeny in SW Amazonian Craton. This body is considered as a batholith slightly elongated in the NE direction, which crops out over an area of ca.

150 km2. It is situated to the north of the São Domingos District, a municipality of the Jauru city, Mato Grosso State. It consists of hololeucocratic to leucocratic rocks ranging from pinky to pinky-gray.

They are isotropic, ranging from equigranular to inequigranular grains, sometimes porphyritic and pegmatitic, classified as muscovite-biotite monzo to syenogranites. Sometimes they present garnet and monazite as primary accessory minerals. These features characterize them as S-type granites or Muscovite bearing Peraluminous Granitoides (MPG). The rocks contain high silica content, which characterizes them as very evolved, formed by high-K to shoshonitic, peraluminous, and ferrous calc- alkaline magmatism. A U-Pb age of 928 ± 5 Ma was obtained for one of the analyzed rocks, which agrees with previous U-Pb ages obtained for this granite. Sm-Nd analysis indicates a TDM model age of 1.58 Ga, and negative ND value (-2.90). These results demonstrate that the São Domingos intrusion corresponds to a post tectonic environment, related to the Sunsás orogeny, whose magmatic origin is associated to re-working of the ancient continental crust. Moreover, three different ETR patterns were found for these lithotipes, suggesting the generation of contemporaneous non-cogenetic magmas, involving distinct crustal sources.

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CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

I.1. Apresentação do Tema

Na porção Sudoeste do Cráton Amazônico, particularmente no Distrito de São Domingos, na região próxima ao município de Jaurú, no estado de Mato Grosso, afloram corpos graníticos formadores da Suíte Intrusiva Guapé, relacionados à Faixa Móvel Aguapeí, e dentre eles o Granito São Domingos.

A Faixa Móvel Aguapeí é um cinturão linear, com aproximadamente 500 km de comprimento e 150 a 200 km de largura, orientado segundo a direção N20-40W, que se prolonga da região de Rincón del Tigre (BO) até a região na divisa entre Mato Grosso e Rondônia. Esta faixa caracteriza-se por dois estágios tectônicos distintos: o primeiro, contracional, é responsável pela formação de dobras e cavalgamentos regionais, com metamorfismo associado e o segundo, extensional, está vinculado ao provável colapso orogênico, assinalado por zonas de cisalhamentos dúcteis normais ou transtracionais (Ruiz 2005; Ruiz et al. 2007, Teixeira et al. 2010). De acordo com Ruiz et al. (2007), a natureza intracontinental do Cinturão Aguapeí é confirmada pela deformação e metamorfismo de baixo grau em parte do Grupo Aguapeí e do seu embasamento paleo-mesoproterozoico, bem como, pelos registros magmáticos, tipicamente intracontinental.

O cinturão orogênico Sunsás-Aguapeí (1250-1000 Ma), no extremo sudoeste do Cráton, foi originado em um ambiente extensional, posteriormente deformado durante a colisão Grenvilliana entre Amazônia e Laurentia. Ao longo da área cratônica, um amplo magmatismo granítico anorogênico (1000-970 Ma) é um reflexo desta orogenia sobre a cadeia de montanhas estável (Cordani et al. 2010).

A Orogenia Sunsás (1.2 a 0.90 Ga) corresponde a um evento responsável pela formação de três cinturões móveis (Nova Brasilândia, Sunsás e Aguapeí) que afetaram o SW do Cráton Amazônico, resultando na aglutinação do Supercontinente Rodínia. As faixas Sunsás e Aguapeí são tectonicamente relacionadas e possivelmente retratam a convergência de um bloco continental situado a sul do Aulacógeno Tucavaca que atualmente está recoberto pelas bacias subandinas.

As rochas magmáticas vinculadas à evolução da Faixa Móvel Aguapeí são, principalmente, tardi a pós-cinemáticas. Ruiz (2005) redefine a Suíte Intrusiva Guapé como um conjunto de plutons e batólitos rasos, isotrópicos a levemente orientados, leucocráticos, de granulação fina a média, composição monzo a sienogranítica, peraluminosos, comumente portadores de muscovita e granada primárias. Fazem parte desta suíte os granitos Sararé (Araujo-Ruiz 2003), Guapé (Barros et al. 1982), São Domingos (Menezes et al. 1993) e Guaporé (Ruiz 2005).

O intuito deste trabalho é colaborar na compreensão da história magmática desse corpo granítico, com base no mapeamento geológico sistemático e investigação petrográfica, geoquímica, isotópica (Sm-Nd) e geocronológica (U-Pb em zircão), buscando a compreenção dos processos

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petrogenéticos responsáveis pela geração deste magmatismo, idade de colocação, assim como, o regime tectônico dominante durante a sua formação.

I.2. Localização e vias de acesso

A região estudada situa-se na porção sudoeste do Estado de Mato Grosso, abrangendo a maior parte da Folha Topográfica Jaurú (SD-21-Y-C-III) e parte da Folha Topográfica Pontes e Lacerda(SD- 21-Y-C-II). A área cartografada está localizada entre os vértices definidos pelas coordenadas Geográficas ao Norte de 59º6’51,455”(W)/ 15º3’30,268”(S) a 58º47’44,078” (W)/15º3’39,267”(S); e ao Sul de 59º6’58,954”(W)/ 15º22’37,645(S) a 58º47’53,077”(W)/15º22’46,644”(S), e a 460 Km de Cuiabá e 10 Km da cidade de Jaurú. (Figura 1).

