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Módulos de Pesquisa. Direitos reservados ao autor. página 1

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Academic year: 2021

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Módulos de Pesquisa

Grupo A: “Os Primórdios da Vida Psíquica e a Clínica dos Primeiros Anos”

Em 22 de setembro de 2005, foi inaugurado este módulo de pesquisa vinculado à formação permanente. O foco de nossa atenção se dirige a este período inicial da vida psíquica buscando, à luz da psicanálise, constituir um campo de investigação e reflexão sobre a atuação do inconsciente na expressividade dos comportamentos dos bebês em interação com o ambiente. Muitos estudos apontam para a relação entre saúde e a qualidade das experiências iniciais de vida.

Na interlocução da psicanálise com outros saberes tem sido possível postular um novo estatuto para o bebê, conferindo ao mesmo um lugar de alteridade, corroborando o que muitos autores como Dolto, por exemplo, já preconizavam. Embora imaturos ao nascer, os seres humanos não são incapazes, têm suas competências e conseguem transformá-las em respostas. Desta forma influenciam os tipos de cuidados que lhes são oferecidos, indicando que há uma reciprocidade nas trocas que estabelecem. Assim, podemos pensar que, mesmo que totalmente receptivo ao campo do outro, o bebê está destinado à autonomia, apontando para um mais além do desejo de seus pais.

Neste contexto, o estudo do nascimento do sujeito e a clínica dos primeiros anos circunscrevem seu campo na circularidade que se estabelece entre a transmissão psíquica que o nascimento evoca, advinda do psiquismo dos pais e a singularidade de respostas expressas pelo bebê. Esta circularidade se materializa no cotidiano das interações, se manifesta nos atos diários do cuidar e propicia o nascimento do eu.

Por vezes, neste período, ocorrem dificuldades que resultam em sofrimentos que se expressam em manifestações psicossomáticas, diversas formas de somatizações ou em patologias mais graves como a psicose e o autismo.

Para o exercício de nossas atividades o núcleo conta com um grupo permanente de pesquisa, do qual fazem parte: Alba Senna, Angela M. Rabello, Clara Bar, Isabel C. Bogéa Borges, Karen Tannhauser, Maria de Fátima Amorim Junqueira, Margarida Maria Ferreira Guilhon e Regina Celi Bastos Lima.

A partir das questões levantadas no grupo, durante um ano e meio, foram promovidas atividades científicas abertas a todos, sob a forma de seminários de curta duração e mesas de discussão. Estas atividades permitiram aos interessados um conhecimento geral sobre o tema, oferecendo uma sustentação teórica e auxiliando na prática clínica.

Aos interessados em conhecer esta matéria em maior profundidade, encontram-se à disposição no acervo da biblioteca do CPRJ, os DVDs de todas as atividades científicas realizadas e ampla bibliografia devidamente catalogada, podendo ser acessada nesta home page através do link bibliografia do módulo de pesquisa.

Frente à solicitação de alguns colegas para participar deste espaço fizemos um desdobramento e hoje contamos também com: Aline de Leo M. dos Santos, Ana Maria Furtado, Flávia Averbug Zukin, Luiz Carlos de Oliveira Marinho,Maria de Fátima Junqueira Marinho,Luciana Brazil Lenz César,Maria Amélia Marques Seixas,Márcia Gaspar Gomes,Marlene Jesus de Barros,Sandra Mara de Mello Lopes,Sônia Ayres Loza Telleria,Tereza Cristina Carsalade,Valéria Rodrigues Dias Henningsen.

Nos dois próximos semestres (jul/dez. 2007 e mar/jun 2008) as atividades propostas pelo grupo apresentarão novo formato com a implantação de círculos de discussão sobre os projetos em andamento. Os membros do núcleo apresentarão seus trabalhos e convidarão profissionais com os

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quais possam fazer uma interlocução proporcionando uma orientação às pesquisas.

