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FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS – UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA

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Academic year: 2019

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FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS – UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA

Relatório Final

Mestrado Integrado em Medicina

Ana Teresa Pina Sardinha

Nrº de aluna - 2010174

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Índice

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Introdução

O 6º ano do Mestrado Integrado em Medicina (MIM) da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa constitui um ano profissionalizante, que engloba uma rotação de seis estágios parcelares nas principais especialidades médico-cirúrgicas e duas semanas dedicadas a um estágio opcional a ser escolhido pelo aluno, no meu caso a Psiquiatria. Em cada estágio, de acordo com o modelo de ensino tutelado, o aluno é integrado numa equipa médica e acompanha um tutor designado nas suas actividades diárias.

Comecei o meu ano no regime de Free Mover, na cidade de Belgrado, Sérvia, na Medicinski Fakultet Univerziteta u Beogradu (Belgrade Medical School) para onde fui por gostar do desafio de viver no estrageiro, principalmente num país culturalmente tão diferente. A sua história recente também me despertou profundo interesse, tendo passado por uma guerra que acabou há menos de 20 anos, cujo resultado foi a dissolução da ex-Jugoslávia. Por outro lado, na Faculdade de Belgrado não teria de aprender sérvio, já que dispõe de um curso de medicina completo em inglês, para estudantes estrangeiros. Lá decidi fazer os estágios de Cirurgia e de Pediatria. De regresso a Portugal, fiz os restantes estágios profissionalizantes pela seguinte ordem: Ginecologia e Obstetrícia, Medicina Interna, Saúde Mental, Medicina Geral e Familiar e por fim um Estágio Opcional; Este ano termina com a discussão do presente Relatório Final do Estágio, que consiste numa breve descrição das actividades desenvolvidas durante o 6º ano do MIM, sendo referente ao ano lectivo de 2015/2016.

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Corpo de Trabalho

3.1. Cirurgia (07/09/2015-16/10/2015)

O estágio profissionalizante de Cirurgia decorreu de 7 de Setembro de 2015 a 16 de Outubro de 2016. Foi o meu primeiro estágio em regime Free Mover, realizado sob a tutoria do Prof. Dr. Zoran Krivokapic; Foi um estágio muito interessante a vários níveis, embora também complicado, acima de tudo por causa da barreira linguística; Embora na Sérvia a aprendizagem de línguas seja muito valorizada, havendo muitos bom-falantes de inglês, deparei-me com situações de dificuldade de comunicação no hospital. O estágio intercalou entre bloco operatório, onde tive a possibilidade de observar inúmeras cirurgias, e serviço de urgência;

3.2. Pediatria (02/11/2015 – 27/11/2016)

Foi realizado em diferentes unidades do Hospital Pediátrico de Belgrado (Children's Hospital) com a tutoria da Prof. Drª Amira Peco-Antic; Durante estas 4 semanas passei por quatro diferentes unidades do hospital, sendo que não desenvolvi actividades de forma independente, novamente devido à barreira linguística; Comecei na neonatalogia, tendo passado na unidade de cuidados intensivos e de cuidados intermédios; De seguida fui para a unidade de Neurologia Pediátrica, tendo na 3ª semana passado pela unidade de internamento da Gastroenterologia Pediátrica e terminei na Cirurgia Pediátrica; Foi um estágio interessante do ponto de vista médico, sendo que tive a possibilidade de participar na colocação de uma sonda naso-gástrica e de uma algália, bem como na realização de exame objectivo ao recém-nascido.

3.3. Ginecologia-Obstetrícia (07/12/2015 – 15/01/2016)

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com a apresentação de um trabalho de grupo à escolha, sendo que o meu grupo apresentou o tema “Hemorragia Pós-Parto”.

3.4. Medicina Interna (26/01/2016 – 18/03/2016)

O estágio profissionalizante de Medicina Interna, sob a regência do Professor Doutor Fernando Nolasco e sob a orientação do Dr. José Ribeiro, decorreu no Serviço de Medicina 1.2 do Hospital S. José. Estes dois meses permitiram a passagem pela enfermaria, consulta externa e serviço de urgência, com grande destaque para a primeira. Diariamente, eram-me atribuídos sempre dois ou três doentes para observação, realização de exame objectivo, escrever os respectivos diários clínicos e comunicar com a equipa de enfermagem e diferentes serviços e especialidades e posterior discussão dos doentes com o médico responsável da equipa. Fiz requisição, registo e interpretação de exames complementares de diagnóstico, escrevi notas de alta e de entrada, e observei e realizei vários procedimentos práticos como punções venosas e gasimetrias. No serviço de urgência várias patologias de diferentes graus de gravidade, onde destaco a minha participação individual na marcha diagnóstica de casos clínicos de mais fácil resolução. Também assisti a aulas teóricas incluídas na unidade curricular e assisti a várias sessões clínicas, apresentações de artigos científicos em forma de Journal Club e discussão de exames complementares de diagnóstico em sessões de neurorradiologia, imagiologia e ECG. No final do estágio, o meu grupo elaborou e apresentou um trabalho, “Síndrome Febril Indeterminado”;

3.5. Saúde Mental (21.03.2016 – 22.04.2016)

O estágio profissionalizante de Saúde Mental, sob a regência do Prof. Doutor Miguel Xavier, decorreu no Hospital Júlio de Matos, sob a tutoria do Dr. Henrique Prata. O estágio teve início com uma componente teórico-prática sob a forma de seminários, leccionados, na Faculdade de Ciências Médicas, pelo regente Prof. Doutor Miguel Xavier, abordando situações clínicas frequentes no contexto da especialidade.

