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SAMARA FIDELIS CEZARIO ANÁLISE DOS POTENCIAIS IMPACTOS NOS INDICADORES FINANCEIROS DA GOL LINHAS AÉREAS INTELIGENTES COM A ADOÇÃO DA IFRS 16 - LEASES

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – CCSA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS – DCC CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

SAMARA FIDELIS CEZARIO

ANÁLISE DOS POTENCIAIS IMPACTOS NOS INDICADORES FINANCEIROS DA GOL LINHAS AÉREAS INTELIGENTES COM A ADOÇÃO DA IFRS 16 - LEASES

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SAMARA FIDELIS CEZARIO

ANÁLISE DOS POTENCIAIS IMPACTOS NOS INDICADORES FINANCEIROS DA GOL LINHAS AÉREAS INTELIGENTES COM A ADOÇÃO DA IFRS 16 - LEASES

Monografia apresentada ao Departamento de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis

Orientador: Prof. Msc. Rodolfo Maia Rosado Cascudo Rodrigues

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Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA

Cezario, Samara Fidelis.

Análise dos potenciais impactos nos indicadores financeiros da Gol linhas aéreas inteligentes com a adoção da IFRS 16 - LEASES / Samara Fidelis Cezario. - Natal, 2017.

41f.: il.

Orientador: Prof. Me. Rodolfo Maia Rosado Cascudo Rodrigues. Monografia (Graduação em Ciências Contábeis) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Ciências Contábeis.

1. Indicadores financeiros - Monografia. 2. Leasing - Monografia. 3. - International Financial Reporting Standards (IFRS 16) - Monografia. I. Rodrigues, Rodolfo Maia Rosado Cascudo. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

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SAMARA FIDELIS CEZARIO

ANÁLISE DOS POTENCIAIS IMPACTOS NOS INDICADORES FINANCEIROS DA GOL LINHAS AÉREAS INTELIGENTES COM A ADOÇÃO DA IFRS 16 – LEASES

Monografia apresentada ao Departamento de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis

Aprovado em: 28/11/2017

BANCA EXAMINADORA

________________________________________ Prof. MSc. Rodolfo Maia Rosado Cascudo Rodrigues

Orientador

________________________________________ Prof. Dr. Clayton Levy Lima de Melo

Examinador

________________________________________ Prof. MSc. Luís Manuel Esteves da Rocha Vieira

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AGRADECIMENTOS

A Deus, em primeiro lugar, por me dá forças para seguir com meus objetivos e não pensar sequer em desistir, mesmo diante das dificuldades ao longo desses anos de graduação.

À minha família, em especial a meus pais, Lúcia Carlos Fideles Sezario e Severino Cezario, por todo apoio e compreensão.

Aos docentes do curso de Ciências Contábeis pelos conhecimentos e experiências transmitidas, sobretudo ao meu orientador, Rodolfo Maia Rosado Cascudo Rodrigues, pela ajuda no presente trabalho e por colaborar para que esse ciclo da minha vida acadêmica seja encerrado.

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“Não é sobre chegar no topo do mundo e saber que venceu, é sobre escalar e sentir que o caminho te fortaleceu”.

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RESUMO

O International Accounting Standards Board (IASB) juntamente com o Financial Accounting Standards Board (FASB) uniram-se em um projeto para propor mudanças quanto ao tratamento do leasing, cujo resultado dessa parceria foi a elaboração e emissão da IFRS 16 – Leases. Devido à iminente obrigatoriedade da referida norma, a partir de 01 de janeiro de 2019, esse trabalho objetiva analisar o potencial impacto nos índices financeiros da empresa do setor aéreo, a Gol Linhas Aéreas Inteligentes S.A., em função da nova forma de contabilização dos arrendamentos. Para tanto, foram ajustados o balanço patrimonial e a demonstração do resultado do exercício (DRE), a partir das informações constantes nas notas explicativas acerca dos leasings operacionais. Após ajustados os demonstrativos contábeis, calcularam-se os índices de liquidez, estrutura de capital e rentabilidade, antes e após os efeitos da nova norma. Os resultados demonstraram que a capitalização dos leasings operacionais provocou reflexos no balanço patrimonial e DRE, acrescendo o ativo, passivo, patrimônio líquido, bem como o lucro consolidado da Gol. Em relação aos indicadores financeiros, as maiores variações podem ser visualizadas na Imobilização do Patrimônio Líquido (241,11%), Participação de Capital de Terceiros (64,29%) e Liquidez Geral (-38,71%), mostrando uma piora desses três índices e como consequência afetando negativamente a empresa.

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ABSTRACT

International Accounting Standards Board (IASB) and Financial Accounting Standards Board (FASB) joined in a project to propose changes in the leasing treatment, the result of this partnership was the development and issuance of IFRS 16 - Leases. Due to the imminent mandatory of this standard, which will start in January 1, 2019. This work aims to analyze the impact on the financial indices of the airline company, Gol Linhas Aéreas Inteligentes S.A., due to the new standard of accounting for the leases. For this purpose, the balance sheet and income statement (IS) for the year 2016 were adjusted based on the information contained in the explanatory notes on operating leases. After adjusting the financial statements, the liquidity, capital structure and profitability ratios were calculated before and after the effects of the new standard. The results showed that the capitalization of operating leases resulted in a reflection in the balance sheet and IS, adding assets, liabilities, shareholders' equity, as well as Gol's consolidated profit. Regarding financial indicators, the largest variations can be seen in Immobilization of Net Equity (241.11%), Third Party Equity Participation (64.29%) and General Liquidity (-38.71%), showing a worsening of these three indexes and as a consequence negatively affecting the company.

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LISTA DE FIGURAS

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LISTA DE QUADROS

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LISTA DE TABELAS

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AT – Ativo Total

BACEN – Banco Central do Brasil

CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis DFC - Demonstração do Fluxo de Caixa

DRE – Demonstração do Resultado do Exercício ED - Exposure Draft

EUA – Estados Unidos da América

FASB - Financial Accounting Standards Board IAS - International Accounting Standards

IASB - International Accounting Standards Board IFRS - International Financial Reporting Standards IPL - Imobilização do Patrimônio Líquido

LG – Liquidez Geral MB - Margem Bruta ML - Margem Líquida P – Passivo

PCT - Participação de Capital de Terceiros PL – Patrimônio Líquido

ROA - Retorno Sobre o Ativo ROE - Retorno Sobre o Patrimônio

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 13 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA ... 13 1.2 OBJETIVOS ... 15 1.2.1 Geral ... 15 1.2.2 Específicos ... 15 1.3 JUSTIFICATIVA ... 15 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 18

