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Direito Penal. Parte Geral

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Academic year: 2022

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(1)

Direito Penal Parte Geral

AULA 1

GG CURSOS E CONCURSOS

Rodrigo Gomes

(2)

O princípio da legalidade está previsto no art. 5°, XXXIX da Constituição Federal e TAMBÉM está previsto no Código Penal, em seu art. 1°.

1- Princípio da legalidade

(Sentido AMPLO)

Art. 5°, XXXIX - não há crime sem lei anterior que o

defina, nem pena sem prévia cominação legal;

Art. 1º CP - Não há crime

sem lei anterior que o

defina. Não há pena sem

prévia cominação legal.

(3)

LEGALIDADE

RESERVA

LEGAL ANTERIORIDADE

Obs: Desdobramentos

(4)

Define que SOMENTE LEI (EM SENTIDO ESTRITO) pode definir condutas criminosas, estabelecer sanções penais e majorar

penas(penas e medidas de segurança) subdividido em 3 axiomas:

1.1- Princípio da Reserva Legal

(Sentido Estrito)

A LEI penal deve ser anterior ao fato que se pretende incriminar

Determina que a LEI É EXCLUSIVA para criação e revogação de tipos penais.Sendo VEDADO MP (Art.62, §1º, b da CF)

Não cabe analogia( diferente de interpretação analógica) em matéria penal salvo para beneficiar o agente( In Bonam Partem)

LEX PREVIA

LEX SCRIPTA

LEX STRICTA

(5)

Está previsto no no art. 5°, XL da Constituição Federal:

Logo, estabelece que não basta que a criminalização de uma conduta se dê por meio de Lei em sentido estrito, mas que esta lei seja anterior ao fato praticado.

1.2- Princípio da Anterioridade

Art. 5°, XL - a lei penal não retroagirá,

salvo para beneficiar o réu;

(6)

Parte da doutrina também denomina a Taxatividade como desdobramento do Princípio da Legalidade, pois também limita a função punitiva do Estado.

Com o axioma de “ LEX CERTA”, o Princípio impõe que na criação de tipos penais esses sejam CERTO, CLAROS e PRECISOS para assegurar a segurança Jurídica

e facilitar a compreensão.

Obs: Princípio da Taxatividade

(7)

Previsão constitucional:

3- Princípio da individualização da pena

Art 5ª, LVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:

a) privação ou restrição da liberdade;

b) perda de bens;

c) multa;*

d) prestação social alternativa;

e) suspensão ou interdição de direitos;

XLVII - não haverá penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

b) de caráter perpétuo;

c) de trabalhos forçados;

d) de banimento;

e) cruéis;

XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;

(8)

Esse princípio impede que a pena ultrapasse a pessoa do infrator com previsão no no art. 5°, XLV da Constituição Federal:

Todavia,isso não impede que os sucessores do condenado falecido sejam obrigados a reparar os danos civis causados pelo fato.

A obrigação de reparar o dano poderá ser repassada aos herdeiros, até o limite do patrimônio deixado pelo infrator falecido.ex: Indenização à vítima

4- Princípio da intranscendência da pena

Art. 5°, XLV - nenhuma pena passará da pessoa do

condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a

decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei,

estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite

do valor do patrimônio transferido;

(9)

A multa não é “obrigação de reparar o dano”, pois não se destina à vítima e sim ao fundo penitenciário determinada quantia em dinheiro.

A multa é espécie de PENA e não pode ser executada em face dos herdeiros, ainda que haja transferência de patrimônio. Neste caso, com a morte do infrator, extingue-se a punibilidade, não podendo ser executada a pena de multa.

ATENÇÃO!

PENA DE MULTA:

(10)

Traz que nenhuma pessoa pode ser considerada culpada (sofrendo com as consequências previstas em lei) antes do trânsito em julgado se sentença penal condenatória. Isso está previsto no art. 5°, LVII da CRFB/88:

A existência de prisões provisórias (prisões decretadas no curso do processo) não ofende a presunção de inocência, pois nesse caso não se trata de uma prisão como cumprimento de pena, mas sim de uma prisão cautelar, que garante o regular andamento do processo penal.

5- Princípio da presunção de inocência ou

presunção de não culpabilidade

LVII - ninguém será considerado

culpado até o trânsito em julgado de

sentença penal condenatória;

(11)

Há hipóteses em que o Juiz não decidirá de acordo com princípio do “in dubio pro reo”, mas pelo princípio do ‘in dubio pro societate”

Decisões de recebimento de denúncia ou queixa;

Decisãode pronúncia, no processo de competência do Júri, o Juiz decide contrariamente ao réu (recebe a denúncia ou queixa no primeiro caso, e pronuncia o réu no segundo) com base apenas em indícios de autoria e prova da materialidade.

Obs: ¨in dubio pro societate”

(12)

O Legislador não tem a faculdade de legislar, pois é obrigado a tratar dos assuntos

Vedações constitucionais a alguns crimes:

Art. 5º

XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

6- Mandados de Criminalização

Expresso

(13)

NÃO ESQUEÇA:

INAFIANÇABILIDADE IMPRESCRITIBILIDADE INSUSCETIBILIDADE GRAÇA E

ANISTIA

Todos

Somente R- AÇÃO (Racismo + AÇÃO de

grupos armados)

HTTT (Tortura, Terrorismo, Tráfico e

Hediondos)

(14)

É uma análise baseada em três pontos genéricos: Dignidade da Pessoa Humana, Vida e

Liberdade, ou seja, o legislador deve criminalizar condutas que leses bens jurídicos por mais que a CF não determine exxpressamente

Ex: Corrupção Eleitoral

6- Mandados de Criminalização

Implícito

(15)

A crise penitenciária deu causa a duas novas idéias, despenalização e a descriminalização.