O acesso à área é facilitado por estradas de rodagem asfaltadas com boas condições de manutenção. A partir de Cuiabá, ele é feito pela rodovia BR-070 até a cidade de Cáceres, de onde se toma a BR-174 que leva até a cidade de Jaurú, partindo pela estrada MT-352 a noroeste chega-se até o Distrito de São Domingos e arredores onde se localiza a área estudada e dá o nome ao Granito São Domingos. A locomoção no seu interior é facilitada pelas MT-247 e MT-388 e também pelas estradas secundárias que ligam as sedes e retiros das fazendas.

I.3. Objetivos

A escolha do Granito São Domingos como objeto deste estudo deve-se, principalmente, ao fato dele constituir um exemplo típico de granito tipo S, corresponder a um ambiente pós-tectônico, relatado como do final da Orogenia Sunsás, cuja origem magmática está associada ao retrabalhamento do ambiente de crosta continental e pertencer ao Evento Sunsás/Aguapeí.

A partir deste estudo, pretende-se caracterizar a natureza do magmatismo e dos processos magmáticos envolvidos na formação deste batólito, destacando-se os regimes responsáveis pela sua geração; bem como a definição da idade aproximada de sua colocação e resfriamento e, consequentemente, a sua relação com o Ciclo Orogênico Sunsás-Aguapeí e a consolidação da porção sudoeste do Cráton Amazônico.

Para tanto, adotou-se uma abordagem multidisciplinar, que contou com mapeamento geológico, análises petrográficas, geoquímicas e geologia isotópica-geocronológica das rochas do Granito São Domingos.

A partir do mapeamento geológico na escala 1:150.000 da área almejou-se os seguintes objetivos específicos:

Cartografia geológica do Granito São Domingos e seu entorno;

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Caracterização petrográfica das rochas do Granito São Domingos;

Investigação da petrogênese dessas rochas, com a utilização de dados litogeoquímicos (elementos maiores, traços e terras raras) e isotópicos (Sm-Nd), para estabelecer prováveis áreas fontes e modelos petrogenéticos que descrevam a natureza do episódio ígneo.

Pelo método U-Pb SHRIMP, definir a idade de cristalização das rochas do Granito São Domingos.

Correlação com possíveis eventos magmáticos de natureza similar a Orogenia Sunsás no sudoeste do Cráton Amazônico.

Discutir qual ambiente tectônico foi responsável pela formação do Granito São Domingos.

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20 Figura 1. Mapa de localização e vias de acesso.

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21 I.4. Estrutura da dissertação

Esta dissertação consiste de três capítulos montados da seguinte forma, o primeiro, além de abordar o tema estudado, destaca a relevância da pesquisa mais abrangente sobre a intrusão do Granito São Domingos, onde são elucidados os objetivos, a localização da área de estudo, bem como os materiais e métodos adotados na coleta de dados em campo e em laboratórios. Ainda no primeiro capítulo, é exposto o contexto geológico regional do sudoeste do Cráton Amazônico, uma das principais entidades geotectônicas pré-cambrianas, na qual a área de estudo encontra-se inserida, em relação aos orógenos Sunsás/Aguapeí, que ocorrem na Bolívia e no Brasil.

No capítulo II corresponde ao artigo “Granito São Domingos: Registro de Magmatismo Pós- tectônico do Orógeno Intracontinental Aguapeí – SW do Cráton Amazônico”, submetido à Revista de Geociências da USP.

As discussões e conclusões encontram-se no capítulo III, onde é apresentado os resultados obtidos no estudo das rochas do granito São Domingos, contribuindo para ampliar o conhecimento sobre um dos corpos ígneos formadores da Suite Intrusiva Guapé, relacionados à Faixa Móvel Aguapeíque ocorrem no SW do Cráton Amazônico e algumas ocorrências correlatas pelo mundo.

I.5. Materiais e métodos da pesquisa

Foram adotados para a realização e desenvolvimento desse trabalho os procedimentos usuais em mapeamento geológico e coleta de amostras para análises laboratoriais seguindo um cronograma constituído de quatro fases principais: etapa preliminar, etapa de aquisição de dados (em campo e em laboratório), etapa de tratamento e sistematização de dados e etapa de conclusão e divulgação dos resultados.

I.5.1. Etapa Preliminar

Executou-se, nesta etapa, o levantamento bibliográfico disponível referente à região do sudoeste do Cráton Amazônico e também a fotointerpretação de imagens Geocover e satélite Landsat da área e arredores para entendimento geológico regional.

I.5.2. Etapa de Aquisição de Dados

Esta fase da pesquisa envolveu o trabalho de campo, com coleta de amostras e mapeamento geológico sistemático assim como, o trabalho de laboratório que consistiu na preparação das amostras para confecções e descrições de seções delgadas, e também preparação das amostras para análises geoquímica e geocronológica.

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22 I.5.2.1. Trabalhos de Campo

O trabalho de campo foi realizado no período dos dias 09 a 13 de maio de 2013, quando foi realizada a descrição de 32 afloramentos (Figura 2), o reconhecimento das diferentes litologias, a coleta de dados estruturais e de amostras para os estudos geoquímicos, petrológicos e geocronológicos. Foram coletadas quarenta e seis amostras do Granito São Domingos e da Zona de Cisalhamento Indivaí-Lucialva, tendo sido estas identificadas e orientadas para estudos laboratoriais (macroscópicos e microscópicos).