2.1 BREVE HISTÓRICO DA REGULAMENTAÇÃO DAS OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTOS MERCANTIS ... 18

2.2 TRATAMENTO DO LEASING: ANTES E APÓS A ADOÇÃO DA IFRS 16 ... 20

2.2.1 Conceitos de leasing ... 20

2.2.2 Reconhecimento inicial ... 22

2.2.2 Mensuração subsequente ... 23

2.3 EFEITOS DA IFRS 16 NAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ... 24

2.4 ESTUDOS ANTERIORES ... 25

3 METODOLOGIA ... 29

3.1 UNIVERSO E AMOSTRA ... 29

3.2 COLETA DOS DADOS ... 30

3.3 TRATAMENTO DOS DADOS ... 30

4 ANÁLISE DOS DADOS ... 31

4.1 ANÁLISE DO BALANÇO PATRIMONIAL E DRE ... 31

4.2 ANÁLISE DOS INDICADORES FINANCEIROS ... 34

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 36

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1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA

As demonstrações contábeis de uma entidade representam sua posição patrimonial, financeira e desempenho, com o fim de promover informação útil a inúmeros usuários, auxiliando-os em suas avaliações e tomada de decisões (CPC 26, 2011). Assim, as demonstrações contábeis elaboradas por qualquer empresa devem refletir a real situação em que esta se encontra. No entanto, mesmo seguindo a norma contábil, a forma como determinado ativo, passivo, despesa ou receita são reconhecidos podem não estar apresentando de forma fidedigna a realidade da entidade, como é o caso do tratamento atual do arrendamento mercantil operacional ou leasing operacional.

Elaborado tomando por base a International Accounting Standards (IAS) 17 – Leases, o Pronunciamento Técnico CPC 06 (R1) – Operações de arrendamento mercantil, é a norma brasileira responsável por determinar as políticas contábeis e divulgações adequadas das atividades de arrendamentos mercantis, para arrendatários e arrendadores (CPC 06, 2010).

De acordo com o disposto no CPC 06 (R1) (2010), o leasing é classificado em duas modalidades: financeiro e operacional, distinguindo-se à medida em que os riscos e benefícios atrelados à propriedade do bem arrendado são repassados para o arrendatário ou prosseguem com o arrendador. Desse modo, no caso do arrendamento mercantil operacional esses riscos e benefícios não são transferidos para o arrendatário, permanecendo, então, com o arrendador, ao passo que, o arrendamento mercantil financeiro transmite de forma substancial os riscos e benefícios para quem está arrendando o bem.

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Justamente, por não reconhecer os leasings operacionais em seu balanço patrimonial, a IAS 17 tem sido alvo de críticas por parte dos usuários das informações contábeis, uma vez que as demonstrações financeiras das empresas que possuem contratos de arrendamentos operacionais significativos não estão expondo completamente a verdade (ÖZTÜRK; SERÇEMELI, 2016). Para os autores, o fato do arrendamento operacional não estar inserido no balanço da companhia faz com que o passivo e a rentabilidade sejam vistas com valores menores do que deveriam estar apresentados.

Em virtude das críticas recebidas e por entender que as informações referentes aos leasings operacionais não possuíam transparência e não atendiam as necessidades dos usuários das demonstrações financeiras, o International Accounting Standards Board (IASB) e o Financial Accounting Standards Board (FASB) iniciaram um projeto em parceria, com o intuito de melhorar o relatório financeiro relativo as operações de leasings de acordo com o International Financial Reporting Standards (IFRS) e os Princípios Contábeis Geralmente Aceitos nos Estados Unidos (IASB, 2016).

Dessa forma, em janeiro de 2016 o IASB emitiu a IFRS 16, que determina as regras para reconhecimento, mensuração e divulgação dos arrendamentos. A nova norma extingue a classificação dos arrendamentos em financeiros e operacionais, exigindo que estes sejam reconhecidos nas demonstrações financeiras, com exceção de ativos de baixo valor ou de curto prazo (IASB, 2016).

Embora, a capitalização de quase todos os arredamentos vise a apresentação de informações contábeis mais transparentes, Fitó, Moya e Orgaz (2013) demonstraram em seu estudo uma resistência por parte das empresas em relação a proposta do IASB, devido à complexidade e aos custos de implementação esperados. Além disso, a relutância das empresas em não reconhecer os arrendamentos operacionais no balanço patrimonial pode ser atribuída ao aumento dos passivos financeiros, fato este que demonstra um alto nível de endividamento da entidade, principalmente se a organização possuir um número significativo de contratos de leasings operacionais.

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nova forma de contabilização do arrendamento mercantil a partir da adoção da IFRS 16?

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Geral

Analisar os potenciais impactos nos indicadores financeiros da empresa do setor aéreo listada na Brasil Bolsa Balcão – B3, a Gol Linhas Aéreas Inteligentes S.A., com a nova forma de contabilização do arrendamento mercantil a partir da adoção da IFRS 16.

1.2.2 Específicos

De modo a alcançar o objetivo geral delimitado para esta pesquisa são expostos os seguintes objetivos específicos:

 Ajustar os valores das contas do balanço patrimonial e DRE relativos ao exercício de 2016.

 Calcular os índices financeiros (de liquidez, estrutura de capital e rentabilidade) da companhia aérea, antes e após os demonstrativos ajustados.

 Comparar os índices financeiros, antes e após a adoção da IFRS 16.  Verificar os possíveis impactos provocados pela IFRS 16.

1.3 JUSTIFICATIVA

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No ano de 2005, a Securities and Exchange Commission (SEC) estimou que 1,25 trilhões de dólares concernentes aos leasings não foram divulgados no balanço patrimonial das empresas públicas dos Estados Unidos. Já no ano de 2014, a estimativa realizada pelo IASB mostrou que quase 3,3 trilhões de dólares dos contratos de arrendamentos estavam excluídos das demonstrações financeiras das companhias que aplicam as IFRS e os Princípios Contábeis Geralmente Aceitos nos Estados Unidos (IASB, 2016).

Otimista quanto aos benefícios gerados pela IFRS 16, o IASB espera que a aplicação da norma proporcione melhorias significativas quanto ao nível de comparabilidade entre as companhias, dado que essas entidades irão reconhecer ativos e passivos para quase todos os contratos de arrendamentos e mensurá-los da mesma maneira, resultando na apresentação de demonstrações contábeis capazes de retratar as diferentes decisões operacionais tomadas por empresas distintas (IASB, 2016).

A comparabilidade, juntamente com a verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade compõem as características qualitativas de melhoria da informação contábil-financeira (CPC 00, 2011). Conforme o exposto no Pronunciamento Técnico CPC 00 (R1) (2011), como as decisões dos usuários são pautadas em escolhas entre alternativas, as informações divulgadas pelas entidades, através das demonstrações contábeis, terão uma maior utilidade se puderem ser comparadas com informações similares de outras empresas ou pela mesma empresa em períodos diferentes. Nesse sentido, a IFRS 16 mostra-se relevante, visto que provavelmente aperfeiçoará a comparabilidade entre as organizações, trazendo avanços nesse aspecto tão importante para uma informação de qualidade.

