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EL PISCO NACIÓ EN CHILE. GÉNESIS DE LA PRIMERA DENOMINACIÓN DE ORIGEN DE AMÉRICA

PABLO LACOSTE

Santiagodo Chile: Ril editoReS, 2016. 438p., il., mapaS, iSBn 978-956-01-0295-9

Fruto do trabalho de investigação de uma equipa multidisciplinar e de mais de uma década de trabalho de campo, o livro El pisco nació en Chile. Génesis de la primera Denomi- nación de Origen de América constitui um importante contributo para a história da vitivi- nicultura do Chile, numa perspectiva socioe- conómica e cultural, ao estabelecer, com rigor histórico e científico, a identidade histórica do Pisco chileno (aguardente de uva), tido por vários autores como imitação de um produto, com o mesmo nome, fabricado no Perú.

A obra, solidamente fundada em documen- tação inédita, divide-se em duas partes e deza- nove capítulos. Na primeira parte (capítulos 1 a 12), aborda-se a origem do Pisco, ficando provada a sua origem no norte do Chile, na primeira metade do século XVIII. Analisam-se as várias regiões vitícolas chilenas entre 1545 e 1860, os principais mercados do século XVIII (Lima, Cuzco, Potosí, Río de la Plata), bem como o Pisco peruano e respectivos «problemas de identidade». É ainda aprofundado o desen- volvimento do sector, na perspectiva da produ- ção e da indústria do Pisco no Chile, nomeada- mente o fabrico, transporte e comercialização de utensílios, vasilhame e alambiques.

Na segunda parte (capítulos 13 a 19), tomando por base os registos de propriedade industrial e os debates parlamentares no Senado e na Câmara dos Deputados, desde a década de 1880 até inícios da década de 1930, Pablo Lacoste centra-se no crescimento do sector, na afirmação do Pisco como uma «iden-

tidade territorial», no conflito entre produtores e imitadores/ falsificadores, concluindo com o estabelecimento da Denominação de Origem

«Pisco Chileno», em 1931.

Partindo de documentação original, o autor procede a uma fundamentada revisão da prin- cipal bibliografia sobre o tema, desmontando a tese segundo a qual o Pisco chileno mais não é do que uma imitação de um produto estran- geiro. Desse modo, o livro constitui também uma contribuição fundamental no dirimir do conflito que tem oposto Chile e Perú pela Denominação de Origem e direitos de proprie- dade industrial do Pisco, num processo similar ao que se verificou no sector do vinho do Porto. Fica, dessa forma, concretizando o prin- cipal objectivo da investigação realizada e do livro agora publicado:

Submeter esse paradigma à crítica racional, a partir da evidência documental (…). Com base nos corpus documentais do Arquivo Nacio- nal de Santiago do Chile, dos registos de marca do Instituto Nacional da Propriedade Industrial e outras fontes, sustentamos que essas ideais não estão correctas e propomos uma tese nova, segundo a qual o pisco nasceu no Chile durante o século XVIII. Após dez anos de investigação, conseguimos compreender não apenas a origem do pisco chileno, mas redescobrimos também o património rural e o significado dos produtos campesinos, fenómeno de projecção continental.

Carla Sequeira

(CiTCeM)

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