O mapeamento geológico foi realizado na escala de semi-detalhe 1:150.000, na região de Jaurú e Distrito de São Domingos, para reconhecimento geológico e definição das litologias presentes.

Figura 2. Mapa de localização dos afloramentos.

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23 I.5.2.2. Trabalhos de Laboratório

Análises Petrográficas

Primeiramente, as amostras coletadas na etapa de campo foram descritas macroscopicamente, em maiores detalhes e, considerando os aspectos texturais, estruturais e composicionais, algumas foram selecionadas para serem preparadas no Laboratório de Preparação de Amostra do Departamento de Recursos Minerais da Universidade Federal de Mato Grosso (DRM - UFMT). Em seguida, estas amostras foram encaminhadas para o Laboratório de Laminação do Departamento de Petrologia e Metalogenia do Instituto de Geociências e Ciências Exatas-UNESP-Rio Claro-SP, onde foram confeccionadas vinte e cinco seções delgadas para a realização das análises petrográficas.

Através de microscópio óptico binocular da marca Olympus, modelo BX50, no Laboratório de Microscopia (do DRM-UFMT), foi desenvolvido o trabalho de descrição das lâminas, tendo como objetivos a caracterização petrográfica dos litotipos (composição mineralógica e feições texturais).

Com a utilização de uma câmera modelo Infinity Capture acoplada ao microscópio, do DRM- UFMT, foram obtidas as fotomicrografias das seções delgadas, com polarizadores paralelos e cruzados.

Análises Litogeoquímicas

Para um melhor conhecimento do comportamento geoquímico do GSD foram estudados os resultados de 9 amostras representativas da unidade, considerando sua distribuição na área, diversidade mineralógica e de granulação. Todas amostras foram lavadas para a remoção de impurezas e cortadas com serra diamantada para a retirada das camadas alteradas a fim de evitar a contaminação química, em seguida, foram cortadas em bloquetes no Laboratório de Laminação do DRM-UFMT. O bloquetes foram devidamente etiquetados em sacolas para serem enviadas ao Acme Analytical Laboratories (Acmelab) - Vancouver/Canadá para análise de elementos maiores, menores (SiO2, TiO2, Al2O3, FeOtotal, MnO, MgO, CaO, Na2O, K2O e P2O5) e traços (Rb, Sr, Cr, Ni, Zr, Y, Ce, Ba, Be, Nb, Cu,Lu, Dy, Gd, Er, Yb, Y, La, Eu, Nd, Ce e Sm), através dos métodos ICP-ES (Inductively Couple Plasma Emission Spectrometry) e ICP-MS (Inductively Couple Plasma Mass Spectrometry).

Os resultados obtidos foram estudados com o auxílio de programas para processamento de dados para química de rocha e contou com a utilização dos softwares Minpet e GCDkit 3.0. A interpretação dos resultados das análises buscou a caracterização geoquímica, a natureza do magmatismo e sua ambiência tectônica.

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Análise Geocronológica - Método U-Pb SHRIMP (zircão)

Com o propósito de estabelecer a idade de cristalização das rochas do Granito São Domingos, foi que na análise geocronológica empregou-se o método de datação U/Pb (SHRIMP) em zircões da amostra LH-01E, que corresponde a um sienogranito de cor cinza rosado.

Para o início do processo, a amostra escolhida de rocha bruta foi cominuída em britador de mandíbula, moída em moinho de disco no Laboratório Intermediário de Preparação de amostras da Rede Geochronos – DRM/UFMT, e posteriormente, peneiradas em diferentes intervalos de granulação, como nas frações 250, 210, 177, 125, 90, e 63 mm, reservando-se o concentrado das frações menores que o intervalo de 90 mm. Após lavadas para retirada das particulas argilosas e vai para a estufa para a secagem, foi utilizado um imã para a remoção dos minerais magnéticos. Esse concentrado de minerais pesados foi depositado no separador magnético tipo Frantz, variando-se a inclinação e a intensidade do campo eletromagnético para eliminar a maioria dos minerais magnéticos.

Do material resultante foram separados manualmente, cerca de 300 cristais de zircão, com o auxílio de lupa óptica binocular Olympus, modelo BX50, no Laboratório de Microscopia do DRM (UFMT).

Os cristais de zircão foram enviados para o laboratório do Centro de Pesquisas Geocronológicas do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (CPGeo-IGC/USP), onde foram obtidos os dados isotópicos U-Pb (SHRIMP) através de um feixe de O2 com 30 μm de diâmetro.

Stern (1998), Williams (1998) e Sato et al. (2008) detalham os procedimentos analíticos e calibração do aparelho. O equipamento SHRIMP II (Sensitive High Resolution Ion Microprobe) é um espectrômetro de massa de alta resolução que utiliza ionização por íons de oxigênio (negativo) acoplado a uma microssonda iônica, que permite efetuar análises isotópicas de U e Pb de zircão “in situ” e, portanto, a datação de zircão que apresente multifases de crescimento. No entanto, fez-se necessário um estudo prévio por microscopia eletrônica de varredura para a obtenção de imagens por catodoluminescência (CL) dos cristais de zircão.