O Pronunciamento Técnico CPC 00 (R1) também destaca que para ser útil a informação não precisa somente ser relevante, é necessário também representar de forma fidedigna o fenômeno que se propõe a retratar (CPC 00, 2011). Todavia, as regras vigentes que disciplinam as operações de leasings não estão representando as transações da empresa fidedignamente ao caracterizar o arrendamento operacional como um item off-balance (fora do balanço).

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registro dos arrendamentos operacionais no balanço da arrendatária. Para os autores esse registro tem influência significativa nos indicadores de desempenho dessas empresas, além de proporcionar uma maior transparência para as demonstrações contábeis e influenciar o processo de tomada de decisão dos usuários.

É importante ressaltar que para uma representação fidedigna, a essência sobre a forma deve prevalecer, ou seja, as transações de uma organização devem ser contabilizadas conforme a substância e realidade econômica, e não somente considerando a sua forma legal. Iudícibus et al. (2010) afirma que a prevalência da essência sobre a forma constitui um conceito fundamental, tornando a contabilidade rica e informativa para administradores, investidores, credores, empregados, governo e a sociedade em geral.

Em casos de discrepância entre a forma jurídica e a essência econômica de determinada operação, a contabilidade deve dar prioridade a essência sobre a forma (IUDÍCIBUS, 2009). Portanto, nas operações de arrendamentos mercantis um dos pontos fundamentais a serem considerados é exatamente a questão da primazia da essência sobre a forma (SOUZA, 2013).

Sendo assim, dado a relevância da comparabilidade, representação fidedigna e transparência para a qualidade da informação contábil-financeira, a IFRS 16 pretende sanar algumas deficiências no que se refere a esses quesitos.

No que diz respeito ao impacto para os usuários das demonstrações contábeis, a partir da aplicação da IFRS 16, as principais mudanças percebidas serão em relação ao maior nível de transparência e comparabilidade. Os analistas poderão visualizar a situação da companhia, sem a necessidade de realizar, por conta própria, ajustes nas demonstrações financeiras utilizando os dados disponíveis nas notas explicativas. (KMPG, 2016).

No que tange aos impactos por setor empresarial, de acordo com Sãcãrin (2017), a IFRS 16 não acarretará os mesmos efeitos em todos os setores, os mais afetados serão aqueles que possuem bens de alto valor adquiridos por meio de leasing operacional, como é o caso de entidades comerciais, transporte aquático e aéreo.

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financeiro, conforme previsto na minuta da IFRS 16 (o Exposure Draft ED 2010/9), esse trabalho tem como foco a análise dos possíveis efeitos que a IFRS 16, provocará nos índices financeiros de liquidez, estrutura de capital e rentabilidade. Entretanto, essa pesquisa se diferencia da primeira quanto a amostra do estudo e o período analisado, visto que terá como enfoque apenas a Gol e terá como base somente o ano de 2016.

Portanto, em virtude da iminente adesão da IFRS 16, em substituição a IAS 17, e pelo significativo efeito no segmento aéreo, esse trabalho se justifica no sentido de apresentar informações acerca da nova norma e demonstrar os possíveis impactos que ela provocará nos indicadores financeiros da companhia aérea listada na Brasil Bolsa Balcão – B3, a Gol Linhas Aéreas Inteligentes S.A.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 BREVE HISTÓRICO DA REGULAMENTAÇÃO DAS OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTOS MERCANTIS

Derivado do verbo em inglês to lease (alugar), o termo leasing é originário dos Estados Unidos da América (EUA), e apesar de haver indícios de que tenha surgido há alguns séculos (mesmo que de um modo rudimentar), sua difusão data da década de 40, quando o país norte-americano durante a Segunda Guerra Mundial emprestava materiais bélicos aos seus aliados e ao final do combate os equipamentos poderiam ser devolvidos ou os contratantes poderiam exercer a opção de compra (MARTINS; SOUZA; VASCONCELOS, 2008). Ainda segundo os autores, a expansão das atividades de leasings ocorreu durante a gestão do então presidente Roosevelt, graças a promulgação da Lend Lease Act (Lei de Empréstimo e Arrendamento), assinada por este em 11 de março de 1941.

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7.132/83, o arrendamento mercantil se caracterizava como o negócio jurídico que tinha por finalidade o arrendamento de bens, acordados entre dois sujeitos: a arrendadora (pessoa jurídica) e a arrendatária (pessoa física ou jurídica) (Lei nº 7.132/83, de 26 de setembro de 1983). Assim sendo, o arrendamento se constitui como uma forma de locação de bens para o uso próprio de pessoas jurídicas ou físicas.

No ano seguinte, mais precisamente em 13 de dezembro de 1984, em virtude da publicação da lei nº 7.132/83, o Banco Central do Brasil (BACEN) emitiu a resolução nº 980, com o objetivo de regulamentar novas operações de arrendamentos mercantis, trazendo mudanças quanto a estrutura das sociedades autorizadas a prática dessas atividades e revogando as seguintes resoluções: 351 de 17/11/75, 662 de 17/12/80, 678 de 22/01/81,908de 05/04/84 e os itens V, VI, VII e VIII da Resolução nº 869 de 20/12/83 (Resolução nº 980, de 13 de dezembro de 1984).

Assinada em 28 de agosto de 1996, a Resolução nº 2.309 trouxe uma inovação, a classificação do leasing em duas modalidades: financeiro e operacional (Resolução nº 2.309, de 28 de agosto de 1996). Barbosa et al. (2011) destaca a importância dessa categorização, posto que a distinção entre arrendamento operacional ou financeiro é o principal fator para determinar o tratamento contábil adequado.

De acordo com Di Augustini e Lima (2001), alguns pontos ainda precisavam ser ajustados para tornar viável as operações de leasings operacionais, portanto, em 10 de fevereiro de 1998 o BACEN divulgou a Resolução nº 2.465, alterando a redação a respeito das características do arrendamento mercantil operacional.

Quase uma década depois, a publicação da Lei nº 11.638/07, que alterou e revogou dispositivos da Lei nº 6.404/76 e da Lei nº 6.385/76 produziu efeitos nas operações de arrendamentos mercantis, decorrentes da nova redação inserida no inciso IV do artigo 179. O referido artigo evidencia que devem fazer parte do ativo imobilizado da companhia os bens corpóreos destinados à manutenção das atividades desta ou exercidos com esse fim, incluindo nesse rol os bens decorrentes de transações que transfiram à empresa seus benefícios, riscos e controle (Lei nº 11.638, de 26 de setembro de 2007).