Núcleo Permanente do Grupo de Pesquisa Os Primórdios da Vida Psíquica – Clínica dos Primeiros Anos:

Alba Senna

(21) 2294 2899

albasenna@uol.com.br

Angela Rabello (21) 2522-4470

angelamr@uninet.com.br Clara Bar

(21) 2494 6305 clarabar@globo.com

Isabel C. Bogéa Borges (21) 2554 8150

bogea@domain.com.br Karen Tannhauser

(21) 9101 5241

kartann@hotmail.com

Maria de Fátima Amorim Junqueira

(21) 2556 8397

fjunk@centroin.com.br Margarida Guilhon

(21) 2522 2571

mguilhon@centroin.com.br

Regina Celi Bastos Lima (21) 2552 0396

reginacbl@hotmail.com

Programação Científica do Módulo de Pesquisa:

Os Primórdios da Vida Psíquica – Clínica dos Primeiros Anos

1º EVENTO

Mesa de Discussão 1

A Pesquisa em Psicanálise

Benilton Bezerra Silvia Zornig

Carlos Alberto Plastino

09 de março – sexta-feira, 16h30 às 18h

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2º EVENTO

Seminário de Curta Duração

A Transmissão Interrompida: notas sobre o trauma e seus destinos

Marylink Kupferberg - Psicanalista, Doutora em Psicologia Clínica PUC/RJ, Assistente de edição da Revista Psicologia Clínica da PUC/RJ

13 , 20 e 27 de abril - Sextas-feiras, 16h30 às 18h

3º EVENTO

Mesa de Discussão 2

" A Implicação Afetiva dos Profissionais que Cuidam dos Bebês"

Regina Orth de Aragão - Psicanalista, Pesquisadora do Laboratório de Psicopatologia Fundamental PUC/SP, ex- diretora da creche Cabo Frio/Brasília, ex- diretora do CINDI -Centro Integrado de

Desenvolvimento Infantil/Brasília, Membro Fundador e atual presidente da ABEBE - Associação Brasileira de estudos sobre o Bebê.

Ricardo Chaves – Pediatra

25 de maio, sexta-feira, 16h30 às 18h

4º EVENTO

Seminário de curta duração

"Filiação Adotiva e a Transmissão Transgeracional"

Lidia Levy - Psicanalista da SPID, Doutora em Psicologia Clínica PUC/RJ e Professora do Departamento de Psicologia PUC/RJ

15 de junho, sexta-feira, 16h30 às 18h

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Grupo B: "Dos casos difíceis às incursões metapsicológicas"

Nosso grupo de pesquisa iniciou-se a partir da necessidade de aprofundar questões teórico-clínicas dos casos discutidos em nossa oficina clínica. No final do primeiro semestre de 2005, entendemos que sua formalização como um grupo de pesquisa do CPRJ poderia contribuir para sistematizar um conhecimento que é gerado por membros da instituição em suas clínicas, mas que, nem sempre se transforma em pesquisa comunicável ou é socializado. Nossa impressão é que, com isso, tem se perdido um potencial bastante interessante de geração de conhecimento.

Como rito de passagem da transição de grupo informal de discussão para grupo de pesquisa, produzimos o documento Grupo de pesquisa no CPRJ: primeiras idéias. Nele reafirmamos que nenhum trabalho de pesquisa em psicanálise é possível sem a consideração de uma generalidade que se desdobra em vários planos de conhecimento que assumem, em última instância,a forma de conceitos e teorias, o que faz com que a prática psicanalítica não possa prescindir de um corpo teórico ou de alguma forma de conhecimento, mas também não possa se deixar aprisionar por ele.

No segundo semestre dedicamo-nos a delimitar nosso objeto de pesquisa.

Como nosso pano de fundo são nossos casos em atendimento, optamos por partir de um conceito bastante geral, o de casos difíceis. Esta denominação que vem dos primórdios da clínica psicanalítica nos trabalhos de Ferenczi pareceu interessante para denominar os casos que nos fazem ouvir o anteriormente inaudível, ou seja, aqueles que clamam, exigem ou propiciam mudanças teórico-clínicas. Com isto podemos dar conta tanto das mudanças do lado dos pacientes – novas doenças da alma, novas patologias – quanto de nossas formas de as acolher clinicamente.

Neste semestre começamos a nos familiarizar com a clínica dos traumatismos primários tal como desenvolvida por Roussillon e Green. Em janeiro, montaremos nosso programa de estudos para o ano que vem, esperando poder produzir estudos de nossos casos difíceis que tragam incursões metapsicológicas relevantes para serem socializadas no Fórum enquanto produção de nosso grupo de pesquisa. Participam de nosso grupo Fania Izhaki (coordenadora), Hedilane Coelho, Beatriz Chacur Mano e Ivan De Lanteuil.