As constantes de desintegração e a razão atual 238U/235U utilizadas nos cálculos são aquelas fornecidas por Steiger & Jäger (1977). Para o cálculo de idade integrada foram feitas médias ponderadas tendo como base a interpretação de imagens catodoluminescência como pertencentes a uma mesma geração de zircão.

As idades foram calculadas utilizando-se o programa Isoplot/EX de Ludwig (1998) e estão representados no Diagrama de Concórdia no Capítulo II referente ao Artigo submetido à Revista de Geociências da USP.

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25 Análise Isotópica - Método Sm-Nd

Para análise isotópica foram encaminhadas duas amostras, LH-22C e LS-01, correspondendo a um sienogramito e a um monzogranito, respectivamente, para serem analisadas no laboratório de Geologia Isotópica (Pará-Iso) da Universidade Federal do Pará, no qual o método Sm-Nd aplicado em rocha total, seguiu-se o procedimento analítico descrito por Oliveira et al. (2008) e Barreto et al.

(2014).

Iniciou-se em cerca de 100 mg de amostra pulverizada, foram adicionadas um traçador misto

149Sm/150Nd para a determinação dos teores de Sm e Nd por diluição isotópica. Em seguida, foram dissolvidas com HNO3, HCl e HF em forno de micro-ondas, logo foi realizada a separação química por cromatografia em resinas de troca iônica (Biorad DOWEX AG50x8 e Ln Eichrom®) em duas etapas, a primeira, para separação do grupo dos ETRs dos elementos maiores, utilizando uma coluna de teflon, e na segunda coluna, foi feita a separação de Sm e Nd dos ETRs. Após a coleta e secagem, as frações concentradas de Sm e de Nd foram solubilizadas com HNO3. A análise é realizada em um espectrômetro de massa com fonte de plasma (ICP-MS) modelo Thermo-Finnigan - Neptune.

As razões 146Nd/144Nd foram normalizadas pelos valores de 146Nd/144Nd = 0,7219. A reprodutibilidade dos resultados isotópicos foi avaliada por análises repetidas do padrão La Jolla. A constante de decaimento usada foi o valor de 6,54 x 10-12/ano-1 (Lugmair & Marti, 1978). Os cálculos das idades-modelo foram feitos com base no modelo de evolução do manto empobrecido de DePaolo (1981).

I.5.3. Etapa de Tratamento e Sistematização de Dados

Esta etapa teve o intuito de realizar o processamento e interpretações de dados coletados em campo e em laboratório, bem como integrá-los e compará-los com dados existentes na literatura temática, para melhor entendimento da área de estudo. Foram utilizados os seguintes softwares para o desenvolvimento desta etapa:

a. ESRI Arcmap 9.1- ARCVIEW - confecção dos mapas de localização e vias de acesso, localização de afloramentos e geológico;

b. Corel Draw X7 - compilação e melhoramento de mapas, tratamento de fotografias e fotomicrografias, confecção de gráficos litogeoquímicos e geocronológicos;

c. Software Isoplot Ex - tratamento dos dados isotópicos;

d. Softwares GCDkit 3.00 e Minpet - tratamento dos dados de química de rocha;

e. Microsoft Excel 2007 - elaboração de planilhas;

f. Microsoft Word 2007 - confecção da redação e formatação da presente dissertação de mestrado.

g. Microsoft Power Point 2007- elaboração da apresentação pública.

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I.5.4. Etapa de Conclusão e Divulgação dos Resultados

Esta como última etapa, consta da elaboração da dissertação de mestrado acompanhado da apresentação e defesa pública para a banca avaliadora, bem como da participação em eventos de divulgação científica, e publicação em periódicos especializados de circulação nacional.

Os resultados obtidos durante o desenvolvimento deste trabalho foram publicados em forma de artigo acadêmico na Revista de Geociências da Universidade do Estado de São Paulo – USP.

I.6. CONTEXTO GEOLÓGICO REGIONAL

A colagem final do supercontinente Rodínia (1.2 a 1.0 Ga) foi resultado da colisão entre o Cráton Amazônico e o Laurentia, como parte global do Ciclo Orogênico Grenville, que provocou a implantação de duas faixas móveis bifurcadas a partir de Rincon del Tigre (Bolívia) - Faixa Móvel Sunsás e Faixa Móvel Aguapeí (Litherland et. al. 1986).

A primeira, Faixa Móvel Sunsás, ocorre como um cinturão alongado de direção WNW aflorante na Bolívia e apresentando expressivos registros tectono-termais e magmáticos, qualificando- a como um arco magmático mesoproterozoico (Sadowski & Bettencourt 1996). A outra, Faixa Móvel Aguapeí, é representada por um cinturão de 25 a 50 Km de largura e em torno de 600 Km de extensão, com direção NNW ((Litherland & Bloomfield 1981, Scabora & Duarte 1998, Geraldes et al. 2001, Ruiz et al. 2003), ensiálico e sem registros magmáticos, mostrando forte deformação associada a metamorfismo de fácies xisto verde.

No setor sudoeste do Cráton Amazônico, abrangendo o oriente boliviano e parte de Mato Grosso, são reconhecidas essas duas faixas móveis - Sunsás e Aguapeí, desenvolvidas no intervalo de 1.2 Ga a 0.95 Ga, as quais registram o estágio de formação do supercontinente Rodínia, na Província Sunsás-Aguapeí (Teixeira et al. 2010).