Descriminalização significa que o crime deixa de existir;

Despenalização o crime continua existindo, conquanto inexista pena.

6.1- Despenalização/Descriminalização

(16)

A Constituição afirma que os menores de 18 anos são inimputáveis no Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.

Logo, não cometem crimes ficando sujeitos às normas do ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.

Para o STJ, Será considerado maior de idade no primeiro segundo da data do aniversário.

6.2- Menoridade Penal

Art. 228 CF. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.

(17)

PRINCÍPIOS

INFRACONSTITUCIONAIS

(18)

As condutas que ofendam minimamente os bens jurídico-penais tutelados não podem ser consideradas crimes, pois não são capazes de lesionar de maneira eficaz o

sentimento social de paz

M ínima ofensividade da conduta;

A usência de periculosidade social;

R eduzido grau de reprovabilidade;

I nexpressividade da lesão.

Logo, A inexpressividade deve ser da CONDUTA e do RESULTADO EXCLUINDO a TIPICIDADE

Ex:furto em pessoa pobre x furto em grande rede de mercado

1-Princ. Da INSIGNIFICÂNCIA

(19)

Parte da tolerância da sociedade sobre determinadas condutas e que estas não caracterizam um tipo penal.

Ex: Brincos, trotes acadêmicos.

Ainda que tipificada em Lei como crime(ex: ao colocar brincos em meninas ao nascer gera lesão corporal) quando não afrontar o sentimento social de Justiça exclui a tipicidade e automaticamente não é crime.

2- Princípio da Adequação social

(20)

Advém do caráter subsidiário do Direito Penal, ou seja, sua ‘atuação” somente ocorrerá caso seja absolutamente necessário e não foi possível resolver em outros ramos do Direito.

3- Princípio da Intervenção mínima

(21)

Não basta que o fato seja típico, pois é necessário que este fato ofenda, de maneira grave o bem jurídico protegido pela norma penal.

Logo, deve haver OFENSA ou EXPOSIÇÃO A RISCO do bem jurídico tutelado.

4- Princípio da Ofensividade/Lesividade

(22)

Para que a Pena cumpra sua função social, não pode desconsiderar as condições pessoais do agente

Princípio Constitucional implícito

Desdobramento da Individualização da Pena

5- Princípio da Proporcionalidade

(23)

Em relação à teoria geral da norma penal, assinale a alternativa correta.

A- Dentre os princípios gerais do Direito Penal, pode-se citar o princípio da exclusiva proteção de bens jurídicos e o princípio da intervenção mínima.

B- Os princípios só podem ser explícitos, ou seja, positivados no ordenamento jurídico.

C- O princípio da igualdade (ou da isonomia) não está previsto de maneira expressa na CF/1988.

D- O princípio da presunção de inocência (ou da não culpa) expresso na CF/1988 no artigo 5º, inciso LVII, determina que "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de

sentença penal condenatória". Destarte, não é aceitável a decretação (excepcional) de uma prisão temporária ou preventiva sobre alguém sobre o qual pairam indícios suficientes de autoria, mas que ainda não pode ser considerado culpado.

E- O princípio da ofensividade ou lesividade (nullum crimen sine iniuria) não exige que do fato praticado ocorra lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado.

Ano: 2018 Banca: FUNDATEC Órgão: PC-RS Prova: -

Escrivão e de Inspetor de Polícia - Tarde

(24)

a) Correta Dentre os princípios gerais do Direito Penal, pode-se citar o princípio da exclusiva proteção de bens jurídicos e o princípio da intervenção mínima.

b)Existem no ordenamento jurídico princípios implícitos sim. São exemplos deles:

Princípio da Proporcionalidade; Princípio da Razoabilidade e Princípio do Duplo Grau de Jurisdição.

c) Errado Tal princípio está sim previsto de forma expressa no art. 5º, caput, da CF.

d) Errado: Pode existir prisão temporária e preventiva ainda que não seja o acusado considerado culpado.

e) Errado Ele exige que do fato ocorra lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado

Gab: A

(25)

Assinale a alternativa que indica corretamente o princípio de direito penal pelo qual uma conduta legalmente tipificada não será considerada típica se for

tolerada e aceita pela sociedade.

A- princípio da legalidade

B- princípio da reserva legal

C- princípio da ulterioridade

D- princípio da adequação social

E- princípio da aplicação da lei penal

Ano: 2017 Banca: FEPESE

Órgão: PC-SC Escrivão de Polícia Civil

(26)

Ainda que tipificada em Lei como crime(ex: ao colocar brincos em meninas ao nascer gera lesão corporal) quando não afrontar o sentimento social de Justiça exclui a tipicidade e automaticamente não é crime.

Gab: D

(27)

Assinale a alternativa que indica corretamente o princípio de que o direito penal não deve se preocupar com condutas que, embora típicas, o resultado ocorrido a partir delas não é suficientemente reprovável a ponto de sujeitar ou haver a

necessidade do exercício do poder punitivo do Estado.

A- princípio do juiz natural.

B- princípio da reserva de lei.

C- princípio da insignificância.

D- princípio do exasperação da pena.

E- princípio da humanidade da pena.

Ano: 2017 Banca: FEPESE Órgão: PC-SC

- Agente de Polícia Civil

(28)

As condutas que ofendam minimamente os bens jurídico-penais tutelados não podem ser consideradas crimes, pois não são capazes de lesionar de maneira eficaz o sentimento social de paz

M ínima ofensividade da conduta;

A usência de periculosidade social;

R eduzido grau de reprovabilidade;

I nexpressividade da lesão.

Gab: C

(29)

BONS ESTUDOS!

GG CURSOS E CONCURSOS

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