• Nenhum resultado encontrado

Arq. Bras. Oftalmol. vol.63 número2

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Arq. Bras. Oftalmol. vol.63 número2"

Copied!
1
0
0

Texto

(1)

ARQ. BRAS. OFTAL. 63(2), ABRIL/2000 - 165

Várias

CARTA AO EDITOR

Residência Médica: o começo de uma longa jornada*

A educação continuada em Oftalmologia não somente se faz necessária, mas imprescindível para a atualização de co-nhecimentos e aplicação de condutas de forma segura e corre-ta. O que é correto hoje, não é mais válido amanhã. O conhe-cimento corre a passos gigantescos e acompanhar todo este avanço tecnológico e científico é um verdadeiro desafio.

Será realmente que três anos de residência médica são capazes de abranger a avalanche de conhecimentos novos que se impõem a cada instante? Será que a extensão da residência médica por 4, 5, 6 ou mais anos é a solução? Por outro lado, a especialização também torna-se necessária num mundo alta-mente competitivo. Entretanto, quanto mais se especializa, mais sabe-se de um aspecto e menos de um todo. E a visão do todo; para onde vai? Como garantir conhecimento mínimo e atual, correto e seguro em todas as áreas da Oftalmologia na cabeça diária de cada oftalmologista?

Os Estados Unidos tentam responder a estas perguntas realizando anualmente um exame de conhecimentos em Oftal-mologia (OKAP) que é aplicado a todos os residentes de 1º ano, 2º ano e 3º dos 126 programas de residência de Oftalmolo-gia espalhados por todo o país. A bibliografia miníma reco-mendada são os 12 livros da coleção da Academia Americana de Oftalmologia. A nota de cada R1 é comparada com as notas dos outros R1 do país inteiro, as dos R2 com todos R2, e as dos R3 com os R3. A nota sai em percentil para o candidato e para o coordenador do programa. Assim sendo, cada coordenador utiliza a nota desta prova como instrumento de acompanha-mento do desempenho anual dos residentes que ele irá formar e, desta maneira, propõe e implementa melhorias em ensino e educação em seu serviço. Os resultados destas provas anuais servem como um dos critérios para o ingresso dos residentes aos diversos programas de fellowship.

Ao final da residência, ocorre o Board escrito de

Oftalmo-logia, que como a prova do Título de Especialista em Oftal-mologia pelo Conselho Brasileiro de OftalOftal-mologia, engloba conhecimentos gerais de Oftalmologia. Os candidatos aprova-dos neste exame, passam no ano seguinte para a segunda fase e mais temida do Board: a oral. É um dia inteiro de arguição oral com 10 professores, um de cada área, tendo a difícil tarefa de testar conhecimentos. O teste oral se dá através de pacien-tes, slides, perguntas, demonstração de propedêutica, e assim por diante. É um verdadeiro desafio e stress. Aqueles que passam nestas duas fases, recebem o tão sonhado TÍTULO de especialista e estão aptos para o exercício da Oftalmologia. Os reprovados preparam-se para a prova do ano seguinte.

Ano passado foi criada a lei da revalidação do Título Americano de Oftalmologia a cada 10 anos. Ao que parece, os candidatos deverão preencher certo número de créditos míni-mos anuais que são conseguidos através da participação em congressos, simpósios, jornadas e após este período de 10 anos, novamente farão prova escrita e oral. Os que foram aprovados continuam exercendo; os reprovados passarão obrigatoriamente por curso de atualização.

Atualmente também já se fala em prova de Título “especí-fica” para as diferentes áreas da oftalmologia: Retina, Glaucoma, Córnea e cirurgia refrativa, Estrabismo, Plástica ocular, Neuroftalmologia, tumores oculares, órbita., etc Os americanos até criaram uma expressão que resume bem o panorama atual: “so much information, so little time” or “a life is not enough to get all the stuff!”.

A revolução na tecnologia da informação e da atualização de conhecimentos está aqui, bem diante de nossos olhos e veio com certeza para ficar. Qual será a mais pertinente solução para acompanhar a aquisição de informação obrigatória cada vez mais freqüente, rápida e correta?

Luiz Henrique Schurig Fernandes

Ex-Retina Fellow do Manhattan Eye, Ear and Throat Hospital e do Vitreous-Retina-Macula Consultants of New York

Referências

Documentos relacionados

Por exemplo, pouco se sabe sobre o papel da in- tervenção sobre o estilo de vida e da terapêutica farma- cológica, após a intervenção cirúrgica, na manutenção da remissão

Assim, em doentes submetidos a estes fármacos é fundamental a monitorização através da DMO e/ou dos marcadores bioquímicos da remodelação óssea, a

Patients and Method: A group of 14 one-year-old children (selected from 761 preterm children born at the Hospital São Paulo of the Universidade Federal de São Paulo between 1988

No grupo placebo, somente 25% melhorou a acuidade visual, não havendo melhora significativa da visão após uma semana de tratamento.. aumento da freqüência dos pacientes que melhoraram

laser in situ keratomileusis (LASIK) in treating residual myopia and/or astigmatism following refractive keratotomy. Methods: Fourteen eyes that had

O livro "Auxiliar do Oftalmologista" de autoria de Regina Carvalho de Sales Oliveira, Auxiliar de Oftalmologia e Peda- goga pela Universidade de São Paulo, e Newton Kara

Primei- ros pacientes do Estado do Rio de Janeiro tratados com a enzima recombinante Agalsidase Beta (Fabrazime). Rev Bras Oftalmol.. Arq Bras Oftalmol. 70, nº 5, páginas 809-813) li

Jacques Tupinambá, foi figura de desta- que na Oftalmologia Nacional, Diretor do Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo e Professor de Oftal- mologia da Faculdade