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da empresa não possuir o título de propriedade, logo, os dois tipos de leasings eram classificados na contabilidade da arrendatária como despesa no momento do vencimento das respectivas prestações. Entretanto, a mudança no conceito de ativo imobilizado possibilitou à companhia, mesmo esta não sendo detentora da propriedade do bem, classificá-lo no ativo quando detiver os benefícios, riscos e controle desses bens, modificando a forma como o arrendamento mercantil financeiro era contabilizado, tendo a partir de então, que reconhecer um ativo e um passivo (Iudícibus et. al., 2010).

Já no ano de 2008 foi aprovado e divulgado o Pronunciamento Técnico CPC 06, sido revogado mais tarde (no ano de 2010) pela norma que permanece atualmente em vigor.

2.2 TRATAMENTO DO LEASING: ANTES E APÓS A ADOÇÃO DA IFRS 16

2.2.1 Conceitos de leasing

O leasing ou arrendamento mercantil é conceituado atualmente como o acordo no qual o proprietário do bem, na qualidade de arrendador, transmite ao arrendatário o direito de utilizar esse bem durante o período contratado, em troca de pagamento ou série de pagamentos (CPC 06, 2010).

Segregado em leasing financeiro e operacional a primeira modalidade é análoga a uma compra financiada, já o segundo tipo pode ser equiparado a um contrato de aluguel, no qual o arrendamento mercantil financeiro transita pelo balanço patrimonial, diferentemente do operacional em que as parcelas são transferidas ao resultado quando incorridas (BARBOSA et al., 2011). Para os autores esse tratamento diferenciado é a essência da controvérsia na contabilização do leasing.

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Figura 1 - Reconhecimento dos leasings, antes e após a IFRS 16

Fonte: IASB (2016)

Os únicos contratos de leasings que a IFRS 16 não exige que passem a compor o balanço patrimonial de uma entidade são os inferiores a um ano e os considerados como de baixo valor (IASB, 2016).

Como consequência da adoção de um modelo único de contabilização dos arrendamentos, o tratamento das despesas será também alterado, uma vez que todos os leasings passam a reconhecer despesas de depreciação e financeiras, como ilustra a figura 2:

Figura 2- Reconhecimento das despesas de leasings, antes e após a IFRS 16

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2.2.2 Reconhecimento inicial

Segundo as regras contábeis em vigência, o reconhecimento inicial de um arrendamento dependerá se o mesmo se encaixa como financeiro ou operacional.

De acordo com o CPC 06 (R1) (2010) a classificação de um arrendamento mercantil como financeiro ou operacional depende acima de tudo da essência da transação, nesse caso, a forma contratual fica em segundo plano. Assim, o presente Pronunciamento Técnico cita algumas situações que podem caracterizar um arrendamento mercantil como financeiro, dentre as quais podem ser evidenciadas as seguintes: Quando há transferência da propriedade do ativo para o arrendatário findo o contrato; Quando da opção de compra do ativo arrendado, espera-se que o preço praticado seja suficientemente mais baixo do que o valor justo; o prazo do leasing diz respeito à maior parte da vida econômica do ativo; o valor presente dos pagamentos mínimos atinge pelo menos substancialmente todo o valor justo do bem alvo do arrendamento; e por fim, os ativos arrendados são de caráter especializado, restringindo o uso somente ao arrendatário e sem grandes alterações. Quanto ao arrendamento operacional, na seção destinada as definições, este é citado como um arrendamento mercantil distinto de um arrendamento mercantil financeiro.

Desse modo, no caso de leasing financeiro, a arrendatária deve contabilizar os bens arrendados no balanço patrimonial da companhia, integrando-os ao ativo e passivo por valores iguais ao valor justo do bem arrendado ou, se menor, ao valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil. Além do mais, ao valor que será reconhecido como ativo, deverá ser acrescido quaisquer custos diretos iniciais que o arrendatário tenha que arcar (CPC 06, 2010).

Pinheiro, Reis e Ribeiro (2014) reforçam que o arrendamento financeiro por apresentar as características do novo conceito de ativo contidas na Lei nº 11.638/07 deve compor o ativo imobilizado da empresa arrendatária, tendo como consequência diversos efeitos sobre os índices financeiros, sobretudo o aumento do indicador de endividamento.

Diferente do leasing financeiro, a modalidade operacional fica de fora do balanço, sendo apenas transferidas mensalmente para o resultado durante o prazo contratual, as despesas referentes aos pagamentos das prestações (CPC 06, 2010).

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conta se este acordo prevê o direito de o contratante controlar o uso de um ativo identificado durante o prazo do acordo. Em caso afirmativo, por meio da adoção de um modelo único para a contabilização das operações de leasings, a arrendatária deve fazer o reconhecimento no balanço da empresa de um ativo de direito de uso e a respectiva obrigação no passivo (IASB, 2016).

Esse direito de uso do ativo deve ser mensurado com base em seu custo, do qual fazem parte os seguintes itens: quantia do passivo relativo ao arrendamento, pagamentos efetuados a título de adiantamento, custos iniciais sob a responsabilidade do arrendatário, custos estimados para o desmonte e remoção do ativo em uso e a exclusão de quaisquer incentivos de arrendamentos recebidos (IASB, 2016).

Já o passivo de arrendamento é medido pelo valor presente dos pagamentos que o arrendatário terá que desembolsar. Assim como disposto no CPC 06, a IFRS 16 estabelece que para calcular o valor presente dos pagamentos é empregada a taxa de desconto implícita do arrendamento, porém caso não seja possível a determinação dessa, é necessário o uso da taxa incremental de financiamento (IASB, 2016).

Os pagamentos gerados pelo direito de uso de determinado ativo assumido pelo arrendatário, são compostos da seguinte forma: pagamentos fixos, pagamentos variáveis que dependem de um índice ou taxa, quantias que o arrendatário terá que pagar sob garantia de valor residual, o preço pela razoável certeza do exercício da opção de compra e os pagamentos de penalidades para rescisão contratual (IASB, 2016).

2.2.2 Mensuração subsequente

Levando em consideração as diretrizes do CPC 06 (2010) (R1), após o reconhecimento inicial de um ativo obtido através de arrendamento, no caso do financeiro, deve ser realizada mensalmente a apropriação dos encargos financeiros. Logo, durante o período de duração do contrato do leasing deve ser efetuado o reconhecimento das despesas financeiras na DRE.

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do arrendamento. Em vista disso, caso não haja essa razoável certeza da transferência da propriedade do bem para o arrendatário, o mesmo deverá ser depreciado totalmente durante o prazo do acordo ou da sua vida útil, dos dois o menor. Em contrapartida, se for praticamente certo a aquisição do ativo, o arrendatário deve depreciá-lo conforme a sua vida útil. Além das duas despesas mencionadas, caso tenham que ser realizados desembolsos relacionados a pagamentos contingentes, esses devem ser levados a resultado nos períodos em que ocorreram (CPC 06, 2010).