Em novos trabalhos e do ponto de vista geodinâmico, a Faixa Móvel Sunsás (Litherland et al.

1986; Ruiz et al. 2007; Teixeira et al. 2010) corresponde a um cinturão orogênico marginal, com direção NWW, exibindo deformação polifásica, vergência tectônica de SW para NE, metamorfismo regional na fácies xisto verde e extensivo magmatismo granítico cálcio-alcalino atribuído à evolução de um arco magmático continental, precedido pela colisão continente-continente (Litherland et al., 1986; Ruiz et al., 2007; Teixeira et al., 2010; Vargas-Mattos, 2010). Tanto os grupos Sunsás e Vibosi (Bolívia), como o embasamento paleo a mesoproterozoico foram afetados durante a fase orogênica do cinturão móvel, sendo que a Faixa Móvel Aguapeí é um cinturão linear, com aproximadamente 500 km de comprimento e 150 a 200 km de largura, orientado segundo a direção N20-40W, que se

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prolonga da região de Rincón del Tigre (Bolívia) até a região na divisa entre Mato Grosso e Rondônia (Figura 3). Segundo Ruiz (2006) esta faixa caracteriza-se por dois estágios tectônicos distintos: o primeiro, contracional, é responsável pela formação de dobras e cavalgamentos regionais, com metamorfismo associado, enquanto o segundo, extensional, está vinculado ao provável colapso orogênico, assinalado por zonas de cisalhamentos dúcteis normais ou transtracionais. De acordo com Ruiz et al. (2007), a natureza intracontinental do Cinturão Aguapeí é confirmada pela deformação e metamorfismo de baixo grau em parte do Grupo Aguapeí e do seu embasamento paleo- mesoproterozoico, bem como, pelos registros magmáticos, tipicamente intraplaca.

A Província Sunsás-Aguapeí é a unidade tectônica mais jovem do sudoeste do Cráton Amazônico e consiste de rochas geradas pela erosão de crosta continental antiga. No período de 1,3 e 1,0 Ga. ocorreu a deposição e subsequente deformação e metamorfismo destas rochas e do embasamento mais antigo. Na Bolívia ocorre o evento metamórfico associado ao magmatismo sintectônico, enquanto que no Brasil aparecem os granitos anorogênicos intrudidos nas rochas da Província Rondoniana-San Ignácio (Litherland et al., 1986).

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Figura 3. Mapa Tectônico do Sul/Sudoeste do Cráton Amazônico, com destaque para as Faixas Móveis Sunsás e Aguapeí e a granitogênese associada (Extraído de Ruiz et al. 2010).

Conforme Saes (1999) o Grupo Aguapeí encontra-se depositado sobre um amálgama de terrenos paleo a mesoproterozoicos, apresentando três estágios evolutivos bem demarcados: estágio Rifte (Fm. Fortuna), estágio de Sinéclise (Fm. Vale da Promissão) e estágio de inversão tectônica (Fm.

Morro Cristalina).

De acordo com Ruiz et al. (2007), as rochas magmáticas vinculadas à evolução da Faixa Móvel Aguapeí são, principalmente, tardi a pós-cinemáticas. Ruiz (2005) redefine a Suíte Intrusiva Guapé como um conjunto de plutons e batólitos rasos, isotrópicos a levemente orientados, leucocráticos, de granulação fina a média, composição monzogranítica a sienogranítica, peraluminosos, comumente portadores de muscovita e granada primárias. Fazem parte desta suíte os granitos Sararé (Araújo-Ruiz, 2003), Guapé (Barros et al., 1982), São Domingos (Menezes et al., 1993) e Guaporé (Ruiz, 2005). O mapa tectônico do Cráton Amazônico (Figura 3) mostra a

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localização das faixas móveis Sunsás e Aguapeí e os granitos a elas relacionados; a tabela 1 apresenta uma sinopse de dados geocronológicos e isotópicos dos granitos tipo Guapé/Sunsás.

Durante o estágio contracional do Cinturão Orogênico Aguapeí são observados estruturas tectônicas que demonstram caráter polifásico que atingiram os domínios Santa Barbara, Rio Alegre e Jaurú, onde foram reconhecidos 3 fases de deformação dentro do Grupo Aguapeí que alcançaram a fácies xisto-verde (Ruiz et al. 2007).

As zonas de cisalhamento dúcteis com cinemática normal (Zona de Cisalhamento Indiavaí- Lucialva, Piratininga, Caramujo e Corredor) que ocorrem na área do Cinturão Orogênico Aguapeí, é o que evidencia o estágio extencional que afetam os metassedimentos Aguapeí assim como seu substrato metamórfico.

De acordo com Ruiz et al. 2007, a natureza intracontinental do Cinturão Aguapeí é confirmada pela deformação e metamorfismo de baixo grau em parte do Grupo Aguapeí e do seu embasamento mesoproterozoico, bem como, pelos registros magmáticos, tipicamente intraplaca.

Conforme Ruiz et al (2007), análises Ar-Ar foram realizadas nas rochas do Grupo Aguapeí, indicando para os metassedimentos idades entre 908 a 925 Ma e para o embasamento retrabalhado 1027 a 918 Ma, o que sugeriu, para o estágio contracional e metamórfico do órogeno, um período de resfriamento em torno de 1030 a 910 Ma. Essas mesmas análises Ar-Ar em milonitos, no estágio extensional, indicaram valores entre 915 ± 3 Ma (Z.C. Indiavaí-Lucialva) e 923,3 ± 3 Ma (Z.C.