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relacionados com a prática clínica na saúde mental, às consultas externas e à realização de entrevistas aos doentes internados e aos respectivos familiares, gostaria no entanto de ter tido visto mais internamentos compulsivos e descompensações de patologia psiquiátrica. Concluí o estágio com a realização de uma história clínica.

3.6. Medicina Geral e Familiar (26/04/2016 – 20/05/2016)

O estágio profissionalizante de MGF, sob a regência da Professora Doutora Isabel Santos, decorreu na USF do Vale do Sorraia, sob a tutoria do Dr. Carlos Ceia.

Ao longo destas semanas, assisti diariamente a consultas de patologia aguda, de saúde de adultos, de saúde infantil, de planeamento familiar, de saúde materna e de patologia específica

(hipertensão arterial e diabetes mellitus). Foi-me proporcionada a oportunidade de realizar

consultas autonomamente, com a realização da abordagem inicial ao doente, seguido do exame objetivo, pedido dos meios complementares de diagnóstico, e proposta de uma terapêutica, sob a orientação do meu tutor. Também realizei procedimentos práticos como medição da altura uterina, auscultação fetal, colpocitologia e toque rectal. Tive também oportunidade de participar em duas visitas domiciliárias. O estágio finalizou-se com a realização e discussão do Diário do

Exercício Orientado.

3.7. Estágio Opcional: Psiquiatria

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discussão de diversos temas. Na reunião que presenciei discutiu-se o conceito de “Medicina Narrativa” e as lacunas da medicina moderna.

Reflexão Crítica

A última etapa do MIM, o 6º ano de curso, tem como objectivo preparar o aluno de Medicina para o seu futuro internato médico profissional, a iniciar-se em breve. Por isso, os estágios, ao longo do ano, procuram fornecer os conhecimentos, competências e, sobretudo, a experiência, necessários para dar esse salto. São, portanto, estágios diferentes dos estágios efectuados em anos prévios, sobretudo em termos da responsabilidade, maturidade e iniciativa que devem ser exigidos aos alunos do 6º ano do MIM. Daí, ser essencial, para que esses objectivos sejam alcançados, os alunos sentirem-se integrados, da melhor forma possível, em cada um dos serviços por que passam, ao longo do ano. Por seu lado, os alunos não devem esquecer-se de cumprir a sua parte, mostrando o interesse devido na realização das tarefas e a capacidade de aplicar os conhecimentos adquiridos durante os estágios. Mas, ao mesmo tempo, é necessário que o serviço que recebe o estudante, esteja preparado para o guiar durante o estágio e se disponibilize para lhe dar as oportunidades de que necessita para crescer como futuro médico e como pessoa.

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confortável e bem-vinda, como também pela experiência “rural” que me foi proporcionada em Coruche. Já o estágio de Saúde Mental, pelo qual ansiei o ano inteiro, não foi ao encontro das minhas expectativas por várias razões: fiquei entregue a um interno de 2º ano, e não a um especialista, pelo que não aprendi tanto como gostava, e, em 4 semanas, vi apenas 2 doentes internados na unidade, sendo que já ambos tinham revertido o seu quadro psicótico. Porém, o facto de ficar a conhecer o funcionamento e dinâmica de um hospital psiquiátrico foi muito proveitoso. Quanto ao estágio de Ginecologia e Obstetrícia, no Hospital Vila Franca de Xira, embora me tenha ajudado a sedimentar os meus conhecimentos de saúde da mulher e saúde materna, teve momentos com muito pouca actividade, essencialmente durante o Serviço de Urgência.

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medicar condições mais complicadas, mas o curso não nos dá bases de nutrição ou de medicina natural para patologias mais simples. É um conhecimento que está mais ou menos acessível e difundido pela população, acerca dos alimentos bons e maus para a saúde, mas não exploramos ao pormenor os seus potenciais curativos. Por outro lado, o curso de Massagem Terapêutica permitiu-me conhecer o corpo humano de outra forma: não só revi estruturas musculares e ósseas já aprendidas no 1º ano do curso, como as conheci pelo toque. É uma forma de conhecimento do doente muito diferente, mais intimista, criando-se uma relação de muita confiança. Penso que ambos estes cursos foram não só um complemento importante para o meu conhecimento médico, como também me ajudaram a perder o estigma existente em torno das medicinas alternativas em geral.

Foi, de resto, um ano em que me senti dominada por um ligeiro estado de ansiedade, talvez por se aproximar o fim do curso e o início da vida profissional. As decisões e momentos importantes avizinham-se. Temos outra formação à nossa espera. Começamos a questionar o que gostamos e não gostamos. Há áreas da Medicina que me fascinam mais do que outras, e este ano foi essencial para deixar isso bem claro. Sempre tive dúvidas, se Psiquiatria seria uma especialidade para mim, mas agora já é mais do que certo. É sobretudo a vertente de psicoterapia e da relação médico-doente que me desperta maior interesse. A Medicina Geral e Familiar possui igualmente esta dimensão e continua, por isso, a ser uma opção em aberto, nomeadamente pela importância dada à prevenção primária, na sua prática. Em suma, para mim, o ideal, no futuro, seria conseguir praticar uma medicina de convergência da medicina tradicional com as medicinas alternativas, mesmo dentro do campo da psicoterapia.

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Anexos

1. Curso de Fitoterapia

Referências

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