Já em relação ao passivo do arrendamento esse deve ser reduzido mensalmente, em razão dos pagamentos efetuados.

Conforme a IFRS 16, após a contabilização dos contratos de leasings como um ativo de direito de uso e a correspondente obrigação no balanço patrimonial da empresa, o arrendatário deve fazer o reconhecimento das despesas de depreciação, por meio da aplicação da IAS 16 - Imobilizado (IASB, 2016).

A empresa arrendatária deve também realizar a amortização da dívida do arrendamento, de modo a refletir os pagamentos efetivados e reconhecer as despesas incorridas com juros. O arrendatário ainda necessita levar a resultado as despesas com pagamentos variáveis que não foram acrescidos na mensuração do passivo e qualquer perda por redução ao valor recuperável (IASB, 2016).

2.3 EFEITOS DA IFRS 16 NAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Como consequência da transição para a IFRS 16, os demonstrativos contábeis das organizações serão afetados.

Segundo o IASB (2016), no balanço patrimonial, espera-se um aumento nos ativos e passivos, e em contrapartida a redução do patrimônio líquido. Assim, haverá um acréscimo do ativo não circulante, enquanto isso, o passivo será ampliado tanto no curto quanto no longo prazo. No caso do patrimônio líquido, a redução ocorrerá tendo em vista que o valor contábil dos ativos arrendados normalmente diminuirá mais rápido do que o valor contábil do passivo pertinente ao arrendamento.

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juros dos arrendamentos não entram para o cálculo de ambos. Diferente, quando da aplicação da IAS 17/CPC 06 em que despesas com os pagamentos dos leasings operacionais estavam inclusas como parte das despesas operacionais e colaboravam com a redução do lucro operacional e consequentemente do EBITDA.

Quanto a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), a implementação da IFRS 16, não irá impactar nos desembolsos realizados, somente afetará a estrutura dos fluxos de caixa. Considerando a IAS 17/CPC 06 as saídas de caixas referentes aos pagamentos dos arrendamentos fora do balanço eram evidenciados como atividades operacionais, já com a IFRS 16 as saídas terão efeitos nos fluxos de caixas de financiamento.

Evidencia-se, então, que dentre as demonstrações financeiras alteradas pela IFRS 16, o efeito mais expressivo poderá ser visualizado no balanço patrimonial. .

2.4 ESTUDOS ANTERIORES

Tendo em vista que a IFRS 16 trará mudanças quanto ao tratamento das operações de arrendamentos mercantis, foram desenvolvidos estudos envolvendo essa temática, a fim de verificar os possíveis impactos que a nova norma causará nas organizações, principalmente em relação aos índices financeiros. Destarte, são apresentadas algumas pesquisas nessa área, inclusive aquelas que tratam inicialmente das minutas da IFRS 16, o Exposure Draft ED/2010/9 e o ED/2013/6.

Branswijck, Everaert e Longueville (2011) investigaram o impacto nas empresas situadas na Bélgica e Holanda, no ano de 2008, em decorrência da capitalização dos arrendamentos operacionais em seus balanços patrimoniais. Como resultado, os autores verificaram que os índices passivo/patrimônio líquido, ROA e os índices atuais são afetados de forma significativa pelas alterações previstas no Exposure Draft ED/2010/9, publicado no ano de 2010. Além do mais, verificaram-se que os efeitos nos índices financeiros diferem entre os setores.

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cobertura de juros, alavancagem e rentabilidade. Entretanto, as empresas de varejo serão mais impactadas do que os restaurantes.

Batista e Formigoni (2013), desenvolveram um estudo com o intuito de investigar como as modificações nas regras contábeis das operações de arrendamentos mercantis propostas no Exposure Draft ED/2010/9 impactariam as demonstrações contábeis e os indicadores financeiros das companhias abertas brasileiras arrendatárias de leasings operacionais. Para tanto, os autores selecionaram uma amostra composta por 32 empresas que mantinham acordos de arrendamentos operacionais, e por meio do cálculo e análise dos indicadores financeiros de liquidez, endividamento e rentabilidade (antes e após a adoção da norma), referente ao ano de 2010, chegaram à conclusão que o reconhecimento inicial do ED/2010/9 teve um reflexo significativo tanto nas demonstrações contábeis, quanto nos índices financeiros dessas entidades, resultando em um aumento do endividamento e diminuição da liquidez e da rentabilidade.

O trabalho realizado por Fitó, Moya e Orgaz (2013) avaliou os potenciais efeitos da capitalização dos arrendamentos operacionais em 52 empresas listadas no mercado de ações da Espanha, nos anos de 2008 a 2010. Os resultados obtidos mostraram que a inclusão do leasing operacional no balanço patrimonial das respectivas empresas afetou os índices financeiros significativamente. Além do mais, observou-se que os setores de energia e varejo foram os mais impactados.

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valor de 3,8 bilhões de reais, referente a contratos de arrendamentos operacionais, não transitaram pelo balanço patrimonial das empresas analisadas.

O artigo produzido por Wong e Joshi (2015) objetivou promover informações a respeito das novas regras contábeis concernentes ao arrendamento mercantil contidas no Exposure Draft ED/2013/6 e apresentar os efeitos nas demonstrações financeiras e nos índices financeiros das principais empresas da Austrália, a partir da capitalização dos leasings operacionais. Verificou-se, portanto, que as demonstrações financeiras terão uma mutação significativa. Logo, os números no balanço patrimonial e demonstração do resultado sofrerão um impacto relevante, e como consequência afetará índices de retorno e alavancagem. Os resultados demonstraram aumento nos índices de endividamento passivo/patrimônio líquido e passivo/ativo, já o ROA e o ROE apresentaram uma redução.

Sari, Altintas e Taz (2016) desenvolveram uma pesquisa com o intuito de mostrar o impacto da IFRS 16 nas demonstrações e índices financeiros das empresas de varejo listadas na Bolsa de Istambul, durante o período de 2010 a 2013. Fazendo uso do método de capitalização foi efetuada uma simulação do resultado previsto, a partir da nova norma. Assim, os resultados apontaram que o novo padrão de arrendamentos, estatisticamente falando, promoverá efeitos significativos em alguns dos índices financeiros testados (passivo/ativo, passivo/patrimônio líquido, retorno sobre ativos e retorno sobre o patrimônio líquido). O estudo de caso desenvolvido por Öztürk e Serçemeli (2016), teve como foco analisar os reflexos provocados pela IFRS 16 nos índices e demonstrações financeiras de uma companhia aérea da Turquia, a Pegasus Company Airlines, no ano de 2015. Em virtude da inserção dos arrendamentos operacionais no balanço, segundo os resultados obtidos no estudo haverá aumentos significativos nos ativos e passivos e isso originará um aumento do índice passivo/patrimônio líquido e passivo/ativo e o decréscimo do ROA e ROE.