Piratininga).

O cinturão Orogênico Aguapeí tem a origem de suas rochas magmáticas de tardi a pós- cinemáticas, com algumas poucas excessões como o Granito Banhado que é sin-sinemático, e duas suítes ígneas são identificadas, uma máfica, hipoabissal, que é caracterizada pelos diabásios das soleiras e diques das Suítes Intrusivas Rancho da Prata, Salto do Céu e Huanchaca e outra plutônica identificada e representada pelos granitos da Suíte Intrusiva Guapé, onde se localiza o Granito São Domingos foco desse estudo (Ruiz, 2007).

Composta pelos Granitos Sararé, Guapé, São Domingos e Guaporé, a Suíte Intrusiva Guapé (Ruiz, 2005) é constituida por plutons alinhados, rasos, isotrópicos a orientados, leucocráticos, granulação fina a média, composição monzogranítica a sienogranítica, peraluminosos, comumente portadores de muscovita primária e granada.

Na Bolívia, Vargas Mattos (2010) caracteriza os granitoides Taperas, Cachuela, Primavera, Talcoso e Naranjito como faneríticos, com granulação média a grossa, salvo o granito Primavera, que apresenta uma granulação fina e originários no evento magmático Sunsás, conforme resultados das análises U-Pb (Tabela 1). A composição varia de granítica a granodiorítica do tipo I, metaluminoso,

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da série cálcio-alcalina formado em ambiente de arco magmático, sendo considerados como pré a sin- colisionais.

As idades U-Pb para os granitos Sararé (917 ± 18 Ma e ɛND -4,97) e São Domingos (914 ± 15 Ma e ɛND -2,00) indicam uma colocação tardi a pós-cinemática e fusão crustal na geração do magma parental para esses dois corpos da Suíte Intrusiva Guapé.

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Tabela 1. Dados geocronológicos e isotópicos dos granitóides da Suíte Intrusiva Sunsás (Bolívia)/Suíte Intrusiva Guapé(Brasil). Análises em (b) biotita, (m) muscovita, (s) sericita, (z) zircão e (rt) rocha.

(*dados deste trabalho.)

País Unidades litoestratigráficas

(Granitos) Referências

U-Pb Rb-Sr Sm-Nd K-Ar (Ma) Ar-Ar (Ma)

Idade (Ma) Idade (Ma) (87Sr/86Sr) TDM (Ga) εNd (0) εNd (T) Idade (b)

(Ma) (m)

Idade (Ma) (b)-(s)-(m)

BOVIA (Granitos Suns)

Litherland et al. (1986)

Tasseoro 991 ± 27

Taperas 935 ± 21

Boger et al. (2005) 1076 ± 18 (z)

Vargas-Mattos (2010) 1047 ± 24 (z) 1,71 -4,74 e -5,82

Casa de Piedra

Litherland et al. (1986) 1005 ± 12 (rt) 958 ± 27 911 ± 20

Casa de Piedra (dique) 884 ± 20

Casa de Piedra Darbyshire et al. (2000) 1,92 -4

Vargas-Mattos (2010) 1089 a 1030 -4,94 e -3,56

San Pedro (pegmatito)

Litherland et al. (1986)

730 ± 21 1.008 ± 22

San Javier (dique) 948 ± 21

Orobayaya (dique aplítico) 1078 ± 23

El Carmem (pegmatito) 972 ± 21

El Carmem Vargas-Mattos (2010) 1071 ± 34 (z) 1,80 -5,03

Naranjito Vargas-Mattos (2010) 1048 ± 19 (z) 1,75 -3,17 e -4,77

Primavera Vargas-Mattos (2010) 1,08 (z) 1,66 -0,59 e 8,52

BRASIL (Granitos Guapé)

Guapé Teixeira & Tassinari (1984) 835 e 900 (rt)

Guapé Menezes et al. (1993) 950 ± 40 (rt) 0,7029 ±

0,0013 852 ± 14

São Domingos

Geraldes et al. (2000) 936 ± 26 (z) 2,21 -7,1 e -7,6

São Domingos 930 ± 12 (z)

Sararé Araújo-Ruiz (2003) 907 ± 18 (z) 913 ± 6

903 ± 0,8 (b) 906,2 ± 1,2 (m) Sararé

Ruiz (2005) 2,9 -8,1 -4,97 910 ±7,9

905 ± 8,4 (b) 906,1 ± 0,8 (m)

Guapé e São Domingos -14

São Domingos

De Paulo (2005)

914,7 ± 2,7 (s)

Sararé

906 ± 6,4 (b) 902,8 ± 1,0 (s)

São Domingos Siqueira (2015)* 928 ± 5 (z) 1,58 -13 -2,9

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CAPÍTULO II

ARTIGO SUBMETIDO À REVISTA DE GEOCIÊNCIAS DA USP

GRANITO SÃO DOMINGOS: REGISTRO DE MAGMATISMO PÓS- TECTÔNICO DO ORÓGENO INTRACONTINENTAL AGUAPEÍ–SW DO CRÁTON

AMAZÔNICO

SÃO DOMINGOS GRANITE: POST-TECTONIC MAGMATISM REGISTRATION OF THE AGUAPEÍ INTRACONTINENTAL OROGEN – SW AMAZON CRATON GRANITO SÃO DOMINGOS: MAGMATISMO PÓS-TECTÔNICO DO ORÓGENO AGUAPEÍ