Nossas reuniões têm sido às quartas-feiras às 8:00h. Apesar do horário, esperamos que mais alguns companheiros do Fórum venham trocar e produzir conosco.

Grupo C: "Escutando o corpo - Uma interlocução da psicanálise com a psicossomática"

"A psicanálise é o lugar de criação permanente e o psicanalista é o espectador privilegiado desse momento. Conforme Freud expôs em sua teoria estrutural: é o momento em que a carne se faz verbo, ou seja, em que id se transforma em ego (ou o isso se transforma em mim)".

Abran Eksterman.

Ao iniciarmos o nosso grupo de pesquisa, gostaríamos de poder partilhar com nossos colegas do CPRJ, a alegria e o entusiasmo que nos move nessa nossa nova empreitada. Ao aceitar esse desafio,

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voz para uma escuta de algo não simbólico, de um corpo que pode estar produzindo aquilo que Joyce Mc Dougal chamou, Pensamento Somático, expresso por funcionamentos arcaicos da natureza de sinais, e não de símbolos.

Recebemos em nossos consultórios cada vez mais pessoas que sofrem com a impossibilidade de nomear seus afetos. Transformar esses impasses da clínica moderna em busca de novas perspectivas é o que nos move, nos instiga e nos leva a querer produzir nesse grupo, um trabalho onde se possa ampliar a fronteira que existe entre a psicanálise e a psicossomática, criando um espaço para a interlocução entre esses dois saberes, visando dar conta de uma escuta que tornará compreensível os fenômenos psicossomáticos e daquilo que esta aquém do recalque e além do princípio do prazer.

Estaremos abordando e diferenciando conceitos cruciais, tais como: fenômeno psicossomático, somatização, doenças psicossomáticas, sintoma, inibição. Nossos interesses recairão sobre autores como Pierre Marty, Joyce Mc Dougal, Júlio de Melo entre outros, privilegiando ainda leituras em Freud, Ferenczi, Winnicott, Pierra Aulagnier, no que diz respeito às questões do corpo em psicanálise. Segundo alguns autores franceses e americanos, existem características comuns e freqüentes entre pacientes psicossomáticos, e elas apontam para uma forma peculiar de pensamento e de lidar com as emoções.

O termo alexitimia, criado para descrever a dificuldade com as emoções, vem do grego a=sem, lexis=palavra e thumos=a ânimo ou afetividade, significando, pois, ausência de palavras para nomear as emoções, determinando segundo Pierre Marty o que ele chamou de pensamento operatório. Para Pierre Marty o pensamento operatório esta ligado ao inconsciente, mas se comporta em relação ao mesmo como “um cego de nascimento”. Em suma, num nível tão baixo que não permite uma elaboração integrada da vida pulsional.Para Joyce Mc Dougal, na psicossomática existe uma estrutura semelhante à psicose, sendo que nessa o pensamento é delirante e naquela quem delira é o corpo.

Parece-nos, que o diálogo entre a psicanálise e a psicossomática é intermediado pela presença do psicanalista: a psicanálise escuta (o sujeito do inconsciente), a medicina ausculta o corpo e o psicanalista aproxima essas duas formas de expressão, traduzindo através do dialeto psicanalítico aquilo que é indizível e só se manifesta no corpo.

“Quando não há mais nada a perder refugia-se no corpo. O discurso do corpo é um protesto último e escandaloso, um não e uma ruptura definitiva”- Nedjma, autora do livro Amêndoa em resposta à pergunta: "A senhora acredita no erotismo como arma de resistência?" (Entrevistada por Juliana Iootty. O Globo de 30/10/04).

Nesse momento estamos em fase inicial de nosso trabalho, empenhados na constituição e organização do grupo. Posteriormente, a tempo, estaremos convidando a todos que quiserem participar, acolhendo as colaborações que possam vir, visando através de trocas o crescimento e a continuidade dessa pesquisa.

Carlos Augusto Belo Denise Cipriano Jabour Marcia Rechtman Rita Mac Dowell Ughetta Motroni

Referências

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