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normas contábeis atuais constantes no CPC 06, ou seja, considerando os contratos de leasings operacionais como item off balance e adotando as novas regras divulgadas na IFRS 16, isto é, capitalizando os arrendamentos operacionais. Com o intuito de verificar se existiriam diferenças significativas nos indicadores financeiros das companhias analisadas, foi empregado o teste estatístico dos postos com sinais de Wilcoxon e os resultados alcançados demonstraram um impacto significativo na estrutura patrimonial dessas organizações. A pesquisa ainda revelou um acréscimo no nível de endividamento, na alavancagem financeira e um decréscimo na liquidez.

O trabalho realizado por Sãcãrin (2017) teve como foco apresentar, através da comparação da IFRS 16 e IAS 17, as principais consequências que a aplicação do novo padrão causará nas organizações, em relação as demonstrações financeiras e aos indicadores financeiros. O estudo mostra que os ativos e passivos publicados nas demonstrações financeiras aumentarão, assim como os indicadores de rentabilidade EBITDA e EBIT. Ao contrário da liquidez corrente e índice de endividamento que serão reduzidos.

Abaixo segue o quadro 1 com o resumo dos estudos anteriores sobre a IFRS 16 e as minutas dessa norma contábil (o ED/201/9 e o ED/2013/6), contendo as seguintes informações: Autor (es), ano de publicação, título e objetivo da pesquisa.

Quadro 1 - Resumo dos estudos sobre a IFRS 16, o ED/2010/9 e o ED/2013/6 Autor (es) / Ano de

publicação Título Objetivo

Branswijck, Everaert e Longueville (2011)

The Financial Impact of the Proposed Amendments to IAS 17: Evidence from Belgium and the Netherlands.

Averiguar o impacto das modificações propostas no Exposure Draft

ED/2010/09 em organizações da Bélgica e Holanda, no período de 2008.

Singh (2012)

Proposed Lease Accounting Changes

Implications for the Restaurant and Retail Industries

Investigar o impacto da capitalização do arrendamento operacional nas demonstrações contábeis e 11 indicadores financeiros de empresas de varejo e restaurantes, nos anos de 2006 a 2008.

Batista e Formigoni (2013)

Arrendamento Mercantil Operacional: As Mudanças Propostas Pelos Organismos Internacionais e Seus Efeitos nas Empresas Brasileiras

Identificar os efeitos que as mudanças propostas no ED/2010/9 causariam nos demonstrativos contábeis e indicadores financeiros das companhias brasileiras arrendatárias de leasings

operacionais.

Fitó, Moya e Orgaz (2013)

Considering the effects of operating lease capitalization on key financial ratios

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(conclusão) Autor (es) / Ano de

publicação Título Objetivo

Martins et al. (2014)

Reflexos da Capitalização do Leasing Operacional nos Indicadores de Estrutura de Empresas do Subsetor de Transportes Listadas na Bovespa

Analisar os reflexos que a capitalização do arrendamento mercantil operacional, segundo proposta do ED/2010/09, gerará nos indicadores de estrutura de empresas brasileiras do subsetor de transporte.

Wong e Joshi (2015)

The Impact of Lease Capitalisation on Financial Statements and Key Ratios: Evidence from Australia

Averiguar o impacto da minuta da norma contábil que trata dos arrendamentos mercantis.

Sari, Altintas e Taz (2016)

The Effect of the IFRS 16: Constructive capitalization of Operating Leases in the Turkish Retailing Sector

Ilustrar o impacto da IFRS 16 nas demonstrações e indicadores financeiros em empresas turcas, pertencentes ao setor de varejo.

Öztürk e Serçemeli (2016)

Impact of New Standard “IFRS 16 Leases” on Statement of Financial Position and Key Ratios: A Case Study on an Airline Company in Turkey

Examinar os efeitos nos demonstrativos contábeis e indicadores financeiros de uma companhia do segmento aéreo, após a transição para a IFRS 16.

Arrozio, Gonzalez e Silva (2016)

Alterações nos Indicadores Financeiros das Companhias do Setor de Atacado e Varejo Decorrentes da Nova

Contabilização do

Arrendamento Mercantil Operacional

Analisar os reflexos da adoção da IFRS 16 nos indicadores financeiros de 17 companhias de atacado e varejo listadas na bolsa de valores brasileira, no período de 2015.

Sãcãrin (2017)

IFRS 16 “Leases” – Consequences on the Financial Statements and Financial Indicators

Demonstrar as consequências que a adesão da IFRS 16 gerará nas demonstrações e índices financeiros das entidades, realizando um comparativo entre a nova norma e a IAS 17.

Fonte: Elaborado pela autora (2017)

3 METODOLOGIA

3.1 UNIVERSO E AMOSTRA

Conforme Vergara (1998), o conceito de população se refere ao conjunto de elementos que tem determinadas características que serão objeto de um estudo, enquanto isso, a população amostral ou simplesmente amostra constitui apenas uma parte desse universo.

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organizações, distribuídas da seguinte forma: 02 fazem parte do setor aéreo, 06 são responsáveis pelo transporte ferroviário, 02 pertencem ao setor hidroviário e as 02 restantes integram o transporte rodoviário.

No entanto, foi inviável seguir a ideia inicial, posto que, após a análise das demonstrações contábeis das mesmas, verificou-se que apenas a Gol Linhas Aéreas Inteligentes S.A. detinha as informações necessárias para tornar possível o presente estudo. Sendo assim, esse estudo será baseado somente nessa companhia.

3.2 COLETA DOS DADOS

Os dados foram coletados do conjunto das demonstrações contábeis da Gol Linhas Aéreas Inteligentes S.A., incluindo as notas explicativas, relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2015 e 2016.

Para a viabilidade dessa pesquisa era necessário, sobretudo, que a empresa divulgasse em notas explicativas do exercício de 2015, os pagamentos mínimos futuros de arrendamentos operacionais. Verificaram-se, portanto, as informações publicadas pela companhia e constataram-se os dados requeridos. Observou-se também, nas notas explicativas de 2016, se constava a informação referente a taxa de desconto utilizada para o cálculo a valor presente dos pagamentos mínimos dos arrendamentos e a taxa de depreciação anual aplicada ao imobilizado adquirido por meio de leasing, deparando-se com uma taxa de 4,52% e 5,6%, respectivamente.

3.3 TRATAMENTO DOS DADOS

O tratamento dos dados para o estudo em questão se deu a partir da análise dos demonstrativos contábeis da Gol. De posse das informações necessárias, foram realizados os ajustes nas contas patrimoniais e de resultado do ano de 2016, adotando os seguintes procedimentos:

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dos encargos financeiros a apropriar, obtidos por meio da diferença entre o montante das contraprestações e o valor integrado ao ativo imobilizado da entidade.