Luzia Helena Siqueira1,2,4,5; Maria Zélia Aguiar de Sousa1,2,4,5; Amarildo Salina Ruiz1,3,4,5; Gabrielle Aparecida de Lima4,5,6; Flávia Regina Pereira Santos 5,6; Maria Elisa Fróes Batata5; Jean Michel Lafon4,7

(1) Programa de Pós-Graduação em Geociências, Instituto de Ciências Exatas e da Terra – (ICET), Universidade Federal de Mato Grosso – (UFMT) – Avenida Fernando Corrêa, nº 2367, Bairro Boa Esperança.

CEP: 78060-900. Cuiabá-MT, Brasil. Fone: 65-3615-8951. E-mail: luh.siqueira5@gmail.com (2) Departamento de Recursos Minerais, ICET, UFMT. E-mail: prof.mzaguiar@gmail.com.br (3) Departamento de Geologia Geral, ICET, UFMT. E-mail: asruiz@gmail.com

(4) Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Geociências da Amazônia (GEOCIAM). Email:

geo.geociam@ufpa.br

(5) Grupo de Pesquisa em Evolução Crustal e Tectônica – Guaporé. Email: elisabatata@hotmail.com (6) Curso de Engenharia de Minas, IENG, UFMT. Email: gabilimagel@gmail.com; frpsantos@hotmail.com (7) Laboratório de Geologia Isotópica Pará-Iso. Instituto de Geociências, UFPA. Email: mlafon@ufmt.br

Número de palavras: 6.935; Número de Fíguras: 10; Número de Tabelas: 5.

RESUMO – O Granito São Domingos corresponde a um dos corpos da Suíte Intrusiva Guapé, localizado na Faixa Móvel Aguapeí, relacionado à Orogenia Sunsás, SW do Cráton Amazônico. Trata-se de um corpo com dimensões batolíticas de 150 Km² de área aflorante, levemente alongado segundo direção NE e localizado ao norte do distrito São Domingos, município de Jaurú, estado de Mato Grosso. Constitui-se de rochas holo a leucocráticas, de cor rosa-claro a cinza-rosado, isotrópicas, equi a inequigranulares, por vezes, porfiríticas e pegmatíticas, classificadas como Muscovita biotita monzo a sienogranitos tendo por vezes, granada e monazita como minerais acessórios primários e caracterizadas como granitos do tipo S ou Muscovite bearing Peraluminous Granitoids (MPG). Essas rochas apresentam restritos e elevados teores de sílica, caracterizando-as como muito evoluídas; formadas por magmatismo cálcio alcalino de alto K a shoshonítico, peraluminoso e ferroso. A idade U-Pb (SHRIMP) de 928 ± 5 Ma foi obtida em zircões ígneos, e coincide com idades U-Pb (TIMS) relatadas para este granito. A análise Sm-Nd indica uma idade modelo TDM de 1,58 Ga, e valor ɛND(0,93Ga) negativo (-2,90). Esses resultados indicam que o Granito São Domingos formou-se em um ambiente pós-tectônico, no final da Orogenia Sunsás, cuja origem magmática está associada ao retrabalhamento de crosta continental mesoproterozoica.

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Três padrões diferentes de ETR foram encontrados para esses litotipos, sugerindo a geração de magmas contemporâneos não cogenéticos, provenientes de fontes crustais distintas.

Palavras-Chave: Granito São Domingos; Granito tipo S; Faixa Aguapeí; Geoquímica;

Geocronologia U-Pb.

ABSTRACT – The São Domingos Granite is an intrusive body of the Guapé Intrusive Suite, located in the Aguapeí mobile belt, corresponding to a branch of the Sunsás Orogeny in SW Amazonian Craton. This body is considered as a batholith slightly elongated in the NE direction, which crops out over an area of ca. 150 km2. It is situated to the north of the São Domingos District, a municipality of the Jauru city, Mato Grosso State. It consists of hololeucocratic to leucocratic rocks ranging from pinky to pinky-gray. They are isotropic, ranging from equigranular to inequigranular grains, sometimes porphyritic and pegmatitic, classified as muscovite-biotite monzo to syenogranites. Sometimes they present garnet and monazite as primary accessory minerals. These features characterize them as S-type granites or Muscovite bearing Peraluminous Granitoides (MPG). The rocks contain high silica content, which characterizes them as very evolved, formed by high-K to shoshonitic, peraluminous, and ferrous calc-alkaline magmatism. A U-Pb age of 928 ± 5 Ma was obtained for one of the analyzed rocks, which agrees with previous U-Pb ages obtained for this granite.

Sm-Nd analysis indicates a TDM model age of 1.58 Ga, and negative ND value (-2.90). These results demonstrate that the São Domingos intrusion corresponds to a post tectonic environment, related to the Sunsás orogeny, whose magmatic origin is associated to re- working of the ancient continental crust. Moreover, three different ETR patterns were found for these lithotipes, suggesting the generation of contemporaneous non-cogenetic magmas, involving distinct crustal sources.

Keywords: São Domingos Granite; S type Granite; Geochemistry; Aguapeí Range; U-Pb Geocronology.

INTRODUÇÃO

A Orogenia Sunsás (1.2 a 0.90 Ga) corresponde ao evento responsável pela formação de três cinturões móveis (Nova Brasilândia, Sunsás e Aguapeí) que afetaram o SW do Cráton Amazônico, resultando na aglutinação do Supercontinente Rodínia. As Faixas Sunsás e Aguapeí são tectonicamente relacionadas e possivelmente retratam a convergência de um bloco continental situado a sul do Aulacógeno Tucavaca que atualmente está recoberto pelas bacias subandinas. O Cinturão Aguapeí, interpretado como uma Faixa Móvel Intracontinental por Ruiz et al. (2007) ou Cinturão de Dobras e Cavalgamento por Teixeira et al. (2010), apresenta deformação penetrativa, metamorfismo de fácies xisto verde e discreto plutonismo ácido. As intrusões graníticas reconhecidas como associadas ao Cinturão Aguapeí foram agrupadas por Ruiz (2005), Ruiz et al. (2007) e Teixeira et al. (2010) como Suíte Intrusiva Guapé.

Com base no mapeamento geológico sistemático e investigação petrográfica, geoquímica, geocronológica (U-Pb/SHRIMP) e isotópica (Sm-Nd) do Granito São Domingos, buscou-se compreender os processos petrogenéticos responsáveis pela geração deste magmatismo, assim como, o regime tectônico dominante durante a sua colocação.

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35 CONTEXTO GEOLÓGICO REGIONAL

O estágio de amalgamação e consolidação do Supercontinente Rodínia é caracterizado pela implantação de cinturões orogênicos acrescionários e colisionais em diversas áreas cratônicas do planeta. No setor sudoeste do Cráton Amazônico, abrangendo o oriente boliviano e parte de Mato Grosso, são reconhecidas as faixas móveis Sunsás e Aguapeí desenvolvidas no intervalo de 1.2 Ga a 0.95 Ga, as quais registram o estágio de formação do supercontinente Rodínia, na Província Sunsás-Aguapeí (Teixeira et al., 2010).

Do ponto de vista geodinâmico, a Faixa Móvel Sunsás (Litherland et al., 1986; Ruiz et al., 2007; Teixeira et al., 2010) corresponde a um cinturão orogênico marginal, com direção NWW, exibindo deformação polifásica, vergência tectônica de SW para NE, metamorfismo regional na fácies xisto verde e extensivo magmatismo granítico cálcio-alcalino atribuído à evolução de um arco magmático continental, precedido pela colisão continente-continente (Litherland et al., 1986; Ruiz et al., 2007; Teixeira et al., 2010; Vargas-Mattos, 2010). Tanto os grupos Sunsás e Vibosi, como o embasamento paleo a mesoproterozoico foram afetados durante a fase orogênica do cinturão móvel.

A Faixa Móvel Aguapeí é um cinturão linear, com aproximadamente 500 km de comprimento e 150 a 200 km de largura, orientado segundo a direção N20-40W, que se prolonga da região de Rincón del Tigre (Bolívia) até a região na divisa entre Mato Grosso e Rondônia (Figura 4). Esta faixa caracteriza-se por dois estágios tectônicos distintos: o primeiro, contracional, é responsável pela formação de dobras e cavalgamentos regionais, com metamorfismo associado e o segundo, extensional, está vinculado ao provável colapso orogênico, assinalado por zonas de cisalhamentos dúcteis normais ou transtracionais (Ruiz, 2005; Ruiz et al., 2007; Teixeira et al., 2010). De acordo com Ruiz et al. (2007), a natureza intracontinental do Cinturão Aguapeí é confirmada pela deformação e metamorfismo de baixo grau em parte do Grupo Aguapeí e do seu embasamento paleo-mesoproterozoico, bem como, pelos registros magmáticos, tipicamente intraplaca.

O Grupo Aguapeí encontra-se depositado sobre um amálgama de terrenos paleo a mesoproterozoicos, apresentando três estágios evolutivos bem demarcados: estágio Rifte (Fm.

Fortuna), estágio de Sinéclise (Fm. Vale da Promissão) e estágio de inversão tectônica (Fm.

Morro Cristalina (Saes, 1999).

As rochas magmáticas vinculadas à evolução da Faixa Móvel Aguapeí são, principalmente, tardi a pós-cinemáticas. Ruiz (2005) redefine a Suíte Intrusiva Guapé como um conjunto de plutons e batólitos rasos, isotrópicos a levemente orientados, leucocráticos, de granulação fina a média, composição monzogranítica a sienogranítica, peraluminosos, comumente portadores de muscovita e granada primárias. Fazem parte desta suíte os granitos Sararé (Araújo-Ruiz, 2003), Guapé (Barros et al., 1982), São Domingos (Menezes et al., 1993) e Guaporé (Ruiz, 2005). O mapa tectônico do Cráton Amazônico (Figura 4) mostra a localização das Faixas Móveis Sunsás e Aguapeí e os granitos a elas relacionados, a tabela 2 apresenta uma sinopse de dados geocronológicos e isotópicos dos granitos tipo Guapé/Sunsás.

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Figura 4. Mapa Tectônico do Sul/Sudoeste do Cráton Amazônico, com destaque para as Faixas Móveis Sunsás e Aguapeí e a granitogênese associada (Extraído de Ruiz et al. 2010b).

Referências

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