Quanto ao cálculo da depreciação acumulada empregou-se a taxa anual do exercício de 2016 ao valor do imobilizado anteriormente apurado, reduzindo o saldo do imobilizado e relacionando a respectiva despesa na DRE. Em seguida, realizou-se a apropriação dos encargos financeiros, isto é, o reconhecimento de uma despesa financeira a crédito dos encargos financeiros a apropriar.

De maneira a evidenciar os pagamentos das prestações dos arrendamentos foram reduzidas da conta “caixa e equivalentes de caixa” e “empréstimos e financiamentos”, o valor referente aos pagamentos mínimos de 2016.

Além disso, o montante que havia sido reconhecido anteriormente como despesa e o desembolso relativo aos arrendamentos operacionais, contabilizados segundo as regras previstas no CPC 06, foram estornados, reduzindo as despesas incorridas pela empresa e ampliando a conta “caixa e equivalentes de caixa”.

Após ajustados os saldos das contas do balanço e DRE, selecionaram-se os indicadores financeiros a serem calculados, conforme apresenta o quadro 2:

Quadro 2 - Indicadores Financeiros

Indicadores Financeiros Sigla Metodologia de cálculo

Liquidez Geral LG

(Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) / (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante)

Participação de Capital de Terceiros Sobre

os Recursos Totais P/AT Exigível Total / Ativo Total

Participação de Capital de Terceiros PCT Exigível Total / Patrimônio Líquido Imobilização do Patrimônio Líquido IPL Ativo Imobilizado / Patrimônio Líquido

Margem Bruta MB Lucro Bruto / Receitas Líquidas x 100

Margem Líquida ML Lucro Líquido / Receitas Líquidas x 100 Retorno Sobre o Ativo ROA Lucro Líquido / Ativo Total x 100

Fonte: Elaborado pela autora (2017)

4 ANÁLISE DOS DADOS

4.1 ANÁLISE DO BALANÇO PATRIMONIAL E DRE

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Tabela 1 – Balanço patrimonial, antes e após os ajustes da IFRS 16 Contas Antes dos Ajustes da IFRS 16 Após os Ajustes da IFRS 16 Variação Absoluta Variação Relativa Ativo Total 8.404.355 14.403.389 5.999.034 71,38% Passivo Total 8.404.355 14.403.389 5.999.034 71,38% Passivo 11.761.106 17.435.615 5.674.509 48,25%

Patrimônio Líquido Consolidado -3.356.751 -3.032.226 324.525 -9,67% Lucros e Prejuízos Acumulados -7.312.458 -6.987.933 324.525 -4,44%

Fonte: Elaborado pela autora (2017)

Tabela 2 – DRE, antes e após os ajustes da IFRS 16 Contas Antes dos Ajustes da IFRS 16 Após os Ajustes da IFRS 16 Variação Absoluta Variação Relativa Receita de Venda de Bens e/ou

Serviços 9.867.335 9.867.335 - -

Custo dos Bens e/ou Serviços

Vendidos 7.558.122 6.933.267 -624.855 -8,27%

Resultado Bruto 2.309.213 2.934.068 624.855 27,06%

Resultado Financeiro 664.877 364.547 -300.330 -45,17%

Lucro/Prejuízo Consolidado do

Período 1.102.364 1.426.889 324.525 29,44%

Fonte: Elaborado pela autora (2017)

Analisando o balanço patrimonial da Gol, antes e após os reflexos da IFRS 16, evidencia-se um aumento de 71,38% no ativo total, que pode ser explicado pelo fato de ter sido ativado os bens oriundos dos contratos de leasings operacionais no ativo não circulante e cuja maior variação atribuída a esse grupo corresponde ao imobilizado da empresa.

Similar ao ativo, o exigível total também teve um acréscimo, apresentando uma variação absoluta e relativa de R$ 5.674.509,00 e 48,25%, respectivamente, em razão do reconhecimento das obrigações referentes aos pagamentos dos arrendamentos operacionais no subgrupo de empréstimos e financiamentos. O aumento evidenciado no passivo da Gol corrobora o motivo das empresas serem contrárias ao reconhecimento dos arrendamentos operacionais no balanço patrimonial.

Quanto ao patrimônio líquido, esse também variou positivamente, uma vez que o prejuízo acumulado da empresa teve uma redução de 4,44%, refletindo uma variação absoluta de R$ 324.525,00 no PL.

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Evidenciando a igualdade existente entre o ativo total e o passivo total da empresa, ambos apontaram uma variação absoluta de 5.999.034,00 e uma variação relativa de 71,38%.

Levando em consideração a importância dos leasings operacionais para as atividades exercidas pela Gol, uma vez que, segundo consta nas notas explicativas do ano de 2016, das 130 aeronaves que a companhia opera, 96 provém de arrendamentos mercantis operacionais, acredita-se que a adoção da nova norma causará impactos significativos, com o potencial acréscimo nos ativos e nos passivos, assim como ratificado pela simulação realizada nesse trabalho.

Em relação a DRE, diferente do tratamento anterior dado ao leasing operacional, que reconhecia no resultado apenas os pagamentos das prestações mensais, as alterações evidenciadas nesse demonstrativo financeiro são motivadas pela contabilização das despesas com depreciação dos ativos arrendados e as despesas financeiras atreladas a apropriação mensal dos encargos financeiros. Isso terá reflexos diretamente no lucro bruto e no resultado financeiro da organização.

Portanto, os custos dos bens e/ou serviços vendidos sofreram um decréscimo de 8,27%, apesar do lançamento das despesas com depreciação passarem a integrar essa conta. A diminuição pode ser compreendida, pois, quando dos ajustes da DRE, os valores relativos as despesas com arrendamentos operacionais, anteriormente reconhecidas com base no CPC 06, foram excluídas e como se tratava de um montante maior acabou por reduzir a presente despesa, aumentando o lucro bruto em 27,06%.

Como a IFRS 16 não apresentou reflexos nas despesas e receitas operacionais, o lucro bruto e o lucro operacional expressaram a mesma variação relativa, uma expansão de R$ 624.855,00. Já, o resultado financeiro variou negativamente em 45,17%, graças a ampliação das despesas financeiras.

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4.2 ANÁLISE DOS INDICADORES FINANCEIROS

Com o intuito de verificar os possíveis reflexos nos índices financeiros da Gol Linhas Aéreas Inteligentes S.A. dado a nova forma de contabilização dos arrendamentos mercantis, os índices de liquidez, estrutura de capital e rentabilidade do ano de 2016 foram calculados, conforme mostra a tabela 3:

Tabela 3 - Indicadores financeiros referentes ao ano de 2016, antes e após os ajustes dos demonstrativos contábeis, a partir da IFRS 16

Indicadores Financeiros

Antes dos Ajustes da IFRS 16 Após os Ajustes da IFRS 16 Variação Absoluta Variação Relativa LG 0,31 0,19 -0,12 -38,71% P/AT 1,40 1,21 -0,19 -13,57% PCT -3,50 -5,75 -2,25 64,29% IPL -0,90 -3,07 -2,17 241,11% MB 23,40 29,74 6,34 27,09% ML 11,17 14,46 3,29 29,45% ROA 13,12 9,91 -3,21 -24,47%

Fonte: Elaborado pela autora (2017)

Verificando os índices financeiros, antes e após os efeitos da IFRS 16, observa-se que as três maiores variações registradas correspondem a Imobilização do Patrimônio Líquido, Participação de Capital de Terceiros e Liquidez Geral, que apresentaram uma variação relativa de 241,11%, 64,29%, e -38,71%, respectivamente. Nota-se que os índices mais impactados são os que foram calculados com base somente nas contas patrimoniais, e como o balanço patrimonial foi alvo de grandes alterações, isso refletiu nos referidos indicadores financeiros.

Refletindo individualmente sobre cada índice, percebe-se que a alteração do IPL foi motivada pelo crescimento do imobilizado da empresa, em razão do registro a valor presente das aeronaves provenientes dos arrendamentos mercantis operacionais.

Em relação ao PCT, esse sofreu tamanha mutação devido ao elevado aumento do exigível total, que cresceu a partir da contabilização das dívidas assumidas perante os arrendadores de leasings operacionais.

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principalmente pela adição do passivo pelas dívidas reconhecidas, ocasionando um declínio na capacidade de pagamento a longo prazo da Gol.

O índice financeiro que teve o menor impacto, considerando a variação relativa, foi a Participação de Capital de Terceiros Sobre os Recursos Totais, com uma redução de 13,57%. O referido indicador apresentou um resultado maior que 1, em razão do PL da Gol está negativo, expondo que o passivo está financiando todo o ativo e ainda o patrimônio líquido. Já a diminuição do índice foi ocasionada pelo aumento do ativo total, e embora o passivo também tenha sido ampliado, o primeiro exibiu uma variação absoluta de R$ 5.999.034,00, enquanto o segundo, demonstrou uma alteração de 5.674.509,00. Observa-se também que ao contrário dos outros índices calculados por meio da relação entre contas patrimoniais e que retrataram os maiores efeitos (o PCT, IPL e LG), o mesmo não evidenciou uma grande modificação pelo fato de não existir uma discrepância entre o numerador e o denominador, antes e mesmo após os ajustes da IFRS 16.

Quanto aos indicadores de rentabilidade, Margem Bruta, Margem Líquida e Retorno Sobre o Ativo, nota-se que foram os indicadores que apresentaram a maior variação, em termos absolutos, exibindo um crescimento de 6,34, 3,29 e uma redução de -3,21, respectivamente. A mudança favorável da MB pode ser explicada em razão do aumento do lucro bruto, devido à baixa dos custos dos bens e/ou serviços vendidos. A ML também oscilou positivamente, contudo, menos que a MB, tendo em vista que a segunda utiliza para o cálculo o lucro bruto, enquanto a primeira faz uso do lucro líquido, e este em comparação ao lucro bruto é menor, em decorrência das despesas financeiras. Ainda falando sobre a MB e ML da Gol, como estas exibiram uma melhoria, isso significa que o negócio está gerando para a empresa uma maior rentabilidade em relação as suas receitas de vendas.

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Corroborando os estudos de Öztürk e Serçemeli (2016); Sãcãrin (2017), esse trabalho demonstra o aumento do ativo e passivo da empresa, em função dos arrendamentos operacionais. Quanto aos indicadores financeiros, no caso do decréscimo da liquidez, existe uma concordância com as pesquisas de Batista e Formigoni (2013); Arrozio, Gonzalez e Silva (2016), no entanto, em relação aos índices de endividamento, concorda-se em partes, posto que, enquanto nas pesquisas dos autores mencionados os indicadores aumentaram, nessa podem ser visualizados tanto o aumento quanto a redução. Partindo para os índices de rentabilidade, especificamente o ROA, esse estudo reafirma Batista e Formigoni (2013); Wong e Joshi (2015); Öztürk e Serçemeli (2016).

De um modo geral, a contabilização dos leasings operacionais no balanço patrimonial da Gol Linhas Aéreas Inteligentes S.A. acarretou, de acordo com os indicadores financeiros, um impacto negativo na empresa. Assim, dos sete índices financeiros calculados, quatro apresentaram uma piora (LG, PCT, IPL e ROA) e os outros três expuseram uma melhora (MB, ML e P/AT). Observa-se, portanto, que tratar o arrendamento mercantil operacional como um item off-balance pode provocar uma análise inadequada dos indicadores financeiros, sobretudo quando se trata de um setor com uma quantidade expressiva de arrendamentos, como é o caso do segmento aéreo.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho teve como objetivo analisar os potenciais impactos nos indicadores financeiros de liquidez, estrutura de capital e rentabilidade da Gol Linhas Aéreas Inteligentes S.A., com a nova forma de contabilização do arrendamento mercantil a partir da implementação da IFRS 16.

Para tal, de início, foram ajustados os saldos das contas do balanço patrimonial e DRE, em razão da capitalização dos arrendamentos operacionais, resultando em um aumento do ativo e passivo total, bem como o aumento do lucro consolidado da entidade.

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Nos casos específicos do PCT e IPL, os índices também sofreram um aumento, contudo existe uma particularidade relacionada a esses indicadores. Pelo fato do patrimônio líquido está negativo e em consequência disso os indicadores exibirem resultados negativos, matematicamente falando, observa-se uma diminuição desses. Entretanto, não seria coerente seguir com essa linha de raciocínio, uma vez que o crescimento do capital de terceiros em relação ao PL (no caso do PCT) e a ampliação do ativo imobilizado em comparação ao patrimônio líquido (no caso do IPL), ocasiona o aumento dos indicadores e, por conseguinte uma piora do endividamento. Essa situação reafirma que o PL negativo pode distorcer os resultados e prejudicar a interpretação dos indicadores financeiros, como mencionado anteriormente.

Assim, observa-se que os arrendamentos mercantis operacionais ao não transitarem pelo balanço patrimonial comprometem a representação fidedigna dos eventos ocorridos na organização, impedindo uma leitura adequada da real situação da empresa e como consequência podem prejudicar a tomada de decisões dos usuários das demonstrações contábeis, corroborando a justificativa do IASB para a mudança da norma.

Como limitação para o desenvolvimento dessa pesquisa evidencia-se a ausência de divulgação de algumas informações nas notas explicativas das companhias no tocante aos arrendamentos, motivo pelo qual limitou o estudo a análise apenas da Gol Linhas Aéreas Inteligentes S.A., visto que era a única que continha todas as informações.

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Referências

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